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METEOROLOGIA AERONÁUTICA

COMISSÁRIOS DE BORDO
Essa apostila foi feita para passar conhecimento
e sabedoria da meteorologia básica, para as
pessoas que desejam ingressar na aviação civil
como comissário de bordo.

 Contato: felopes.cordeiro@hotmail.com
 Cel: 9622-0661

Prof: Felipe Lopes Cordeiro


METEOROLOGIA
SUMÁRIO

1. Introdução a Meteorologia 7. Atmosfera Padrão

2. A Terra e o Sistema Solar 8. Ventos

3. Sistema de Coordenada 9. Nevoeiro

4. Atmosfera Terrestre 10. Turbulência

11. Frentes
5. Calor e Temperatura
12. Trovoada
6. Pressão Atmosférica
13. Gelo

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METEOROLOGIA

É a ciência que estuda a atmosfera, seus


fenômenos e atividades. É um ramo da
geofísica que é a ciência que se ocupa da
física do globo terrestre, sua estrutura
sólida(litosfera), líquida (hidrosfera) e
gasosa (atmosfera).
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METEOROLOGIA

Pura- Campo de pesquisa


 ex: sinótica , dinâmica , tropical ,polar, nuclear.

Aplicada- Necessidade do homem

ex: aeronáutica, marítima, agrícola, industrial.

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Fases da meteorologia
aeronáutica

1) Observação;
2) Divulgação;
3) Coleta;
4) Análise;
5) Exposição; Prof: Felipe Lopes Cordeiro
1ª Fase - Observação

Verificação visual ou instrumental


dos elementos pelos meteorologistas
que representam as condições
meteorológicas de um determinado
local, podendo ser de superfície e de
altitude ou ainda por radar
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Superfície
Estação Meteorológica de Superfície ( EMS
)*

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2ª Fase - Divulgação

É a transferência (transmissão) dos


dados observados, para os
meteorologistas aeronáuticos. Para
que os mesmos tomem conhecimentos
das condições meteorológicas
reinantes, como por exemplo num
aeródromo. (intranet e internet)
3ª Fase - Coleta

É a recepção dos dados de uma


determinada região para um
conhecimento mais amplo das
condições meteorológicas

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4ª Fase - Análise
Análise , estudo , interpretação das
observações feitas anteriormente. Com
isso são confeccionadas as previsões
para uso dos aeronavegantes.Ex:
METAR, TAF, SPECI, AIREP, GAMET,
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5ª Fase - Exposição

É a entrega das previsões já confeccionadas


para uso dos aeronavegantes (salas AIS)
METEOROLOGIA Prof: Felipe Lopes Cordeiro

Serviços de meteorologia
ONU
OACI
OMM
ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
CIVIL INTERNACIONAL
METEOROLÓGICA MUNDIAL
• CRIADA EM 1947
• CRIADA EM 1951,
• SEDE: MONTREAL
• SEDE: GENEBRA (SUÍÇA)
(CANADÁ)
• FINALIDADE:
• FINALIDADE: COORDENAR
COORDENAR O
AS ATIVIDADES DE
DESENVOLVIMENTO DAS
SEGURANÇA, ECONOMIA E
ATIVIDADES
DESENVOLVIMENTO DAS
METEOROLÓGICAS NO
ATIVIDADES
MUNDO
AERONÁUTICAS NO MUNDO
• POSSUI 200 PAÍSES
• POSSUI 300 PAÍSES
MEMBROS
MEMBROS
METEOROLOGIA
No Brasil:
Ministério da Agricultura
 INMET- Instituto Nacional de Meteorologia
Comando da Aeronáutica
 DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo
 INFRAERO – Infraestrutura Aeroportuária
 METAR - é uma mensagem que fornece informações
meteorológicas de hora em hora. Instrumento usado EMS
ou EMA.

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METEOROLOGIA
 Centros Meteorológicos de Aeródromos
(CMA) – localizados nos aeródromos, têm a
responsabilidade de prestar serviço
meteorológico à navegação aérea e é dividido
em três classes:
 CMA 1 – Centro Meteorológico de
Aeródromo de 1ª classe
 CMA 2 – Centro Meteorológico de
Aeródromo de 2ª classe
 CMA 3 – Centro Meteorológico de
Aeródromo de 3ª classe
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METEOROLOGIA

 A Terra no Sistema Solar


 Localização da Terra no sistema solar: a
Terra é o terceiro planeta na ordem de
distancia do Sol. Ordem dos planetas do
nosso sistema solar: mercúrio, vênus, Terra,
marte, júpiter, saturno, urano, netuno e
plutão.

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METEOROLOGIA

• Forma: GEÓIDE

• Plano de Rotação: INCLINADO

• Giro: ANTI-HORÁRIO (PN)

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MOVIMENTOS DA TERRA
A Terra possui dois movimentos distintos: ROTAÇÃO,
TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO.
ROTAÇÃO: Movimento executado no próprio eixo imaginário, de
oeste para leste, a cada 24h no sentido anti-horário determinando
a sucessão dos dias e das noites, como o consequente
aquecimento diurno e resfriamento noturno. Dia Sideral a cada
23:56:04 menor que o dia Solar.

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TRANSLÇÃO ou REVOLUÇÃO
É quando a Terra gira ao redor do Sol em uma órbita elíptica a
cada 365 dias e 6h, ou seja, 1 ano dando-se as estações do ano:
Primavera, Verão, Outono e Inverno

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SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

É o cruzamento da latitude com a longitude

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Latitude Prof: Felipe Lopes Cordeiro

Arco de meridiano que está


compreendido entre o Equador e um
ponto considerado. As latitudes
assumem valores de 0º a 90º para
Norte(N) ou para Sul(S).
Longitude Prof: Felipe Lopes Cordeiro

Arco de paralelo ou de Equador


compreendido entre Greenwich o um
meridiano considerado. As longitudes
assumem valores de 0º a 180º para
Este(E) ou para Oeste(W)
 Latitudes equatoriais, latitudes tropicais, latitudes temperadas, latitudes
polares. Veja figura abaixo.

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Atmosfera Terrestre

É uma fina camada de gases presa á terra pela


força da gravidade. A atmosfera terrestre protege
a vida na Terra absorvendo a radiação
ultravioleta solar, aquecendo a superfície por
meio da retenção de calor (efeito estufa), e
reduzindo os extremos de temperatura entre o
dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra
aparece como uma esfera de coloração azul
brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela
dispersão da luz solar sobre a atmosfera, e que
existe também em outros planetas do sistema
solar dotados de atmosfera.
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Densidade do AR Atmosférico:
É a quantidade de molécula de ar existente num
certo volume. d=m/v
O princípio de Arquimedes comprova que todo
corpo mergulhado num fluido recebe um esforço
de baixo para cima. Ex: Se pegarmos um balão e
aquecermos, a densidade do ar que está contida
no mesmo diminuirá e a densidade que está
externa será maior, com isso concluímos que
haverá um empuxo ou um esforço empurrando
esse balão para cima.

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ATMOSFERA TERRESTRE

Pressão Atmosférica:
É o peso que o ar exerce numa certa unidade
de área da superfície da Terra. Instrumento
que mede a pressão atmosférica: Barômetro
Instrumento que registra: Barógrafo.
A Pressão Atmosférica foi padronizada no (MSL) nível médio do
mar de 1.013,2hpa. A Pressão Atmosférica estará sempre
relacionada com a área, pois quanto maior a área menor a
pressão e quanto menor a área maior a pressão. Ex: Se
pressionarmos as duas extremidades de um lápis veremos que a
ponta do lápis exercera maior pressão, pois a área é menor.
p=F/A

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ATMOSFERA TERRESTRE

COMPOSIÇÃO BÁSICA DA ATMOSFERA

 78% de nitrogênio Oxigênio


21%
 21% de oxigênio

 1% de outros gases

 0% de vapor d’agua Nitrogênio


78%

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ATMOSFERA TERRESTRE
 COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA SATURADA

– 75% de nitrogênio
– 20% de oxigênio
– 01% de outros gases
– 04% de vapor d’agua

Obs:
 queArarsaturado
seco ! é mais leve
que o ar seco !

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ATMOSFERA TERRESTRE

 Classificações do Ar:

 Seco - 0% de Vapor d’água


 Úmido - 0% - 4% de Vapor d’água
 Saturado - 4 % de Vapor d’água

Vapor d’ água 0% 1% 2% 3% 4%
Umidade relativa 0% 25% 50% 75% 100%
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METEOROLOGIA
 Propriedades da atmosfera terrestre.
1) Absorção: É um processo de filtragem da radiação solar, onde se verifica a
penetração dos raios solares e ocorre nos níveis mais elevados da atmosfera.
2) Difusão: É um processo de filtragem da radiação solar que consiste na dispersão
dos raios luminosos. Ameniza a incidência dos raios luminosos sobre a superfície da
Terra.
3) Reflexão: É também um processo de filtragem da radiação solar onde uma boa
parte dos raios luminosos é refletida de volta para o espaço.
4) Albedo: É a capacidade de reflexão de uma superfície. O albedo pode ser definido
ainda como a relação entre a quantidade de energia refletida e a quantidade de
energia incidente. Superfícies mais claras, mais lisas e brilhantes, como a neve,
possuem maior albedo.
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METEOROLOGIA

 Relação entre os parâmetros da meteorologia: Temperatura, densidade, pressão e


altitude.
1) A densidade do ar varia inversamente proporcional a temperatura. Significa dizer
que quando a temperatura do ar aumenta o ar se expande e a densidade do ar
diminui.
2) A densidade do ar varia diretamente proporcional a pressão atmosférica. Significa
dizer que quanto maior for a concentração de moléculas de ar presente num certo
volume maior será o peso do ar exercido sobre a Terra.
3) A densidade e a pressão atmosférica diminuem com a altitude. Significa dizer que a
medida que subimos na atmosfera o ar se torna menos denso, e a pressão é cada
vez menor. Assim concluímos que a densidade ou a pressão são inversamente
proporcional a altitude ou seja aumentado-se a altitude observamos diminuição da
densidade e da pressão.
4) A temperatura do ar diminui com a altitude somente dentro da troposfera e numa
razão média de 2ºC/1000 Ft.
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CAMADAS

Exosfera – Sem característica - 1.000 km de altitude


___________________________________________
Ionosfera – Absorção - 400 a 500 km de altitude
Camada que reflete as ondas de rádio
___________________________________________
Estratosfera – Difusão - Até 70 km de altitude
Camada de Ozônio cerca de 50 km
___________________________________________
Tropopausa – Isortemia (3 a 5 km de espessura)
___________________________________________
Troposfera – Reflexão
Dist. 7 a 9 km sobre Pólos, 17 a 19 km sobre o Equador
TROPOSFERA Prof: Felipe Lopes Cordeiro

•Alta porcentagem de vapor d’agua.

• Presença de núcleos de condensação.

• Aquecimento e resfriamento por

radiação.

• Gradiente térmico* de 2ºC/1.000 pés.


TROPOPAUSA

•Isotérmica

• Cessam todos os fenômenos meteorológicos comuns


na troposfera.

• Temperatura média = -56,5º C

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ESTRATOSFERA

Possui uma subcamada chamada


Ozonosfera.

Difusão dos raios solares causando a


coloração azulada do céu

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IONOSFERA

Ótima condutora de eletricidade.

Absorve raios X, Gama e Ultravioleta.

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EXOSFERA

Transição entre a atmosfera e o espaço


interplanetário.

Não filtra radiação.

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METEOROLOGIA

Calor
É uma das formas em que a energia se apresenta, podemos chamar calor de energia
térmica.
Propagação do calor – O calor se propaga sob várias formas

Radiação, Condução , Convecção e


Advecção
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Propagação de Calor
Radiação: É um processo de transmissão de
calor a distância sem contato entre os corpos,
sob a forma de ondas. Exemplo: Radiação Solar

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Propagação de Calor
Condução: É a transmissão do calor de uma
corpo mais quente a um corpo mais frio por
contato. Ex: O ar permanecendo sobre uma
superfície mais quente adquire calor por
condução, e aquele que está sobre uma
superfície mais fria perde calor por condução.

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Propagação de Calor
CONVECÇÃO: Transporte de calor no sentido vertical.
Ex: Quando a terra se aquece, ela própria aquece o ar. Esse ar
aquecido sobe, Porque se torna menos denso e mais leve. O ar
mais frio, mais denso e mais pesado, desce para tomar o lugar do
ar mais quente que subiu. Desta forma uma corrente contínua de
ar quente subindo e de ar frio descendo se forma, chamada de
corrente convectiva.

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Propagação de Calor
ADVECÇÃO: Transporte de calor no sentido
horizontal. Ex: O caso mais típico e o vento

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Efeito Estufa

Como já foi citado, a maior parte da radiação


solar que atinge o planeta Terra é absorvida pela
sua superfície e é refletida de volta para o
espaço, mas na nossa atmosfera tem gases
fazendo com que boa parte do calor fique contido
próximo a superfície do planeta Terra não
deixando resfriar totalmente conhecido como
efeito estufa natural. Existe também o efeito
estufa artificial que é produzido pelo homem.
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METEOROLOGIA
EFEITO ESTUFA

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Água na Atmosfera Terrestre

A água existe na atmosfera em três estados


físicos: sólido, líquido e gasoso. No estado sólido
toma forma de neve, granizo, granizo pequeno,
nuvem e nevoeiro congelante.

Como líquido toma a forma de chuva, chuvisco,


nuvem e nevoeiro.

No estado gasoso é conhecida como vapor de


água.
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O ar saturado é mais leve, portanto menos
denso
O ar seco é mais pesado, portanto mais
denso Prof: Felipe Lopes Cordeiro
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METEOROLOGIA
 Ponto de Orvalho (Dew Point).
É definido como a temperatura em que o vapor de água presente no ar está prestes a se
condensar.
 Ciclo Hidrológico.
METEOROLOGIA
O vento é o resultado do deslocamento de uma massa de ar de um ponto a outro na
superfície da Terra. É o fluxo horizontal do ar que ocorre principalmente devido a diferença de
pressão atmosférica entre dois pontos. Os ventos fluem na direção das pressões mais baixas
por efeito da força do gradiente de pressão (G), que é função da diferença de pressão
entre dois pontos e a distância que separa esses dois pontos.

G = diferença de pressão
distância Prof: Felipe Lopes Cordeiro
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METEOROLOGIA
 Vento de superfície – é o vento que sopra junto à superfície da Terra até 100 metros. O
vento de superfície produz a força de atrito que será mais intensa junto a uma
superfície irregular do terreno.
 Vento de altitude – Os centros meteorológicos de aeródromos, disponibilizam para os
pilotos e Dov’s as cartas de previsão de ventos em altitude, indicando as direções e
velocidades do vento, que serão de grande importância na preparação do planejamento
de vôo, cálculo do tempo de vôo e combustível necessário.
 Força ou Efeito de Coriolis – É uma força que faz com que o vento que sopra das
regiões polares, se desloque para a esquerda da sua trajetória no hemisfério sul ou
para a direita da sua trajetória no hemisfério norte, em decorrência do
movimento de rotação da Terra.
 Força Centrífuga – Os ventos sopram em movimentos circulares de áreas de alta
pressão para áreas de baixa pressão atmosférica. A força centrífuga atua sobre as
partículas de ar de dentro para fora da curva considerando-se o movimento circular da
massa de ar.
Descrição do vento pelos órgãos meteorológicos
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METEOROLOGIA
1) Direção do vento: a direção do vento é expressa em graus (de 0º à 360º), no sentido
horário e a partir da direção do norte verdadeiro. A direção do vento é considerada de onde
ele sopra até um observador num ponto considerado na superfície da Terra. Para efeitos de
pouso ou decolagem a direção do vento é informada para o piloto em graus magnéticos
pelo operador da torre de controle.
2) Velocidade do vento: É expressa em Knots (KT).
3) Caráter do Vento (regularidade de fluxo)- O vento é dito variável, quando apresenta
variações na sua direção e vento de rajada quando apresenta variações na sua velocidade
de pelo menos 10 Kt num intervalo máximo de 20 segundos.
 Instrumento que mede a direção e velocidade do vento- ANEMÔMETRO.
 Efeitos do vento nas operações de pouso ou decolagem: Todos os pousos ou
decolagens devem ser realizados com vento de proa, o que permitirá realizar a
operação com menor comprimento de pista.
 Durante o vôo em rota o vento de cauda diminui o tempo de vôo e o vento de proa
aumenta o tempo de vôo, o que vai implicar diretamente no consumo de combustível.
ANEMÔMETRO: BIRUTA: Nos fornece a direção.
Mede a velocidade do vento, e
também mede a direção.

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METEOROLOGIA

Nuvens

As nuvens são o resultado da condensação ou sublimação do vapor de água na


atmosfera, acima de 30 metros, pois quando a condensação do vapor de água ocorre colado à
superfície e até 30 metros, o resultado é o nevoeiro ou névoa úmida.

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METEOROLOGIA

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Estratiforme
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Cumuliforme
METEOROLOGIA

1) Quanto a sua estrutura física:


Líquidas – nuvens constituídas exclusivamente por gotículas de água. Obs.; as nuvens
baixas são líquidas.
Sólidas – nuvens constituídas exclusivamente por cristais de gelo. Obs.; as nuvens
altas são sólidas.
Mistas – nuvens constituídas parcialmente por gotículas de água e por cristais de gelo. Obs.;
a nuvem de trovoada (cumulunimbus – CB) é mista
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METEOROLOGIA
1) Quanto ao estágio de formação. (altura das bases das nuvens).
Nuvens Altas: acima de 8000 m, regiões tropicais
acima de 7000 m, regiões temperadas
acima de 4000 m, regiões polares
Nuvens Médias: .de 2000 m à 8000 m, regiões tropicais
.de 2000 m a 7000 m, regiões temperadas
.de 2000 m à 4000 m, regiões polares
Nuvens Baixas: acima de 30m e até 2000 m em qualquer latitude.

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METEOROLOGIA
1) Quanto ao seu gênero: (tipos de nuvens)
Nuvens Altas: CIRRUS............................................ (CI)
CIRROSTRATUS .........................................(CS)
CIRROCUMULUS .......................................(CC)
Nuvens Médias: NIMBUSTRATUS ..............................(NS)
ALTOSTRATUS .........................................(AS)
ALTOCUMULUS....................................... (AC)
Nuvens Baixas: STRATUS............................................. (ST)
STRATOCUMULUS ...............................(SC)
Nuvens de Desenvolvimento vertical: CUMULUS.............. (CU)
TOWER CUMULUS.... (TCU)
CUMULUNIMBUS..... (CB)

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METEOROLOGIA

 Características das nuvens e efeitos sobre o vôo.

CIRRUS (CI) – nuvens altas formadas por cristais de gelo com textura fibrosa, de cor
branca. Formam-se devido a ventos fortes em níveis elevados, sua presença
denuncia correntes de jato e pode ser prenuncio de entrada de frente fria ou de
fenômenos meteorológicos de grande magnitude como as trovoadas, linhas de
instabilidade e furacões. São mais comuns nas regiões tropicais e equatoriais.

CIRROSTRATUS (CS) – nuvens altas formadas por cristais de gelo em círculos luminosos
encobrindo parcialmente o Sol ou a Lua proporcionando um fenômeno que denominamos
HALO. As nuvens desse tipo não apresentam qualquer tipo de turbulência e os vôos dentro
dessas nuvens são tranqüilos

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METEOROLOGIA

CIRROCUMULUS (CC) – nuvens altas formadas por cristais de gelo com aspecto granulado
como carneirinhos. Sua presença denuncia turbulência em altos níveis, quase
sempre perigosa à navegação aérea.

NIMBUSTRATUS (NS) – nuvens médias, de estrutura líquida ou mista, cinzentas e por


vezes sombrias, de camada muito espessa suficiente para ocultar completamente o
Sol. Normalmente produz muita precipitação.
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METEOROLOGIA

ALTOSTRATUS (AS) – nuvens médias, cinzentas de aspecto estriado, cobrindo


inteiramente ou parcialmente o céu, permitindo ver o Sol como se fosse através de
um vidro despolido. Podem produzir precipitações leve e contínua e permitem um
vôo tranqüilo e sem turbulência.

ALTOCUMULUS (AC) – nuvens médias, formadas em bancos ou lençóis brancos ou cinzentos


de estrutura líquida ou mista. Normalmente não produz precipitação e o vôo é tranqüilo com
turbulência que pode variar de leve a moderada e em casos raros chegar à turbulência forte
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METEOROLOGIA

STRATUS (ST) – nuvens baixas com base bem uniforme de cor acinzentada, acima de 30
metros, constituída por gotículas de água, podendo produzir chuviscos.
Normalmente se forma devido ao resfriamento noturno da superfície.

STRATOCUMULUS (SC) – nuvens baixas de estrutura líquida, produz precipitações leve e


intermitente. Nuvem de transição entre a nuvem Stratus e a nuvem Cumulus. O ar
é estável e apresenta tendências a se tornar instável. Apresenta turbulência leve.

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METEOROLOGIA
CUMULUS (CU) – nuvens de desenvolvimento vertical que se formam em blocos isolados,
apresenta turbulência mais forte na sua parte superior, é constituída por gotículas
de água podendo ter estrutura mista quando no seu desenvolvimento ela ultrapassa
o nível de congelamento. O ar é instável e a sua presença denuncia a existência de
correntes ascendentes e turbulência.

TOWER CUMULUS ( TCU ) – é a mesma nuvem CUMULUS, porém com grande extensão
vertical, apresenta os mesmos fenômenos da Cumulus com maior intensidade. Está
próxima de se tornar um CB.

CUMULUNIMBUS (CB) – é a nuvem da trovoada, de considerável dimensão vertical em


forma de montanhas ou enormes torres. É uma nuvem de estrutura mista. O topo
da nuvem tem aspecto cirriforme e a base muito escura.Produz precipitações fortes
em forma de pancadas, líquidas e/ou sólidas (granizo ou saraiva). No interior da
nuvem o ar é extremamente instável, ocorrem ventos de rajadas, chuva intensa,
granizo, relâmpagos, correntes de ar ascendentes e descendentes, turbulência de
leve à severa e formação de gelo.Todo piloto deve ter em mente evitar as áreas de
trovoada, fazendo desvios na rota e quando necessário prosseguir para a
alternativa, pois são imprevisíveis as intensidades dos fenômenos meteorológicos
que ocorrem numa nuvem de trovoada.

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METEOROLOGIA
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METEOROLOGIA
– Nevoeiro.

Nevoeiro é o resultado da condensação do vapor de água colado à superfície e até


30 metros, acarreta restrição à visibilidade para menos de 1000 metros e apresenta
umidade relativa entre 97% e 100%.
Chamamos de névoa úmida quando a visibilidade for igual ou maior que 1000 m e
a umidade relativa estiver acima ou igual a 80%.
Chamamos de névoa seca a uma grande concentração de partículas sólidas e
microscópicas em suspensão na atmosfera (sais, poeira, poluição etc...) que produz
restrição à visibilidade. Na névoa seca a umidade relativa é menor que 80%.
Na região sul e sudeste do Brasil, verificamos com muita freqüência a formação de
nevoeiro, chamado nevoeiro de radiação, que ocorre durante o inverno quando a
radiação terrestre se manifesta intensamente nas noites de céu sem nuvens e vento
fraco. O nevoeiro dificulta as operações de pouso e decolagem e em alguns casos
interdita o aeroporto, forçando o piloto a prosseguir para a alternativa.

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METEOROLOGIA
Turbulência.

Chamamos de turbulência a agitação do ar no sentido vertical, através das correntes


ascendentes ou descendentes. O ar é instável e torna o vôo desagradável tanto para
passageiros como para tripulantes. Sempre que a aeronave entrar em área de turbulência,
os avisos luminosos de apertar cintos de segurança devem ser acionados. Em alguns casos
a turbulência pode se tornar um perigo para o vôo, principalmente para as aeronaves de
pequeno porte.

Quanto a intensidade da turbulência, podemos classificá-la como:


 Leve
 Moderada
 Forte
 Severa

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METEOROLOGIA

Tipos de turbulência:
 Turbulência térmica ou convectiva – Ocorre associada as correntes ascendentes mais
comuns nos dias quentes.
 Turbulência orográfica – Ocorre junto as montanhas, associado a ventos fortes que fluem
em direção as mesmas.
 Turbulência mecânica ou de solo – resultado do atrito de ventos fortes com uma superfície
irregular do terreno, (prédios, morros, e outros obstáculos do terreno).
 Turbulência dinâmica – resultado do atrito de ventos superpostos que apresentam direções
e velocidades diferentes.

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METEOROLOGIA
O exemplo mais típico é a turbulência de céu claro (CAT – clear air turbulence)
que ocorre associada aos ventos fortes em altitude, correntes de jato (jet stream), acima de
20.000 FT e até a base da tropopausa.
Um outro exemplo de turbulência dinâmica é a cortante de vento ou tesoura de
vento (windshear), que pode ocorrer em qualquer altitude e torna-se muito perigosa quando
ocorre em baixa altura na aproximação final de uma aeronave.
Ainda sobre a turbulência dinâmica, temos a turbulência que surge nas trajetórias de pouso e
decolagem, principalmente de aeronaves de grande porte, quando são formados vórtices a
partir de hélices, turbinas ou ponta de asas o que chamamos de esteira de turbulência que
agita o ar de tal maneira após a sua decolagem, que qualquer outro avião para decolar após,
deverá obedecer a uma separação mínima de tempo para então tomar posição na pista e
decolar.
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METEOROLOGIA

Frentes

Chamamos de frente, o limite dianteiro de uma massa de ar em deslocamento.


Exatamente na região limite entre as duas massas de ar, onde se processam a transferência
de calor entre uma massa de ar e outra, ocorre vários fenômenos meteorológicos que
dependendo das diferenças de temperatura e umidade entre as duas massas de ar poderão
atingir um grau de violência muito grande.
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METEOROLOGIA
 Frente fria – Trata-se de uma massa de ar frio que avança em direção a um ar mais
quente. As frentes frias são instáveis, apresentam boas condições de visibilidade e permitem a
formação de nuvens cumuliformes e trovoadas.
As frentes frias são mais rápidas e mais violentas, pois o ar frio quando avança em direção a
uma massa quente, seu movimento é muito facilitado por ser o ar frio mais denso que o ar
quente.
No hemisfério sul a frente fria tem seu deslocamento de SW para NE, e no hemisfério norte de
NW para SE.
Antes da passagem de uma frente fria no hemisfério sul os ventos predominam vindos de NW
e logo após a sua passagem o vento passa a fluir de SW.
A principal característica que define a aproximação de uma frente fria é o aumento da
temperatura e a diminuição da pressão atmosférica.
Também pode ser observado pela nebulosidade do tipo CIRRUS que aumentam em
quantidade, e já na passagem da frente as nuvens do tipo CUMULUS e CUMULUNIMBUS, que
são mais comuns nas frentes frias, mas também podem ocorrer raramente nas frentes
quentes.

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METEOROLOGIA
 Frente quente – Trata-se de uma massa de ar quente que avança na direção de uma
região ocupada por uma massa de ar frio. As frentes quentes são mais estáveis, apresentam
maior restrição a visibilidade e a nebulosidade predominante é de aspecto estratificado.
As frentes quentes deslocam-se mais lentamente devido a pouca densidade do ar quente e não
apresentam fenômenos meteorológicos de grande intensidade. A frente quente geralmente não
tem CB.
No hemisfério sul as frentes quentes tem seu deslocamento de NW para SE, e no hemisfério
norte de SW para NE.
Antes da passagem de uma frente quente no hemisfério sul os ventos predominam vindos de
NE e logo após a sua passagem o vento passa a fluir de NW.
A principal característica que define a aproximação de uma frente quente é o aumento da
temperatura e a diminuição da pressão atmosférica. Também pode ser observado pela
nebulosidade do tio CIRRUS e CIRROSTRATUS, que aumentam em quantidade, e já na
passagem da frente as nuvens do tipo ALTOSTRATUS e NIMBUSTRATUS podendo também
aparecer o STRATUS.
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METEOROLOGIA
 Frente estacionária - a frente ocorre entre dois sistemas de ALTA pressão, portanto
numa região de BAIXA pressão. Quando os dois sistemas de alta pressão se equilibram, a
frente tende a parar se tornando estacionária.

 Frente Oclusa – a evolução de um sistema frontal culmina com a oclusão de uma das
frentes. Esta oclusão leva a uma situação de tempo bastante prejudicial à navegação aérea
pela enorme massa de nebulosidade em vários níveis, ocorrência de muitas trovoadas e pela
extensa área de precipitação. Em qualquer delas, contudo, há de se ter muita precaução, pois
os CUMULUNINBUS estarão envolvidos nas densas camadas de nuvens tornando qualquer vôo
perigoso. Existem dois tipos de oclusão de frentes.
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METEOROLOGIA
1) Oclusão do tipo fria.
Uma oclusão será fria quando, após ocorrer a superposição das duas frentes, a frente
fria permanecer em contato com a superfície passando então a frente quente à condição de
frente superior ou frente em altitude.
2) Oclusão do tipo quente.
Uma oclusão será quente, quando a frente quente permanece na superfície, enquanto a
frente fria se eleva, tornando-se a frente superior ou de altitude.

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OCLUSÃO FRIA
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OCLUSÃO QUENTE
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METEOROLOGIA
Trovoadas.

Definimos trovoada como o conjunto de fenômenos meteorológicos que ocorrem no


interior de um ou vários Cumulunimbus (CB).
Devido a uma forte convecção, correntes ascendentes carregam a umidade do ar que se
condensa, formando nuvens do tipo cumulus que desenvolvem rapidamente em grandes
blocos de nuvens e num processo de desenvolvimento se transformam em Cumulunimbus
(CB), que é a nuvem da trovoada, que tem a sua parte superior transformada em uma massa
de nuvens cristalizadas (nuvens cirrus).
No interior dessa nuvem, grande quantidade de água, neve e gelo acumulam energia
que se transforma em energia elétrica que atinge números inacreditáveis na ordem de
100.000.000 de volts.
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METEOROLOGIA
Quando as correntes convectivas, ascendentes não conseguem suportar o peso da quantidade
de água, neve e gelo, ocorre a precipitação líquida ou sólida (neve ou granizo). A energia
elétrica acumulada também começa a se dissipar através dos relâmpagos.
Relâmpago, portanto é o resultado da violenta amperagem das faíscas que provocam
no ar um aquecimento brutal que o inflama surgindo a manifestação luminosa.
Trovão, é o resultado da brusca e explosiva expansão do ar, produzindo uma onda de pressão
que gera o ruído sônico que ouvimos após o relâmpago.
As trovoadas quase sempre ultrapassam o nível de 10000 metros e algumas vezes atingem o
nível de 18000 metros Prof: Felipe Lopes Cordeiro
METEOROLOGIA
 Condições de tempo associadas as trovoadas.

1) Ventos de rajada, perigosos nas operações de pouso e decolagem.


2) Chuva intensa em forma de pancadas.
3) Fortes correntes de ar ascendentes e descendentes.
4) Granizo. (precipitações sob forma de pedras de gelo).
5) Turbulência que varia de leve à severa.
6) Relâmpagos – descargas elétricas. Os relâmpagos podem ser verticais, predominam na
parte dianteira de uma trovoada e os relâmpagos horizontais (de nuvem para nuvem)
predominam na parte traseira de uma trovoada.
7) Formação de gelo. (gelo claro ou cristal) que constitui o gelo mais perigoso para a aviação,
por ser pesado e aderente.
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METEOROLOGIA
 Fases da trovoada.

1) Primeira fase: fase de cumulus: nesta fase começa-se a formação das nuvens do
tipo cumulus com predominância de correntes ascendentes e alguma precipitação
em forma de pancadas.
2) Segunda fase: fase de maturidade: nesta fase a trovoada apresenta o seu
máximo de desenvolvimento, começam a ocorrer os relâmpagos e a turbulência é
intensa.
3) Terceira fase: fase de dissipação:nesta fase todo o processo começa a se dissipar,
havendo uma predominância de correntes descendentes.

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METEOROLOGIA Prof: Felipe Lopes Cordeiro

NOTA: As trovoadas podem causar grandes problemas para a navegação aérea devido à
turbulência de intensidade imprevisível, formação de gelo e grandes descargas elétricas. Por
esta razão é que todo piloto deve se afastar das áreas de trovoada, fazendo desvios na rota e
quando necessário prosseguindo para a alternativa
METEOROLOGIA
Gelo.

A formação de gelo sobre as aeronaves acarreta excesso de peso, altera o perfil


aerodinâmico, reduz a visibilidade em vôo, diminui a velocidade e aumenta o consumo de
combustível.
As condições propícias para formação de gelo na atmosfera é a presença da água e a
temperatura abaixo de 0ºC e o elemento catalisador.
Na atmosfera encontramos a água no estado líquido sob forma de chuva, chuvisco,
pancadas ou sob forma de nuvens, nevoeiro ou névoa.
Catalisador é o elemento que promove o início de uma reação ou modifica a velocidade
como a mesma se processa. Em nosso caso, o catalisador é o próprio avião que funciona em
caráter duplo, isto é, tem característica mecânica durante a colisão com as gotas de água e
tem característica de núcleo após a colisão.

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METEOROLOGIA
 Tipos de gelo.
1) Gelo claro, cristal ou liso: é o tipo mais perigoso por ser pesado e aderente. Ocorre com
temperatura entre 0ºC e -10ºC, comum nas nuvens cumulonimbus (CB).
2) Gelo escarcha, opaco, amorfo ou granulado: é mais leve, menos aderente e de
aspecto leitoso, ocorrem nas nuvens estratificadas com temperatura abaixo de 0ºC e nas
nuvens cumuliformes com temperatura entre -20ºC e -40ºC.
3) Gelo misto: não raramente, pode ocorrer a formação combinada de gelo claro e escarcha.
Ocorre nas nuvens cumuliformes com temperatura entre -10ºC e -20ºC
4) Geada: são cristais de gelo, formados por sublimação, quando o vapor de água entra em
contato com a fuselagem muito fria. Forma-se uma camada fina e opaca sobre a fuselagem
e pára-brisas, prejudicando a visibilidade do piloto.

Nota: Os aviões modernos dispõem do sistema anti-gelo (anti ice system), que
aquece as superfícies do bordo de ataque das asas, empenagem e carenagem dos
motores para evitar a formação e acúmulo do gelo.
METEOROLOGIA

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 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

 ASSISTAM A ORAÇÃO DO COMISSÁRIO


ANTES DE FAZER OS EXERCÍCIOS PARA
MOTIVÁ-LOS.

http://www.youtube.com/watch?v=n27NLnYTAjY

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 METEOROLOGIA

 1) A troposfera, camada mais baixa da atmosfera se estende, sobre o
equador, até cerca de:
 a) 60 km;
 b) 500 km;
 c) 7 a 9 km;
 d) 17 a 19 km.

 2) Em que camada da atmosfera ocorrem a maioria dos fenômenos
meteorológicos?
 a) Exosfera;
 b) Ionosfera;
 c) Tropopausa;
 d) Troposfera.

 3) A camada da atmosfera onde se verifica a ISOTERMIA é a:
 a) exosfera;
 b) ionosfera;
 c) troposfera;
 d) tropopausa.
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 4) A temperatura na troposfera:
 a) aumenta com a altitude;
 b) diminui com a altitude;
 c) mantém-se constante com a altitude;
 d) diminui até certa altitude depois aumenta.

 5) A temperatura padrão (ISA) ao nível do mar, equivale a:
 a) 10ºC;
 b) 12ºC;
 c) 15ºC;
 d) 25ºC.

 6) A variação média da temperatura na troposfera – queda
térmica norma da atmosfera, padrão, corresponde a:
 a) 2ºC/100m;
 b) 2ºC/1000ft;
 c) 5,5ºC/100ft; Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 d) 6,5ºC/100m.
 7) A camada externa da atmosfera que se confunde com o espaço
interplanetário é:
 a) exosfera;
 b) ionosfera;
 c) ozonosfera;
 d) estratosfera.

 8) A camada de ozônio, conhecida como ozonosfera, que protege
a terra do excesso de radiação ultravioleta, e uma sub-camada da:
 a) troposfera;
 b) exosfera;
 c) estratosfera;
 d) ionosfera.

 9) Tropopausa é caracteriza por:
 a) fluxo de correntes de jato;
 b) isotermia;
 c) gradiente térmico positivo;
 d) fluxo de ventos máximos.
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 10) A porcentagem de vapor d’água no ar saturado da
atmosfera corresponde a:
 a) 4% do volume de ar;
 b) 100% do volume do ar;
 c) 21% do volume do ar;
 d) 78% do volume de ar.

 11) A composição básica da atmosfera padrão é de:
 a) 78% de oxigênio e 21% de nitrogênio;
 b) 78% de hidrogênio e 21% de oxigênio;
 c) 78% de nitrogênio e 21% de oxigênio;
 d) 78% de oxigênio e 21% de hidrogênio.

 12) A camada mais baixa da atmosfera chama-se:
 a) tropopausa;
 b) troposfera;
 c) estratosfera; Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 d) ionosfera.
 13) A tropopausa é uma camada de transição entre a troposfera e a
estratosfera de espessura aproximada de:
 a) 60 km;
 b) 17 a 19 km;
 c) 9 km;
 d) 3 a 5 km.

 14) A camada da atmosfera onde se dá o inicio da difusão ou
dispersão da luz solar é:
 a) troposfera;
 b) ionosfera;
 c) estratosfera;
 d) tropopausa.

 15) A ionosfera, tem como característica principal:
 a) Difusão ou dispersão da luz solar;
 b) Gradiente térmico de 2ºC/1000ft;
 c) Refração e reflexão das ondas de rádio;
 d) Ocorrência da maioria dos fenômenos meteorológicos.
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 16) A quantidade de moléculas de ar presente num dado volume, é o que
chamamos de:
 a) Névoa única;
 b) Pressão atmosférica;
 c) Umidade relativa do ar;
 d) Densidade do ar atmosférico.

 17) Como varia a densidade do ar com o aumento da temperatura?


 a) Aumenta;
 b) Diminui;
 c) Mantém-se constante;
 d) Impossível determinar sem a pressão.

 18) Densidade do ar atmosférico:


 a) Aumenta com a altitude;
 b) Aumenta com o aumento da temperatura;
 c) Diminui com o aumento da pressão atmosférica;
 d) Varia inversamente proporcional a temperatura.
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19) Ao peso de uma coluna de ar exercido numa unidade de área da
superfície da terra, chamamos de:
 a) Pressão;
 b) Umidade;
 c) Densidade;
 d) Condensação.
 20) Um vento para ser caracterizado de rajada deve variar um mínimo de:

 a) 10kt em um minuto;
 b) 10 kt em uma hora;
 c) 20 kt em 10 minutos;
 d) 10 kt em 20 segundos.

 21) Temos como exemplo de movimentação vertical do ar:


 a) Ventos;
 b) Brisas;
 c) Ciclones;
 d) Correntes.
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 22) Quando o ar retém uma quantidade de vapor d’água que corresponde
a quatro por cento do volume de ar, ele é dito, ar:
 a) seco;
 b) úmido;
 c) saturado;
 d) condensado.

 23) As nuvens “Stratus” e “Stratocumulus” são classificadas como:


 a) altas;
 b) mádias;
 c) baixas;
 d) desenvolvimento vertical.

 24) Nuvens de grande expansão horizontal e pouca espessura, é


classificada quanto ao seu aspecto como:
 a) Advectiva;
 b) Cirriforme;
 c) Cumuliforme;
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 d) Estratificada.
 25) Uma grande concentração de partículas sólidas, microscópicas no ar,
podendo acarretar restrição à visibilidade é conhecida como:
 a) Nevoeiro;
 b) Névoa seca;
 c) Névoa úmida;
 d) Nível de condensação.

 26) As nuvens de trovoada são do tipo:


 a) Cumulus;
 b) Stratocumulus;
 c) Altocumulus;
 d) Cumulunimbus.

 27) As seguintes nuvens consistem o grupo das nuvens altas:


 a) Altostratus, cirrus, cirrostratus;
 b) Cirrus, cirrocumulus, stratocumulus;
 c) Altotratus, nimbustratus, stratus;
 d) Cirrus, cirrocumulus, cirrostratus. Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 28) As nuvens stratocumulus e nimbustratus são classificadas quanto ao
seu gênero, respectivamente como:
 a) Baixas e altas;
 b) Baixas e médias;
 c) Médias e baixas;
 d) Médias e altas.

 29) Quanto a altura das bases, as nuvens baixas situam-se acima de 30
metros e até:
 a) 2.000m nas regiões polares;
 b) 2.000m em qualquer latitude;
 c) 4.000m nas regiões tropicais;
 d) 4.000m em qualquer latitude.

 30) As nuvens cirrus e altostratus são classificadas quanto ao seu gênero
respectivamente como:
 a) Altas e baixas;
 b) Médias e altas;
 c) Altas e médias;
 d) Médias e baixas.

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 31) O nevoeiro ocorre quando a umidade relativa do ar situa-se
entre:
 a) 50% e 70%;
 b) 71% e 85%;
 c) 85% e 96%;
 d) 97% e 100%.

 32) As nuvens altas “cirrus, cirrocumulus e cirrostratus” tem
estrutura:
 a) Mista;
 b) Gasosa;
 c) Sólida;
 d) Líquida.

 33) Chamamos de nevoeiro, quando temos visibilidade horizontal:
 a) Variável;
 b) Ilimitada;
 c) Superior a 1.000m;
 d) Inferior a 1.000m.
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 34) Qual o processo de formação de nuvens ao qual está associado
a turbulência térmica?
 a) Radiação;
 b) Advecção;
 c) Convecção;
 d) Orográfico.

 35) O processo de advecção está associado à:
 a) Nuvens de trovoada;
 b) Turbulência térmica;
 c) Correntes ascendentes;
 d) Formação de nuvens estratificadas.

 36) Qual o tipo de nuvem que normalmente se forma associado ao
processo de convecção?
 a) Stratus;
 b) Cumulus;
 c) Altostratus;
 d) Cirrostratus.
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 37) Ar estável está associado à:
 a) Turbulência térmica;
 b) Correntes ascendentes;
 c) Formação de nuvens cumuliformes;
 d) Formação de nuvens estratificadas.

 38) Gelo claro ou cristal ocorre dentro das nuvens de trovoada com
temperatura:
 a) Abaixo de 10ºC;
 b) Entre 0ºC e –10ºC;
 c) Abaixo de –10ºC;
 d) Acima de +10ºC.

 39) A primeira fase ou estágio de uma trovoada é chamada de:
 a) Cumulus;
 b) Primário;
 c) Dissipação;
 d) Maturidade.
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 40) O gelo mais leve, não muito aderente e de aspecto leitoso, que ocorre
em nuvens cumuliformes com temperatura abaixo de –10ºC é o:
 a) Claro;
 b) Cristal;
 c) Geada;
 d) Escarcha.

 41) A turbulência que ocorre junto às montanhas, resultado dos ventos que
fluem em direção a elas, chama-se:
 a) Turbulência térmica;
 b) Turbulência de céu claro;
 c) Turbulência orográfica;
 d) Turbulência mecânica ou de solo.

 42) A turbulência que ocorre em decorrência das correntes ascendentes e
estão associadas ao processo convectivo de nuvens é a turbulência:
 a) Solo;
 b) Térmica;
 c) Mecânica;
 d) Orográfica.

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 43) A turbulência que é resultado do atrito de ventos fortes com a
superfície irregular é classificada como:
 a) Térmica;
 b) Mecânica;
 c) Orográfica;
 d) Convectiva.

 44) “Cumulus”, “Maturidade” e “Dissipação” são as fases ou
estágios do/da:
 a) Trovoada;
 b) Turbulência;
 c) Formação de gelo;
 d) Processo de advecção.

 45) Qual o deslocamento de uma frente fria no hemisfério sul?
 a) De nordeste para sudoeste;
 b) De noroeste para sudeste;
 c) De sudeste para noroeste;
 d) De sudoeste para nordeste. Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 46) O gelo mais perigoso para a aviação por ser pesado e aderente é:
 a) Geada;
 b) Amorfo;
 c) Claro ou cristal;
 d) Opaco ou escarcha.

 47) Uma massa de ar quente tem a seguinte características:
 a) Formação de névoas;
 b) Forte instabilidade;
 c) Formação de trovoadas;
 d) Boa visibilidade horizontal.



 48) Certamente o Piloto encontra instabilidade no ar quando:
 a) O vento é calmo;
 b) Ocorre a formação de nevoeiro;
 c) O céu apresenta formação de nuvens cumuliformes;
 d) O céu está coberto por uma camada contínua de nuvens.

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 49) Gelo misto é a combinação do gelo:
 a) Geada e opaco;
 b) Opaco e amorfo;
 c) Claro e cristal;
 d) Claro e escarcha.

 50) Turbulência observada em níveis elevados, geralmente acima de


20.000 ft, associado as correntes de jato, é do tipo:
 a) Mecânica;
 b) Térmica;
 c) Orográfica;
 d) De céu claro.

 51) O gelo encontrado tanto em nuvens estratiformes quanto em


cumuliformes é do tipo:
 a) liso;
 b) claro;
 c) cristal; Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 d) escarcha.
 52) A direção do vento para fins meteorológicos é dada em relação
ao:
 a) norte verdadeiro;
 b) norte magnético;
 c) norte bússola;
 d) rumo verdadeiro.

 53) Ocorre melhor condução do calor em:


 a) madeira;
 b) metal;
 c) borracha;
 d) ar.

 54) A tropopausa é caracterizada por ser:


 a) alta;
 b) baixa;
 c) úmida;
 d) isotérmica. Prof: Felipe Lopes Cordeiro
 55) Quando há sublimação do vapor de água na atmosfera, ocorre a
formação de:
 a) cristais de gelo;
 b) vapor d’ água;
 c) gotículas de água;
 d) chuva.

 56) Uma aeronave em voo apresentando agitações ascendentes e


descendentes, tornando o voo desagradável, estará voando em:
 a) nevoeiro;
 b) ar estável;
 c) ar turbulento;
 d) nuvens estratiformes.

 57) Os fenômenos meteorológicos mais importantes ocorrem na:


 a) estratosfera;
 b) troposfera;
 c) tropopausa;
 d) ionosfera.
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 58) Névoa úmida é caracterizada quando a visibilidade está restrita
a (até) .......... metros:
 a) menos de 1000;
 b) mais de 1000;
 c) 100;
 d) 50.

 59) Relâmpagos verticais permitem identificar à noite:


 a) Trovoadas orográficas;
 b) a parte dianteira de uma trovoada;
 c) a parte traseira de uma trovoada;
 d) a parte superior de uma trovoada.

 60) Uma aeronave pousa e decola com vento de:


 a) proa;
 b) cauda;
 c) través;
 d) esquerda.

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 61) A distância vertical contada a partir do nível médio do mar até um
ponto qualquer, denomina-se:
 a) nível;
 b) altura;
 c) altitude;
 d) elevação.

 62) Nevoeiro é caracterizado quando a visibilidade estiver restrita a (até):


 a) 50 metros;
 b) 100 metros;
 c) mais de 1000 metros;
 d) menos de 1000 metros.

 63) O processo de transferência de calor a distância sem contato entre os


corpos, chama-se:
 a) Convecção;
 b) Condução;
 c) Advecção;
 d) Radiação.

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 64) Pressão é fornecida por um instrumento denominado:
 a) barômetro;
 b) termômetro;
 c) biruta;
 d) anemômetro.

 65) Os valores de temperatura e pressão padrão são, respectivamente:


 a) 15ºC/1013,2hpa;
 b) 15ºC/1013,2 cm/s;
 c) 15ºF/1013,2 hpa;
 d) 15ºF/1013,2mb.

 66) A noite a temperatura do solo diminui por causa da:


 a) radiação;
 b) convecção;
 c) condução;
 d) advecção.
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 67) O gelo mais leve e menos aderente é o:
 a) claro;
 b) cristal;
 c) escarcha;
 d) geada.

 68) O ar úmido, em relação ao ar seco:


 a) é mais pesado;
 b) é menos denso;
 c) tem a mesma densidade;
 d) é mais quente.

 69) A formação de gelo nas aeronaves ocorre para:


 a) diminuir a sustentação
 b) aumenta a sustentação
 c) diminui a resistência ao avanço
 d) diminui o peso

 70) O gelo claro forma-se mais comumente em ar:


 a) estável em nuvens cumuliformes
 b) estável em nuvens estratiformes
 c) instável em nuvens cumuliformes
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 d) instável em nuvens estratiformes
GABARITO

01- D 02- D 03- D 04- B 05- C 06- B 07- A 08- C 09- B 10- A

11- C 12- B 13- D 14- C 15- C 16- D 17- B 18- D 19- A 20- D

21- D 22- C 23- C 24- D 25- B 26- D 27- D 28- B 29- B 30- C

31- D 32- C 33- D 34- C 35- D 36- B 37- D 38- B 39- A 40- D

41- C 42- B 43- B 44- A 45- D 46- C 47- A 48- C 49- D 50- D

51- D 52- A 53- B 54- D 55- A 56- C 57- B 58- B 59- B 60- A

61- C 62- D 63- D 64- A 65- A 66- A 67- C 68- B 69- A 70- C

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