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Hidrologia

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Elementos da Climatologia
• Climatologia à Ciência que trata do clima (conjunto de condições
atmosféricas que caracterizam uma região, país etc …)
Os tipos de clima das regiões brasileiras decorrem das
movimentações das massa de ar provenientes do Equador
tanto Continental como Atlânticas, dos Trópicos, também
Continental e Atlântica e Polar Atlântica, proporcionando as
diferenciações climáticas segundo o Anuário Estatístico do
Brasil, do IBGE.

• Meteorologia à Ciência que trata dos fenômenos atmosféricos


como variações de temperatura, pressão, etc …

• Tempo à Estado meteorológico da atmosfera à temperatura,


pressão, vento, etc …

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Meteorologia Leis da física clássica Tempo

O tempo é o estado da atmosfera em um


determinado instante e lugar ou é o estado da
atmosfera com relação aos seus efeitos sobre a
vida e as atividades humanas.

Climatologia Técnicas estatísticas Clima

O clima, se refere as características da atmosfera


inferidas de observações contínuas durante um
longo período, como por exemplo 30 anos (normal
climatológica). É a descrição da média das
condições temporais predominantes.

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! O clima abrange um maior número de dados que


as condições do tempo para uma determinada
área.

! O clima representa uma generalização, enquanto


o tempo lida com eventos específicos.

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Atmosfera
É uma camada fina de gás
(comparada com o tamanho,
raio, do planeta), que envolve
todo o planeta, sendo mantido
em volta do mesmo pela
atração gravitacional.

99% da massa da atmosfera


está contida numa camada de Atua como:
~0,25% do diâmetro da Terra § sede dos fenômenos
(~32 km).
meteorológicos e
§ determinante da qualidade e
quantidade da radiação solar que
atinge a superfície.
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Composição da Atmosfera
ar seco, ar úmido e partículas/gotículas (nuvem, precipitação e aerossóis)

Composição do ar seco em pressão parcial de seus componentes:


• nitrogênio.(N2)...................78,09%
• oxigênio.(O2).....................20,95%
• argônio.(Ar).........................0,93%
• dióxido de carbono.(CO2)...0,03%
+ outros gases

Características da atmosfera: o comportamento e estrutura observados na


atmosfera são relacionados com as leis físicas e químicas. As principais
grandezas que caracterizam a atmosfera são os gradientes de temperatura
e pressão. A energia que alimenta o movimento da atmosfera é
proveniente do sol.

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da s
im a
Ônibus p rox
ra sa
espaciais at u
per
Tem
Ondas de radio

Raios cósmicos

Máxima
Concentração da
Camada de ozônio
Camada de ozônio

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Elementos Meteorológicos / Fatores Meteorológicos /


Climatológicos: Climatológicos:

Elementos são grandezas Fatores são agentes causais


(variáveis) que caracterizam o que condicionam os elementos
estado da atmosfera em um climáticos. Fatores geográficos
dado local e instante: radiação como latitude, altitude e
solar, temperatura, umidade continentabilidade/oceanidade
relativa, pressão, velocidade e afetam os elementos.
direção do vento. Variam no
tempo e no espaço e são
influenciados por certos fatores.

Por exemplo, quanto maior a altitude (fator), menor a


temperatura e a pressão atmosférica (elementos).
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Fatores físicos externos capazes de


modificar o clima:

• Flutuação na quantidade de energia solar emitida;


• Aumento ou diminuição do dióxido de carbono
atmosférico;
• Variação na quantidade de poeiras atmosféricas;
• Modificações nas características da superfície dos
continentes e dos oceanos.
Cálculo emissão de CO2: http://www.idec.org.br/climaeconsumo/

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Escala Espacial dos Fenômenos Atmosféricos:


Macro Meso Micro
• Fenômenos em • Fenômenos em escala • Pequena escala
escala regional ou local, em que a (microclima), sendo
geográfica; topografia condiciona o função do tipo de
clima pelas condições cobertura (solo
• Caracteriza climas do relevo local. exposto, gramado,
de grandes áreas floresta, cultura
pelos fatores • A exposição N, S, E ou
rasteira, represa,
geográficos, como W, a configuração
etc), que determina o
latitude e altitude. (fundo de vale, espigão)
balanço de energia.
e o grau de inclinação
• Escala de foco para do terreno determinam
estudos de
o clima regional,
mudanças
fundamental sobretudo
climáticas.
a agricultura.
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World Map of Köppen−Geiger Climate Classification Main climates Precipitation Temperature


observed using CRU TS 2.1 temperature and GPCC Full v4 precipitation data, period 1976 to 2000 A: equatorial W: desert h: hot arid F: polar frost
B: arid S: steppe k: cold arid T: polar tundra
C: warm temperate f: fully humid a: hot summer
Af Am As Aw BWk BWh BSk BSh Cfa Cfb Cfc Csa Csb Csc Cwa D: snow s: summer dry b: warm summer
E: polar w: winter dry c: cool summer
Cwb Cwc Dfa Dfb Dfc Dfd Dsa Dsb Dsc Dsd Dwa Dwb Dwc Dwd EF ET m: monsoonal d: extremely continental

90 −160 −140 −120 −100 −80 −60 −40 −20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Resolution: 0.5 deg lon/lat 80 80 Version of May 2010

70 70

60 60

50 50

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0

−10 −10

−20 −20

−30 −30

−40 −40

−50 −50
Rubel, F.,
and M. Kottek,
−60 −60 2010: Observed
and projected
−70 −70 climate shifts 1901−2100
depicted by world maps of
the Köppen−Geiger climate
−80 −80 classification, Meteorol. Z., 19, 135−
http://koeppen−geiger.vu−wien.ac.at −90 −160 −140 −120 −100 −80 −60 −40 −20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 141. DOI: 10.1127/0941−2948/2010/0430
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Tropical Equatorial

BRASIL:
Tropical
Equatorial
Semi-árido
Temperado
27°C 1300mm 27°C 2479mm

Polar Temperado Árido ou Desértico

-
12°C
109mm

5°C 575mm 20°C 102mm


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Climas no Brasil

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Rio de Janeiro

• Cwb: clima temperado


úmido, sem estação seca,
com inverno seco e verão
temperado (temperatura
média do mês mais quente
< 22oC).

• Cfb: clima temperado


constantemente úmido,
sem estação seca, com
verão fresco (temperatura
média do mês mais quente
< 22,0oC).

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http://www.inmet.gov.br/html/clima.php
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Monitoramento Climático
Estações climatológicas Entidades Relacionadas:
(convencionais ou automáticas) INMET, INPE

OUTRAS:
AERONAUTICA, EMBRAPA
ANEEL
ANA

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Rede de estações meteorológicas no Brasil : INMET (InsEtuto
Nacional de Meteorologia):

http://www.inmet.gov.br/po
rtal/index.php?r=estacoes/
mapaEstacoes

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Estações INMET distribuídas no Estado do RJ

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Definições clássicas sobre “clima”:

(Poncelet) É o conjunto habitual dos elementos físicos, químicos e


biológicos que caracterizam a atmosfera de um local e influem nos
seres que nele se encontram.

(Köeppen) É o somatório das condições atmosféricas que fazem


um local ser mais ou menos habitável para seres vivos.

(Sorre) É a série de estados da atmosfera em um lugar, em sua


sucessão habitual. 22
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ELEMENTOS METEOROLÓGICOS / CLIMATOLÓGICOS

v Temperatura
v Umidade do ar
v Pressão atmosférica
v Vento
v Radiação
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TEMPERATURA
A energia radiante que atinge a superfície terrestre,
é destinada a alguns processos físicos e, dentre
esses, um (convecção) está relacionado ao
aquecimento do ar e outro (condução) ao
aquecimento do solo.
Estes processos são responsáveis pelas variações
de temperatura nesses meios.
“A temperatura é um índice que expressa a
quantidade de calor sensível de um corpo”.
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TEMPERATURA DO SOLO
O regime térmico de um solo é determinado pelo aquecimento
de sua superfície pela radiação solar e pelo transporte de calor
sensível ao seu interior, pelo processo de condução.

A variação da temperatura do
solo ao longo do dia e da
profundidade pode ser
estudada a partir da elaboração
de perfis de variação da
temperatura (tautócronas).

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TEMPERATURA DO AR

A temperatura do ar é um dos efeitos mais importantes da


radiação solar. O aquecimento da atmosfera próxima à
superfície terrestre ocorre principalmente por transporte de
calor, a partir do aquecimento da superfície pelos raios
solares. O transporte de calor sensível (H) na atmosfera se
dá por 2 processos:
1. condução molecular e
2. difusão turbulenta.

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2. Difusão • Processo rápido de troca


Turbulenta de energia, em que
parcelas de ar
1. Condução aquecidas pela
Molecular superfície entram em
movimento convectivo
• Processo lento de desordenado,
troca de H, transportando calor (H),
ocorrendo pelo vapor, etc, para
contato entre as camadas superiores da
moléculas de ar. atmosfera.
• Esse processo tem
extensão espacial
limitada, ficando
restrito à camada
limite superficial.
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VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DO AR

Variação Diária Variação Mensal

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MEDIÇÃO DA TEMPERATURA DO AR
O padrão para a medida da temperatura do ar visa
homogeneizar as condições de medida. As medições são feitas
com sensores instalados em um abrigo meteorológico, de 1,5 a
2,0 m de altura e em área plana e gramada.

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CÁLCULO DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR

Estação convencional:

INMET:

Estação termopluviométrica:

Estação automática:
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Umidade: conteúdo
de água em uma
substância ou
material.
Temperatura + Região + Estação do Ano

Umidade do ar: água misturada de forma homogêna no


estado gasoso com o ar.
Limite de absorção è saturação (ponto de orvalho)
Ar absorve água e atinge ponto de saturação para
formar: neblina, chuvisco, gotas de água è
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UMIDADE DO AR
• A umidade do ar diz respeito à quantidade de vapor de
água contido na atmosfera.
• Apesar de sua baixa concentração (máximo de 4%), o
vapor de água é um constituinte atmosférico
importantíssimo por interferir na distribuição da
temperatura:
- participa ativamente dos processos de absorção e emissão de calor
sensível pela atmosfera;

- atua como veículo de energia ao transferir calor latente de


evaporação, de uma região para outra, o qual é liberado como calor
sensível, quando o vapor se condensa.

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ÍNDICES DE UMIDADE DO AR

Pressão de vapor de água:


• Baseada na Lei de Dalton das pressões parciais.
• Pressão exercida pela massa real de vapor de água
existente na atmosfera.
• Representada pelo símbolo ea

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Pressão de saturação de vapor de água:


• Baseada na Lei dos Gases Ideais.
• A quantidade e a saturação de vapor de água são
função da temperatura ambiente.
• Pela equação de Tentes: ou

A = 610,8 Pa (p/ resultados em Pa)


A = 0,6108 Kpa (p/ resultados em Kpa)
A = 4,58 mmHg (p/ resultados em mmHg)

Temperatura T dada em °C

Pressão de saturação do vapor da água no ar


em função da temperatura do ar.
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ÍNDICES DE UMIDADE DO AR

Umidade Absoluta (UA): relação entre a massa total de vapor


de água (mv) pelo volume de ar que o contém (V).

Pela equação dos gases ideais:

Mv: massa molar


R: constante universal dos gases perfeitos

Umidade de Saturação (US): relação entre a massa total de


vapor de água (mv) na saturação pelo volume de ar que o
contém (V).
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Para o vapor de água no ar:


Para ea em kPa, MV = 18, 015 g.mol-1,
R = 8,31x10-3 kPa.m-3 .mol-1.K-1, T em oC, tem-se:

(g.m-3) (g.m-3)

Umidade relativa do ar: razão entre o conteúdo real de


umidade de uma amostra de ar e a quantidade de umidade
que o mesmo volume pode conservar sob mesma
temperatura e pressão quando saturado.

(%)
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ESTIMATIVA DA UMIDADE DO AR

Psicrômetro: Constituído de dois


termômetros, um com bulbo seco
(Ts) e outro com o bulbo envolto
em uma gaze sempre umedecida
(Tu), que perde água a uma taxa
dependente da concentração de
vapor de água no ar.
Quanto maior a diferença de
temperatura entre os termômetros,
mais distante a concentração de
vapor no ar está da saturação, ou
seja, a UR está baixa.

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ESTIMATIVA DA UMIDADE DO AR

• Com a T do bulbo úmido, pela equação:

A = 610,8 Pa (p/ resultados em Pa)


A = 0,6108 Kpa (p/ resultados em Kpa)
A = 4,58mmHg (p/ resultados em mmHg)

Temperatura T dada em °C

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• Pela Equação Psicrométrica


ea = esu – γ.P.(TS-TU) (KPa)

P é a pressão atm (kPa),


Ts e Tu são as temperaturas dos bulbos seco e úmido
(oC),
esu é a tensão de saturação de vapor (es) para Tu e
γ é a constante psicrométrica (0,00067 oC-1 para
psicrômetros ventilados e 0,0008 oC-1 para
psicrômetros não ventilados).

Déficit de Pressão de Vapor (DPV): DPV = es - ea

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Variação da Umidade Atmosférica

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ESTIMATIVA DA UMIDADE DO AR

Sensores Capacitivos
• Utilizados em estações
meteorológicas automáticas.
• Constitui-se de um filme de
polímero, que absorve vapor
de água do ar alterando a
capacitância de um circuito
ativo.
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PRESSÃO ATMOSFÉRICA

• Denomina-se pressão atmosférica (p) o peso


exercido por uma coluna de ar, com secção reta
de área unitária, que se encontra acima do
observador, em um dado instante e local.
• Fisicamente, representa o peso que a
atmosfera exerce por unidade de área.
• O estudo da pressão atmosférica é muito
importante, bastando lembrar que, sendo o ar
um fluido, sua tendência é se movimentar em
direção às áreas onde há menor pressão
atmosférica.

1 mb = 1 hPa = 0,75006 mmHg.


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VENTO
• Vento é o movimento do ar em relação à
superfície terrestre.
• A intensidade e a direção dos ventos são
determinados pela variação espacial do
balanço de energia na superfície terrestre,
que causa variações no campo de pressão
atmosférica, gerando os ventos.
• Em adição, o vento auxilia na remoção do
vapor de água do ar próximo à superfície
para outras regiões

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VENTO
• A velocidade do vento é uma grandeza
vetorial, em que se mede normalmente
parâmetros de sua componente
horizontal (m.s-1 ou km.h-1).
• A direção do vento é o ponto cardeal de
onde vem o vento.No Brasil, são
adotadas oito direções: N, NE, E, SE, S,
SW, W, NW.
• Nas estações meteorológicas, a
velocidade do vento é medida por
anemômetros, a altura padronizada de
10 m. 45
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RADIAÇÃO SOLAR E
BALANÇO DE RADIAÇÃO

• O sol é a fonte primária de toda a energia disponível


aos processos naturais, ocorrentes na superfície da
Terra, cerca de 99,97% da energia necessária aos
processos físicos no sistema Terra-atmosfera são
provenientes do Sol.
• Como a fonte de energia do ciclo hidrológico também
é o Sol, os conhecimentos sobre o balanço energético
no sistema Terra-atmosfera é indispensável no estudo
do ciclo hidrológico global.
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RADIAÇÃO SOLAR E BALANÇO DE RADIAÇÃO


Energia Eletromagnética: Energia radiante que se propaga no
vácuo à velocidade da luz (3x108m.s-1).

Espectro Eletromagnético: Conjunto de comp. de onda/freqüência


ordenados de forma seqüencial.

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Intervalos do E.E.M. com características similares.
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MÉDIA GLOBAL DE FLUXOS DE ENERGIA NA


ATMOSFERA DA TERRA

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SALDO DE RADIAÇÃO À SUPERFÍCIE

Q Q
a s
Q Q
r

em que, Rn é o saldo de radiação (W.m-2), Q é a


radiação global, Qr é a radiação solar refletida, Qa
é a radiação emitida pela atmosfera e Qs é a
radiação emitida pela superfície. 49
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Tabela 4.6. Duração máxima da insolação diária
Tabela 4.5. Radiação solar diária no topo (N), em horas, nos meses e latitude de 10ºN a
da atmosfera (cal/cm2dia) 40ºS. Os valores correspondem ao 15º dia de
cada mês.

Latitude Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
10oN 11,6 11,8 12,1 12,4 12,6 12,7 12,6 12,4 12,2 11,9 11,7 11,5
8oN 11,7 11,9 12,1 12,3 12,5 12,6 12,5 12,4 12,2 12,0 11,8 11,6
6oN 11,8 11,9 12,1 12,3 12,4 12,5 12,4 12,3 12,2 12,0 11,9 11,7
4N
o 11,9 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 12,3 12,2 12,0 12,0 11,9 11,9
2oN 12,0 12,0 12,1 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,1 12,1 12,0 12,0
Equador 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,1 12,2
2oS 12,2 12,1 12,1 12,1 12,0 12,0 12,0 12,0 12,1 12,1 12,2 12,2
4S
o 12,3 12,2 12,1 12,0 11,9 11,8 11,9 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4
6S
o 12,4 12,3 12,1 12,0 11,9 11,7 11,8 11,9 12,1 12,2 12,4 12,5
8S
o 12,5 12,4 12,1 11,9 11,7 11,6 11,7 11,9 12,1 12,3 12,5 12,6
10 So 12,6 12,4 12,1 11,9 11,7 11,5 11,6 11,8 12,0 12,3 12,6 12,7
12 So 12,7 12,5 12,2 11,8 11,6 11,4 11,5 11,7 12,0 12,1 12,7 12,8
14 So 12,8 12,6 12,2 11,8 11,5 11,3 11,4 11,6 12,0 12,1 12,8 12,9
16 So 13,0 12,7 12,2 11,7 11,4 11,2 11,2 11,6 12,0 12,1 12,9 13,1
18 So 13,1 12,7 12,2 11,7 11,3 11,1 11,1 11,5 12,0 12,5 13,0 13,2
20oS 13,2 12,8 12,2 11,6 11,2 10,9 11,0 11,4 12,0 12,5 13,2 13,3
22oS 13,4 12,8 12,2 11,6 11,1 10,8 10,9 11,3 12,0 12,6 13,2 13,5
24oS 13,5 12,9 12,3 11,5 10,9 10,7 10,8 11,2 11,9 12,6 13,3 13,6
26 So 13,6 12,9 12,3 11,5 10,8 10,5 10,7 11,2 11,9 12,7 13,4 13,8
28 So 13,7 13,0 12,3 11,4 10,7 10,4 10,6 11,1 11,5 12,0 12,5 13,0
30 So 13,9 13,1 12,3 11,4 10,6 10,3 10,4 11,0 11,9 12,8 13,6 14,1
Dados interpolados da Tabela meteorológica de Smithsonian. 6a edição. 1951 -
Quadro 171
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SALDO DE RADIAÇÃO À SUPERFÍCIE


Tabela 4.7. Albedo de diversas superfícies.
Superfície % superfície % superfície %
Concreto 22 grama 24 sorgo 20
solo escuro
14 batata 20 algodão 21
seco
solo escuro
8 beterraba 26 tomate 23
úmido
asfalto 7 cevada 24 abacaxi 15
floresta
areia branca 37 trigo 24 5 - 15
conífera
neve recém floresta
82 feijão 24 10 - 20
caída folhosa
campos
neve velha 57 milho 20 3 - 15
naturais
Água 5 Fumo 22 Cidades 14 - 18

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Bibliografia
! http://www.caastro.hpg.ig.com.br/composicao.htm
! http://www.inmet.gov.br/html/rede_obs.php
! KOBIYAMA, M. Apostila da disciplina Hidrologia e
Climatologia. Florianópolis: UFSC/CTC/ENS/LabHidro.
! Moreira, M. A. Fundamentos do Sensoriamento Remoto e
Metodologias de Aplicação. Ed. UFV, 2ª edição. 2003. 307p
! PEREIRA, A. R.; ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P.C.
Agrometeorologia – Fundamentos e Aplicações Práticas.
Guaíba. Editora Agropecuária Ltda, 2002.
! PEREIRA, A.R.; NOVA, N.A.V.; SEDIYAMA, G.C.
Evapo(transpi)ração. Piracicaba, SP. Editora FAELQ, 1997.
! SILVA, M. A V. Meteorologia e Climatologia. Recife: Versão
Digital 2, 2006. 463p.

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