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Tipos de aula mais conhecidos

Colóquio- O colóquio é uma modalidade de apresentação verbal muito usada em


congressos ou encontros técnicos e científicos, se diferenciando do Seminário por conta
do seu menor grau de aprofundamento no tema. Isso ocorre devido ao tipo de público,
nesse caso, constituído por não especialistas no assunto ou mesmo leigos.

Seminário- Como o colóquio, o seminário é uma modalidade de apresentação muito


comum em congressos ou reuniões científicas, no qual um especialista discorre sobre
um determinado tema de sua área de atuação, para uma plateia formada por
especialistas. A grande diferença para o colóquio, portanto, é a profundidade da
abordagem. Enquanto no seminário, por ser voltado a especialistas, busca-se um
aprofundamento do assunto; no colóquio, a abordagem é mais superficial, já que o
público é leigo.

Aula expositiva clássica- A aula expositiva clássica é a mais comum nas escolas de
todos os níveis. Nesse tipo de aula, o professor discorre sobre determinado assunto
durante algum tempo, sendo que a postura dos alunos é totalmente passiva.

Aula dialogada (dialógica) A aula expositiva dialogada, também chamada dialógica, é


um tipo de aula em que o professor tenta quebrar a postura passiva dos seus alunos, por
meio da introdução de questionamentos a serem respondidos pelos alunos, dinamizando
a atividade em sala de aula. Essa estratégia caracteriza-se pela exposição de conteúdos
com a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio dos
mesmos, sendo o professor o mediador para que os alunos questionem, interpretem e
discutam o objeto de estudo. professor precisa contextualizar o tema de modo que
mobilize as estruturas mentais do estudante para que este articule informações que já
traz consigo com as que serão apresentadas. O ponto forte desta estratégia é o diálogo
entre alunos e professor, onde há espaço para questionamentos, críticas, discussões e
reflexões, onde o conhecimento possa ser sintetizado por todos. Nessa estratégia, a
avaliação pode ser realizada pela participação dos estudantes contribuindo na exposição,
questionando, respondendo, enfim, no diálogo da aula e/ou por atividades
complementares tais como sínteses escritas, produção de mapas conceituais, esquemas,
e resoluções de situações problema.

Aula magistral- Na aula magistral, o professor, que geralmente é um especialista de


renome, discorre sobre o tema proposto, oferecendo uma visão mais ampla sobre o
assunto. Depois, o tema da aula será desenvolvido de forma mais detalhada em grupos
menores, em um momento conduzido por monitores, ou mesmo, professores auxiliares
do especialista.

Aula de demonstração - Aula prática

COMO MINISTRAR UMA (BOA) AULA EXPOSITIVA?


A aula expositiva é uma excelente “ferramenta” de ensino. Fato que não
significa afirmar que deva ser a única ferramenta utilizada pelo professor. Uma sala de
aula deve ser espaço para se ministrar muitas aulas expositivas, mas também para se
aplicar diferentes Jogos Operatórios.
Para que uma aula expositiva possa ser considerada “uma aula bem ministrada” é
essencial que provoque “aprendizagens significativas” da mesma forma que uma
intervenção médica possa ser considerada uma boa intervenção, quando leva o paciente
a reconquista da saúde. Abaixo sugerimos uma proposta de ações do professor em uma
aula. Não as encare de uma maneira rígida, verifique se o que está sendo apresentado é
compatível com seu jeito de ser, adapte a proposta a sua forma de trabalhar e lembre-se
que a boa aula é a que os alunos compreendem.
Dessa maneira, para que o aluno efetivamente aprenda através de uma aula
expositiva, é importante jamais se esquecer:
1 Conquiste a atenção do aluno mostrando o assunto que vai ministrar e a maneira
como esse assunto, de uma maneira ou de outra, está ligado a sua vida. Desperte, com
perguntas intrigantes e curiosas, a vontade do aluno em saber o que vai ser ensinado;
2 Ao escrever o título do assunto na lousa busque ligar o tema aos conteúdos já sabidos
pelo aluno. Lembre-se que uma nova aprendizagem se faz sempre “enganchada” em
saberes que já se possui. Fale sobre esses “ganchos” e mostre que o que vai ser
apresentado se apoia em coisas que o aluno sabe, apreendidas em aulas anteriores ou
percebidas na vida que se leva e no cotidiano que se enfrenta;
3 Organize o plano de assuntos a serem expostos. Escreva na lousa – ou se quiser
usando transparências – os diferentes capítulos da aula que vai ser apresentada. Esse
plano representa a estrutura cognitiva da aprendizagem e, portanto, deve refletir os
elementos essenciais que serão apresentados, na sequência em que o professor os
apresentará.
4 Com o plano escrito na lousa destaque as ideias âncoras isto é, os pontos fortes do
assunto que vai ser apresentado. Nessa conversa com a classe faça um pequeno resumo,
destacando as partes mais importantes do conteúdo e as palavras-chaves existentes no
mesmo. Se quiser pode sublinhá-las ou escrever com outra cor de giz;
5 Explique aos alunos semelhanças e as diferenças entre as principais ideias do tema.
Se, por exemplo, vai narrar um evento que possua “causas” e “consequências”, brinque
com eles mostrando nas ações do dia a dia quando uma ação é “causa” e porque a
mesma gera sempre uma “consequência”.
6 Relate o tema. Passando de “capítulo” a “capítulo” da referência do plano, explique
cada um deles, nunca avançando para o item seguinte se não tiver certeza de que não
persistem dúvidas. Interrogue os alunos e mostre que em toda aula existe “hora para se
ouvir”, mas existem também “momentos para se perguntar”. Se puder, faça uma pausa
entre um capítulo e outro e proponha questões sobre o tema que o aluno responderá em
dupla;
7 Ao terminar a exposição, ajude os alunos a comentar o tema usando habilidades
operatórias diferentes. Por exemplo: – Guilherme faça uma síntese do você aprendeu! –
Solange, vamos ver se você pode descrever uma parte do tema. – Marcos, experimente
fazer uma análise de uma ideia do tema que tenha chamado sua atenção… E assim por
diante. Lembre-se que o aluno aprende melhor quando compara, analisa, sintetiza,
classifica, relata, julga, contextualiza, experimenta, etc.
8 Repasse o tema, orientando o aluno sobre como desenvolver sua memória, sua
emoção, sua linguagem, sua atenção, sua motivação e sua ação.
9 Conclua a aula, destacando as ideias mais importantes, respondendo dúvidas
pendentes, estabelecendo relações entre as ideias apresentadas e os temas futuros…

Converse com os alunos, indague se compreenderam o que foi passado, veja se podem
contextualizar o tema em assuntos de seu dia-a-dia. Uma boa aula é como uma consulta médica
eficiente. Não basta que o paciente saia satisfeito, mas que possa sair com mais saúde; mais
importante que o aluno gostar da aula é efetivamente aprender.
Disponível em: http://www.celsoantunes.com.br/como-ministrar-uma-boa-aula-expositiva/

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