Climatologia 01 - FUVEST 2024

ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CLIMATOLOGIA
EXTENSIVO
FUVEST
2024
Exasiu
Aula 01 – Climatologia
Exasi
Nesta aula serão abordadas as diferenças entre o tempo
meteorológico e clima, as camas da atmosfera e principalmente
os elementos e fatores climáticos.
u
Profª. Priscila Lima
AULA 01 – CLIMATOLOGIA 1
estretegiavestibulares.com.br vestibulares.estrategia.com
SUMÁRIO
1. DIFERENÇAS: CLIMA E TEMPO 4
2. CAMADAS DA ATMOSFERA 5
3. ELEMENTOS CLIMÁTICOS 8
3.1 TEMPERATURA 8
CAI NA PROVA 11
3.2 UMIDADE 12
CAI NA PROVA 14
3.3 PRESSÃO 15
CAI NA PROVA 17
4. FATORES CLIMÁTICOS: LATITUDE 20
4.1 TEMPERATURA 20
4.2 UMIDADE 22
CAI NA PROVA 23
5. FATORES CLIMÁTICOS: ALTITUDE 26
CAI NA PROVA 27
6. FATORES CLIMÁTICOS: MASSA DE AR 29
6.1 BRASIL 30
CAI NA PROVA 32
7. FATORES CLIMÁTICOS: CORRENTES MARÍTIMAS 34
CAI NA PROVA 36
8. FATORES CLIMÁTICOS: MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE 37
CAI NA PROVA 40
9. CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA 41
CAI NA PROVA 46
10. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 48
10.1 REFINANDO OS CONCEITOS 48
11. GABARITO 65
12. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RESOLVIDAS E COMENTADAS 65
12.1 REFINANDO OS CONCEITOS 65
13. QUESTÕES INÉDITAS 89
14. GABARITO DAS QUESTÕES INÉDITAS 94
15. QUESTÕES INÉDITAS RESOLVIDAS E COMENTADAS 95
16. GLOSSÁRIO GEOGRÁFICO 105
17. CONSIDERAÇÕES FINAIS 106
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 107
1. DIFERENÇAS: CLIMA E TEMPO
Terminando este capítulo... você precisa dominar:

● O que é tempo meteorológico?
● O que é Clima?
Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em:

● Meio Ambiente: Mudanças climáticas
Uma das grandes questões da nossa geração é a causa ambiental. Entretanto, o termo
meio ambiente nada mais é do que a relação entre diversos fatores bióticos e abióticos que
estudaremos durante nossa preparação, e, entre tais fatores: o clima.
E por que eu comecei essa aula falando justamente sobre meio ambiente? Porque uma
das discussões que mais repercutem na geopolítica, política interna e pelas infovias (em especial
o twitter) é a base teórica e as constatações das mudanças climáticas.
Mas só é possível entender as mudanças climáticas se eu conheço os padrões climáticos,

que por ventura, só conseguiremos realmente entender se a pergunta “o que é clima?” for bem
respondida.
Um dos objetivos desse curso é fortalecer os seus conceitos, então vamos partir do famoso
começo
Nas palavras de Jurandyr Ross (1996):
Tempo e clima são duas noções bem distintas. A primeira corresponde a uma
situação transitória da atmosfera, com mudanças diárias e até horárias, ao passo
que a segunda se define por padrões estabelecidos após trinta anos de
observações, apresentando, portanto, no mínimo, um perfil relativamente estável.
Por isso mesmo é fácil detectar modificações no tempo, porém difícil demonstrar
alterações no clima, principalmente em escala global.”
Resumindo...
● Tempo: é o estado geral da atmosfera que se altera com maior facilidade. Exemplo:
Hoje pela manhã estava quente (não é um padrão. Algumas manhãs são quentes, outras não).
● Clima: comportamento atmosférico mais estável (30 anos), logo um padrão. Exemplo:
As chuvas se concentram em Janeiro. (é um padrão! Todo ano acontece, há mais de 30 anos).
2. CAMADAS DA ATMOSFERA

● O que é atmosfera?
● Quais as principais características e usos de cada
camada da atmosfera?
Este capítulo também te ajudará a atender:

● Relação: altitude pressão
● Relação: Altitude e temperatura na troposfera
Você reparou que na descrição de tempo e clima o termo atmosfera se fez presente? Pois
bem, essa é a camada de ar que integra o Sistema Terra, que também é composto por: litosfera,
hidrosfera e biosfera, de forma simples:
ar
Atmosfera
Biosfera
sólido água
Onde há vida
Essa camada de ar que envolve o Planeta Terra é uma das principais condições para que
os seres humanos nela habitem, e, diferente de todas as outras realidades que se estendem pelo
Universo (pelo menos na pequena parte que o homo sapiens conhece), nossa atmosfera é
composta por um enorme volume de oxigênio (21%), segundo gás mais disponível – perdendo
apenas para o Nitrogênio (em torno de 78%).
a) Troposfera: a espessura da
camada varia desde a superfície terrestre até
em torno de 20 km de altitude. (mais espessa
na Linha do Equador que nos polos, pois o
raio solar incide perpendicularmente na
Latitude 0°, fazendo com que as moléculas
de ar se expandam e ascendam).
Importante: é nessa camada que quase
todos os fenômenos meteorológicos
acontecem.
É composta principalmente por nitrogênio,
oxigênio e gás carbônico (CO2), mas existem
outros gases. Retém o vapor d’água oriundo
da evapotranspiração (água que os seres
vivos liberam), correspondendo a 75% da
massa gasosa do planeta.
Na divisa entre a Troposfera e a

Estratosfera temos a tropopausa
b) Estratosfera: entre 10 e 50 km de
altitude. Concentra gás ozônio que é
responsável por barrar (filtrar) a radiação
ultravioleta
A camada de ozônio (Ozonosfera) está

entre 20 e 35 km de altitude.
c)Mesosfera: entre 50 e 80 km de altitude. É

a camada mais fria de todas (em torno de -
Imagem 1 : Camadas da Atmosfera 10º e -100º C), pois concentra pouco gás. Os
satélites não conseguem orbitar nela por
causa da gravidade terrestre, assim, ela é pouco estudada, mas sabemos que é nela
que ocorre a combustão de meteoritos (estrela cadente), possuindo alta concentração
de partículas de metais.
d) Termosfera: também é conhecida como

Ionosfera, entre 80 e 500 km de altitude. É a
camada mais espessa da atmosfera. É na
termosfera que as auroras polares (boreal e
austral) são produzidas. Esse fenômeno
acontece por causa dos ventos solares que são
carregados com plasma, provocando luz quando
entra em contato com o campo magnético da
Terra. A interação entre o vento solar e o campo
magnético é conhecida como Magnetosfera.
e) Exosfera: Possui cerca de 1,5 mil km a
Imagem 2 : Aurora Boreal - Fonte: SHUTTERSTOCK
partir da superfície terrestre. Alguns cientistas
não consideram uma camada da atmosfera e sim parte do espaço sideral, pois recebe
mais influência da radiação solar do que da gravidade da Terra. Apesar da elevada

temperatura, satélites de telecomunicação e telescópios de longo alcance se
encontram nessa camada.
Bom... agora que vimos as características de cada uma das camadas da atmosfera,
observe essa imagem comigo:
1º ponto: observe a relação

entre a radiação solar e a
camada de ozônio. Note que
essa camada “filtra” a
radiação, logo em questões de
vestibular poder ser
relacionada com uma proteção
que diminui o número de
câncer de pele.
2º ponto: foque na linha que

apresenta a temperatura. Ela
não tem um “caminho”
constante por toda a
atmosfera, mas isso pode ser
observado na principal
camada para os nossos
estudos nessa aula – a
troposfera.
Quanto maior a altitude,

menor a temperatura na
Troposfera
3º ponto: por fim, note que o

Efeito Estufa é um fenômeno
natural, mas o estudaremos na
aula de Meio Ambiente porque
as ações antrópicas estão
Imagem 3 : Camadas da atmosfera - temperatura e camada de ozônio potencializando essa
dinâmica.
3. ELEMENTOS CLIMÁTICOS

● O que é a temperatura na Terra?
● O que é a umidade na Terra?
● Dinâmica de pressão na Terra
Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em:

● Fatores climáticos
● Circulação geral/regional/local da atmosfera
● Ciclones
Antes de mais nada, elementos climáticos são características, os ingredientes que formam
o clima:
O clima x é composto por um padrão de temperatura, um padrão de umidade e um padrão de

pressão.
3.1 TEMPERATURA
Definição:
Temperatura é uma propriedade física que está relacionada ao grau de agitação das
moléculas de um corpo. Quanto maior a agitação, maior a temperatura
Quando o assunto é a temperatura atmosférica dois pontos precisam ser destacados:

insolação, que diz respeito à radiação solar que chega na Terra; e, a latitude, que determina a
distribuição desses raios solares pelo planeta (esse último tratearemos em um capítulo
específico).
Mas de forma mais direta, o que é esse “calorzinho” ou “friozinho” que sentimos? Bom...
vamos esquematizar, com base na análise de Christopherson (1997):
Entrada dos raios solares

Radiação em ondas curtas do
Sol para Terra
• Ultraviolenta
• Visível
Saída dos raios solares
Radiação em longas do Terra
• Infravermelho de ondas curtas
para o Espaço
• Infravermelho termal
Terra
A absorção e a reflexão de ondas longas determinam a temperatura
Mas é claro que as coisas não são tão simples assim, existem inúmeras variantes quanto
à chegada dos raios solares, absorção e o que é refletido, logo, aproximadamente 51% da
incidência da energia solar realmente atinge a superfície terrestre e os oceanos. Observe:
Imagem 4: Balanço emergético
Calma! Você não precisa decorar esses dados! Apenas ter noção que há diversas
barreiras naturais à radiação solar, por exemplo a camada de ozônio (como já vimos) e nuvens.
Nuvens
São agregados de minúsculas gotículas e cristais de gelo que estão suspensos no
ar, com volume e concentração suficientes para serem visíveis. Ahhh.. seu estado
físico é o líquido
Imagem 5 :Nuvens
Então vamos sistematizar o que vimos até aqui: a temperatura atmosférica é relacionada
à insolação, entretanto, até atingir a superfície terrestre passa por diversas barreiras naturais.
Ok! Mas ao chegar na litosfera/hidrosfera, o que acontece? E no caminho de volta ao Espaço há
algo que precisa ser pontuado?
Ao chegar na superfície terrestre/oceano a Conceito: Albedo

radiação solar irá “bater e refletir”. Essa reflectância é
medida através do albedo, logo áreas de baixo albedo
Grau de reflexão. Logo é a energia que
são mais quentes (seguram maior radiação solar,
não fica retida.
consequentemente as moléculas são mais agitadas) e
áreas de alto albedo apresentam características Lembre-se: ↓ albedo = ↑ calor
opostas, logo são mais frias.
Sobre o “caminho de volta” dos raios solares, parte fica concentrada nos objetos (quanto
menor o albedo, mais energia retida, logo, mais calor), parte fica presa na atmosfera (efeito
estufa) e parte retorna para o Espaço.
Sim! O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a existência humana

em diversos pontos do planeta – mas não se preocupe, na próxima aula falaremos um
pouco mais sobre ele e como o ser humano o tem transformado em um vilão:
aquecimento global.
CAI NA PROVA
UFVJM-MG - 2016
Observe esta figura.
Fonte: Adptado de FARNDON, John. Dicionário escolar da Terra. Londres: Butler

&Larner, 1996, p. 141
O albedo corresponde à quantidade de radiação refletida novamente para a atmosfera,

após parte dela ser captada pelos elementos que se encontram na superfície terrestre.
Sobre a relação entre o albedo e a superfície, é correto afirmar que

(A) quanto maior o albedo, maior será absorção da radiação solar.
(B) quanto maior o albedo, maior a sensação térmica junto ao chão.
(C) as cores claras absorvem maior quantidade de radiação solar e emitem grande
quantidade de albedo.
(D) as cores escuras absorvem maior quantidade de radiação solar e emitem menor
quantidade de albedo.
COMENTÁRIOS
Observe que as setas que se encontram sobre cada paisagem indicam o albedo, ou seja,
o quanto de energia solar está sendo refletido. Dessa maneira é possível afirmar que
quanto mais escuras as cores, menor o albedo, logo mais quente - com por exemplo: o
asfalto é a superfície mais escura entre as relatadas, logo seu albedo também é menor.
Se temos menos energia sendo refletida, mas emergia está acumulada (mais quente).
Sobre as alternativas:
(A) quanto maior o albedo, maior será absorção da radiação solar. (maior reflexão)
(B) quanto maior o albedo, maior a sensação térmica junto ao chão. (quanto maior o
albedo, mais frio)
(C) as cores claras absorvem maior quantidade de radiação solar e emitem grande
quantidade de albedo. (as cores claras absorvem menores quantidades de
radiação solar – compare a sensações, considerando apenas as cores: sair com
uma camiseta preta e sair com uma camiseta branca. Qual te deixará com mais
calor? A preta, não é? Pois é, cores escuras “seguram” mais calor)
GABARITO: D
Resumindo...
A temperatura da atmosfera está condicionada à diversos fatores, mas a sua origem é a

insolação, ou seja, os raios solares que são interceptados pela Terra. Entretanto, não é toda
energia solar que chega ao nosso plane que consegue atingir a superfície terrestre/oceanos,
visto que há diversas barreiras naturais. Quanto a porção de radiação que chega à
litosfera/hidrosfera, parte é retida e parte é refletida, a depender do albedo.
3.2 UMIDADE
Definição:
Quantidade de vapor de água no ar
A definição por si só é metade do caminho, não é mesmo? E como esse vapor de água
vai parar no ar? Bom, através da evaporação (corpos hídricos) e da evapotranspiração (seres
vivos). Sendo assim, a variação de umidade está diretamente relacionada à latitude, altitude,
correntes marítimas, massas de ar... ufa! Resumido: aos fatores climáticos que veremos ainda
nesta aula.
Sobre esse tema alguns conceitos são importantes: umidade absoluta, umidade relativa,
ponto de orvalho, pressão de vapor. Vamos entender cada um deles?
• Umidade absoluta: como o próprio nome ajuda a concluir, faz referência a todo o vapor
de água encontrado no ar.
• Umidade relativa: o conceito mais utilizado em noticiários meteorológicos (é provável que

você já tenha ouvido esse termo). É a razão entre a quantidade de vapor encontrado no
ar e o quanto aquele ar “aguenta” receber de vapor – isso vai variar de acordo com a
temperatura.
Nas palavras de Christopherson (2017):
a umidade relativa, uma razão (expressa como porcentagem) da quantidade

de vapor d’água que de fato está no ar comparada ao vapor d’água máximo
possível no ar em determinada temperatura.”
Vamos esquematizar isso?

5h 11h 17h
Ar mais Ar mais
frio quente
Umidade relativa: 100% Umidade relativa: 50% Umidade relativa: 25%
Vapor d’água O máximo de vapor de água possível
Ou seja, quanto mais quente, maior a capacidade máxima de vapor de água possível.
Por isso que o mesmo volume de vapor pode significar diferentes umidades relativas
Caso você seja uma pessoa de exatas, deixarei uma outra explicação: a forma que a
umidade relativa é calculada (caso não seja: Don’t Worry! Os vestibulares não pedem para que
você calcule esse tipo de coisa em Geografia)
Cálculo: umidade relativa
𝑉𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑎𝑟

𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = x 100
𝑉𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑛𝑜 𝑎𝑟 𝑛𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
Em um deserto a umidade relativa do ar pode chegar a 15%, sendo que a

média mundial é de 60%. Assim, quando dizemos que a umidade relativa do
ar é de 60%, significa que o ar está com 60% da sua capacidade máxima de
água
• Ponto de orvalho: Agora vem cá! Você percebeu que em nosso esquema às 5h a
umidade relativa era de 100%, significa que o ar está saturado, ou seja, atingiu o seu
ponto de orvalho
• Pressão de vapor: É a porção da pressão atmosférica composta pelo vapor de água,

sendo intimamente relacionada com a temperatura.
CAI NA PROVA
VUNESP - 2018
Leia o excerto e analise as três afirmações a seguir.
Todas as moléculas de uma parcela de ar contribuem para a pressão atmosférica. Como
o vapor d’água é um gás, ele também contribui com um valor de pressão parcial,
conhecido como pressão de vapor (e), aumentando ou diminuindo a pressão
atmosférica. Quando a pressão de vapor (e) atinge seu valor máximo possível para uma
determinada temperatura do ar, diz-se que o ar está saturado de umidade ou, em outras
palavras, que o ar está cheio de vapor. Tem-se, portanto, a pressão de vapor de
saturação (es). A umidade relativa é a razão entre a pressão de vapor (e) e a pressão
de vapor de saturação (es).
(Ercília T. Steinke. Climatologia fácil, 2012. Adaptado.)
I. A temperatura caracteriza uma variável para determinarmos a pressão de vapor de

saturação.
II. Os valores relativos à umidade do ar expressam a real quantidade de vapor d’água
existente no ar, em milímetros.
III. Quanto maior a umidade relativa do ar, maiores são as chances de chuva, pois a
atmosfera está próxima do ponto de saturação.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.

(B) I e III, apenas.
(C) I, II e III.
(D) III, apenas.
(E) II e III, apenas.
COMENTÁRIOS
A questão trabalha alguns conceitos importantes quanto à umidade: a relação com a

temperatura, com a pressão e a dinâmica de umidade relativa.
Sobre as afirmação errada:

existente no ar, em milímetros. (umidade relativa diz respeito à quantidade de vapor
d’água disponível no ar em comparação ao limite possível).
GABARITO: B
3.3 PRESSÃO
Definição:
Peso da atmosfera.
A atmosfera é o nosso principal foco até agora, e essa camada é controlada por algumas
forças: gravitacional, gradiente de pressão, Coriolis e a força de fricção. Como esse capítulo é
destinado à pressão, é sobre esse conceito que nos debruçaremos agora.
Como vimos logo na definição, a pressão é o peso da atmosfera, mas tal peso não se
estabelece de forma homogênea no planeta, logo, podemos caracterizar os pontos como: alta
pressão e baixa pressão, e, a passagem de uma para a outra é conhecida como gradiente de
pressão.
• Alta pressão: ar fortemente descendente (para baixo) e divergente (para fora) –

também chamada de anticiclonal
• Baixa pressão: ar fortemente ascendente (para cima) e convergente (para
dentro/centro) – também chamada de ciclonal.
Talvez você esteja se perguntando “Por que existem áreas de baixa pressão e outras
áreas que são de alta pressão?”. Bom... quando pensamos o planeta como um todo (escala
global), essas áreas existem graças à diferença no aquecimento da Terra (a superfície
desigualmente aquecida será abordada quando estudarmos a latitude como fator climático ),
mas em uma escala regional/local não podemos desconsiderar a altitude (que também será
trabalhada mais detalhadamente no decorrer desta aula).
Então associe:
Na escala global: porções mais quentes são áreas de baixa pressão

Na escala regional/local: porções mais frias são áreas de baixa pressão
Isso não fez sentido para você? Calma! Nos capítulos seguintes aprofundaremos
a discussão (ter uma pulga atrás da orelha é sempre bom para o aprendizado )
Tranquilo até aqui? Já vimos que pressão é o peso da atmosfera, variando entre alta e
baixa devido à temperatura, que em escala global é controlada pela latitude e na escala
regional/local é determinada pela altitude – e à essa variação damos o nome de gradiente de
pressão. Pois bem: é sobre esse último que quero conversar com você agora
A variação entre a alta e a baixa pressão faz com que o ar se movimente, surgindo o que
chamamos de vento, nessa maneira, o ar sempre se locomove da alta para a baixa pressão.
Divergente da alta
Alta pressão Baixa pressão
Convergente na baixa
Você se lembra que na Aula 00 falamos sobre as isolinhas? Pois bem, iremos aplicar
esse conhecimento agora
A lógica da pressão atmosférica pode ser exposta em através das cartas isóbaras, ou seja,
mapas que mostram áreas com a mesma pressão (mesma linha). Observe o exemplo a seguir e
vamos extrair várias informações dele:
• AP = Alta pressão. Observe que as setas estão “saindo do centro”, isso mostra que são
áreas de divergência do ar (o vento sai dali em direção à baixa pressão)
• BP = Baixa pressão. Agora note que o sentido das setas é o oposto: em direção ao
centro, logo são áreas de convergência de ar (o vento “chega ali”).
Ventos fortes Ventos fracos
Imagem 6 : Centros de alta e baixa pressão / Ventos fortes e fracos
Atenção: você se lembra que nos estudos sobre as curvas de nível quanto mais
próximas as linhas mais íngreme os terrenos? Pois é... aqui: quanto mais próximas as
linhas, mais forte os ventos
Nós veremos na aula 02 a dinâmica de ciclones, mas já gostaria de adiantar aqui

uma coisinha: o efeito de Coriolis faz com que os centros de baixa pressão de
movimentem em sentidos oposto, a depender do hemisfério, logo: sentido horário –
Sul e sentido anti-horário - Norte.
CAI NA PROVA
UECE - 2017
O vento é um produto da dinâmica atmosférica. Na troposfera, suas causas estão
diretamente ligadas às diferenças de pressão e temperatura.
Considerando esses elementos formadores do clima, imagine uma linha reta numa área
de planície, onde o ponto A corresponde a uma área de alta pressão (AP), o ponto B
corresponde a uma área de baixa pressão (BP) e o ponto C corresponde a uma área de
alta pressão (AP). De posse destas informações, pode-se afirmar corretamente que o
deslocamento do vento nestas condições ocorrerá
(A) de A e C para B.
(B) de A para B e C.
(C) de C para B e A.
(D) de B para C.
COMENTÁRIOS
Essa questão busca seus conhecimentos sobre: onde “recebe” e onde “dispersa” o ar.
Nesse caso, sempre se lembre: áreas de alta pressão são dispersoras de ar, enquanto centros
de baixa pressão se caracterizam por serem receptoras.
GABARITO: A
UFU - 2010.2
Observe abaixo a carta sinótica do Brasil, que evidencia os campos de alta pressão (A)
e de baixa pressão (B) sobre o continente. A carta apresenta, ainda, as linhas de
mesma pressão (isobaras), que vão de 1010 a 1030 milibar (mb), a propagação de uma
frente fria sobre o Brasil central, do centro de mais alta pressão (1030mb) para os de
pressões menores (1014 e 1012mb) e, também, o deslocamento de uma frente quente
sobre a porção Sudeste do País, além de uma frente fria sobre o litoral do Nordeste.
Sobre as informações contidas na carta sinótica, assinale a alternativa correta:

(A) Os centros de alta pressão de 1030 e 1014 indicados em “A” dificultam a ocorrência
de chuvas pelo fato de serem áreas dispersoras de vento.
(B) Uma frente fria ocorre quando o ar quente, mais denso e mais pesado, empurra o
ar frio para cima e para frente.
(C) A frente fria que corta o Brasil de NW a SE deixa o tempo estável, com baixa
umidade e nebulosidade reduzida, uma vez que o ar frio é normalmente seco.
(D) A frente fria, localizada próxima ao litoral do nordeste, não consegue produzir
chuvas nesta região, fato este que explica a seca no semiárido nordestino.
COMENTÁRIOS
Primeiramente: alguns conceitos ainda serão trabalhados com o decorrer das aulas,
então não vamos sofrer, apenas reforçar o que acabamos de ver, ok?
O mapa mostra as áreas de alta e baixa pressão através de isolinhas (isóbaras). Você
precisava identificar que as áreas de alta pressão estão indicados por A (1030 – sobre a
Argentina, principalmente – e 1014 – no Sertão nordestino). Além de confirmar esses dados,
era necessário seu raciocínio quanto às características de uma alta pressão, dentre elas: ser
uma áreas de dispersão de ventos.
Sobre cada uma das alternativas:

(B) Ar frio é mais denso, logo, ele empurra o ar mais leve (quente)
(C) Tal frente fria causa chuvas
(D) Há chuva nessa região no inverno (chuva frontal)
GABARITO: A
4. FATORES CLIMÁTICOS: LATITUDE

● A influência da latitude na temperatura global
● A influência da latitude nas zonas de pressão
● A influência da latitude nas zonas globais de maior
pluviosidade
Antes de mais nada, vamos lembrar o conceito de latitude?

São linhas imaginárias que cortam a Terra na horizontal, dividindo
o planeta em dois hemisférios: Norte e Sul. Em termos climáticos,
o paralelo de referência (Linha do Equador) é o ponto que recebe
a maior radiação solar durante todo o ano, influenciando nos três
elementos climáticos: temperatura, pressão e umidade.
Atenção, a partir de agora dividiremos o planeta em: altas

, médias e baixas latitudes. Seguindo a determinação de Jurandyr
Ross (2019), temos:
0° - 30° = baixas latitudes

Imagem 7 : Latitude
30° - 60° = médias latitudes
60° - 90° = altas latitudes
4.1 TEMPERATURA
A temperatura da atmosfera está
diretamente associada à radiação solar, como já
vimos, entretanto, como a Terra é esférica, a
insolação não homogênea, logo, algumas zonas
serão receberão raios solares mais intensos, logo
serão mais quentes.
Observe na imagem ao lado que os raios
solares atingem uma área menor na Linha do
Equador (em um ângulo perpendicular), isso
significa que toda energia está concentrada em Imagem 8 : Latitude e radiação solar
uma porção reduzida do espaço, logo as chamadas
baixas latitudes são mais quentes, e à medida que avançamos em direção aos polos, a área de
contato dos raios solares é maior (é mais difusa), assim a energia se dissipa, tornando as altas
latitudes regiões mais frias.
Graças à essa dinâmica temos as zonas climáticas/zonas térmicas, onde:
0° - 30° = baixas latitudes → ZONA TROPICAL

30° - 60° = médias latitudes → ZONA TEMPERADA
60° - 90° = altas latitudes → ZONA POLAR
Bom... já sabemos que a Terra é aquecida de maneira diferente a depender da latitude,

dessa forma podemos resumir tal relação com as palavras de Teixeira (2009):
A intensidade da radiação, onde atinge a superfície é função da latitude. Por causa

da curvatura da Terra, ela decresce do equador para os polos, visto que os raios
solares atintem as regiões de alta latitude com ângulos cada vez mais oblíquos. Além
disso, nas regiões polares há longos períodos de escuridão no inverno.”
SOL DA MEIA NOITE

Trata-se do fenômeno em que o Sol fica visível durante 24h nos polos. Quando
acontece? No verão (junho no Norte e dezembro no Sul) e só possível graças à
inclinação da Terra e a latitude (quanto maior a latitude, mais intenso o
fenômeno).
Mas pense comigo: se temos 24h de Sol, como ficariam os dias anteriores e
posteriores? Pois bem, eles são chamados de noites brancas, quando Sol se põe
e logo nasce novamente, logo o local recebe uma luz mais suave.
Acha que acabou? Nada disso! Vamos aprofundar em mais alguns detalhes!
Se a radiação solar é mais intensa nas baixas

latitudes, nessa porção temos um excedente
de energia e um déficit nas latitudes mais
elevadas, mas a Terra é um sistema integrado,
logo, há transporte dessa “sobra” de energia
do equador para os polos através das
correntes marítimas e da circulação
atmosférica. Com base nos estudos de
Christopherson (2017) temos a imagem ao
lado e as seguintes definições de acordo com
as latitudes:
• Baixas: excedente de energia determinado

pelo ângulo de insolação.
• Médias: equilíbrio entre ganhos e perdas.
• Altas: menor insolação e maior albedo
(geleiras), mais energia é perdida do que
recebida, logo há um déficit.
Talvez você esteja se perguntando: E para que

eu preciso saber isso? Bom... essa é a base
para afirmarmos que as correntes marítimas
que surgem nas baixas latitudes são quentes
e levarão calor por onde “caminharem” – e
Imagem 9 : Excedente e Déficit de emergia
claro, isso também se aplica às massas de ar
.
Se a latitude interfere na temperatura, a pressão também será condicionada por esse

fator climático, entretanto abordaremos isso no capítulo: Circulação atmosférica
4.2 UMIDADE
Aqui consideraremos a umidade através da distribuição das chuvas no planeta,
distribuição essa que depende de quatro fatores: latitude (que detalharemos nesse tópico),
distância do oceano (maritimidade/continentalidade), ação do relevo (barlavento/sotavento e
chuvas orográficas) e o efeito das correntes marítimas (quentes ou frias).
Em seus estudos, Ross (2019) indicou que se as chuvas fossem distribuídas por todo o
planeta de forma homogênea teríamos um volume anual de 900mm (ou seja, essa é a média
pluviométrica mundial). Entretanto, dentre os muitos contrastes, a latitude cria o seguinte padrão:
Imagem 10 : Distribuição das precipitações conforme as latitudes (Ross, Jurandyr - 2019)
Sendo assim, observe que a latitude 0° (Linha do Equador) concentra o maior volume de
chuvas, e a tendência é de redução (seja no hemisfério Norte ou Sul), entretanto, a partir do
ponto 40° temos uma ascensão e nova queda (agora mais brusca) em direção ao paralelo 60°.
E o que os pontos de maior precipitação apresentam em comum: são zonas de baixa

pressão, enquanto as áreas de menor volume pluviométrico são centros de alta pressão. Então,
em síntese:
Distribuição das precipitações conforme a latitude
• Baixa pressão: áreas úmidas
• Alta pressão: áreas secas
CAI NA PROVA
PUC - 2015
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as afirmativas que podem completar a
frase a seguir.
Considerando a posição da Terra em relação ao Sol e seus efeitos sobre o clima do
planeta, podemos afirmar que
I. a quantidade de radiação solar incidente sobre o topo da atmosfera da Terra depende

de três fatores: latitude, longitude e altitude.
II. as regiões de baixa latitude do planeta recebem a luz solar de maneira mais direta e
concentrada; já as regiões de alta latitude recebem a insolação de forma oblíqua e
difusa.
III. as terras atravessadas pela linha do Equador possuem dois máximos de insolação
nos solstícios e dois mínimos nos equinócios.
IV. o Sol só poderá incidir diretamente sobre a cabeça de um observador (ângulo de 90º
ou zênite), ao meio dia, nas terras do planeta localizadas entre as latitudes 30º N e 30º
S, respectivamente.
Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

(A) I. (B) II. (C) I e III. (D) II e IV. (E) III e IV.
COMENTÁRIOS
Observe que essa é uma questão que envolve seus conhecimentos de clima e
cartografia
I – A longitude não interfere diretamente na radiação solar
III – A variação na Linha do Equador é mínima, logo, é um erro falar que temos duas
mínimas.
IV – Não acontece respectivamente, lembre-se: esses são pontos distantes
GABARITO: B
UNESP - 2018
A distribuição da radiação solar pela superfície terrestre é o principal desencadeador de

fenômenos atmosféricos. Nas regiões de maior latitude, a incidência de raios solares é
(A) difusa, o que promove baixas temperaturas médias.

(B) dispersa, o que promove áreas de baixa pressão.
(C) concentrada, o que promove altas temperaturas médias.
(D) variável, o que promove estações do ano bem definidas.
(E) perpendicular, o que promove áreas de clima seco.
COMENTÁRIOS
Cuidado! Muitas pessoas confundem “maior latitude” com maior radiação. No entanto o
raciocínio correto é:
0° - 30° = baixas latitudes → ZONA TROPICAL
30° - 60° = médias latitudes → ZONA TEMPERADA
60° - 90° = altas latitudes → ZONA POLAR
Logo as áreas de maior latitude recebem raios solares de maneira difusa, apresentando
um déficit energético que se traduz em baixas temperaturas médias.
Só revisando: baixas latitudes apresentam uma incidência perpendicular de raios
solares, logo são quentes e úmidas (afinal, também é um centro de baixa pressão).
GABARITO: A
5. FATORES CLIMÁTICOS: ALTITUDE

● A influência da altitude na temperatura global
● A influência da altitude nas zonas de pressão
● A influência da altitude nas zonas globais de maior pluviosidade
O primeiro conceito que precisamos dominar aqui é: o que é altitude? Bom.. quando
usamos esse termos estamos nos referindo à entre um ponto e o nível do mar, o que é diferente
de elevação ou altura, que apresentam outro ponto como referência. Observe:
Altura
Altitude
Nível do mar
E como a altitude interfere no clima? Diretamente na pressão e na temperatura (logo,

também condiciona a umidade). Observe:
Imagem 11: Pressão atmosférica - variação de acordo com a altitude
Quanto maior a altitude, menor a coluna, de ar ou seja, mais rarefeito. Se sabemos que a
pressão atmosférica é o peso desse ar, temos uma área de menor pressão. Agora continue o
raciocínio comigo, o ar vai ser tornando mais rarefeito de acordo com que a altitude aumenta,
logo, se tem “menos ar”, os raios solares terão menos partículas para aquecer, ou seja, será
mais frio, criando assim um gradiente vertical térmico (a cada 1km temos 6,4°C de variação).
Nas palavras de Christopherson (2017):
(...) dentro da troposfera as temperaturas caem com o aumento da altitude (...) A

densidade da atmosfera diminui com o aumento da altitude. De fato, a densidade da
atmosfera a uma elevação de 5500m é aproximadamente metade do valor ao nível
do mar. Uma atmosfera mais rarefeita contém menos calor sensível. Logo,
globalmente, áreas montanhosas apresentam temperaturas menores do que regiões
ao nível do mar, mesmo em latitudes semelhantes”
Então, lembre-se:
Quanto maior a altitude → menor a pressão e menor a temperatura (mais rarefeito e frio)
Quanto menor a altitude → maior a pressão e maior a temperatura (menos rarefeito e quente)
CAI NA PROVA
IFRR - 2017
O número de Alpinistas que morrem tentando escalar o Pico Everest aumenta a cada
temporada; sendo mais quatro mortos encontrados em 2017. Em busca de aventura,
muitos se arriscam na montanha mais alta do planeta, onde o ar é rarefeito e necessita
de uma adaptação, já que o nosso organismo passa por mudança devido a altitude que
apresenta:
(A) Menor pressão atmosférica, menor temperatura e menor concentração de oxigênio
(B) Maior pressão atmosférica, maior temperatura e menor concentração de oxigênio
(C) Maior pressão atmosférica, menor temperatura e menor concentração de oxigênio
(D) Menor pressão atmosférica, menor temperatura e maior concentração de oxigênio
(E) Menor pressão atmosférica, maior temperatura e maior concentração de oxigênio
COMENTÁRIOS
A questão faz uma relação com o Everest e a altitude, ou seja, quanto mais os alpinistas
avançam na subida com destino ao cume do Everest, menor a coluna de ar, logo, a pressão também é
menor. Se há “menos ar”, há um volume inferior de partículas a serem aquecidas, então será mais frio.
E claro, existir menos ar significa menor concentração de oxigênio também.
GABARITO: A
FAMERP - 2016
Gradiente térmico
(Elian A. Lucci et al. Território e sociedade no mundo globalizado, 2014.)

O gradiente térmico ilustrado na imagem é explicado pela
(A) absorção da radiação solar na superfície, que compensa a falta de capacidade da
atmosfera de absorver calor.
(B) orientação das vertentes, que demonstra diferenças provocadas pela incidência
irregular dos raios solares.
(C) rarefação do ar em altitude, que compromete a capacidade da atmosfera de
conservar calor.
(D) dificuldade de circulação do ar em superfície, que indica a plena atuação de massas
de ar dissipando o calor em altitude.
(E) zona de baixa pressão em altitude, que dificulta a chegada de ventos quentes às
camadas mais altas da atmosfera.
COMENTÁRIOS
A questão quer saber: por que existe esse gradiente térmico?
Bom... há uma relação direta com a rarefação do ar. De acordo com que a altitude aumento, a
pressão é menor, ou seja, o ar está mais rarefeito, logo, existem menos partículas disponíveis para
serem aquecidas.
Quanto maior a altitude → menor a pressão e menor a temperatura (mais rarefeito e

frio)
Ao variar a temperatura (graças à variação de altitude) temos o gradiente térmico.
GABARITO: C
6. FATORES CLIMÁTICOS: MASSA DE AR
O primeiro passo para entendermos os reflexos causados por este fator climático é saber: o que
são massas de ar? E para isso se lembre: há uma íntima relação entre o que acontece na
atmosfera e a litosfera/hidrosfera.
As características da superfície, como temperatura e umidade, são transmitidas ao ar

sobrejacente, e, é à essa porção de ar com temperatura, umidade e estabilidade específicas que
damos o nome de massas de ar. Nas palavras de Christopherson (2017):
Cada área da superfície terrestre transmite suas características de temperatura e

umidade para o ar sobrejacente. O efeito da superfície da localidade sobre o ar cria
uma composição homogênea de temperatura, umidade e estabilidade que pode se
estender pela metade inferior da atmosfera. Esse corpo distinto de ar é uma massa
de ar e inicialmente reflete as características da sua região fonte.”
Então, resumindo, podemos entender tais massas como um corpo de ar com

características (inicialmente) referentes à a sua área de formação. E por que inicialmente?
Porque conforme uma massa de ar avança, seus atributos físicos se modificam e lentamente
adquirem a temperatura e a umidade das novas “localizações” – e claro, quanto maior o tempo
de permanência sobre uma região, mais definidas são suas características.
Atenção: não confunda massas de ar com ventos! Vento é o ar em movimento,

graças ao gradiente de pressão. Por outro lado, uma massa de ar é a expansão,
incialmente, das características do seu local de origem
Frente Fria
Acredito que você já tenha visto, ouvido ou lido em algum noticiário o termo frente fria
anunciando quedas de temperatura e/ou instabilidades e chuvas, não é? Então, o que é uma
frente fria? Frente Fria é justamente o que o nome propõe: a parte da frente de uma massa de
ar fria que se choca com uma área de ar quente.
Em Agosto de 2020, o Brasil foi atingido por uma frente fria histórica, e como veremos a
seguir, em nosso país apenas uma massa fria atua: a mPa (massa Polar atlântica) que pode ter
como origem a Argentina ou o Polo Sul (Antártida).
Observe o avanço da massa de ar polar e sua frente:
Imagem 12: Frente Fria histórica - Brasil: Agosto/2020
A chegada da frente fria criou um sistema frontal, ou seja, um encontro entre massas com
características diferentes, direcionando às precipitações, acontece que na em porções da região
Sul (principalmente em porções de maior altitude) a temperatura do ar estava abaixo de 0˚C, por
isso nevou. Já em áreas onde a mudança de temperatura foi muito grande, ou seja, estava
quente e houve um choque, fazendo com que o estado físico mudasse de gasoso para sólido,
houve precipitação de granizo.
Bom... já que começamos as discussões sobre o Brasil, aprofundemos.
6.1 BRASIL
Observe a distribuição das massas de ar pelo território brasileiro, de acordo com a estação
do ano:
Imagem 13: Massas de ar - Brasil
Massas Equatoriais (surgem próximo à Linha do Equador):

• mEa: quente e úmida (sobre o oceano) – maior ação no Nordeste setentrional
• mEc: quente e úmida (região com muitos rios) – responsável pelo aquecimento
durante o verão na maior parte do país – “a rainha do verão”
Massas Tropicais (surgem próximo aos Trópicos):
• mTa: quente e úmida (sobre o oceano) – atua sobre o litoral oriental brasileiro
• mTc: quente e seca - maior ação no Sul do país
Massa Polar (Polo Sul: mais intensa; Patagônia: menor intensa)
• mPa: fria e úmida – responsável pelo fenômeno “friagem” no Norte do país e
pelas chuvas de inverno no litoral oriental do Nordeste
No Brasil
Apenas uma massa seca: mTc
Apenas uma massa fria: mPa
Como você deve ter percebido, as massas de ar apresentam diferentes comportamentos a

depender da estação do ano, ou seja, massas frias ganham mais força durante o inverno (que é
a estação mais fria), enquanto as massas quentes se expandem mais durante o verão. Essa
dinâmica cria fenômenos específico, por exemplo: a friagem e as chuvas de inverno no litoral
oriental nordestino, observe:
AUMENTO DE CHUVAS NO
FRIAGEM
LITORAL ORIENTAL DO
O relevo favorece que a NORDESTE
massa Polar atlântica atinja
a porção ocidental da O relevo que dificulta a
Amazônia, em especial o “entrada” da massa Polar
Acre, Rondônia e o sul do atlântica no interior do país,
Amazonas, reduzindo as faz com que ela chegue até o
temperaturas litoral oriental nordestino,
com isso, ao se chocar com a
mTa, gera invernos úmidos
na região
Imagem 14: Reflexos da mPa no inverno - Friagem e Chuva no Litoral Oriental do Nordeste
CAI NA PROVA
UECE - 2017
As massas de ar são parcelas do ar atmosférico que podem se formar sobre o
continente ou sobre o oceano e geralmente adquirem as características dos locais
onde foram produzidas. Dentre as massas de ar que atuam no Brasil, a Massa
Tropical Atlântica é
(A) quente e úmida, e atua no litoral da região Sudeste do Brasil.
(B) quente e úmida, e atua nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
(C) quente e seca, no Chaco paraguaio e oeste paulista.
(D) fria e instável, e atua no Centro–Sul do Brasil no inverno.
COMENTÁRIOS
Tropical = quente / Atlântica = úmida

A porção tropical próximo ao oceano Atlântico corresponde ao Sudeste brasileiro.
GABARITO: A
CESMAC - 2018
São áreas de transição entre duas massas de ar termicamente opostas. O encontro
dessas massas de ar provoca mudanças significativas no tempo meteorológico,
trazendo nuvens e chuvas.
Que denominação pode ser dada às áreas referidas?

(A) Brisas marinhas
(B) Massas Tropicais
(C) Frentes
(D) Superfícies termoclimas
(E) Vórtices ciclônicos
COMENTÁRIOS
Às áreas de transição entre massas de ar com temperaturas diferentes damos o nome de
frentes.
GABARITO: C
UNESP - 2015.2
Analise a imagem de satélite meteorológico e os mapas de precipitação, pressão

atmosférica e umidade relativa do ar no território brasileiro, captados às 12 horas do dia
27 de outubro de 2010
(Diego Correia Maia. “Imagens de satélite meteorológico nas aulas de geografia: uma possibilidade
didática”. Revista Brasileira de Educação em Geografia, julho/dezembro de 2011. Adaptado.)
Considerando conhecimentos sobre a dinâmica atmosférica, é correto afirmar que os

números 1, 2 e 3 na imagem de satélite correspondem, respectivamente, a
(A) massa de ar frio, zona de convergência do Atlântico Sul e massa de ar quente.
(B) massa de ar quente, frente fria e massa de ar quente.
(C) massa de ar frio, frente fria e massa de ar quente.
(D) massa de ar quente, zona de convergência do Atlântico Sul e massa de ar frio.
(E) massa de ar quente, frente fria e massa de ar frio.
COMENTÁRIOS
1 – massa de ar quente: típica das regiões próximas à Linha do Equador
2 – Frente fria: que antecede uma massa fria
3 – Massa de ar frio: se expandindo em direção ao nordeste brasileiro
GABARITO: E
7. FATORES CLIMÁTICOS: CORRENTES MARÍTIMAS

Para início de conversa, as correntes marítimas estão intimamente ligadas à circulação
atmosférica, e para que você consiga visualizar o processo, chamaremos de rios dentro do
oceano, ou seja, porções de água que não se misturam pois há diferença entre salinidade,
temperatura e densidade. Podendo ser quente (existem 12) ou fria (existem 9), dentre elas
destacamos:
• Humboldt: corrente fria localizada na costa Oeste da América do Sul ( correntes frias
possibilitam a formação de desertos. Nesse caso, o Deserto do Atacama no Chile e no Peru);
• Golfo: corrente quente que se origina no México e se desloca para Europa. Assim sendo,
ela faz a temperatura subir na costa Oeste europeia, impedindo que o Mar do Norte se congele;
• Brasil: corrente quente que atua na costa brasileira, contribuindo com a temperatura e a
pluviosidade mais elevadas.
Imagem 14: Correntes Marítimas
As correntes marítimas interferem diretamente na temperatura e na umidade, sendo:
• Correntes frias: fazem com a temperatura e o volume de chuvas caiam, afinal há

redução na evaporação, podendo levar à criação de desertos no litoral, como é o caso
do Deserto da Namíbia, na África; Atacama, na América do Sul; e do Colorado, na
América do Norte.
• Correntes quentes: fazem com que a temperatura e o volume de chuva cresçam.

Como acontece na Europa Ocidental com a ação da Corrente do Golfo.
Nas palavras de Ross (2019):
As correntes quentes, que estimulam a evaporação e a condensação,

produzem climas chuvosos, ao passo que as frias estabilizam o ar, sendo
responsáveis pelo surgimento de desertos”
Talvez você esteja se perguntando: Como essas correntes surgem? Bom... pelo
aquecimento desigual os oceanos e pela ação dos ventos. As diferentes temperaturas afetam
diretamente na salinidade, forçando um movimento vertical, enquanto os ventos condicionam as
movimentações no sentido horizontal:
Aquecimento Diferentes padrões • ↓ Densidade (salinidade)

desigual da Terra de evaporação • ↑ Densidade (salinidade)
Massas de densidade elevada afundam lentamente

Os ventos arrastam horizontalmente
Quando pensamos o movimento vertical das correntes oceânicas, podemos destacar os
fluxos de ressurgência e de subsidência, sendo o primeiro mais recorrente nas provas, então
vamos aprofundar nossos estudos justamente nela:
Ressurgência
Como define Lygia Terra, trata-se do “fluxo ascensional das águas profundas e frias”.
Tal fenômeno pode ser constatado na costa do Pacífico da América do Norte e do Sul
e da costa subtropical/médias latitudes da África Ocidental.
Com a ascensão de uma massa fria de água, chegam às porções superficiais mais nutrientes,
proliferando a vida marinha na região, por isso essas são grandes áreas pesqueiras (como por exemplo:
Peru).
Ascensão de águas ↑ plâncton → ↑ animais microscópicos → ↑ peixes pequenos → ↑ peixes maiores

frias e profundas
Imagem 15: Ressurgência
CAI NA PROVA
UNESP - 2014
Analise o mapa.
Considerando as relações existentes entre zonas climáticas, sistema de circulação

atmosférica e correntes marítimas de superfície, é correto afirmar que
(A) as correntes quentes predominam nas zonas intertropicais e o sentido de seu
deslocamento está associado aos ventos de oeste predominantes na região.
(B) as correntes frias predominam na zona equatorial e o sentido de seu deslocamento
está associado aos ventos de leste predominantes na região.
(C) as correntes quentes predominam na zona equatorial e o sentido de seu
deslocamento está associado aos ventos de leste predominantes na região.
(D) as correntes quentes predominam nas zonas subtropicais e o sentido de seu
deslocamento está associado aos ventos de leste predominantes na região.
(E) as correntes frias predominam nas zonas intertropicais e o sentido de seu
deslocamento está associado aos ventos de oeste predominantes na região.
COMENTÁRIOS
A temperatura da corrente oceânica segue a mesma lógica da circulação atmosférica: próxima
À Linha do Equador, quente. Mas essa questão cobra um detalhe interessante:
O padrão de giro das correntes:
• Hemisfério Norte: sentido horário – oeste
• Hemisfério Sul: sentido anti-horário - leste
GABARITO: C
8. FATORES CLIMÁTICOS: MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE
Um outro fator que interfere na temperatura é como terra e água respondem à insolação,
visto que eles absorvem e armazenam energia de uma maneira diferente. E por que isso
acontece? Bom... principalmente por variações na evaporação, na transparência, no calor
específico e na mobilidade. Vamos ver cada um desses tópicos?
• Evaporação: nós veremos na aula de Hidrografia de maneira mais detalhada que os

oceanos são os maiores responsáveis pela evaporação no planeta – algo que não muito
difícil de inferir, afinal é onde se concentra a maior parte da água da Terra. E tal
processo garante maior retenção de energia
Exemplo: se você molhar seu braço e soprar, sentirá um “geladinho” e isso acontece
porque parte da energia (calor sensível) é retirada da pele para favorecer a evaporação.
Assim podemos concluir que a evaporação (através do vapor) é uma maneira de
absorver calor.
Concluindo: onde houver maior evaporação, haverá mais energia
• Transparência: enquanto a terra é opaca, a água é mais transparente, isso possibilita

que os raios solares atinjam maiores profundidades.
Exemplo: se você for a praia, notará que durante o dia a areia estará bem quente (a
depender, claro, da insolação), mas esse “quentinho” é apenas na superfície, logo, se
você “cavar” um pouco, perceberá que as porções internas são “geladinhas”, já que o
sol não penetra ali (afinal não é transparente).
Concluindo: por ser mais transparente, a água armazena mais energia, afinal, os raios
solar penetram profundidades maiores.
• Calor específico: o calor específico da água é maior do que o da terra. E você sabe
o que é calor específico? Nas palavras de Christopherson (2019):
A energia necessária para elevar a temperatura da água é maior do que para

um mesmo volume de terra. Em geral, a água é capaz de reter mais calor do
que o solo ou a rocha”
Analogia: imagine que faremos uma viagem de Jacareí até Porto Alegre, e que para
tanto cada um de nós tem uma “marmitinha” com duas bananas, dois sanduiches e um
salgadinho (que na minha terra chamamos de chips).
As marmitas são iguais, mas se eu comer tudo isso logo que sair de Jacareí, irei passar
mal de tanta comida no começo do caminho e ficarei com fome no final da viagem.
Agora você que é uma pessoa esperta foi comendo aos poucos essas comidas,
logo, não passou mal em nenhum momento e nem sentiu fome.
Nessa analogia eu seria a terra, que absorve e perde energia mais rápido, já você seria
a água, que tem um calor específico maior, demorando mais para aquecer e também
para perder o calor.
• Mobilidade: a mobilidade da água é superior à da terra, logo há maior troca de energia.
Observe o esquema a seguir que resume e ilustra o que acabamos de ver:
Imagem 16: Continentalidade e Maritimidade
Note que em todas as situações a água reteve mais energia do que a terra por isso em
momentos onde não há insolação direta, ou seja durante a noite, a temperatura nas proximidades
da água não oscila tanto (ela “guarda” mais energia do que a terra), e, a essa proximidade com
a água damos o nome de maritimidade, e o seu oposto é a continentalidade.
• ↑ evaporação
• ↑ transparência
Maritimidade
• ↑ calor específico
• ↑ mobilidade
•
Maior armazenamento de energia
E como isso impacta a nossa vida? Nós sentimos as diferenças de armazenamento de
energia entre terra e água através da amplitude térmica.
Amplitude térmica: diferença entre a maior e a menor temperatura (média anual ou durante o dia)
Vamos raciocinar juntos? Se na terra há menor armazenagem de energia significa que

ganhará rápido (a temperatura máxima será elevada) e perderá rápido também (temperatura
mínima), logo, a continentalidade leva à maior amplitude térmica. E em oposição à isso temos
a maritimidade que garante uma menor amplitude térmica.
Continentalidade elevada amplitude térmica

Maritimidade baixa amplitude térmica
Nebulosidade e amplitude térmica
A presença de corpos hídricos, como vimos, garante maior

evaporação, logo, mais nuvens são “criadas”, e, essas nuvens
também influenciam na amplitude térmica, afinal formam uma
“barreira” que controla a “saída” de calor, como você pode
observar no esquema abaixo:
Imagem 17: Influência das nuvens na amplitude térmica
CAI NA PROVA
PUC / RJ - 2017
Em relação à maritimidade e à continentalidade, é correto afirmar que
(A) as massas continentais são aquecidas e resfriadas mais lentamente do que as
grandes massas que formam os oceanos.
(B) as massas oceânicas afetam mais as temperaturas dos continentes quando
localizadas nos litorais orientais.
(C) as temperaturas diárias variam mais em cidades próximas aos litorais do que em
outras, distantes deles.
(D) as temperaturas nas regiões centrais dos continentes variam mais do que em
cidades litorâneas.
(E) as massas oceânicas e continentais não têm influência direta nas amplitudes térmicas
no planeta.
COMENTÁRIOS
As massas oceânicas aquecem e resfriam de maneira mais lentamente, logo, se não estão
“desprendendo” energia, estão armazenando.
Tal armazenamento faz com que as temperaturas durante a noite (quando não há insolação
direta na região) não sejam brutalmente alteradas, logo, há uma menor amplitude térmica graças à
maritimidade.
E o processo oposto é a continentalidade: perda e ganho rápido de energia, logo,

maior amplitude térmica.
GABARITO: D
9. CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA
Como vimos no capítulo 3.3, a pressão atmosférica é o peso do ar, e a diferença entre a alta e
baixa forma o gradiente de pressão, e, é graças a esse gradiente que o ar circula/movimenta.
Então, esquematizando/revisando:
O ar circula graças às diferenças de pressão atmosférica. Os ventos se

deslocam das áreas de alta pressão (anticiclonais) para as áreas de baixa pressão
(ciclonais):
Direção do vento
Alta pressão (AP) Baixa Pressão (BP)
anticiclonais ciclonais
● Áreas Anticiclonais (descendente, ou seja, descem) são dispersores de ar,

dificultando a formação de chuvas
● Áreas Ciclonais (ascendentes, ou seja, sobem) favorecendo a formação de chuvas
carregas por causa do movimento ascendente do ar.
Agora, para aprofundarmos nossos estudos, é necessário entender tal circulação de

acordo com a escala: global, regional e local. Vamos lá?
Circulação Geral da Atmosfera (circulação primária)

Agora que revisamos os conceitos de pressão, podemos associar à lógica de aquecimento
desigual da Terra visto no capítulo 4.
As baixas latitudes recebem maior radiação solar durante todo o ano (média anual), logo,
se constitui com a porção mais quente do planeta, por isso é nossa zona de baixa pressão. Em
oposição a isso, temos os polos, onde a radiação difusa cria o ponto de menores temperaturas,
logo, uma zona de alta pressão.
Entretanto, os centros de alta e baixa pressão não se resume à essas duas regiões, e,
podem ser formados por fatores dinâmicos, ou seja, em comparação àqueles que os cercam, se
tornam ascendentes ou descendentes. Assim, quando o assunto é a circulação geral da
atmosfera, temos quatro campos de pressão por hemisfério, sendo:
Nome Causa Localização Temperatura/umidade

Alta polar Térmica 90°N, 90°S Frio/Seco
Baixa subpolar Dinâmica 60° N, 60°S Fresco/úmido
Alta Dinâmica 20 -35° N, 20 -35° S Quente/seco
subtropical
Baixa Térmica 10°N, 10°S Morno/úmido
equatorial
Tabela 1: Quatro campos de pressão hemisféricos - Fonte: CHRISTOPHERSON, R. W - 2017
• Baixa Equatorial: a elevada e constante insolação fazem com que grande quantidade
de energia seja armazenada nessa porção do planeta. Tal energia torna o ar menos
denso, logo, essa é uma região quente e úmida (já que a menor densidade significa
baixa pressão, ou seja, uma área que atrai os ventos úmidos).
É nessa região que se forma a chamada Zona de Convergência Intertropical (ZCIT),
cuja a localização oscila de acordo o período do ano – lembrando que essa é uma zona
regida pelo “calor”, logo o verão é a estação que a detém (na prática: mais ao sul
quando é verão nesse hemisfério e mais ao norte em julho, por exemplo). Vale destacar
que dentro da ZCIT temos os doldrums, ou seja, ventos mais calmos, as chamadas
calmarias
Agora pense aqui comigo, o nome dessa região é Zona de

Convergência Intertropical, ou seja, algum vento converge para ela,
ok? Esses ventos são os chamados alísios, em inglês, trade winds –
ou seja, ventos de comércio, assim chamados por serem uniformes e
constantes, logo, muito utilizados durante as Grandes Navegações.
● Alísios de Nordeste: no Hemisfério Norte
● Alísios de Sudeste: no Hemisfério Sul
• Alta subtropical: o que faz essa zona ser de alta pressão não é a temperatura, mas
sim a dinâmica mecânica que acontece nela, ou seja, o ar é empurrado para baixo.
Lembre-se, estamos falando de um sistema interligado.
É dessa porção que partem os ventos alísios em direção à ZCIT, logo a umidade
também carregada para fora dessa zona. Isso justifica a concentração dos principais
desertos da Terra dentro do cinturão subtropical.
Observe, o tom mais claro evidencia os desertos atuais, em comum eles têm a
localização na faixa de alta pressão:
Imagem 18: Faixas de desertos e áreas com risco de desertificação
• Baixa Subpolar: também é uma zona de convergência, ou seja, os ventos vão em sua
direção, mas nesse caso temos os ventos de oeste
• Alta Polar: são células mais fracas, visto que a massa atmosférica polar é pequena.
Nessa região encontramos os ventos polares de leste, que no hemisfério Norte
apresentam o sentido horário e no Hemisfério Sul, anti-horário.
Imagem 19: Circulação atmosférica
Você notou que na imagem a cima alguns nomes não mencionados antes surgiram? As
famosas células de Hadley, de Ferrel e a Polar? Pois bem, células são ciclos fechados de baixa
e alta pressão, observe o esquema com base na Célula de Hadley, também chamada de célula
tropical:
Ventos Contra-Alísios Ventos Contra-Alísios
Secos Secos
Ventos Alísios Ventos Alísios
úmidos úmidos
Calmaria
Alta Subtropical Baixa Equatorial Alta Subtropical
20 -35° N 20 -35° S
A mesma lógica de ciclos fechados se aplica à Célula de Ferrel, mas desta vez entre os
trópicos e os ciclos polares. E como o nome ajuda a deduzir, a célula Polar se localiza nos polos
do planeta.
Circulação regional: Monções (circulação secundária)

Os ventos regionais integram as chamadas circulação secundária, que consistem em
sistemas de alta e baixa pressão migratórios, ou seja, uma mesma região durante um período
do ano se caracteriza por altas pressões e durante outro período é marcada por centros de
baixa pressão.
Tais sistemas são encontrados no Sudeste Asiático (região tropical), Indonésia, Índia,
Austrália (porção setentrional), na África Equatorial e no Arizona (extremo sudoeste
estadunidense).
Para facilitar a compreensão, vamos estudar tal fenômeno seguindo a sua própria
lógica: as estações.
• Inverno: as temperaturas caem no continente, com isso um centro de alta pressão se

forma nessa região e - como todo centro de alta pressão – dissipa o ar. Dessa maneira
os ventos secos e frios sobram em direção ao Oceano.
• Verão: o gradiente de pressão é invertido, o continente passa a concentrar um centro
de baixa pressão e – como todo centro de baixa pressão – recebe o ar. Assim, os vento
que partem do Oceano e carregam umidade para o continente formando as famosas
chuvas de monções.
Imagem 20: Monções
Circulação local: Brisa (circulação terciária)

Os ventos locais, como o próprio nome leva a concluir, acontecem em uma escala menor,
sendo classificado em brisa terra-mar e Brisa de vale ou de montanha.
No caso das brisas terra-mar, temos a seguinte situação:
• Brisa marítima: o centro de baixa pressão se encontra na terra, mas como já vimos,
ali o armazenamento de energia é menos eficiente do que na água, logo, durante a
noite o sentido do vento é invertido.
• Brisa terrestre: durante a noite o centro de baixa pressão se encontra na água, que
armazenou mais energia durante todo o dia. Nesse momento o vento sopra da terra em
direção ao mar.
Sentido do vento Sentido do vento
Imagem 21: Brisa terra-água
Quanto às brisas montanha-vale, entendemos que os ventos locais seguem a lógica de

resfriamento do ar na montanha durante a noite e o aquecimento durante o dia, ascendendo dos
vales:
• Brisa de montanha: durante a noite as encostas perdem calor, assim o ar mais frio
desce
• Brisa de Vale: durante a tarde os ventos sopram a partir do vale (vale encosta acima),
graças ao aquecimento.
Imagem 22: Brisa montanha-vale
CAI NA PROVA
UNESP - 2015
As equipes de resgate trabalham contra o tempo neste domingo [23.06.2013] para salvar
as milhares de pessoas que permanecem ilhadas no norte da Índia devido aos
deslizamentos de terra e às inundações provocadas pelas chuvas, que podem ter
provocado mil mortes. As pesadas chuvas, que atingem o subcontinente de junho a
setembro, costumam provocar alagamentos, mas começaram mais cedo este ano,
pegando muitas pessoas de surpresa e expondo a falta de preparo para prever e
enfrentar a situação.
(http://noticias.terra.com.br. Adaptado.)
As chuvas torrenciais abordadas pelo texto estão associadas ao fenômeno climático
denominado
(A) Monções de verão.
(B) El Niño.
(C) La Niña.
(D) Monções de inverno.
(E) Aquecimento global.
COMENTÁRIOS
Alternava A CORRETA - As massas de ar úmidas provenientes do Oceano Índico vão para o

continente, provocando chuvas torrenciais no verão
Alternava B INCORRETA - O El Niño é o aquecimento anormal das águas do Pacífico próximas
à costa Oeste Sul-Americana. Apesar de o El Niño provocar elevação da temperatura na Índia, a
questão pergunta sobre pluviosidade
Alternava C INCORRETA - A La Niña é o resfriamento anormal das águas do Pacífico próximas
à costa Oeste Sul-Americana
Alternava D INCORRETA - As monções de inverno provocam estiagem nas áreas continentais
e chuvas nas regiões oceânicas.
Alternava E INCORRETA O aquecimento global remete ao agravamento do efeito estufa, isto
é, aumento da temperatura média do planeta
GABARITO: A
UFU - 2019.2
A circulação atmosférica resulta da movimentação geral do ar, proporcionada pelo

movimento de rotação da Terra e pela desigual distribuição de energia solar. É um
movimento de grande escala, responsável pelo aquecimento da superfície terrestre.
Considerando-se a circulação atmosférica terrestre, assinale a alternativa correta.

(A) Nas latitudes subtropicais, nos dois hemisférios, o ar seco explica a concentração de
desertos, situados ao longo da latitude de 30°, devido à grande amplitude térmica
anual que caracteriza essas regiões.
(B) Na latitude de 60°, em ambos os hemisférios, formam-se zonas de baixa pressão que
atraem ventos provenientes das latitudes subtropicais, originando ventos de oeste.
(C) O encontro entre os ventos orientais e o ar frio originário dos polos produz a zona de
convergência intertropical, de instabilidade climática, que se desloca de acordo com
as estações do ano.
(D) Nas regiões polares, o ar frio e denso forma um centro de baixa pressão que é
atraído para a zona de maior pressão das regiões tropicais, formando o fenômeno da
friagem.
COMENTÁRIOS
Alternativa A INCORRETA - Os desertos em questão são chamados de tropicais

Alternativa B CORRETA - As setas dispostas na imagem mostram a direção de tais
ventos
Alternativa C INCORRETA - A zona intertropical é distante dos polos
Alternativa D INCORRETA - A friagem se forma com a expansão de uma massa fria em
direção às áreas mais quentes, como é o caso da mPa em direção à Amazônia no inverno
GABARITO: B
10. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

Lembre-se, você está se preparando para uma seleção que envolve questões escritas, logo é
fundamental que em seus estudos seja reservado um tempo significativo para a resolução de
exercícios.
Atenção: aqui as questões não seguirão necessariamente a ordem dos conteúdos, afinal, na sua
prova também será assim (sem uma sequência específica).
Nesse primeiro momento, reforce seus conceitos! Logo depois focaremos no "estilo" da sua
banca. 😎
10.1 REFINANDO OS CONCEITOS

1. (UEL/2019)
Leia o texto a seguir.
A climatologia constitui o estudo científico do clima. Ela trata dos padrões de
comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas e com a
superfície do Planeta durante um longo período.
(MENDONÇA, F; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo:
Oficina de Textos, 2007, p. 15.)
Com base nos conhecimentos sobre climatologia, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às

afirmativas a seguir.
( ) O estudo em climatologia possibilitou desvendar as dinâmicas naturais e o
comportamento da atmosfera para que grupos sociais superassem a condição de meros
espectadores das intempéries naturais e compreendessem o funcionamento de alguns
fenômenos, em diferentes escalas.
( ) Os monitoramentos das condições atmosféricas, realizados a cada segundo, em escala
local, foram possíveis em razão do lançamento de satélites meteorológicos, de maior
confiabilidade, desde o final do século XIX.
( ) A ilha de calor é um fenômeno climático típico das grandes cidades que colabora para
aumentar os índices de poluição, resultando na elevação das temperaturas médias nas
áreas centrais da mancha urbana, em comparação com as áreas periféricas ou rurais.
( ) O difícil acesso às informações meteorológicas e climáticas tornou os conhecimentos

da dinâmica atmosférica planetária e regional restritos à elite científica, o que impediu a
elaboração de pesquisas e a popularização da ciência climatológica.
( ) Os elementos do clima – radiação solar, temperatura e umidade do ar, pressão
atmosférica, velocidade e direção do vento, precipitação – são grandezas que
caracterizam o estado da atmosfera e descrevem suas condições em um dado local e
instante.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) F, V, F, V, V.
b) F, V, V, F, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, F, V, F, V.
e) V, V, F, F, V.
____________________________________________________________________________
2. (UPE/2016)
A atmosfera é uma mistura de nitrogênio, de oxigênio e de diversos outros gases, que
envolve a Terra. Essa camada gasosa encontra-se dividida em várias subcamadas com
características particulares. Sobre esse importante assunto da Climatologia, são corretas
as afirmativas a seguir, EXCETO:
a) A Troposfera é, das camadas da atmosfera terrestre, a que apresenta a maior parte dos
fenômenos meteorológicos e a que é mais fortemente influenciada pelas ações antrópicas, como
a poluição atmosférica.
b) A Atmosfera Terrestre se aquece de baixo para cima, em face da emissão da radiação de
ondas longas pela superfície do planeta. O Sol, por outro lado, emite para a Terra radiação de
ondas curtas.
c) A temperatura do ar atmosférico pode ser modificada pela influência de fatores geográficos
estáticos e dinâmicos, tais como a cobertura vegetal, as correntes marítimas e as superfícies
frontais.
d) As diferenças de calor específico, verificadas entre as massas continentais e as massas
oceânicas, explicam as diferenciações de aquecimento e resfriamento do ar atmosférico. As
áreas mais afastadas das superfícies oceânicas possuem amplitudes térmicas diárias mais
enfáticas.
e) A Ionosfera, em face de suas características físicas e químicas, bloqueia e evita que alguns
perigosos raios emitidos pelo Sol atinjam a superfície terrestre. É nessa camada atmosférica que
se situa a Ozonosfera ou Camada Protetora do Ar.
____________________________________________________________________________
3. (IFSC/2015)
O estudo das variações de composição do ar (tipos de gases e suas proporções),
temperatura, eventos, como ventos, relâmpagos, nuvens, é facilitado quando se divide a
atmosfera em camadas. Essa divisão não é exata, ou seja, existem áreas de transição.
Mesmo assim é possível identificar cinco camadas, de acordo com algumas
características.
Fonte: CARNEVALLE, M. R; Jornadas.cie. 2 ed, São Paulo: Saraiva, 2012.
Em relação às camadas da atmosfera, assinale a alternativa CORRETA.
a) A camada de ar mais próxima da Terra denomina-se exosfera, estendendo-se até 20 km do
solo, no Equador, e a aproximadamente 10 km nos polos.
b) A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera
e exosfera.
c) Na mesosfera localiza-se a camada de ozônio, que faz a proteção da Terra absorvendo os
raios ultravioletas do Sol.
d) A última camada, ou seja, a que está mais distante da Terra, é a estratosfera: é a camada que
antecede o espaço sideral.
e) A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, litosfera e
astenosfera.
____________________________________________________________________________
4. (MACKENZIE/2011)
Foi da junção de duas palavras gregas, Atmós (vapor) e Sphaîra (esfera), que surgiu o
nome dado a estrutura de gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em tempos
de aquecimento global, passou a ser mais estudada, mais valorizada no meio acadêmico,
pois é nela que diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos atuais
ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por diversas camadas e, em sua porção mais
densa, chega a até 800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida como
irrisória, se considerarmos o tamanho do globo terrestre, que mede aproximadamente
12,8 mil quilômetros de diâmetro. A respeito das camadas que compõem a atmosfera
terrestre, considere as afirmações I, II, III e IV.
I. A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é nela, que os principais fenômenos
meteorológicos ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de neve ou
granizo e formação de geadas.
II. A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera. Formada acerca de 400 milhões
de anos, protege a Terra dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol, nocivos à vida. Porém
sabemos que, devido à emissão crescente de CO2 pelas sociedades modernas, abriram-
se buracos enormes nessa camada, permitindo a entrada de tais raios.
III. A Mesosfera se estende da Estratosfera a até aproximadamente 80 quilômetros acima
do nível do mar. É a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases capazes de
absorver a energia do Sol. A temperatura varia de –5ºC a –95ºC.
IV. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido nos limites de
temperatura necessários para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem
aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a concentração de dióxido de
carbono, do metano, do óxido nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca
a aceleração do aquecimento global.
Estão corretas
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
____________________________________________________________________________
5. (PUC-RJ/2017)
(...) é a medida da quantidade de radiação solar refletida por um corpo ou uma superfície,
calculada como a razão entre a quantidade de radiação refletida e a quantidade de
radiação recebida. Em termos geográficos, representa a relação entre a quantidade de luz
refletida pela superfície terrestre e a quantidade de luz recebida do Sol, afetando
diretamente a temperatura de equilíbrio da Terra. (...)
(http://www.mudancasclimaticas.c3.furg.br/index.php?Itemid=913&option=bloco_texto&id_site_component
e=1330. Acesso: 01 mai 2017.)
Essa é a definição de
a) albedo.
b) amplitude térmica.
c) efeito estufa.
d) incidência solar.
e) radiação infravermelha.
____________________________________________________________________________
6. (FGV-RJ/2016)
Analise o gráfico a seguir sobre a distribuição das precipitações conforme as

latitudes.
(Adaptado de: CONTI, J. B. In: ROSS, J. L. (org). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996)
Sobre a distribuição geográfica das chuvas, do ponto de vista zonal, assinale a alternativa
incorreta.
a) O máximo equatorial e os mínimos polares são fenômenos desarticulados que resultam da

ação de fatores geográficos locais.
b) Os dois mínimos de precipitação nas zonas polares são devidos à fraca radiação solar, a qual
provoca pequena evaporação.
c) As duas áreas de elevada precipitação na altura das latitudes médias resultam da linha de
descontinuidade conhecida como frente polar.
d) Os dois mínimos de precipitação nas latitudes de 30º são explicados pela presença das células
de alta pressão subtropicais, cuja origem está na circulação geral da atmosfera.
e) O máximo de chuvas na zona equatorial se deve à presença da zona de convergência

intertropical, cuja oscilação, para o norte ou para o sul, define as estações secas e chuvosas na
sua área de influência.
____________________________________________________________________________
7. (UECE/2016)
O clima da Terra é definido pela atuação do fluxo do ar e da água. Ambos interagem entre
si e possuem dinâmica própria. Sobre os mecanismos de controle do clima, analise as
afirmações abaixo.
I. A principal fonte de energia para a movimentação das circulações atmosféricas e
oceânicas é a radiação solar.
II. Os grandes controles climáticos responsáveis pelas tipologias climáticas da Terra são
temperatura, umidade e pressão.
III. No Hemisfério Sul as áreas ocupadas por continentes e oceanos possuem
temperaturas mais amenas em relação ao Hemisfério Norte.
a) I e III apenas.
b) II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) I, II e III.
____________________________________________________________________________
8. (UNESP/2019)
Leia o excerto e analise as três afirmações a seguir. Todas as moléculas de uma parcela
de ar contribuem para a pressão atmosférica. Como o vapor d’água é um gás, ele também
contribui com um valor de pressão parcial, conhecido como pressão de vapor (e),
aumentando ou diminuindo a pressão atmosférica. Quando a pressão de vapor (e) atinge
seu valor máximo possível para uma determinada temperatura do ar, diz-se que o ar está
saturado de umidade ou, em outras palavras, que o ar está cheio de vapor. Tem-se,
portanto, a pressão de vapor de saturação (es). A umidade relativa é a razão entre a
pressão de vapor (e) e a pressão de vapor de saturação (es).

saturação.
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
____________________________________________________________________________
9. (UNESP/2018)
a) Difusa, o que promove baixas temperaturas médias.
b) Dispersa, o que promove áreas de baixa pressão.
c) Concentrada, o que promove altas temperaturas médias.
d) Variável, o que promove estações do ano bem definidas.
e) Perpendicular, o que promove áreas de clima seco.
____________________________________________________________________________
10. (UNESP/2015)
pegando muitas pessoas de surpresa e expondo a falta de preparo para prever e enfrentar
a situação.

denominado
a) Monções de verão.
b) El Niño.
c) La Niña.
d) Monções de inverno.
e) Aquecimento global.
____________________________________________________________________________
11. (UNICAMP/2015)
No mês de julho de 2014, uma chuva de granizo em uma praia do rio Ob, na cidade de
Novosibirsk, na Sibéria, produziu duas vítimas fatais. Esse tipo de evento atmosférico é
relativamente raro em latitudes médias e altas, sendo sua ocorrência mais frequente em
regiões equatoriais, onde há maior incidência de formação de nuvem do tipo
cumulonimbus. A ocorrência do mencionado fenômeno está associada
a) ao fenômeno do “El Niño”, que produz mais evaporação da água de rios, mares e canais,
afetando também as regiões temperadas e polares.
b) a uma anomalia das condições atmosféricas locais, resultante da influência dos ventos
quentes vindos do sul da Rússia.
c) ao período de verão, estação em que ocorre mais frequentemente o aumento da temperatura
média e maior evaporação da água.
d) ao deslocamento de nuvens da Europa mediterrânea, de clima quente e úmido, produzindo
chuvas torrenciais nas regiões polares.
____________________________________________________________________________
12. (FUVEST/2016)
O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre. Ele se deve à existência de

gradientes de pressão atmosférica, e sua distribuição é representada pelas isóbaras
(linhas com o mesmo valor de pressão atmosférica). O vento também sofre influências do
movimento de rotação da Terra, podendo se destacar, entre outras, a força de desvio
conhecida por efeito Coriolis. Esse efeito atua sobre os ventos deslocando sua trajetória
ao longo das isóbaras, conforme os hemisférios do planeta.
A. Tubelis & F. J. L. Nascimento, Meteorologia Descritiva: Fundamentos e Aplicações Brasileiras.
São Paulo: Nobel, 1983. Adaptado.
Com base no texto e em seus conhecimentos, em relação aos centros de alta pressão (A),
pode-se representar corretamente a circulação dos ventos nos Hemisférios Sul (HS) e
Norte (HN), conforme o esquema indicado em:
____________________________________________________________________________
13. (FGV/2018)
Observe a imagem a seguir
Considerando a circulação geral da atmosfera, é correto afirmar que as massas de ar
a) convergem para a área equatorial por apresentar baixa pressão.
b) divergem da área equatorial por apresentar baixa pressão.
c) convergem para as áreas subtropicais por apresentarem alta pressão.
d) divergem das áreas subpolares por apresentarem alta pressão.
e) convergem para as áreas polares por apresentarem baixa pressão.
____________________________________________________________________________
14. (UNESP/2017)
Os furacões são movimentos bruscos de ar que se caracterizam por
a) sua origem terrestre, com alteração da circulação vertical do ar e concentração de poluentes

na superfície.
b) sua origem terrestre, com ciclo de vida de poucos minutos e elevado poder de destruição.
c) sua origem equatorial, com ligação à parcela ascendente da célula de Hadley e circulação
geral da atmosfera.
d) sua origem oceânica, com dependência de centros de baixa pressão e elevada temperatura
da água.
e) sua origem oceânica, com resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico e ocorrência
temporal regular
____________________________________________________________________________
15. (UNESP/2014)
“As chuvas torrenciais que costumam causar tormentas nesta época do ano em diversas
cidades brasileiras desapareceram neste verão. O lugar delas foi tomado por uma seca
considerada atípica e por muito calor. Este é, sem dúvida, um verão de recordes. São
Paulo registra há mais de 48 dias seguidos temperaturas máximas acima dos 30ºC, mais
do que as médias históricas dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro registradas nos
verões dos últimos 20 anos.”
(http://brasil.elpais.com. Adaptado.)
A dinâmica de circulação atmosférica tem importante papel na definição dos regimes

climáticos predominantes em cada região brasileira. Dentre as razões que explicam a
excepcional estiagem e as elevadas temperaturas que assolaram a região Centro-Sul do
Brasil em janeiro e fevereiro de 2014 estão:
a) a manifestação do fenômeno La Niña e o reforço das condições climatológicas de ambiente

quente e seco por questões sazonais.
b) a incidência de uma zona de alta pressão atmosférica e o predomínio de uma massa de ar

quente e seca.
c) a ocorrência de uma zona de baixa pressão atmosférica e a passagem de uma massa de ar

quente e seca.
d) a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul e o predomínio de uma massa de ar

quente e seca.
e) a presença da Zona de Convergência Intertropical e a existência de um evento climático

extremo de subsidência da umidade em superfície.
____________________________________________________________________________
16. (UNICAMP/2016)
A figura a seguir exibe a imagem de um ciclone.
É correto afirmar que o ciclone em questão
a) ocorreu no Hemisfério Sul e corresponde a uma área de alta pressão atmosférica.
b) pode ocorrer em qualquer hemisfério, independentemente da pressão atmosférica.
c) ocorreu no Hemisfério Norte, em zonas tropicais e de baixa pressão atmosférica.
d) ocorreu no Hemisfério Sul e corresponde a uma área de baixa pressão atmosférica.
____________________________________________________________________________
17. (UNICAMP/2012)
Observe o esquema abaixo, que indica a circulação atmosférica sobre a superfície

terrestre, e indique a alternativa correta.
a) Os ventos alísios dirigem-se das áreas tropicais para as equatoriais, em sentido horário no
hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis, associada
à movimentação da Terra.
b) Os ventos alísios dirigem-se das áreas de alta pressão, características dos trópicos, em
direção às áreas de baixa pressão, próximas ao equador, movimentando-se em sentido anti-
horário no hemisfério norte e em sentido horário no hemisfério sul.
c) Os ventos contra-alísios dirigem-se dos trópicos em direção ao equador, movimentando-se

em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força
de Coriolis.
d) Os ventos contra-alísios dirigem-se da área tropical em direção aos polos, provocando quedas
bruscas de temperatura e eventualmente queda de neve, movimentando-se em sentido anti-
horário no hemisfério sul e em sentido horário no hemisfério norte.
____________________________________________________________________________
18. (FUVEST/2018)
O Brasil possui um território extenso, com 92% pertencentes à zona intertropical. As

massas de ar que atuam em território brasileiro possuem influências oceânicas e
continentais. Sobre as características dessas massas de ar, é correto afirmar:
a) W representa a Massa Equatorial Atlântica de ar quente e úmido, responsável pela grande

umidade na Amazônia.
b) Y indica a Massa Polar Atlântica, que se desloca a partir do sul em direção ao norte do território
brasileiro e tem como característica a presença de ar frio, podendo atingir a região Centro-Oeste
no inverno.
c) Z indica a Massa Tropical Continental, que tem como característica a presença de ar quente
e úmido, ocasionando alagamentos no Centro-Oeste no inverno.
d) X indica a Massa Equatorial Continental de ar quente e seco, que atua no nordeste do litoral
brasileiro.
e) V representa a Massa Temperada Atlântica de ar frio e seco, que atua no sul do litoral
brasileiro.
____________________________________________________________________________
19. (UNESP/2003)
O clima da Europa Ocidental é bem diferente do clima da Europa Oriental. Enquanto na

primeira os invernos são suaves e os verões apresentam temperaturas não tão elevadas,
na segunda as diferenças sazonais são maiores, com invernos mais rigorosos,
temperaturas mais baixas e verões mais quentes. O fator determinante das condições
climáticas vigentes na Europa Ocidental é a
a) latitude.
b) maritimidade.
c) disposição do relevo.
d) atuação da corrente das Canárias.
e) predominância de ventos de leste.
____________________________________________________________________________
20. (ESPCEX/AMAN/2019)
Leia os trechos a seguir.
"17/07/2017- Canela, Gramado e Caxias do Sul, […] registraram o fenômeno. Frio chegou
com intensidade ao estado e temperatura deve cair ainda mais ao longo do dia.”
(https://g1.globo.com)
“31/03/2016- Com chances de neve já no outono, o frio em Gramado promete chegar com
tudo [...]”
(https://www.dicasdegramado.com.br)
Nos últimos anos, temos observado na mídia uma séria de notícias evidenciando o rigor
do inverno na região acima referida. Esta região tem atraído inúmeros turistas que gostam
de contemplar o frio, as comidas típicas locais e têm o anseio de conhecer, ao vivo, a neve
e o congelamento das águas em pleno Brasil. A associação de dois importantes fatores
climáticos justifica a ocorrência de tais fenômenos meteorológicos nesta região. São eles:
a) Latitude e altitude.
b) maritimidade e latitude.
c) continentalidade e maritimidade.
d) altitude e longitude.
e) correntes marítimas e massas de ar.
____________________________________________________________________________
21. (UEFS/2017)
Os elementos climáticos caracterizam o clima, que são definidos por fatores ou

fenômenos. A partir dos conhecimentos sobre os elementos e fatores climáticos, marque
V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) As áreas sob a influência da continentalidade apresentam temperatura mais

elevadas, devido à baixa umidade relativa do ar.
( ) O impacto do desmatamento no clima recai sobre o regime de chuvas, em

decorrência da diminuição da emissão de umidade para atmosfera.
( ) Os movimentos das massas de ar e dos ventos resultam da desigual distribuição

de energia solar nas diversas latitudes
( ) Na circulação atmosférica, as massas de ar de características diferentes entram

em contato entre si, dando origem ás frentes frias e, como consequência, as chuvas
orográficas.
( ) As áreas anticiclonais se caracterizam pelas baixas temperaturas e altas pressões

e são dispersoras de vento.
A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F V F F V
b) F V V F V
c) V V F V F
d) V F V V F
e) F F V F V
____________________________________________________________________________
22. (UNICAMP/2015)
Em algumas localidades do estado de Santa Catarina, costuma-se registrar neve durante

o período de inverno, caso de São Joaquim e de outros municípios da região serrana.
Qual das alternativas abaixo associa corretamente dois fatores geográficos que
favorecem a ocorrência do fenômeno na região indicada?
a) Altitudes acima de 1.000 metros; latitude entre 23º S e 66° S.
b) Altitudes abaixo de 1.000 metros; latitude entre 66° S e 90° S.
c) Altitudes acima de 1.000 metros; latitude entre 23° N e 66° N.
d) Altitudes abaixo de 1.000 metros; latitude entre 66° N e 90° N.
____________________________________________________________________________
23. (UNICAMP/2013)
O esquema abaixo representa a entrada de uma frente fria, uma condição atmosférica
muito comum, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Sobre esta condição é
correto afirmar que:
a) É típica de inverno, quando massas frias atravessam essas regiões, provocando inicialmente
uma precipitação e, na sequência, queda da temperatura e tempo mais seco.
b) Trata-se da chegada de uma massa quente, que ocorre tanto no verão quanto no inverno,
provocando intensas chuvas, sendo comuns a ocorrência de tempestades e o aumento
significativo na temperatura.
c) O contato entre as massas de ar indica fortes chuvas, de tipo orográficas, que permanecem
estacionadas num mesmo ponto durante vários dias.
d) As precipitações de tipo convectivas ocorrem especialmente nos meses de verão, sendo

comum a ocorrência de chuvas de granizo no final da tarde.
____________________________________________________________________________
24. (UFU / 2018.2)
Os fatores climáticos que contribuem para as diferentes amplitudes térmicas nas cidades
apresentadas são
(A) massas de ar e altitude.
(B) latitude e vegetação.
(C) forma de relevo e correntes marinhas.
(D) continentalidade e maritimidade.
___________________________________________________________________________
25. (UFU / 2017.2)
Pelo menos 269 pessoas morreram e 2 milhões foram afetadas por causa das chuvas
registradas há quase um mês no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, disse o ministro do
Interior, Rajnath Singh. As inundações são comuns na Índia durante o período geral de
chuvas de monção entre julho e agosto.
Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/chuvas-na-india-deixam-mais-de-200-mortos-e-
afeta-2-milhoes-de-pessoas.html>Acesso em: 29 de abr. 2017. (Adaptado).
O texto retrata um fenômeno meteorológico responsável pelas fortes chuvas. Esse
fenômeno é causado pelo(a):
(A) ação dos ventos alísios, que invertem sua direção e intensidade durante o verão asiático.
(B) água do oceano Índico, cuja ação de correntes marinhas frias, favorece a formação de
massas de ar carregadas de umidade.
(C) desenvolvimento de um corredor de nuvens de tempestade em direção ao Oceano Índico,
causado pela Cordilheira do Himalaia.
(D) aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre o oceano Índico e o continente
Asiático.
____________________________________________________________________________
26. (UFU/2016.2)
Ao contrário das vagas (ondas) e marés cujos efeitos muitas vezes espetaculares não
fazem senão transporte de águas a pequenas distâncias, os oceanos são o centro de
movimentos permanentes, podendo arrastar as partículas líquidas muito longe do seu local
de origem: são as correntes marinhas. Com velocidades fracas, sua influência é
considerável tanto para a navegação como para a economia geral dos mares e para o
clima.
Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/GEOGRAFIA/Artigos/correntes_m
arinhas.pdf>Acesso em: 20 de jan. 2016.
Considerando o fenômeno geográfico apresentado, sua influência no clima ocorre pela

contribuição direta à
a) geração dos ventos alísios.
b) distribuição do calor no planeta.
c) ampliação dos desertos tropicais.
d) formação de tornados na atmosfera.
11. GABARITO
1. d 7. c 13. a 19. b 25. d
2. e 8. b 14. d 20. a 26. b
3. b 9. a 15. b 21. b
4. d 10. a 16. d 22. a
5. a 11. b 17. a 23. a
6. a 12. b 18. b 24. d
12. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RESOLVIDAS E

COMENTADAS
Clima é um tema muito importante, tanto que dividimos em duas aulas, então resolva os
exercícios com a atenção! Aqui está a base para a aula 03 (e se prepare, porque lá teremos
questões até cair o dedo 😅)
12.1 REFINANDO OS CONCEITOS

1. (UEL/2019)
Leia o texto a seguir.
A climatologia constitui o estudo científico do clima. Ela trata dos padrões de
comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas e com a
superfície do Planeta durante um longo período.
(MENDONÇA, F; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo:
Oficina de Textos, 2007, p. 15.)
Com base nos conhecimentos sobre climatologia, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às

afirmativas a seguir.
( ) O estudo em climatologia possibilitou desvendar as dinâmicas naturais e o
comportamento da atmosfera para que grupos sociais superassem a condição de meros
espectadores das intempéries naturais e compreendessem o funcionamento de alguns
fenômenos, em diferentes escalas.
( ) Os monitoramentos das condições atmosféricas, realizados a cada segundo, em escala
local, foram possíveis em razão do lançamento de satélites meteorológicos, de maior
confiabilidade, desde o final do século XIX.
( ) A ilha de calor é um fenômeno climático típico das grandes cidades que colabora para
aumentar os índices de poluição, resultando na elevação das temperaturas médias nas
áreas centrais da mancha urbana, em comparação com as áreas periféricas ou rurais.
( ) O difícil acesso às informações meteorológicas e climáticas tornou os conhecimentos
da dinâmica atmosférica planetária e regional restritos à elite científica, o que impediu a
elaboração de pesquisas e a popularização da ciência climatológica.
( ) Os elementos do clima – radiação solar, temperatura e umidade do ar, pressão
atmosférica, velocidade e direção do vento, precipitação – são grandezas que
caracterizam o estado da atmosfera e descrevem suas condições em um dado local e
instante.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) F, V, F, V, V.
b) F, V, V, F, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, F, V, F, V.
e) V, V, F, F, V.
Resolução
De cima para baixo, temos:
V, especialmente graças ao monitoramento via satélite;
F, os satélites começaram a ser lançados na Guerra Fria (a partir da segunda metade do século
XX);
V, também ocorre em cidades médias e pequenas. O asfalto, o gás carbônico liberado pelo carro,
as vidraças etc. contribuem com o aumento da temperatura.
F, a internet fez com que o acesso às informações meteorológicas e climáticas se tornassem
mais fáceis.
V, a meteorologia (tempo) estuda o estado momentâneo da atmosfera.
Gabarito: d
2. (UPE/2016)
A atmosfera é uma mistura de nitrogênio, de oxigênio e de diversos outros gases, que
envolve a Terra. Essa camada gasosa encontra-se dividida em várias subcamadas com
características particulares. Sobre esse importante assunto da Climatologia, são corretas
as afirmativas a seguir, EXCETO:
a) A Troposfera é, das camadas da atmosfera terrestre, a que apresenta a maior parte dos
fenômenos meteorológicos e a que é mais fortemente influenciada pelas ações antrópicas, como
a poluição atmosférica.
b) A Atmosfera Terrestre se aquece de baixo para cima, em face da emissão da radiação de

ondas longas pela superfície do planeta. O Sol, por outro lado, emite para a Terra radiação de
ondas curtas.
c) A temperatura do ar atmosférico pode ser modificada pela influência de fatores geográficos
estáticos e dinâmicos, tais como a cobertura vegetal, as correntes marítimas e as superfícies
frontais.
d) As diferenças de calor específico, verificadas entre as massas continentais e as massas
oceânicas, explicam as diferenciações de aquecimento e resfriamento do ar atmosférico. As
áreas mais afastadas das superfícies oceânicas possuem amplitudes térmicas diárias mais
enfáticas.
e) A Ionosfera, em face de suas características físicas e químicas, bloqueia e evita que alguns
perigosos raios emitidos pelo Sol atinjam a superfície terrestre. É nessa camada atmosférica que
se situa a Ozonosfera ou Camada Protetora do Ar.
Resolução
a) Correto, a poluição muda a dinâmica atmosférica por causa dos compostos químicos e do
aumento da temperatura.
b) Correto. Na troposfera, quanto maior a altitude, menor a temperatura. Essas ondas longas são
conhecidas como raio infravermelho que são refletidos pela superfície terrestre e as ondas curtas
são conhecidas como raio ultravioleta que são emitidos pelo Sol.
c) Correto. A cobertura vegetal deixará o ambiente mais úmido por causa da evapotranspiração
e mais fresco por causa da oxigenação. As correntes marítimas podem ser frias ou quentes. Na
superfície frontal, o ar mais frio (maior densidade) atua como uma barreira que impede a
circulação do ar mais quente (menor densidade).
d) Correto. Nas regiões litorâneas a amplitude térmica (diferença de temperatura entre um
período, nesse caso entre o dia e a noite) é menor comparada com as áreas no interior do
continente.
e) Incorreto. A Ozonosfera encontra-se na Estratosfera e não na Ionosfera.
Gabarito: e
3. (IFSC/2015)
O estudo das variações de composição do ar (tipos de gases e suas proporções),
temperatura, eventos, como ventos, relâmpagos, nuvens, é facilitado quando se divide a
atmosfera em camadas. Essa divisão não é exata, ou seja, existem áreas de transição.
Mesmo assim é possível identificar cinco camadas, de acordo com algumas
características.
Fonte: CARNEVALLE, M. R; Jornadas.cie. 2 ed, São Paulo: Saraiva, 2012.
Em relação às camadas da atmosfera, assinale a alternativa CORRETA.
a) A camada de ar mais próxima da Terra denomina-se exosfera, estendendo-se até 20 km do
solo, no Equador, e a aproximadamente 10 km nos polos.
b) A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera

e exosfera.
c) Na mesosfera localiza-se a camada de ozônio, que faz a proteção da Terra absorvendo os
raios ultravioletas do Sol.
d) A última camada, ou seja, a que está mais distante da Terra, é a estratosfera: é a camada que
antecede o espaço sideral.
e) A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, litosfera e
astenosfera.
Resolução
a) Incorreto. A Exosfera é a camada mais distante da superfície terrestre.
b) Correto. Cabe ressaltar as camadas entre as camadas da atmosfera, quais sejam:
Tropopausa, Estratopausa e Termopausa.
c) Incorreto. A camada de ozônio se encontra na Estratosfera e não na Mesosfera.
d) Incorreto. A Exosfera é a camada mais distante da superfície terrestre.
e) Incorreto. A astenosfera é a camada plástica abaixo da crosta terrestre.
Gabarito: b
4. (MACKENZIE/2011)
Foi da junção de duas palavras gregas, Atmós (vapor) e Sphaîra (esfera), que surgiu o
nome dado a estrutura de gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em tempos
de aquecimento global, passou a ser mais estudada, mais valorizada no meio acadêmico,
pois é nela que diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos atuais
ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por diversas camadas e, em sua porção mais
densa, chega a até 800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida como
irrisória, se considerarmos o tamanho do globo terrestre, que mede aproximadamente
12,8 mil quilômetros de diâmetro. A respeito das camadas que compõem a atmosfera
terrestre, considere as afirmações I, II, III e IV.
I. A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é nela, que os principais fenômenos
meteorológicos ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de neve ou
granizo e formação de geadas.
II. A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera. Formada acerca de 400 milhões
de anos, protege a Terra dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol, nocivos à vida. Porém
sabemos que, devido à emissão crescente de CO2 pelas sociedades modernas, abriram-
se buracos enormes nessa camada, permitindo a entrada de tais raios.
III. A Mesosfera se estende da Estratosfera a até aproximadamente 80 quilômetros acima
do nível do mar. É a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases capazes de
absorver a energia do Sol. A temperatura varia de –5ºC a –95ºC.
IV. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido nos limites de
temperatura necessários para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem
aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a concentração de dióxido de
carbono, do metano, do óxido nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca
a aceleração do aquecimento global.
Estão corretas
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Resolução
I. Correto. Além dos fenômenos citados, podemos destacar o furacão, o tornado, o ciclone etc.
II. Incorreto. A camada de ozônio concentra-se na Estratosfera.
III. Correto. Além disso, nessa camada ocorre a combustão dos meteoritos, fazendo com que ela
seja rica em partículas metálicas.
IV. Correto. O efeito estufa é um fenômeno natural, o agravamento dele é que provoca aumento
anormal da temperatura (aquecimento global).
Gabarito: d
5. (PUC-RJ/2017)
(...) é a medida da quantidade de radiação solar refletida por um corpo ou uma superfície,
calculada como a razão entre a quantidade de radiação refletida e a quantidade de
radiação recebida. Em termos geográficos, representa a relação entre a quantidade de luz
refletida pela superfície terrestre e a quantidade de luz recebida do Sol, afetando
diretamente a temperatura de equilíbrio da Terra. (...)
(http://www.mudancasclimaticas.c3.furg.br/index.php?Itemid=913&option=bloco_texto&id_site_component
e=1330. Acesso: 01 mai 2017.)
Essa é a definição de
a) albedo.
b) amplitude térmica.
c) efeito estufa.
d) incidência solar.
e) radiação infravermelha.
Resolução
a) Correto. Albedo elevado, alta taxa de reflexão (baixa taxa de absorção). Albedo baixo, baixa
taxa de reflexão (alta taxa de absorção). A cor branca reflete e a cor preta absorve.
b) Incorreto. A amplitude térmica é a variação da temperatura em um dado período.
c) Incorreto. Efeito estuda é quando os gases da atmosfera permitem a passagem do raio

ultravioleta, absorvendo o calor.
d) Incorreto. A incidência solar é a maneira que o raio ultravioleta atinge a Terra, ela varia
conforme a latitude.
e) Incorreto. A radiação infravermelha é a reflexão do raio ultravioleta após ter atingido a
superfície terrestre.
Gabarito: a
6. (FGV-RJ/2016)
Analise o gráfico a seguir sobre a distribuição das precipitações conforme as

latitudes.
(Adaptado de: CONTI, J. B. In: ROSS, J. L. (org). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996)
Sobre a distribuição geográfica das chuvas, do ponto de vista zonal, assinale a alternativa
incorreta.
a) O máximo equatorial e os mínimos polares são fenômenos desarticulados que resultam da

ação de fatores geográficos locais.
b) Os dois mínimos de precipitação nas zonas polares são devidos à fraca radiação solar, a qual
provoca pequena evaporação.
c) As duas áreas de elevada precipitação na altura das latitudes médias resultam da linha de
descontinuidade conhecida como frente polar.
d) Os dois mínimos de precipitação nas latitudes de 30º são explicados pela presença das células
de alta pressão subtropicais, cuja origem está na circulação geral da atmosfera.
e) O máximo de chuvas na zona equatorial se deve à presença da zona de convergência

intertropical, cuja oscilação, para o norte ou para o sul, define as estações secas e chuvosas na
sua área de influência
Resolução
a) Incorreto. A maior pluviosidade na Linha do Equador e a menor nos polos é resultado

da incidência do raio solar e não de fatores geográficos locais.
b) Correto. A incidência dos raios solares nos polos é difusa, resultando em menor
evaporação e precipitação.
c) Correto. Pelo fato de a latitude média estar entre os polos e a zona intertropical ocorre
convergência de massas de ar polar com tropical.
d) Correto. A atuação das células de alta pressão (fria) dificultam a evaporação e a

precipitação.
e) Correto. A Zona de Convergência Intertropical é o ponto onde se encontram os ventos

alísios (ventos originários dos trópicos que vão até a Linha do Equador). Juntamente com os
ventos estão as massas que ao se deslocarem para a latitude 0º estão carregadas.
Gabarito: a
7. (UECE/2016)
O clima da Terra é definido pela atuação do fluxo do ar e da água. Ambos interagem entre
si e possuem dinâmica própria. Sobre os mecanismos de controle do clima, analise as
afirmações abaixo.
I. A principal fonte de energia para a movimentação das circulações atmosféricas e
oceânicas é a radiação solar.
II. Os grandes controles climáticos responsáveis pelas tipologias climáticas da Terra são
temperatura, umidade e pressão.
III. No Hemisfério Sul as áreas ocupadas por continentes e oceanos possuem
temperaturas mais amenas em relação ao Hemisfério Norte.
a) I e III apenas.
b) II e III apenas.
c) I e II apenas.
d) I, II e III.
Resolução
I. Correto. A pressão atmosférica depende da radiação solar. Maior calor, o ar ascende. Menor
calor, o ar descende.
II. Correto. Os elementos climáticos determinam os tipos climáticos.
III. Incorreto. A Antártica registra temperaturas muito baixas. Porém, o Oceano Índico registra as
temperaturas mais altas.
Gabarito: c
8. (UNESP/2019)
Leia o excerto e analise as três afirmações a seguir. Todas as moléculas de uma parcela
de ar contribuem para a pressão atmosférica. Como o vapor d’água é um gás, ele também
contribui com um valor de pressão parcial, conhecido como pressão de vapor (e),
aumentando ou diminuindo a pressão atmosférica. Quando a pressão de vapor (e) atinge
seu valor máximo possível para uma determinada temperatura do ar, diz-se que o ar está
saturado de umidade ou, em outras palavras, que o ar está cheio de vapor. Tem-se,
portanto, a pressão de vapor de saturação (es). A umidade relativa é a razão entre a
pressão de vapor (e) e a pressão de vapor de saturação (es).

saturação.
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
Resolução
I. Correto. Quanto maior a temperatura, mais rápido o vapor d’água irá ascender. A elevada
umidade leva à saturação do vapor de água e a precipitação.
II. Incorreto. A umidade relativa do ar é relação (%) entre umidade absoluta e o seu ponto de
orvalho.
III. Correto. Ocorre chuva quando a atmosfera está saturada.
Gabarito: b
9. (UNESP/2018)
a) Difusa, o que promove baixas temperaturas médias.

b) Dispersa, o que promove áreas de baixa pressão.
c) Concentrada, o que promove altas temperaturas médias.
d) Variável, o que promove estações do ano bem definidas.
e) Perpendicular, o que promove áreas de clima seco.
Resolução
a) Correto. Raio difuso significa que é espalhado, fazendo com que a temperatura diminua quanto
mais afastado da Linha do Equador, tanto no sentido Norte como Sul.
b) Incorreto. O raio é disperso, mas a pressão é alta em maior latitude.
c) Incorreto. Não é concentrada, é difusa. Além disso, as temperaturas são baixas.
d) Incorreto. No verão o raio até pode ficar um pouco mais concentrado, mas as estações do ano
não são bem definidas em altas latitudes.
e) Incorreto. O clima é seco, porém o raio não é perpendicular.
Gabarito: a
10. (UNESP/2015)
pegando muitas pessoas de surpresa e expondo a falta de preparo para prever e enfrentar
a situação.
denominado
a) Monções de verão.
b) El Niño.
c) La Niña.
d) Monções de inverno.
e) Aquecimento global.
Resolução
a) Correto. As massas de ar úmidas provenientes do Oceano Índico vão para o continente,
provocando chuvas torrenciais no verão.
b) Incorreto. O El Niño é o aquecimento anormal das águas do Pacífico próximas à costa Oeste
Sul-Americana. Apesar de o El Niño provocar elevação da temperatura na Índia, a questão
pergunta sobre pluviosidade.
c) Incorreto. A La Niña é o resfriamento anormal das águas do Pacífico próximas à costa Oeste
Sul-Americana.
d) Incorreto. As monções de inverno provocam estiagem nas áreas continentais e chuvas nas
regiões oceânicas.
e) Incorreto. O aquecimento global remete ao agravamento do efeito estufa, isto é, aumento da
temperatura média do planeta.
Gabarito: a
11. (UNICAMP/2015)
No mês de julho de 2014, uma chuva de granizo em uma praia do rio Ob, na cidade de
Novosibirsk, na Sibéria, produziu duas vítimas fatais. Esse tipo de evento atmosférico é
relativamente raro em latitudes médias e altas, sendo sua ocorrência mais frequente em
regiões equatoriais, onde há maior incidência de formação de nuvem do tipo
cumulonimbus. A ocorrência do mencionado fenômeno está associada
a) ao fenômeno do “El Niño”, que produz mais evaporação da água de rios, mares e canais,
afetando também as regiões temperadas e polares.
b) a uma anomalia das condições atmosféricas locais, resultante da influência dos ventos
quentes vindos do sul da Rússia.
c) ao período de verão, estação em que ocorre mais frequentemente o aumento da temperatura
média e maior evaporação da água.
d) ao deslocamento de nuvens da Europa mediterrânea, de clima quente e úmido, produzindo
chuvas torrenciais nas regiões polares.
Resolução
a) Incorreto. O El Niño não possui relação direta com a chuva de granizo. Ademais, praticamente
não afeta as regiões polares.
b) Correto. Ocorre quando a superfície se superaquece. O vapor ascende rapidamente,
chegando na tropopausa (região mais fria da troposfera), promovendo a sublimação (passagem
do estado gasoso para o sólido).
c) Incorreto. A chuva de granizo pode ocorrer em qualquer estação do ano.
d) Incorreto. Nas regiões polares não ocorrem chuvas torrenciais.
Gabarito: b
12. (FUVEST/2016)
O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre. Ele se deve à existência de

gradientes de pressão atmosférica, e sua distribuição é representada pelas isóbaras
(linhas com o mesmo valor de pressão atmosférica). O vento também sofre influências do
movimento de rotação da Terra, podendo se destacar, entre outras, a força de desvio
conhecida por efeito Coriolis. Esse efeito atua sobre os ventos deslocando sua trajetória
ao longo das isóbaras, conforme os hemisférios do planeta.
A. Tubelis & F. J. L. Nascimento, Meteorologia Descritiva: Fundamentos e Aplicações Brasileiras.
São Paulo: Nobel, 1983. Adaptado.
Com base no texto e em seus conhecimentos, em relação aos centros de alta pressão (A),
pode-se representar corretamente a circulação dos ventos nos Hemisférios Sul (HS) e
Norte (HN), conforme o esquema indicado em:
Resolução
O Efeito Coriolis gera diferentes movimentos relacionados às áreas de alta pressão, dessa forma,
sentido horário no Norte e anti-horário no Sul.
Gabarito: b
13. (FGV/2018)
Observe a imagem a seguir
Considerando a circulação geral da atmosfera, é correto afirmar que as massas de ar
a) convergem para a área equatorial por apresentar baixa pressão.
b) divergem da área equatorial por apresentar baixa pressão.
c) convergem para as áreas subtropicais por apresentarem alta pressão.
d) divergem das áreas subpolares por apresentarem alta pressão.
e) convergem para as áreas polares por apresentarem baixa pressão.
Resolução
a) Correto. A massa de ar se desloca da alta pressão (temperatura baixa) para a baixa pressão
(temperatura alta).
b) Incorreto. Na área equatorial as massas de ar convergem.
c) Incorreto. Nas áreas subtropicais as massas de ar divergem.
d) Incorreto. As áreas subpolares convergem as massas de ar por apresentar baixa pressão.
e) Incorreto. Divergem nas áreas polares por apresentar alta pressão.
Gabarito: a
14. (UNESP/2017)
Os furacões são movimentos bruscos de ar que se caracterizam por
a) sua origem terrestre, com alteração da circulação vertical do ar e concentração de poluentes

na superfície.
b) sua origem terrestre, com ciclo de vida de poucos minutos e elevado poder de destruição.
c) sua origem equatorial, com ligação à parcela ascendente da célula de Hadley e circulação
geral da atmosfera.
d) sua origem oceânica, com dependência de centros de baixa pressão e elevada temperatura
da água.
e) sua origem oceânica, com resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico e ocorrência
temporal regular
Resolução
a) Incorreto. A origem dos furacões é litorânea.
b) Incorreto. A origem dos furacões é litorânea.
c) Incorreto. A origem é no Atlântico Norte (Caribe) ou no Centro ou Leste do Pacífico Norte.
d) Correto. A temperatura da água está em torno de 27º C quando ocorre um furacão.
e) Incorreto. O resfriamento anormal das águas do Pacífico à La Niña.
Gabarito: d
15. (UNESP/2014)
“As chuvas torrenciais que costumam causar tormentas nesta época do ano em diversas
cidades brasileiras desapareceram neste verão. O lugar delas foi tomado por uma seca
considerada atípica e por muito calor. Este é, sem dúvida, um verão de recordes. São
Paulo registra há mais de 48 dias seguidos temperaturas máximas acima dos 30ºC, mais
do que as médias históricas dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro registradas nos
verões dos últimos 20 anos.”
(http://brasil.elpais.com. Adaptado.)
A dinâmica de circulação atmosférica tem importante papel na definição dos regimes

climáticos predominantes em cada região brasileira. Dentre as razões que explicam a
excepcional estiagem e as elevadas temperaturas que assolaram a região Centro-Sul do
Brasil em janeiro e fevereiro de 2014 estão:
a) a manifestação do fenômeno La Niña e o reforço das condições climatológicas de ambiente

quente e seco por questões sazonais.
b) a incidência de uma zona de alta pressão atmosférica e o predomínio de uma massa de ar

quente e seca.
c) a ocorrência de uma zona de baixa pressão atmosférica e a passagem de uma massa de ar

quente e seca.
d) a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul e o predomínio de uma massa de ar

quente e seca.
e) a presença da Zona de Convergência Intertropical e a existência de um evento climático

extremo de subsidência da umidade em superfície.
Resolução
a) Incorreto. A La Niña intensifica a chuva em algumas partes do Sudeste.
b) Correto. A instalação atípica de uma zona de alta pressão inibe a ascendência do vapor
d’água, resultando em diminuição do índice pluviométrico. A massa de ar sendo seca potencializa
a redução de chuva.
c) Incorreto. A alta pressão contribuiu com a redução da pluviosidade e não a baixa pressão.
d) Incorreto. A Zona de Convergência do Atlântico Sul contribui com a umidade.
e) Incorreto. A subsidência da umidade contribuiria com a chuva.
Gabarito: b
16. (UNICAMP/2016)
A figura a seguir exibe a imagem de um ciclone.
É correto afirmar que o ciclone em questão
a) ocorreu no Hemisfério Sul e corresponde a uma área de alta pressão atmosférica.
b) pode ocorrer em qualquer hemisfério, independentemente da pressão atmosférica.
c) ocorreu no Hemisfério Norte, em zonas tropicais e de baixa pressão atmosférica.
d) ocorreu no Hemisfério Sul e corresponde a uma área de baixa pressão atmosférica.
Resolução
a) Incorreto. Os ciclones se formam em áreas de baixa pressão.
b) Incorreto. Os ciclones se formam em áreas de baixa pressão.
c) Incorreto. No Hemisfério Norte, os ventos se deslocam no sentido anti-horário.
d) Correto. No Hemisfério Sul, os ventos se deslocam no sentido horário.
Gabarito: d
17. (UNICAMP/2012)
Observe o esquema abaixo, que indica a circulação atmosférica sobre a superfície

terrestre, e indique a alternativa correta.
a) Os ventos alísios dirigem-se das áreas tropicais para as equatoriais, em sentido horário no
hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis, associada
à movimentação da Terra.
b) Os ventos alísios dirigem-se das áreas de alta pressão, características dos trópicos, em
direção às áreas de baixa pressão, próximas ao equador, movimentando-se em sentido anti-
horário no hemisfério norte e em sentido horário no hemisfério sul.
c) Os ventos contra-alísios dirigem-se dos trópicos em direção ao equador, movimentando-se

em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força
de Coriolis.
d) Os ventos contra-alísios dirigem-se da área tropical em direção aos polos, provocando quedas
bruscas de temperatura e eventualmente queda de neve, movimentando-se em sentido anti-
horário no hemisfério sul e em sentido horário no hemisfério norte.
Resolução
a) Correto. Os ventos alísios se originam nos trópicos e vão até a Linha do Equador.
b) Incorreto. Em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul.
c) Incorreto. Os ventos contra-alísios dirigem-se do Equador em direção aos trópicos.
d) Incorreto. Os ventos contra-alísios dirigem-se do Equador em direção aos trópicos.
Gabarito: a
18. (FUVEST/2018)
O Brasil possui um território extenso, com 92% pertencentes à zona intertropical. As

massas de ar que atuam em território brasileiro possuem influências oceânicas e
continentais. Sobre as características dessas massas de ar, é correto afirmar:
a) W representa a Massa Equatorial Atlântica de ar quente e úmido, responsável pela grande

umidade na Amazônia.
b) Y indica a Massa Polar Atlântica, que se desloca a partir do sul em direção ao norte do território
brasileiro e tem como característica a presença de ar frio, podendo atingir a região Centro-Oeste
no inverno.
c) Z indica a Massa Tropical Continental, que tem como característica a presença de ar quente
e úmido, ocasionando alagamentos no Centro-Oeste no inverno.
d) X indica a Massa Equatorial Continental de ar quente e seco, que atua no nordeste do litoral
brasileiro.
e) V representa a Massa Temperada Atlântica de ar frio e seco, que atua no sul do litoral
brasileiro.
Resolução
a) Incorreto. W é a Massa Equatorial Continental.
b) Correto. Ela é responsável pelas chuvas frontais na Zona da Mata no inverno.
c) Incorreto. A Massa Tropical Continental é seca.
d) Incorreto. X é a Massa Equatorial Atlântica.
e) Incorreto. V é a Massa Tropical Atlântica.
Gabarito: b
19. (UNESP/2003)
O clima da Europa Ocidental é bem diferente do clima da Europa Oriental. Enquanto na

primeira os invernos são suaves e os verões apresentam temperaturas não tão elevadas,
na segunda as diferenças sazonais são maiores, com invernos mais rigorosos,
temperaturas mais baixas e verões mais quentes. O fator determinante das condições
climáticas vigentes na Europa Ocidental é a
a) latitude.
b) maritimidade.
c) disposição do relevo.
d) atuação da corrente das Canárias.
e) predominância de ventos de leste.
Resolução
a) Incorreto. A comparação é longitudinal (Oeste-Leste) e não latitudinal.
b) Correto. A Europa Ocidental por ter mais contato com o litoral, automaticamente recebe uma
influência maior da maritimidade.
c) Incorreto. No sentido Oeste-Leste, o relevo tem pouco influência.
d) Incorreto. Apesar de sua origem ser no Atlântico Norte, sua influência é bem pequena na
Europa, atuando mais na África.
e) Incorreto. A atuação dos ventos muda de direção e de intensidade.
Gabarito: b
20. (ESPCEX/AMAN/2019)
Leia os trechos a seguir.
"17/07/2017- Canela, Gramado e Caxias do Sul, […] registraram o fenômeno. Frio chegou
com intensidade ao estado e temperatura deve cair ainda mais ao longo do dia.”
(https://g1.globo.com)
“31/03/2016- Com chances de neve já no outono, o frio em Gramado promete chegar com
tudo [...]”
(https://www.dicasdegramado.com.br)
Nos últimos anos, temos observado na mídia uma séria de notícias evidenciando o rigor
do inverno na região acima referida. Esta região tem atraído inúmeros turistas que gostam
de contemplar o frio, as comidas típicas locais e têm o anseio de conhecer, ao vivo, a neve
e o congelamento das águas em pleno Brasil. A associação de dois importantes fatores
climáticos justifica a ocorrência de tais fenômenos meteorológicos nesta região. São eles:
a) Latitude e altitude.
b) maritimidade e latitude.
c) continentalidade e maritimidade.
d) altitude e longitude.
e) correntes marítimas e massas de ar.
Resolução
a) Correto. As 3 cidades se localizam no Rio Grande do Sul, que é o estado brasileiro mais
afastado da Linha do Equador. Elas ultrapassam 800 m de altitude.
b) Incorreto. A maritimidade contribui com o aumento da temperatura.
c) Incorreto. A influência da continentalidade é pequena, pois as cidades não estão tão longe do
litoral. A maritimidade contribui com o aumento da temperatura. Porém, o RS recebe influência
de corrente marítima fria.
d) Incorreto. A longitude não influencia no clima.
e) Incorreto. A corrente marítima fria influencia o litoral, as 3 cidades estão no interior.
Gabarito: a
21. (UEFS/2017)
Os elementos climáticos caracterizam o clima, que são definidos por fatores ou

fenômenos. A partir dos conhecimentos sobre os elementos e fatores climáticos, marque
V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) As áreas sob a influência da continentalidade apresentam temperatura mais

elevadas, devido à baixa umidade relativa do ar.
( ) O impacto do desmatamento no clima recai sobre o regime de chuvas, em

decorrência da diminuição da emissão de umidade para atmosfera.
( ) Os movimentos das massas de ar e dos ventos resultam da desigual distribuição

de energia solar nas diversas latitudes
( ) Na circulação atmosférica, as massas de ar de características diferentes entram

em contato entre si, dando origem ás frentes frias e, como consequência, as chuvas
orográficas.
( ) As áreas anticiclonais se caracterizam pelas baixas temperaturas e altas pressões

e são dispersoras de vento.
A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F V F F V
b) F V V F V
c) V V F V F
d) V F V V F
e) F F V F V
Resolução
De cima para baixo, temos:
F. Ao noitecer, a temperatura é mais baixa por causa da continentalidade.
V. Sem árvore, a evapotranspiração é reduzida significativamente.
V. O movimento das massas de ar e dos ventos contribuem com o deslocamento das nuvens,
fazendo com que o dia fique ensolarado ou nublado.
F. O contato entre massas de ar de temperaturas opostas resulta em chuva frontal e não

orográfica.
V. Esses ventos se deslocam para as áreas de baixa pressão.
Gabarito: b
22. (UNICAMP/2015)
Em algumas localidades do estado de Santa Catarina, costuma-se registrar neve durante

o período de inverno, caso de São Joaquim e de outros municípios da região serrana.
Qual das alternativas abaixo associa corretamente dois fatores geográficos que
favorecem a ocorrência do fenômeno na região indicada?
a) Altitudes acima de 1.000 metros; latitude entre 23º S e 66° S.
b) Altitudes abaixo de 1.000 metros; latitude entre 66° S e 90° S.
c) Altitudes acima de 1.000 metros; latitude entre 23° N e 66° N.
d) Altitudes abaixo de 1.000 metros; latitude entre 66° N e 90° N.
Resolução
a) Correto. Na troposfera, quanto maior a altitude, mais baixa é a temperatura. O Trópico de

Capricórnio está no paralelo 23º S. Considerando que SC está ao Sul desse trópico, o intervalo
indicado (23º S e 66º S) condiz com a localização.
b) Incorreto. O paralelo 66º S representa o extremo Norte da Antártida e o paralelo 90º S

representa o extremo Sul da Antártica.
c) Incorreto. Santa Catarina está no Hemisfério Sul.
d) Incorreto. Santa Catarina está no Hemisfério Sul.
Gabarito: a
23. (UNICAMP/2013)
O esquema abaixo representa a entrada de uma frente fria, uma condição atmosférica
muito comum, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Sobre esta condição é
correto afirmar que:
a) É típica de inverno, quando massas frias atravessam essas regiões, provocando inicialmente
uma precipitação e, na sequência, queda da temperatura e tempo mais seco.
b) Trata-se da chegada de uma massa quente, que ocorre tanto no verão quanto no inverno,
provocando intensas chuvas, sendo comuns a ocorrência de tempestades e o aumento
significativo na temperatura.
c) O contato entre as massas de ar indica fortes chuvas, de tipo orográficas, que permanecem
estacionadas num mesmo ponto durante vários dias.
d) As precipitações de tipo convectivas ocorrem especialmente nos meses de verão, sendo

comum a ocorrência de chuvas de granizo no final da tarde.
Resolução
a) Correto. É típica de inverno por causa da atuação da Massa Polar Atlântica. Quando essa
entra em contato com uma massa quente, provoca chuva frontal.
b) Incorreto. Trata-se da chegada de uma massa fria e não quente.
c) Incorreto. Para ocorrer a chuva orográfica (de relevo) necessariamente precisa de uma
barreira natural.
d) Incorreto. As chuvas de granizo não são comuns.
Gabarito: a
24. (UFU / 2018.2)
Os fatores climáticos que contribuem para as diferentes amplitudes térmicas nas

cidades apresentadas são
(A) massas de ar e altitude.
(B) latitude e vegetação.
(C) forma de relevo e correntes marinhas.
(D) continentalidade e maritimidade.
Resolução:
Dentre as opções listadas, apenas a latitude e continentalidade/maritimidade interferem na
amplitude térmica. Como a vegetação não se enquadra nesses requisitos, podemos descartar
a a alternativa b
Gabarito: d
25. (UFU / 2017.2)
registradas há quase um mês no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, disse o ministro
do Interior, Rajnath Singh. As inundações são comuns na Índia durante o período geral de
Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/chuvas-na-india-deixam-mais-de-200-mortos-e-
afeta-2-milhoes-de-pessoas.html>Acesso em: 29 de abr. 2017. (Adaptado).
O texto retrata um fenômeno meteorológico responsável pelas fortes chuvas. Esse
fenômeno é causado pelo(a):
(A) ação dos ventos alísios, que invertem sua direção e intensidade durante o verão asiático.
(B) água do oceano Índico, cuja ação de correntes marinhas frias, favorece a formação de
massas de ar carregadas de umidade.
(C) desenvolvimento de um corredor de nuvens de tempestade em direção ao Oceano Índico,
causado pela Cordilheira do Himalaia.
(D) aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre o oceano Índico e o continente
Asiático.
Resolução:
Primeiro passo: qual é o fenômeno meteorológico em questão?
registradas há quase um mês no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, disse o ministro do
Interior, Rajnath Singh. As inundações são comuns na Índia durante o período geral de
Alternativa A INCORRETA
A dinâmica de vento/pressão em questão é regional: as monções
Alternativa B INCORRETA
Trata-se das diferenças de pressão entre o continente e o oceano, direcionando chuvas para
essa porção do planeta.
Alternativa C INCORRETA
A cordilheira do Himalaia é uma barreira onde as massas úmidas se chocam e formam
chuvas.
Alternativa D CORRETA
Essa dinâmica leva à formação das monções.
Gabarito: D
26. (UFU/2016.2)
Ao contrário das vagas (ondas) e marés cujos efeitos muitas vezes espetaculares não
fazem senão transporte de águas a pequenas distâncias, os oceanos são o centro de
movimentos permanentes, podendo arrastar as partículas líquidas muito longe do seu
local de origem: são as correntes marinhas. Com velocidades fracas, sua influência é
considerável tanto para a navegação como para a economia geral dos mares e para o
clima.
Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/GEOGRAFIA/Artigos/correntes
_marinhas.pdf>Acesso em: 20 de jan. 2016.
Considerando o fenômeno geográfico apresentado, sua influência no clima ocorre pela

contribuição direta à
(A) geração dos ventos alísios.
(B) distribuição do calor no planeta.
(C) ampliação dos desertos tropicais.
(D) formação de tornados na atmosfera.
Resolução:
Primeiro passo: Qual o fenômeno geográfico?
Ao contrário das vagas (ondas) e marés cujos efeitos muitas vezes espetaculares não fazem
senão transporte de águas a pequenas distâncias, os oceanos são o centro de movimentos
permanentes, podendo arrastar as partículas líquidas muito longe do seu local de origem:
são as correntes marinhas. Com velocidades fracas, sua influência é considerável tanto
para a navegação como para a economia geral dos mares e para o clima.
A distribuição e ação das correntes marítimas ajudam na distribuição do calor, logo a única
alternativa possível é a letra b.
Gabarito: B
13. QUESTÕES INÉDITAS

Talvez você esteja pensando: exercícios inéditos? Pois é! Aqui você terá um diferencial em sua
preparação! 😊 Nessa aula teremos apenas 10 exercícios, mas se prepare para a Aula 02
01. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita / Professora Priscila Lima)

“Campos do Jordão registrou temperaturas negativas pelo segundo dia seguido nesta
segunda-feira (8). De acordo com o CPTEC, a cidade chegou aos -1,2 °C e amanheceu
com carros e casas cobertos com uma fina camada de gelo. Segundo os
meteorologistas, as máximas em toda a região não devem chegar aos 20 °C.”
(G1 - 08/07/2019. Disponível em <https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/inverno/2019/noticia/2019/07/08/campos-do-jordao-registra-temperatura-negativa-e-geada.ghtml>.
Acessado em: 31/01/2020)
O principal fator climático que justifica o trecho é:
(A) Latitude
(B) Maritimidade
(C) Longitude
(D) Baixas temperaturas
(E) Altitude

Muito se fala sobre tempo e clima, mas importante a diferenciá-los. Tempo é referente às
mudanças atmosféricas, logo variam com maior facilidade enquanto que o clima é o
conjunto de padrões que se repetem por anos.
A respeito dos fatores climáticos, considere as afirmações a seguir:
I. Em regiões de baixas latitudes a temperatura tende a ser igualmente baixa.
II. A umidade é um importante fator climático, pois é a partir dela que os climas serão
classificados em úmidos ou secos.
III. À distância entre o ponto em questões e o nível do mar damos o nome de altitude,
que quanto maior, mais frio.
Assinale a alternativa correta:
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) Apenas a afirmativa I está correta
(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(E) Apenas a afirmativa III está correta
____________________________________________________________________________
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto abaixo.
A relação entre o ser humano e o clima é antiga e nem mesmo o avanço da tecnologia
anulou a importância desse aspecto no cotidiano. Um dos elementos mais analisado é a
___________, pois ela faz importante diferenciação entre o Clima Equatorial e
Subtropical úmido visto que ambos não sofrem com estiagem. Dentre os fatores,
destaca-se a ação da ___________, que além de ser associada à umidade, determina às
baixas amplitudes térmicas.
(A) Latitude / Maritimidade
(B) Temperatura / Continentalidade
(C) Temperatura / Maritimidade
(D) Latitude / Continentalidade
(E) Latitude / Temperatura
____________________________________________________________________________
A célula ________________, ou Célula de Hadley, está associada aos ventos

_____________.
(A) Tropical / contra-alísios

(B) Intertropical / contra-alísios
(C) Temperada / alísios
(D) Tropical / alísios
(E) Equatorial / contra-alísios
____________________________________________________________________________
Observe a imagem a seguir e, associando seus conhecimentos, julgue as afirmações
sobre ela:
I. A imagem faz referência à pressão atmosférica, mas também podemos inferir que,
analisando apenas a altitude como referência, Santos apresentará maiores temperaturas
do que São Paulo.
II. Quanto maior a pressão atmosférica mais rarefeito o ar tende a ficar.
III. Em São Paulo o ar é mais rarefeito do que em Santos.

Observe:
O gráfico demonstra a precipitação conforme as latitudes. Some seus conhecimentos à

interpretação de tal gráfico para assinalar a alternativa correta:
(A) As altas latitudes concentram a maior parte das chuvas.
(B) A queda entre a Linha do Equador e as proximidades da latitude 20° pode ser justificada
pelo sistema de alta e baixa pressão.
(C) A Latitude 0° representa a floresta Amazônica, região única onde a chuva é abundante.
(D) A zonas temperadas são aquelas que sofrem com os menores índices pluviométricos.
(E) O regime de chuvas nos polos e na Linha do Equador estão desvinculados por serem
antagônicos.
____________________________________________________________________________
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto abaixo:

Os ventos alísios ocorrem dos trópicos em direção à latitude 0°, mas sofrem um desvio
de trajetória chamado _______________. Tais ventos ocorrem graças à variação de
pressão atmosférica, logo as áreas de __________ pressão recebem os ventos alísios
durante todo o ano e são chamadas de ______________________.
(A) Efeito de Coriolis / baixa / Zona de Convergência Intertropical

(B) Efeito de Coriolis / alta / Zona Polar
(C) Efeito Borboleta / baixa / Zona Temperada
(D) Efeito de Coriolis / alta / Zona Tropical
(E) Curva de temperatura / alta / Zona de Convergência Intertropical

“Uma semana após a passagem do "ciclone bomba" que atingiu o Sul do país, o
Governo de Santa Catarina ainda contabiliza os estragos, mas estima que o prejuízo seja
de R$ 277,8 milhões. O governo decretou ainda na semana passada estado de
calamidade pública.
O fenômeno resultou na morte de 13 pessoas, sendo 11 delas em Santa Catarina, uma no
Paraná e uma no Rio Grande do Sul.”
(Fonte: Por Valéria Martins, G1 SC - 07/07/2020. Disponível em https://g1.globo.com/sc/santa-
catarina/noticia/2020/07/07/governo-de-sc-estima-prejuizo-de-r-277-milhoes-com-ciclone-
bomba.ghtml . Acesso em 22/07/2020.)
A formação do fenômeno exposto no trecho supracitado está relacionada à

(A) uma área de baixa pressão atmosférica
(B) chegada de uma frente fria
(C) uma área de baixa amplitude térmica
(D) estação mais seca do clima tropical
(E) reduzida área de florestas coníferas nativas
____________________________________________________________________________
“A nuvem de gafanhotos se afastou um pouco do Brasil nos últimos dias, e dois eventos
ajudaram a conter o avanço dos insetos: a chegada do frio ao Sul do país e também o
ciclone bomba que atingiu a região.”
Por Rikardy Tooge, G1 - 02/07/2020, Disponível em
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2020/07/02/chegada-do-frio-no-sul-e-ciclone-bomba-
ajudam-a-conter-avanco-da-nuvem-de-gafanhotos.ghtml. Acesso em 03/07/2020
Sobre os eventos em questão, podemos afirmar que

(A) trata-se de um ciclone tropical, formado pela ascensão de uma frente fria em uma área de
baixa pressão, dando origem à ventos mais acelerados
(B) trata-se de um ciclone extratropical onde a rápida queda de pressão em sua porção central
gera ventanias e chuvas fortes
(C) a formação de tal evento tem forte relação com a área tipicamente de baixa pressão,
condição mínima para a geração de ventos.
(D) ciclones derivam da variação de pressão atmosférica, sendo mais recorrentes no
Hemisfério Sul graças à continentalidade.
(E) é oriunda da interrelação entre células atmosféricas, que são responsáveis pela circulação
geral da atmosférica.

O tempo meteorológico não pode ser tratado como um sinônimo de clima, visto que a
periodicidade e constância são alguns dos fatores que os distinguem. Sabendo disso,
assinale a alternativa que elenque apenas fatos sobre a dinâmica climática da Terra.
(A) A dinâmica de pressão impacta diretamente na circulação geral da atmosfera, logo, regiões
com menores altitudes são consideradas atratoras de ventos por serem mais quentes e de
menor pressão.
(B) A temperatura é um dos fatores climáticos mais importante, uma vez que é mais simples de
ser percebido. Sua variação está relacionada à radiação solar, fortemente influenciado pela
latitude, e a irradiação solar, que depende do albedo.
(C) Áreas de radiação solar mais difusa apresentam baixa amplitude térmica e, nos casos mais
extremos, como no Círculo Polar Ártico, quando se aproxima o solstício de verão é possível o
Sol é visível 24 horas por dia.
(D) As correntes marítimas são consideradas “rios” dentro dos oceanos, expandindo suas
características, logo, podem ser classificadas como quente ou fria e seca ou úmida. A
depender de tais características, influenciam no clima.
(E) A água pode ser considerada um regulador térmico, logo, áreas que concentram
significativos corpos hídricos apresentam menor variação de temperatura durante o dia, ou
seja, baixa amplitude térmica.
14. GABARITO DAS QUESTÕES INÉDITAS
1. e 6. b
2. e 7. a
3. c 8. b
4. d 9. b
5. c 10. e
15. QUESTÕES INÉDITAS RESOLVIDAS E COMENTADAS

“Campos do Jordão registrou temperaturas negativas pelo segundo dia seguido nesta
segunda-feira (8). De acordo com o CPTEC, a cidade chegou aos -1,2 °C e amanheceu
com carros e casas cobertos com uma fina camada de gelo. Segundo os
meteorologistas, as máximas em toda a região não devem chegar aos 20 °C.”
(G1 - 08/07/2019. Disponível em <https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/inverno/2019/noticia/2019/07/08/campos-do-jordao-registra-temperatura-negativa-e-geada.ghtml>.
Acessado em: 31/01/2020)
O principal fator climático que justifica o trecho é:
(A) Latitude
(B) Maritimidade
(C) Longitude
(D) Baixas temperaturas
(E) Altitude
Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Mesmo estando mais distante da linha do Equador do que São
Paulo, por exemplo, Campos do Jordão apresenta temperaturas mais baixas.
Alternativa b. INCORRETA. Maritimidade influencia na umidade e amplitude térmica.
Alternativa c. INCORRETA. Longitude não é um fator climático
Alternativa d. INCORRETA. Temperatura não é um fator climático
Alternativa e. CORRETA. Altitude é a distância em metros a partir do nível do mar, quanto
maior ela for menor a temperatura.
Gabarito: e

Muito se fala sobre tempo e clima, mas importante a diferenciá-los. Tempo é referente às
mudanças atmosféricas, logo variam com maior facilidade enquanto que o clima é o
conjunto de padrões que se repetem por anos.
A respeito dos fatores climáticos, considere as afirmações a seguir:
I. Em regiões de baixas latitudes a temperatura tende a ser igualmente baixa.
II. A umidade é um importante fator climático, pois é a partir dela que os climas serão
classificados em úmidos ou secos.
III. À distância entre o ponto em questões e o nível do mar damos o nome de altitude,
que quanto maior, mais frio.

Resolução
Afirmação I INCORRETA: baixas latitudes significam proximidade à linha do Equador, logo há
tendência de maiores temperaturas.
Afirmação II INCORRETA: umidade não é um fator, mas sim um elemento climático.
Afirmação III CORRETA: a altitude influencia no clima de forma inversamente proporcional:
quanto maior a altitude, menor a temperatura.
Gabarito: e

A relação entre o ser humano e o clima é antiga e nem mesmo o avanço da tecnologia
anulou a importância desse aspecto no cotidiano. Um dos elementos mais analisado é a
___________, pois ela faz importante diferenciação entre o Clima Equatorial e
Subtropical úmido visto que ambos não sofrem com estiagem. Dentre os fatores,
destaca-se a ação da ___________, que além de ser associada à umidade, determina às
baixas amplitudes térmicas.
(A) Latitude / Maritimidade

(B) Temperatura / Continentalidade
(C) Temperatura / Maritimidade
(D) Latitude / Continentalidade
(E) Latitude / Temperatura
Resolução
Alternativa a. INCORRETA. Latitude é um fator e não elemento climático
Alternativa b. INCORRETA. Continentalidade está relacionada à altas amplitudes térmicas
Alternativa c. CORRETA. Temperatura é o elemento climático que define “quente” ou “frio”, e a
maritimidade influencia na amplitude térmica
Alternativa d. INCORRETA. Latitude é um fator climático e continentalidade está associada à
altas amplitudes térmicas.
Alternativa e. INCORRETA. Latitude é um fator climático e temperatura é um elemento.

Gabarito: c
A célula ________________, ou Célula de Hadley, está associada aos ventos

_____________.
(A) Tropical / contra-alísios

(B) Intertropical / contra-alísios
(C) Temperada / alísios
(D) Tropical / alísios
(E) Equatorial / contra-alísios
Resolução
Alternativa a. INCORRETA. É uma célula tropical, mas está associada aos ventos alísios.
Alternativa b. INCORRETA. Intertropical é sinônimo de tropical.
Alternativa c. INCORRETA. A célula transita na região tropical
Alternativa d. CORRETA. Relacionada às altas e baixas pressões, a célula de Hadley se
associa aos ventos alísios (de Leste para Oeste)
Alternativa e. INCORRETA. É uma célula tropical e que forma os ventos alísios.
Gabarito: d

Observe a imagem a seguir e, associando seus conhecimentos, julgue as afirmações
sobre ela:
I. A imagem faz referência à pressão atmosférica, mas também podemos inferir que,
analisando apenas a altitude como referência, Santos apresentará maiores temperaturas
do que São Paulo.
II. Quanto maior a pressão atmosférica mais rarefeito o ar tende a ficar.
III. Em São Paulo o ar é mais rarefeito do que em Santos.
Resolução
Afirmação I. CORRETA: Quanto maior a altitude, menor a temperatura.
Afirmação II. INCORRETA: Em regiões com alta pressão atmosférica o ar é mais abundante,
logo menos rarefeito.
Afirmação III. CORRETA: Como São Paulo tem menor pressão atmosférica o ar será mais
rarefeito.
Gabarito: C

Observe:
O gráfico demonstra a precipitação conforme as latitudes. Some seus conhecimentos à

interpretação de tal gráfico para assinalar a alternativa correta:
(A) As altas latitudes concentram a maior parte das chuvas.
(B) A queda entre a Linha do Equador e as proximidades da latitude 20° pode ser justificada
pelo sistema de alta e baixa pressão.
(C) A Latitude 0° representa a floresta Amazônica, região única onde a chuva é abundante.
(D) A zonas temperadas são aquelas que sofrem com os menores índices pluviométricos.
(E) O regime de chuvas nos polos e na Linha do Equador estão desvinculados por serem
antagônicos.
Resolução
Alternativa a. INCORRETA. As chuvas se concentram nas proximidades da linha do Equador.
Alternativa b. CORRETA. Quanto mais próximo do Equador mais quente, logo é formada uma
área de baixa pressão que recebe das correntes mais próximas umidade.
Alternativa c. INCORRETA. Cuidado! A floresta Amazônica tem parte na latitude 0°, mas tal
latitude não se resume à tal floresta.
Alternativa d. INCORRETA. As zonas polares sofrem com os menores índices pluviométricos.
Alternativa e. INCORRETA. As regras climáticas são as mesmas em todo o globo, o que oscila
são as características que cada região apresenta.
Gabarito: b
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto abaixo:

Os ventos alísios ocorrem dos trópicos em direção à latitude 0°, mas sofrem um desvio
de trajetória chamado _______________. Tais ventos ocorrem graças à variação de
pressão atmosférica, logo as áreas de __________ pressão recebem os ventos alísios
durante todo o ano e são chamadas de ______________________.
(A) Efeito de Coriolis / baixa / Zona de Convergência Intertropical

(B) Efeito de Coriolis / alta / Zona Polar
(C) Efeito Borboleta / baixa / Zona Temperada
(D) Efeito de Coriolis / alta / Zona Tropical
(E) Curva de temperatura / alta / Zona de Convergência Intertropical
Resolução
Alternativa a. CORRETA. Graças ao movimento da Terra há a alteração na trajetória desses
ventos que se deslocam em linha reta / as áreas de alta pressão se deslocam em direção às de
baixa, que “recebem” os ventos /
Alternativa b. INCORRETA. As áreas de baixa pressão que “recebem” os ventos / Zona polar
está relacionado às zonas térmicas da Terra.
Alternativa c. INCORRETA. Não existe um “efeito borboleta” dentro da climatologia / Zona
Temperada é uma das zonas térmicas da Terra.
Alternativa d. INCORRETA. Áreas de alta pressão “empurram” o vento / Zona Tropical é uma
das zonas térmicas da Terra.
Alternativa e. INCORRETA. Curva de temperatura não se encaixa na definição / áreas de alta
pressão não “recebem” os ventos.
Gabarito: a
“Uma semana após a passagem do "ciclone bomba" que atingiu o Sul do país, o
Governo de Santa Catarina ainda contabiliza os estragos, mas estima que o prejuízo seja
de R$ 277,8 milhões. O governo decretou ainda na semana passada estado de
calamidade pública.
O fenômeno resultou na morte de 13 pessoas, sendo 11 delas em Santa Catarina, uma no
Paraná e uma no Rio Grande do Sul.”
(Fonte: Por Valéria Martins, G1 SC - 07/07/2020. Disponível em https://g1.globo.com/sc/santa-
catarina/noticia/2020/07/07/governo-de-sc-estima-prejuizo-de-r-277-milhoes-com-ciclone-
bomba.ghtml . Acesso em 22/07/2020.)
A formação do fenômeno exposto no trecho supracitado está relacionada à

(A) uma área de baixa pressão atmosférica
(B) chegada de uma frente fria
(C) uma área de baixa amplitude térmica
(D) estação mais seca do clima tropical
(E) reduzida área de florestas coníferas nativas

Resolução:
Antes de tudo: O que é um ciclone?

Ciclones são tempestades formas em áreas de baixa pressão, classificados –
de acordo com a área de ocorrência - em: Tufão, Tornado e Furacão
Ciclone
Centros de baixa Temperaturas

pressão elevadas
Tufão Tornado Furacão

• Fenômenos típicos
do verão
• Predominante no
Hemisfério Norte: Oceano
Continente Atlântico
continentalidade Pacífico
● Ciclone Bomba: ciclone que é intensificada de maneira muito rápida
Alternativa a. INCORRETA:
A região Sul do Brasil é uma área de alta pressão.
Alternativa b. CORRETA:
Trata-se de um ciclone extratropical, ou seja, acontece em áreas de médias e altas latitudes,
sendo formando pela chegada de frentes frias. As frentes frias criam uma área de baixa
pressão temporária, levando ao surgimento de tais ciclones.
Alternativa c. INCORRETA:
As maiores amplitudes térmicas encontradas no Brasil estão relacionadas ao clima subtropical
brasileiro.
Alternativa d. INCORRETA:
O clima na região em questão é o subtropical, onde as chuvas são bem distribuídas durante
todo o ano.
Alternativa e. INCORRETA:
A classificação “conífera” para as Araucárias costuma ser controvérsia, pois

remete à paleoclimas. Mas fique calmo (a) 😅, não é o perfil do ENEM cobrar
algo nesse sentido.
O desmatamento não é o fator determinante para a formação de um ciclone.

Gabarito: “b”
“A nuvem de gafanhotos se afastou um pouco do Brasil nos últimos dias, e dois eventos
ajudaram a conter o avanço dos insetos: a chegada do frio ao Sul do país e também o
ciclone bomba que atingiu a região.”
Por Rikardy Tooge, G1 - 02/07/2020, Disponível em
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2020/07/02/chegada-do-frio-no-sul-e-ciclone-bomba-
ajudam-a-conter-avanco-da-nuvem-de-gafanhotos.ghtml. Acesso em 03/07/2020
Sobre os eventos em questão, podemos afirmar que

(A) trata-se de um ciclone tropical, formado pela ascensão de uma frente fria em uma área de
baixa pressão, dando origem à ventos mais acelerados
(B) trata-se de um ciclone extratropical onde a rápida queda de pressão em sua porção central
gera ventanias e chuvas fortes
(C) a formação de tal evento tem forte relação com a área tipicamente de baixa pressão,
condição mínima para a geração de ventos.
(D) ciclones derivam da variação de pressão atmosférica, sendo mais recorrentes no
Hemisfério Sul graças à continentalidade.
(E) é oriunda da interrelação entre células atmosféricas, que são responsáveis pela circulação
geral da atmosférica.
Comentários:
O ciclone em questão é considerado extratropical. Cuidado com a definição: “ascensão de uma
frente fria”, porque esse tipo de “frente” não ascende, mas sim “desce”. O mais correto, para
evitar
Alternativa b. CORRETA:
A definição e Ciclone Bomba é dada pela rápida de abrupta queda de pressão (grande queda
de pressão em um curto período de tempo).
Alternativa c. INCORRETA.
A região Sul não é uma área tipicamente de baixa pressão. Então, como pode ter acontecido?
O Ciclone Bomba que atingiu intensamente o Sul do Brasil se formou através da

relação entre uma massa de ar quente que estava perto do Mato Grosso do Sul e
Paraguai e uma frente fria vinda do norte da Argentina. E o termo “bomba” é um
referência à rápida e abrupta queda de pressão.
Alternativa d. INCORRETA:

O fenômeno continentalidade é mais recorrente no hemisfério Norte, onde os ciclones são mais
recorrentes.
Alternativa e. INCORRETA.
Ciclones extratropicais estão relacionados às frentes frias em áreas de médias e altas
latitudes.
Gabarito: b

O tempo meteorológico não pode ser tratado como um sinônimo de clima, visto que a
periodicidade e constância são alguns dos fatores que os distinguem. Sabendo disso,
assinale a alternativa que elenque apenas fatos sobre a dinâmica climática da Terra.
(A) A dinâmica de pressão impacta diretamente na circulação geral da atmosfera, logo, regiões
com menores altitudes são consideradas atratoras de ventos por serem mais quentes e de
menor pressão.
(B) A temperatura é um dos fatores climáticos mais importante, uma vez que é mais simples de
ser percebido. Sua variação está relacionada à radiação solar, fortemente influenciado pela
latitude, e a irradiação solar, que depende do albedo.
(C) Áreas de radiação solar mais difusa apresentam baixa amplitude térmica e, nos casos mais
extremos, como no Círculo Polar Ártico, quando se aproxima o solstício de verão é possível o
Sol é visível 24 horas por dia.
(D) As correntes marítimas são consideradas “rios” dentro dos oceanos, expandindo suas
características, logo, podem ser classificadas como quente ou fria e seca ou úmida. A
depender de tais características, influenciam no clima.
(E) A água pode ser considerada um regulador térmico, logo, áreas que concentram
significativos corpos hídricos apresentam menor variação de temperatura durante o dia, ou
seja, baixa amplitude térmica.
Resolução:
Cuidado! Quando falamos da dinâmica da circulação geral da atmosfera consideramos que a
disposição de “partículas” é a mesma, logo, áreas quentes são de baixa pressão enquanto
áreas mais frias são chamadas de alta pressão.
Entretanto, quando se trata da lógica “interna” da atmosfera, lembre-se que quanto maior a
altitude, mais rarefeito o ar se torna: se está rarefeito, tem menos “partículas”,
consequentemente “menos coisas” para reter o calor
Resumindo: quando se trata da circulação geral, áreas quente apresentam

menor pressão, mas levando em consideração a altitude, graças ao ar rarefeito,
áreas de maior pressão serão mais quentes.
Alternativa b. INCORRETA:

Temperatura é um elemento climático, não um fator.

Alternativa c. INCORRETA.
Quando mais próximo à Linha do Equador, menor a amplitude térmica. Áreas difusas,
apresentam médias e/ou altas latitudes, logo maior amplitude térmica.
Alternativa d. INCORRETA
Nós classificamos as massas de ar como quente ou fria e seca ou úmida, correntes marítimas
são sempre úmidas 😅 pois se trata do oceano. Então, temos correntes: quentes ou frias.
Alternativa e. CORRETA
É o fenômeno chamado maritimidade.
Gabarito: e

16. GLOSSÁRIO GEOGRÁFICO
Nessa aula alguns conceitos foram abordados e são fundamentais, e, eles estão aqui
esquematizados e organizados em ordem alfabética para facilitar a sua revisão
• Albedo: grau de reflectância – quanto menor o albedo, maior a energia acumulada (mais
quente).
• Altitude: distância vertical a partir do nível do mar (quanto maior a altitude, menor a
temperatura e a pressão)
• Amplitude térmica: variação entre a maior e a menor temperatura
• Anticiclone: áreas de alta pressão
• Brisas: ventos locais (circulação terciária) que oscilam no decorrer de um dia, podendo
se dividir em terra-mar ou montanha-vale
• Célula (Cela) de Hadley: Célula (modelo de circulação fechada) tropical (entre os trópicos
e a Linha do Equador) onde encontramos os ventos alísios
• Ciclone: centros de baixa pressão com rotação em sentidos opostos, conforme os
hemisférios (Sul: horário e Norte: anti-horário)
• Clima: padrão (pelo menos 30 anos) de temperatura, umidade e pressão
• Continentalidade: menor armazenamento de energia (maior amplitude térmica)
• Correntes Marítimas: fluxos de água dentro dos oceanos que se diferenciam, entre
outros pontos, por sua densidade e temperatura
• Frente Fria: borda dianteira de uma massa de ar fria
• Maritimidade: maior armazenamento de energia (menor amplitude térmica, maiores
temperaturas)
• Massas de ar: porção de ar com características herdadas, inicialmente, do local de origem
• Monções: ventos regionais (circulação secundária) que migram/mudam de sentido a
depender das estações.
• Ponto de orvalho: Ponto identificado quando o ar está saturado, ou seja, atingiu o seu
ponto de orvalho
• Pressão de vapor: É a porção da pressão atmosférica composta pelo vapor de água,
sendo intimamente relacionada com a temperatura
• Pressão: peso do ar
• Tempo meteorológico: estado vulnerável da atmosfera
• Umidade Relativa: a razão entre a quantidade de vapor encontrado no ar e o quanto
aquele ar “aguenta” receber de vapor
• Umidade: disposição de vapor d’água no ar
• Ventos Alísios: ventos que sopram dos trópicos para a Zona de Convergência
Intertropical
• Ventos: ar em movimento – partindo de centros de alta pressão em direção às baixas
pressão.

17. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns por ter concluído essa aula e muito obrigada pela confiança no trabalho da Equipe do
Estratégia Vestibulares!
Caso ainda precise de alguma dica ou lhe reste alguma incerteza ou dúvida, não hesite em falar
comigo! Será um prazer trocar conhecimentos com você (assim cresceremos juntos, pois ninguém é tão
grande que não possa aprender). Use o Fórum de Dúvidas sempre que necessário!
Nós do Estratégia Vestibulares estamos ansiosos por sua aprovação!
A persistência é o caminho do êxito.

Charles Chaplin
Ótimos estudos! Conte comigo, sempre!.
@profpriscilalima

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil,
1996
CHRISTOPHERSON, R. W.; BIRKELAND, G. H. Geossistemas: uma introdução à geografia

física. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
MACEDO, Mara Rubinger. Geografia. In: Caracterização e conceituação climática: zonas

climáticas da Terra. Editora Bernoulli, 2016.
MOREIRA. João Carlos. Geografia (ensino médio). João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene.
São Paulo: Scipione, 2005.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2019
TEIXEIRA ET AL. Decifrando a Terra. Editora Oficina de Textos. Série Textos Básicos de
Geociências. Ed. Edgard Blücher e EDUSP, 2009

Climatologia 01 - FUVEST 2024

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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CLIMATOLOGIA

1. DIFERENÇAS: CLIMA E TEMPO 4

4. FATORES CLIMÁTICOS: LATITUDE 20

5. FATORES CLIMÁTICOS: ALTITUDE 26

6. FATORES CLIMÁTICOS: MASSA DE AR 29

7. FATORES CLIMÁTICOS: CORRENTES MARÍTIMAS 34

8. FATORES CLIMÁTICOS: MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE 37

10. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 48

10.1 REFINANDO OS CONCEITOS 48

12. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RESOLVIDAS E COMENTADAS 65

12.1 REFINANDO OS CONCEITOS 65

13. QUESTÕES INÉDITAS 89

14. GABARITO DAS QUESTÕES INÉDITAS 94

15. QUESTÕES INÉDITAS RESOLVIDAS E COMENTADAS 95

16. GLOSSÁRIO GEOGRÁFICO 105

17. CONSIDERAÇÕES FINAIS 106

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 107

1. DIFERENÇAS: CLIMA E TEMPO

Terminando este capítulo... você precisa dominar:

Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em:

Mas só é possível entender as mudanças climáticas se eu conheço os padrões climáticos,

Nas palavras de Jurandyr Ross (1996):

Terminando este capítulo... você precisa dominar:

Este capítulo também te ajudará a atender:

Na divisa entre a Troposfera e a

A camada de ozônio (Ozonosfera) está

c)Mesosfera: entre 50 e 80 km de altitude. É

d) Termosfera: também é conhecida como

mais influência da radiação solar do que da gravidade da Terra. Apesar da elevada

1º ponto: observe a relação

2º ponto: foque na linha que

Quanto maior a altitude,

3º ponto: por fim, note que o

Terminando este capítulo... você precisa dominar:

Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em:

O clima x é composto por um padrão de temperatura, um padrão de umidade e um padrão de

Quando o assunto é a temperatura atmosférica dois pontos precisam ser destacados:

Entrada dos raios solares

Imagem 4: Balanço emergético

Ao chegar na superfície terrestre/oceano a Conceito: Albedo

Sim! O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a existência humana

Fonte: Adptado de FARNDON, John. Dicionário escolar da Terra. Londres: Butler

O albedo corresponde à quantidade de radiação refletida novamente para a atmosfera,

Sobre a relação entre o albedo e a superfície, é correto afirmar que

A temperatura da atmosfera está condicionada à diversos fatores, mas a sua origem é a

• Umidade relativa: o conceito mais utilizado em noticiários meteorológicos (é provável que

Nas palavras de Christopherson (2017):

a umidade relativa, uma razão (expressa como porcentagem) da quantidade

Vamos esquematizar isso?

Umidade relativa: 100% Umidade relativa: 50% Umidade relativa: 25%

Vapor d’água O máximo de vapor de água possível

Cálculo: umidade relativa

𝑉𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑎𝑟

Em um deserto a umidade relativa do ar pode chegar a 15%, sendo que a

• Pressão de vapor: É a porção da pressão atmosférica composta pelo vapor de água,

I. A temperatura caracteriza uma variável para determinarmos a pressão de vapor de

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, apenas.

A questão trabalha alguns conceitos importantes quanto à umidade: a relação com a

Sobre as afirmação errada:

II. Os valores relativos à umidade do ar expressam a real quantidade de vapor d’água

• Alta pressão: ar fortemente descendente (para baixo) e divergente (para fora) –

Na escala global: porções mais quentes são áreas de baixa pressão

Ventos fortes Ventos fracos