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AS TÉCNICAS LEMOV

COMO ESTRATÉGIA
PARA TRABALHO
JUNTO AO PROFESSOR
Parte 2
Prof. Analu Santos
2023
TÉCNICA 32
FUNDAMENTOS DE FRASE
• O professor precisa evitar fazer perguntas com respostas
óbvias.
• A maneira como fazemos uma pergunta pode ajudar a garantir
que vale a pena tentar responder do ponto de vista do ouvinte;
a estrutura da questão pode ter influência significativa no grau
de pensamento e na respostas que inspira.
TÉCNICA 33
TEMPO DE ESPERA
• FAÇA PAUSAS PARA OS ALUNOS REFLETIREM. Após lançar uma
pergunta, faça uma pausa dramática e estratégica de alguns segundos
antes de escolher um aluno para responder. Esse tempo de espera não
só estimulará os retardatários, mas também dará tempo para todos
pensarem e assim formularem respostas de melhor qualidade. Se não
conseguirem ser produtivos durante esse tempo, forneça-lhes ajuda. O
tempo de espera é a deixa para a reflexão. Seria interessante também,
durante esse período de trabalho cognitivo, os alunos escreverem a
resposta antes de a proferirem oralmente. Agir assim contribuiria em
muito para que apresentassem respostas mais elaboradas.
TÉCNICA 33
TEMPO DE ESPERA
Alguns benefícios de esperar alguns segundos entre a pergunta e a
resposta são:

• Permitir que mais mãos se levantem;


• Permitir que uma variedade maior de alunos levantem a mão;
• Dar suporte para respostas melhores e mais rigorosas;
• Incentivar mais trabalho cognitivo durante “a espera”;
• Aumentar o uso de evidência nas respostas.
TÉCNICA 34
DE SURPRESA
• A chamada De surpresa, prática de chamar os alunos
independentemente de eles terem levantado a mão, é uma técnica
muito importante, que pode provocar uma cadeia de efeitos
surpreendentes e positivos na sala de aula. Existe poucas técnicas
que podem transformar um ambiente de aprendizagem para
melhor tão rapidamente.
• De surpresa ajuda a construir uma sala de aula inclusiva,
consistente e sinseramente, feliz.
TÉCNICA 34
DE SURPRESA
• Garanta que em sua sala todos os alunos tenham expectativas
de ser chamados a participar da aula. Para isso convoque para
responder a perguntas mesmo aqueles que não tenham
levantado a mão. É fundamental checar o nível de
conhecimento de qualquer aluno, em qualquer momento.
TÉCNICA 34
DE SURPRESA
• Com a chamada De surpresa chegando, todos os alunos sabem
que podem ser responsáveis por responder, então sua atenção
e foco aumentam. Os alunos são muito mais propensos a
pensar atentamente sobre cada pergunta e respondê-la em
sua cabeça porque podem ser solicitados a responder em voz
alta.
TÉCNICA 35
TODOS JUNTOS
• PEÇA AOS ALUNOS QUE RESPONDAM EM UNÍSSONO. Para gerar um
envolvimento enérgico e positivo dos alunos, de vez em quando peça que
respondam às perguntas em coro ou que complementem um enunciado
todos respondendo ao mesmo tempo. Por meio dessa técnica, você faz uma
pergunta e, em vez de um aluno responder, toda classe grita a resposta em
uníssono. À semelhança de um maestro, você pode usar vários tipos de
sinalização para a orquestra começar a tocar: contagem regressiva (“4, 3, 2,
1”), aviso (“Todos”, “turma”, “pessoal”), mudança de tom ou gesto com a
mão ou um dedo. Parece uma estratégia simples, mas é um modo eficaz não
só de revisão e reforço de estudo, mas também de animação, engajamento
e medida disciplinar (obediência ao professor).
TÉCNICA 36
MEIOS DE PARTICIPAÇÃO
• Refere-se a uma rotina de engajamento de Meios de Participação.
• As rotinas são importantes. Elas “evitam a falta de atenção na sala de
aula e ajudam os alunos a aprender coisas difíceis mais rapidamente”.
A professora envolve os alunos por meio de várias estratégias:
✓ Mãos!
✓ Virem e conversem!
✓ De surpresa!
✓ Todos juntos!
TÉCNICA 36
MEIOS DE PARTICIPAÇÃO
• Meios de Participação é o sistema de sinalização pelo qual você
alterna de forma clara e transparente entre os formatos em que os
alunos podem responder, como a “Chamada de surpresa”, pedindo
voluntários, e no Virem e conversem, para que todos respondam de
forma produtiva e confiante.
TÉCNICA 37
DIVIDA EM PARTES
• DIVIDA UM ASSUNTO DIFÍCIL EM PARTES MENORES. Quando o
aluno comete um erro ou não consegue entender o assunto, não dê
a resposta, mas forneça um mínimo de ajuda para que ele consiga
solucionar o máximo que conseguir do problema original usando
seus próprios recursos. Uma poderosa ferramenta que auxilia nessa
tática é decompor o material em partes mais simples para isolar e
enfocar a área considerada problemática.
TÉCNICA 37
DIVIDA EM PARTES
• Professores nota 10 não fazem a pergunta de novo, mas pensam
sobre a parte do material que provavelmente causou a confusão e
fazem perguntas menores e mais simples sobre essa parte. Eis
algumas maneiras de prestar auxílio sem perder o rigor: (a) forneça
um exemplo paralelo; (b) forneça contexto; (c) forneça uma regra;
(d) forneça um elemento que está faltando, em geral o primeiro; (e)
devolva para o aluno a resposta que ele deu; (f) elimine falsas
escolhas. O objetivo não é dar a resposta, mas fazer o aluno
pensar.
TÉCNICA 38
TODO MUNDO ESCREVE
• Esta técnica consiste em o professor pedir que todos os alunos se
preparem para a reflexão e discussão, pondo primeiro suas ideias no
papel. Quando eles fazem isso, seus pensamentos se tornam mais
claros, possibilitando que se empenhem em reflexão e discussão mais
rigorosa. O processo de escrita como auxiliar do pensamento não só
envolve os alunos, mas também os ajuda a processar, refinar e
clarificar suas ideias.
TÉCNICA 38
TODO MUNDO ESCREVE
BENEFÍCIOS DA TÉCNICA:
✓ Como você pode revisar as ideias dos alunos com antecedência, lendo
por cima dos ombros deles, pode selecionar respostas úteis para iniciar
a discussão.
TÉCNICA 38
TODO MUNDO ESCREVE
BENEFÍCIOS DA TÉCNICA:
✓ Se você usar o Todo mundo escreve antes da discussão, então cada
ideia compatilhada em voz alta é, na verdade, um segundo rascunho,
um pensamento de maior qualidade do que o que seria compartilhado
sem a oportunidade de pensar por escrito.
TÉCNICA 38
TODO MUNDO ESCREVE
BENEFÍCIOS DA TÉCNICA:
✓ Todo mundo escreve também permite que você chame De surpresa os
alunos com a confiança de que eles estão prontos para o sucesso,
porque você sabe que todos estão preparados com pensamentos.
TÉCNICA 39
SOLO SILENCIOSO

• Se você conseguir que todos na sala escrevam por um período


prolongado de tempo, os benefícios para o pensamento e a
discussão serão diversos.
TÉCNICA 39
SOLO SILENCIOSO
• Dar aos alunos a oportunidade de escrever por um minuto ou mais
antes de uma discussão levará a uma melhor compreensão,
participação mais confiante e ideias de melhor qualidade para
compartilhar.
TÉCNICA 39
SOLO SILENCIOSO
• Reflexões escritas curtas e formativas em meio ao aprendizado
podem ajudar os alunos não apenas a documentar seu
pensamento, mas descobri-lo e expandi-lo.
TÉCNICA 39
SOLO SILENCIOSO
• A técnica Solo silencioso envolve um objetivo aparentemente
comum: ensinar os alunos a escrever de forma confiável, na hora
certa, como uma questão de hábito.
TÉCNICA 39
SOLO SILENCIOSO
• O Solo silencioso permite que você solicite aos alunos que
comecem uma tarefa em que a proporção de participação é alta –
todos na sala estão respondendo à pergunta ao mesmo tempo – e
a proporção de pensamento também – enquadrar ideias
cuidadosamente em palavras é uma tarefa difícil.
• Nessa atividade o silêncio é necessário para uma reflexão
mais profunda.
TÉCNICA 40
ANTECIPE A ESCRITA
• INCLUA A REDAÇÃO COMO ATIVIDADE INICIAL NO PLANO DE AULA. Os
professores costumam usar a redação como atividade culminante. As
aulas comuns costumam seguir a sequência L-D-E (leitura- discussão-
escrita) ou A-D-E (atividade-discussão-escrita). O problema com essas
abordagens é que os alunos tendem a escrever seus textos com base nas
ideias que outros alunos geraram durante as discussões em sala. Para
avaliar com mais precisão a capacidade de nossos alunos de gerar ideias
de forma autônoma, a produção textual precisa vir mais cedo na
sequência.
TÉCNICA 40
ANTECIPE A ESCRITA
• A maneira mais simples de aumentar o rigor da redação do aluno é
alterar a ordem da aula para L-E-D (leitura-escrita-discussão) ou A-E-D
(atividade-escrita-discussão). Ou seja, preveja no seu plano de aula
atividades de produção textual logo no princípio do processo para
garantir que os alunos reflitam de forma rigorosa por meio da escrita.
TÉCNICA 41
A ARTE DA FRASE
• ENSINE OS ALUNOS A CONSTRUIREM FRASES BEM ESTRUTURADAS.
Peça aos alunos que sintetizem uma ideia complexa numa frase única e
bem estruturada. Em vez de enfatizar a construção de parágrafos, como se
faz geralmente, enfatize a construção de enunciados eficazes. Construir
frases complexas, sutis e bem elaboradas ajuda não só a desenvolver e
refinar ainda mais as ideias, mas também a utilizar novas formas
sintáticas. Além disso, pedir aos alunos que sintetize uma leitura ou
discussão numa única frase bem alinhavada força-os a clarear sua
compreensão do tópico. Como isso não é fácil, o professor pode ajudá-los
fornecendo iniciadores de frase (“a relação entre ...” “no longo prazo...”,
“com o tempo...”).
TÉCNICA 42
REVISÃO REGULAR
• A revisão é algo cotidiano no mundo real, mas muitas vezes é um evento
especial na sala de aula.
• A técnica de Revisão Regular segue a ideia simples de que podemos
melhorar a escrita dos alunos fazendo da revisão um ato cotidiano, muitas
vezes feito em pequenas doses simples, e criando o hábito de revisar
regularmente todos os tipos de escrita, não apenas trabalhos formais.
TÉCNICA 43
VIREM E CONVERSEM
• INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM DUPLAS. Para
incentivar os alunos a formularem melhor seus pensamentos, inclua nas
aulas breves discussões feitas ao pares. Embora muitos professores em
milhares de salas de aula usem a técnica de discussão chamada “Virem e
Conversem”, nem todas resultam em discussões eficientes, responsáveis e
rigorosas. Eis algumas sugestões para melhorar esta técnica. Primeiro, para
evitar perder tempo, designe as duplas e certifique-se de que ambos
saibam.
TÉCNICA 43
VIREM E CONVERSEM
• Depois, use um comando para que os alunos comecem a discussão
imediatamente (“comecem”), outro para a transição (“alternem”) e outro
para que finalizem (“acabem”). Por fim, planeje uma atividade para ser feito
por toda a turma depois da técnica, tais como análise, discussão, anotações,
redação etc.
TÉCNICA 44
HÁBITOS DE DISCUSSÃO
• INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM GRUPOS. Para
conceder mais liderança e autonomia aos alunos, sobretudo quando o
objetivo for realizar uma discussão, permita que eles discutam sem a
intervenção do professor, seja por curtos períodos de tempo, seja por
sequências mais longas e formais. Alguns a chamam de discussão socrática
ou seminário. Bem conduzida, é uma importante prática necessária aos
alunos quando estiverem na faculdade.
TÉCNICA 45
PROCESSO EM LOTES
• O professor estabelece sequências curtas nas quais os alunos têm
minidiscussões entre pares, mesmo dentro de outras atividades da aula,
como instrução direta ou questionamento. Apenas deixando três alunos
se revezarem diretamente em uma sequência sem precisar interferir até
o final, o professor permite que uma minidiscussão surja naturalmente.
Somente depois que três alunos ofereçam seus comentários é que ele
comenta algo, em vez de responder a cada um invidualmente.
TÉCNICA 46
DISCUSSÃO DISCIPLINADA
• A discussão disciplinada precisa de um tópico específico que os
participantes concordem tacitamente em discutir e precisa de um
modelo mental compartilhado do que significa discutir alguma coisa. Se
as pessoas estão apenas tentando provar que estão certas, isso é um
debate.
• A discussão deve envolver alguma reflexão ao longo das linhas de: o que
eu, ou nós, aprendemos aqui?
TÉCNICA 47
ABERTURA DE ROTINA DE ENTRADA
• ESTABELEÇA UMA ROTINA DE ENTRADA. Planeje e estabeleça uma
rotina eficiente para os alunos entrarem e começarem a aula de forma
vigorosa desde o minuto zero. Sabendo que se começarem devagar, será
difícil reconstruir o momento, professores nota 10 não perdem tempo:
entram em ação assim que os estudantes entram na sala.
TÉCNICA 47
ABERTURA DE ROTINA DE ENTRADA
• Para ditar o ritmo desde o primeiro minuto, depois de refletir sobre o que
vai acontecer, divida a rotina dos alunos em três partes: (1) da porta para
a atividade; (2) a atividade propriamente dita; e (3) a revisão da
atividade. Certifique-se de que os alunos saibam onde sentar e onde
buscar a tarefa (sempre a mantenha no mesmo lugar e se for um pacote,
coloque-o sobre uma mesa, mas não o distribua). Então depois que os
alunos completarem a atividade, faça a transição entre elas rapidamente
(“três ... dois... um!”) e os envolva em uma revisão responsável a fim de
que possa obter um senso acurado de quanto o aluno domina.
TÉCNICA 48
HÁBITOS DE ATENÇÃO
• “A neurociência nos lembra que, antes que possamos ser motivados a
aprender o que está à nossa frente, devemos prestar atenção a isso”.
• Atenção seletiva é o termo para a capacidade de selecionar o que você
presta atenção – bloquear distrações e se concentrar na tarefa em mãos.
Isso tem efeitos reverberantes no sucesso em linguagem, literatura e
matemática.
TÉCNICA 48
HÁBITOS DE ATENÇÃO
• Se os jovens podem construir hábitos de atenção seletiva sustentada, sua
probabilidade de sucesso aumenta.
• A técnica Hábitos de atenção busca estabelecer rotinas que façam os
alunos focarem sua atenção durante as aulas e construírem hábitos
atencionais mais fortes. Além disso, ela procura usar os sinais que as
pessoas enviam quando atendem outra pessoa para construir uma
comunidade de aprendizagem mais forte e inclusiva.
TÉCNICA 48
HÁBITOS DE ATENÇÃO
Algumas práticas para promover hábitos de atenção (SOPRe):
✓ Sente-se direito para parecer interessado e permanecer engajado;
✓ Olhe para que está falando para mostrar aos alunos que as ideias deles
importam;
✓ Preste atenção e aprecie as ideias de seus colegas sinalizando com a
cabeça, sorrindo, etc., quando eles falarem.
✓ Reformule as palavras da pessoa que falou antes de você para que ela
saiba que você está ouvindo.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA
• Quer usem o termo ou não, quase todos os educadores desenvolvem
procedimentos – definem maneiras de concluir tarefas recorrentes – e
os ensinam aos alunos. Uma razão pela qual os procedimentos são tão
onipresentes nas salas de aula é que, quando bem projetados, ajudam
os professores a economizar tempo para a aprendizagem.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA
• Às vezes, um procedimento mal projetado pode dificultar a execução
de uma tarefa. Para evitar essa armadilha, recomendo criar
procedimentos que satisfaçam cinco critérios.

1. Simplicidade: Planeje a maneira mais simples de concluir cada tarefa-


chave corretamente. Você quer procedimentos para poder aprender.
Ponto. A versão mais simples é a melhor.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA

2. Planeje as palavras: As palavras que indicam o início de um


procedimento e as que orientam seus passos fazem parte da rotina. Elas
devem ser planejadas com tanto cuidado e usadas consistentemente
quanto qualquer outra parte.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA
3. Rápido é melhor: Aproveite ao máximo o tempo de aula mostrando
aos alunos a maneira mais rápida e correta de fazer algo. Mesmo
encurtando seus procedimentos por meros segundos pode levar a
grandes economias ao longo do ano letivo.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA
4. Pouca Narração Necessária: Quando se trata de estabelecer um
procedimento, é preferível usar menos palavras para administrar a
execução. O objetivo é a autonomia, e muitas orientações do professor
impedem que os alunos internalizem com fazê-lo por conta própria. A
autonomia também é perdida se os alunos precisam de você para
explicar cada detalhe.
TÉCNICA 49
CONSTRUA A EFICIÊNCIA
4. Planejamento Duplo: Planeje o que você e seus alunos farão em cada
etapa de um procedimento.
TÉCNICA 50
CRIAÇÃO DE ROTINA
• A criação e rotina estabelece as bases para o sucesso, abrindo
caminho por meio de explicações claras e reforços consistentes que
somem à medida que a excelência se torna habitual.
TÉCNICA 50
CRIAÇÃO DE ROTINA
• Planeje e estabeleça uma rotina eficiente para os alunos entrarem e
começarem a aula de forma vigorosa desde o minuto zero. Sabendo
que se começarem devagar, será difícil reconstruir o momento,
professores nota 10 não perdem tempo: entram em ação assim que os
estudantes entram na sala. Para ditar o ritmo desde o primeiro minuto,
depois de refletir sobre o que vai acontecer, divida a rotina dos alunos
em três partes: (1) da porta para a atividade; (2) a atividade
propriamente dita; e (3) a revisão da atividade.
TÉCNICA 50
CRIAÇÃO DE ROTINA
• Certifique-se de que os alunos saibam onde sentar e onde buscar a
tarefa (sempre a mantenha no mesmo lugar e se for um pacote,
coloque-o sobre uma mesa, mas não o distribua). Então depois que os
alunos completarem a atividade, faça a transição entre elas
rapidamente (“três ... dois... um!”) e os envolva em uma revisão
responsável a fim de que possa obter um senso acurado de quanto o
aluno domina.
TÉCNICA 51
FAÇA DE NOVO
• A melhor sanção é sempre fazer de novo e, desta vez, fazer certo,
melhor ou perfeito. Somente a prática leva a perfeição, certo? O
objetivo é sempre a excelência, mesmo nas pequenas coisas, mesmo
na hora de fazer a fila. Reforce e corrija o erro sempre na mesma hora,
pois somente assim você conseguirá corrigi-lo de uma forma eficaz.
Peça para refazer algo sempre que você achou que não atingiu o nível
esperado.
TÉCNICA 52
O QUE FAZER
• Boa parte da desobediência dos alunos é causada por desconhecidos:
os alunos entendem mal sua orientação, não sabem como segui-la ou
tiveram um breve momento de distração. Comece dizendo o que fazer
e não dizendo o que não fazer. Portanto deixe claro o que você pede ao
aluno. Será que seus alunos sabem como se presta atenção? Use
orientações específicas, concretas, sequenciais e observáveis.
TÉCNICA 53
OLHAR DE RADAR/SER VISTO
OBSERVADO
• MOSTRE AOS ALUNOS QUE VOCÊ OS ESTÁ OBSERVANDO
comportamentos não produtivos primeiramente olhando para os
alunos e depois fazendo sutilmente com que vejam que você os está
observando. Lembra daqueles professores conhecidos como tendo
“olhos na parte de trás da cabeça”? Para se tornar um desses
professores, com olhar de radar, você precisa aperfeiçoar a rotação:
depois de dar uma instrução-chave e periodicamente ao longo de toda
a aula, tire um ou dois segundos para correr os olhos pela sala
rastreando comportamentos não produtivos.
TÉCNICA 54
TORNE AS EXPECTATIVAS VISÍVEIS
• TORNE A OBEDIÊNCIA A SUAS INSTRUÇÕES ALGO OBSERVÁVEL -
Certifique-se de que todos os alunos façam o que lhe foi pedido de
forma imediata e visível, estabelecendo um padrão que seja mais
exigente do que o de uma obediência superficial. Para isso, dê
orientações capazes de serem observadas. Por exemplo, pedir para
pôr o lápis na bandeja é mais eficaz do que pedir atenção, porque você
pode observar se seu pedido foi atendido ou não. Ou seja, ao pedir os
alunos para fazerem algo observável, você pode de fato monitorar o
comportamento deles. Depois de dar uma ordem, confira para ver se
ela foi obedecida. Seja sensato, porém, com o que pede a fim de que
seja mantido o padrão de colaboração.
TÉCNICA 54
TORNE AS EXPECTATIVAS VISÍVEIS
COMO VOCÊ PODE TORNAR AS EXPECTAVAS MAIS VISÍVEIS:

✓ Diga “Lápis na mesa” em vez de “Abaixem os lápis”.


✓ Diga “Livros abertos à sua frente”, em vez de “Livros para fora”.
✓ Diga “Deixe-me ver os lápis se movendo” em vez de “Vocês deveriam
estar escrevendo”.
TÉCNICA 55
INTERVENÇÃO MENOS INVASIVA
• Maximize o tempo destinado ao ensino e minimize o “drama”,
escolhendo a tática menos invasiva possível para corrigir os alunos que
não estão realizando a tarefa. Intervir a todo momento para corrigir o
comportamento do aluno torna o ensino impraticável. Se você quer
que todos sigam suas instruções da forma mais rápida e menos
tumultuada possível, então escolha uma intervenção que esteja tão
próxima do topo da lista abaixo quanto possível:
TÉCNICA 55
INTERVENÇÃO MENOS INVASIVA
a. Intervenção não verbal – Use contato visual, gesto de mão ou postura
em direção aos alunos que não estão fazendo a tarefa, enquanto continua
a instrução.
b. Correção grupal positiva – Faça um rápido lembrete verbal para todos:
“Preciso ver todos escrevendo”. Isto é melhor do que dizer o nome do
estudante e ter todos olhando para aquela pessoa.
TÉCNICA 55
INTERVENÇÃO MENOS INVASIVA
C. Correção individual anônima - é semelhante a uma correção positiva
em grupo na medida em que descreve a solução; no entanto, deixa
explícito que há pessoas (ainda que anônimas) que ainda não atenderam
às expectativas.
d. Correção individual privada – Corrija indivíduos de forma privada e
discretamente dando à classe uma tarefa rápida: “Cheque com seu
parceiro sobre...” e incline -se em direção ao aluno que precisa de
correção. Em voz baixa e calma, diga ao aluno o que ele deve fazer: “É
importante que você aprenda isto. Preciso ver você de cabeça erguida”.
TÉCNICA 55
INTERVENÇÃO MENOS INVASIVA
e. Elogio individual privado preciso. Caminhe até o aluno e sussurre um
elogio positivo: “Achei sua resposta excelente” para que os alunos não
pensem que todas as intervenções privadas são apenas de teor corretivo.

f. Correção pública super-rápida. Quando você precisar corrigir um


indivíduo publicamente, certifique-se de minimizar seu tempo “no palco”.
Diga algo como: “Quintino, preciso ver seu lápis se movendo”. Dizer ao
aluno o que ele deve fazer é mais eficiente e eficaz do que dizer o que ele
não deve fazer.
TÉCNICA 56
GENTILEZA FIRME E CALMA
• MANTENHA-SE CALMO E GENTIL, MAS FIRME - Tome medidas para
que os alunos obedeçam às suas instruções sem criar conflitos,
estabelecendo assim um ambiente de propósito e respeito e mantendo
seu equilíbrio emocional. Lembre-se de que ter completa obediência em
sala de aula não se trata de exercer poder, mas de alcançar um propósito
importante: ajudar os alunos a ter sucesso. Saia da equação e concentre-
se no objetivo. Grandes gestores de classe são calmos e estáveis. Para
permanecer assim: Trate do problema logo que ele surgir (se você está
zangado, é porque esperou tempo demais); diga “por favor” antes de o
aluno obedecer e “obrigado” depois que ele obedecer;
TÉCNICA 56
GENTILEZA FIRME E CALMA
• Use linguagem que mostre aos alunos que essas expectativas são
universais e não pessoais (“Precisamos de você conosco” é melhor que
“Preciso você comigo”); mantenha-se positivo e não deixe que os alunos
irritem você. Às vezes o que eles precisam é apenas de um pouco de
espaço para se recompor. Portanto, afaste-se e desvie o olhar, antes de
olhar de volta. E siga firme no leme.
TÉCNICA 57
ARTE DA CONSEQUÊNCIA
• Quando necessário, aplique as consequências de forma rápida, gradual,
consistente e despersonalizada. Consequências não são punições, mas
algo que ocorre como resultado de nossas ações e servem para ensinar
aos alunos a aprender com seus erros. Para tornar as consequências
eficazes, coloque-as em prática imediatamente ou logo que for possível.
Aplique-as de forma gradual ao invés de todas duma vez, aumentando
proporcionalmente o grau de severidade. Além disso, seja previsível para
que os alunos saibam o que vai acontecer, e você não precisará inventar
uma consequência a cada vez. Uma abordagem é nomear o aluno,
identificar o comportamento e, em seguida, aplicar a consequência:
“Michael. Falando. Dois dólares.”
TÉCNICA 57
ARTE DA CONSEQUÊNCIA
• Essa abordagem não só é consistente, como também previne a
verborragia. Também é útil apresentar consequências em tom firme, mas
com uma expressão facial neutra, da maneira mais privada possível e
depois voltar a ensinar com cordialidade e entusiasmo. Por fim, para evitar
que o aluno desligue depois de ouvir uma consequência, use uma frase de
“recuperação” para mostrar que o sucesso ainda está ao alcance dele:
“Pegue seu lápis e volte a escrever como eu sei que você consegue.”
TÉCNICA 58
VOZ DE COMANDO

• Alguns professores entram na sala e imediatamente estão no


comando. É difícil dizer porque alguns têm e outros não. São
características únicas e intransferíveis. Não tem receita. Mas pode-se
seguir alguns passos para chegar lá. São 5 os princípios de voz de
comando:
TÉCNICA 58
VOZ DE COMANDO
✓ Economia de palavras;
✓ Só fale quando todos estiverem ouvindo;
✓ Não mude de assunto;
✓ Linguagem corporal;
✓ Poder silencioso (é preciso construir o hábito de ouvir e ouvir as
informações que vêm silenciosamente desde o início. Queremos que
eles associem vozes calmas com atenção).
TÉCNICA 59
DISCURSO POSITIVO
• As pessoas são motivadas muito mais pelo positivo do que pelo
negativo.
• Faça correções de maneira positiva e consistente. Descreva o mundo
que você deseja que seus alunos vejam, mesmo que você ainda esteja
tentando chegar lá. Os alunos são muito mais motivados pelo positivo
do que pelo negativo.
TÉCNICA 59
DISCURSO POSITIVO
• Uma falha é a suposição de que elogio é a mesma coisa que
positividade. Elogiar é dizer a alguém que fez algo bem feito.
Positividade (neste caso) é a entrega de informações que os alunos
precisam de uma maneira que motive, inspire e comunique nossa
crença em sua capacidade.
TÉCNICA 59
DISCURSO POSITIVO
• Em vez de utilizar muitos elogios aspire a fornecer uma variedade de
feedback e orientação úteis e honestos, que incluam elogios e feedback
crítico ou corretivo, mas o façam de forma positiva, de uma maneira
que motive, inspire e comunique uma crença na capacidade dos alunos.
TÉCNICA 60
ELOGIO PRECISO
• Enquanto o Discurso positivo e concentra em como você faz o
feedback construtivo ou crítico parecer motivador, atencioso e
proposital a quem se destina, o Elogio preciso trata do
gerenciamento do feedback positivo para maximizar seu foco,
benefício e credibilidade.
• O reforço positivo é uma resposta a uma ação que acabou de ocorrer:
um aluno faz algo bem e você diz que fez um bom trabalho.
TÉCNICA 60
ELOGIO PRECISO
• Faça elogios associados a objetivos. Não elogie os alunos pelo que é
obrigação dele fazer: “João, parabéns por ter trazido o lápis”.
Diferencie reconhecimento de elogio. Não banalize o elogio,
enaltecendo desempenhos medíocres ou mesmices. Guarde-o
somente para coisas excepcionais. Além disso, seja preciso e
específico sobre o que está elogiando. Por fim, module e varie sua
inflexão de voz. Algumas vezes você pode elogiar publicamente;
outras vezes sussurrar baixinho: “Eu corrigi as provas ontem à noite
e a sua estava excelente”. O elogio público, porém, costuma ter um
efeito poderoso.
TÉCNICA 61
CORDIAL/RIGOROSO
• SEJA CORDIAL E RIGOROSO AO MESMO TEMPO. Para comunicar altas
expectativas, seja cordial e rigoroso ao mesmo tempo. Embora sejamos
levados acreditar que ser rigoroso e cordial são atitudes opostas,
antagônicas, ela podem, sim, ser complementares. De fato, como
professores, devemos ser uma coisa e outra ao mesmo tempo. Eis
como podemos fazer isso: (1) Explique aos alunos a razão de você estar
fazendo o que está fazendo: “Priya, não fazemos isso em sala de aula
porque impede que aproveitemos bem nosso tempo de
aprendizagem”. (2) Faça distinção entre o comportamento e a pessoa.
TÉCNICA 61
CORDIAL/RIGOROSO
• Diga: “Sua maneira de agir é imprudente” em vez de “Você é
imprudente”. (3) Deixe claro que as consequências são temporárias:
“Depois que tiver terminado, mal posso esperar para ter você de volta
dando o seu máximo”. (4) Utilize comportamento não verbal cordial:
coloque seu braço no ombro do aluno e diga que sente muito, mas ela
terá de refazer o trabalho.
TÉCNICA 61
CORDIAL/RIGOROSO
• Você deve ser carinhoso, engraçado, entusiasmado, preocupado,
estimulante e também rigoroso, fiel as regras, em alguns casos
inflexível. O paradoxo deve ser seguido ao mesmo tempo. Somente
assim passará a imagem aos alunos de que realmente se preocupa e
tem grandes expectativas com relação a eles.
TÉCNICA 62
EQUILÍBRIO EMOCIONAL
• MANTENHA A ESTABILIDADE EMOCIONAL. Para promover a
aprendizagem e o desempenho dos alunos, gerencie suas próprias
emoções, sobretudo em momentos críticos. Alunos ficam
transtornados às vezes, mas o professor deve permanecer calmo e
controlado o tempo todo. Visto que a escola é um tipo de laboratório
social para os alunos, você será o exemplo maior que eles terão como
modelo de comportamento. Seguem algumas dicas para manter a
estabilidade emocional: (1) Ande devagar até o epicentro do
problema; isso lhe dará algum tempo para se acalmar. (2) Critique
comportamentos, e não pessoas.
TÉCNICA 62
EQUILÍBRIO EMOCIONAL
• (3) Não leve a coisa para o pessoal; não diga que se sente traído ou
desapontado. (4) Evite fazer generalizações: “Você sempre age desse
jeito”. (5) Não faça estardalhaço pelas respostas, elogiando demais as
certas ou censurando demais as erradas.
TÉCNICA 63
FATOR A
• RECORRA AO FATOR ALEGRIA. Saber que o trabalho de aprender traz
satisfação intrínseca é essencial não só para uma turma feliz, mas
também para uma turma de alto desempenho. Sendo assim, sempre
que possível, faça celebrações da aprendizagem de seus alunos e com
seus alunos, à medida que for obtendo êxitos, por menores que sejam.
Além de feedback verbal e não verbal positivo, recompense
regularmente o duro trabalho do esforço cognitivo com momentos de
satisfação e contentamento.
TÉCNICA 63
FATOR A
• Eles se encherão de entusiasmo e motivação. Seguem cinco categorias
de atividade alegres que os professores nota 10 utilizam em sala de
aula para festejar culminâncias totais ou parciais: diversão, jogos,
humor, suspense, surpresa, atividades em grupo, teatro, música, dança
etc.
REFERÊNCIA:

LEMOV, Doug. Aula nota 10: 63 técnicas para a gestão da


sala de aula. 3.ed. Porto Alegre: Penso, 2023.

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