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Questão da semana…

Como conduzir o processo de ensino-aprendizagem na sala de aula?

Resposta 1:

Saiba como usar a comunicação para complementar o processo de ensino.

Por outras palavras:

O que não fazer?

a) Não ministre aulas sentado, isso pode causar ruídos na comunicação.

b) Não fale muito devagar. Você corre o risco de entediar o ouvinte.

c) Não fale muito rápido para que o aluno consiga acompanhar o seu

raciocínio.

d) Evite frases cheias de lacunas, tiques gestuais e repetição de palavras

para não desviar a atenção do estudante.

e) Atente-se aos vícios de linguagens: eles podem levar o aluno ao

desinteresse

f) Não seja informal. Lembre-se que você está num ambiente académico.

O que fazer?

a) Dê aula em pé, de forma que os alunos possam te ver.

b) Não fale nem muito devagar nem muito rápido. Dê ritmo à comunicação.

c) Utilize todos os canais da comunicação: visual, auditivo e cinestésico

d) Estabeleça uma comunicação rigorosa, agradável, confiável e eficaz.

e) Crie estratégias de comunicação condizentes com o conteúdo.

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Portanto:

1.º) Dê a aula em pé, posicione-se num lugar visível onde todos os

alunos vão conseguir te ver.

2.º) Circule, calmamente, pela sala de aula de vez em quando para

distribuir a sua voz a todos.

3.º) Use gestos adequados para acompanhar a fala.

Resposta 2:

Saiba aumentar a participação dos alunos nas aulas.

a) Crie suspense (tensão, ansiedade, aflição, desejo)

Crie momentos dialogados na aula. Uma boa estratégia é fazer perguntas aos

alunos sobre o assunto em questão de maneira aleatória. Ou seja, você faz uma

pergunta que ajude a turma a entender melhor o conteúdo discutido, mas não

diz o nome de quem irá responder, nem chama o primeiro que levantar a mão.

Em vez disso, o professor faz a pergunta e, ao final, diz o nome do aluno que

deverá respondê-la. Quais são as consequências do desmatamento das matas

ciliares… Júlia?

Ao fazer isso, o professor deixa todos os alunos na esperança de serem

chamados e impulsiona todos a pensarem sobre a pergunta. Para maximizar

essa participação por parte dos alunos, ele pode até fazer um breve intervalo –

apenas alguns segundos – entre a pergunta e o nome, para que os alunos

possam activar seus conhecimentos sobre o assunto, preparando-se para

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responder. Assim, mesmo os que não tiverem que responder em voz alta

acabam por pensar na resposta, proporcionando maior aprendizado para todos.

b) Garanta que todos participem

Surge, então, um novo problema: e se o aluno chamado não souber responder

a questão?

Então, o professor pode fazer uso de outra estratégia chamada “sem

escapatória”. O nome parece um pouco estranho, mas a ideia é mostrar aos

alunos que, nesta aula, todos serão chamados a participar e a aprender, que

não há escapatória para o aprendizado!

A abordagem é simples: sempre que o professor fizer uma pergunta e o aluno

não souber responder, ele passa a outro aluno que possa ajudar respondendo à

questão. Depois disso, ele volta ao aluno inicial que não soube responder e

pergunta a ele: agora você já sabe? Você pode responder, então?

Mesmo que, num primeiro momento, o aluno apenas repita o que o colega

anterior falou, o professor vai estimulando a participação e o aprendizado de

todos e deixando clara a importância de estarem atentos ao que está sendo

discutido na aula.

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c) Dê tempo para que eles pensem

Outro ponto que favorece a participação dos alunos em sala de aula é dar

tempo para que todos pensem após realizar uma pergunta – estratégia que

complementa a 1ª sugestão. Ou seja, em vez de já escolher entre os que

rapidamente levantam a mão, dê alguns segundos após a sua pergunta

estimulando todos alunos a pensarem na resposta.

O professor pode, inclusive, estimular os alunos com frases do tipo: Quem mais

sabe a resposta? Quero ver mais mãos levantadas… Essa acção simples pode

contribuir muito com aqueles estudantes que até querem participar, mas que

não se sentem tão seguros ou são menos motivados. Eles sabem que alguém

mais rápido virá com a resposta pronta, e isso faz com que se acomodem em

sua condição, sem nem tentar ou sem sequer pensar sobre a questão

levantada.

d) Crie discussões

Em geral, os alunos participam pouco durante as aulas. Quando isso acontece,

geralmente, a situação é uma das duas: a interacção directa com o professor,

que vai trazendo novos conceitos e realizando questões para estimular a

participação dos alunos; ou em pequenos grupos com os colegas, durante a

realização de alguma actividade.

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Entretanto, outros momentos de potencial para a participação acontecem

durante a aula. Eles podem ser utilizados de modo a levar os alunos a ouvir

criticamente a opinião dos colegas e se posicionar com relação ao que está

sendo discutido. Como isso acontece?

Após o comentário ou resposta de um estudante, o professor pode chamar

outro colega e dizer: Kátia, você concorda com o Alex? Em que ponto você

discorda dele? Ao elaborar argumentos para concordar ou discordar do colega,

o aluno precisa colocar em jogo os seus conhecimentos e levantar hipóteses

sobre o assunto, elaborando seu pensamento de maneira estruturada.

Desse modo, todos ficam atentos, pois podem ser chamados pelo professor

para posicionar-se diante dos demais alunos da turma – além de ser uma

oportunidade para que desenvolvam o seu potencial cognitivo.

e) Dê um gostinho do que vem por aí

Durante a aula, há momentos de maior e menor engajamento. Mesclar

estratégias ao longo dos 45 minutos ajuda os alunos a se manterem activos

durante toda a aula. Para isso, uma boa estratégia é dar pílulas do que está por

vir, anunciar os próximos passos para deixá-los instigados ou curiosos. Daqui

a pouco, vamos colocar esses conhecimentos à prova…

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A intenção de todas essas sugestões é, ao mesmo tempo, fazer com que eles

interajam durante a aula, fiquem atentos tanto aos comentários dos colegas

quanto às falas do professor, e, consequentemente, possibilitar maior

desenvolvimento cognitivo de todos os alunos.

Portanto:

Opte pelo método de elaboração conjunta como uma estratégia de construção

do conhecimento.

Pergunte (explore as pré-concepções dos alunos, explore as ideias dos alunos

para averiguar até que ponto eles pensam) e aguarde respostas (chuva de

ideias). Em casos, de perguntas para ver o nível de alcance dos objectivos da

aula em curso pergunte algo em que facilmente se cai no erro.

Se tiver respostas erradas melhor ainda, convém entrar em detalhe nesse erro.

Use contra-exemplos para instigar o raciocínio crítico. Olhe nos olhos dos

alunos.

Resposta 3:

Saiba motivar os seus alunos

a) Mude o cenário

A sala de aula é um bom ambiente para o ensino e a aprendizagem, mas a

educação não deve ficar presa apenas aos muros das instituições. Passeios

educativos ou até mesmo a troca de salas podem ajudar os estudantes

sentirem-se mais focados.

b) Ofereça experiências variadas

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Não há apenas uma maneira de aprender, seja qual for a matéria. Os alunos

irão interessar-se por determinado conteúdo na medida em que forem

estimulados por ele. Na busca pela melhor metodologia para cada estudante,

procure oferecer diferentes experiências educacionais (variar os métodos de

ensino).

Portanto:

Pense em diversas formas de como conduzir a mesma matéria.

Considerações finais

Todas as sugestões acima são uma autêntica máquina que torna as aulas

melhores e agradáveis com vista o aumento do desempenho escolar.

Como conselhos:

 Para ter aulas exclusivas, prepare e planifique sempre as suas aulas e ao

planificar coloque-se no lugar do aluno. Pense as possíveis dificuldades

que o aluno pode enfrentar ao ter a aula que pretende ministrar e pense

nas diversas maneiras de como explicar esse conteúdo e ser claro e

transparente. PARA UMA BOA EXPOSIÇÃO: Pense em 3 maneiras de como

explicar o mesmo conteúdo!!!

 Nenhum e ninguém é “pedagogo” perfeito: por mais bom que tu sejas

nenhuma acção será agradável a todos alunos da turma.

 É preciso conhecer os seus alunos pois cada aluno é um indivíduo cheio

de particularidades e características. Não espere os mesmos resultados

de todos.

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