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Injeção de

Consolidação

Índice

1. Definição
2. Descrição básica do trabalho
3. Materiais para Injeção
4. Equipamentos
5. Traço e preparo de caldas
6. Equipe de trabalho
7. Tratamento do solo
8. Avaliação
9. Modelo de boletim de execução
Figura 1 -Exemplo de Injeção em barragem.
1. Definição

O tratamento de solos e rochas por


injeção, objetiva promover melhorias
para situações especiais da engenharia
civil, tais como:
A) aumentar a impermeabilidade (fig. 1)
B) melhorar as condições de estabilidade (fig.2)
C) melhorar capacidade de carga (fig. 3)

Figura 2 - Exemplo de estabilização.

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B) Colocação de Os furos sofrem injeções em etapas, de
um tubo de PVC acordo com a seguinte sistemática:
rígido com diâmetro
interno entre 1” e • O “Obturador Duplo” deve ser
1½”, devidamente posicionado no nível desejado, para
preparado com isolar as manchetes localizadas nos níveis
válvulas-manchete,
com espaçamentos superiores e inferiores.
entre 30 e 100 cm. Na figura 9 é mostrada a situação de um
Injeta-se o material
tubo com válvulas-manchete. No caso
até o preenchimento
total do espaço de rochas, pode-se utilizar obturador
anelar entre o tubo expansível, isolando cada trecho a ser
de PVC e o furo tratado.
(bainha). Pode-se
Figura 3 - Melhora na capacidade de carga. alternativamente preencher a perfuração • O material deve ser injetado com
com calda de cimento, de baixo para cima, Figura 7 - Tratamento de fundação de
O tratamento é feito pela injeção no e então introduzir o tubo. (Figura 5) barragem.
maciço de um determinado volume de
Para minimizar custos, devem ser
material a uma determinada pressão. C) Com auxílio de
utilizados os menores diâmetros das
Este material pode se impregnar em seus um obturador duplo,
perfurações e do tubo de PVC, o que
vazios, ou adensá-lo por rutura. a partir da válvula-
garante uma espessura mínima de bainha.
manchete inferior,
Usualmente, a tubulação de injeção tem
O material injetado pode ser: calda de executa-se a injeção,
diâmetro de 1/2“ ou de 3/4”.
cimento; argamassa; solo-cimento ou que irá promover
compostos químicos. Usualmente, são o rompimento da A injeção em um determinado furo é
injetadas caldas de cimento. Neste texto, bainha e a introdução feita depois que o material injetado
para contemplar todas as possibilidades, de um volume pré- na bainha alcança resistência mínima,
usamos a expressão material injetado. determinado de que impeça seu retorno à superfície e,
material no solo, em consequentemente, o tratamento do solo
O procedimento básico para se executar
tantas fases quantas adjacente. O tempo de espera para pega
os trabalhos envolve os seguintes passos:
forem necessárias. e endurecimento da bainha é de até 24 Figura 9 - Obturador duplo.
(figura 6) horas.

2. Descrição básica do trabalho pressão suficiente para romper a bainha.


A) Execução de um
• Durante a injeção do material, a pressão
furo com diâmetro Os furos são dispostos em planta,
deve ser a necessária para permitir o fluxo
mínimo de 3”, até segundo distribuição geométrica que
do material com o volume especificado.
a profundidade de procura minimizar as interferências
projeto. (figura4) com obstáculos existentes, bem como • Após a injeção de um certo volume
abranger as áreas a serem tratadas. de material (usualmente entre 20 e 100
Para cada local são definidas algumas litros), o processo deve ser interrompido,
etapas de injeção nos furos. Em geral, a anotando-se para esta válvula os valores
abrangência inicial da área a ser tratada da pressão de abertura e da injeção.
é grande, e vai sendo reduzida em função
• O obturador, então, é posicionado no
dos resultados de pressão e volume Figura 8 - Tratamento de fundação de
edifício. nível superior seguinte, e o ciclo para a
obtidos nos furos iniciais.

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injeção é repetido neste nível. 3.3 Argila rotopercussivo, que destrói o material cimento, em quantidade suficiente para
escavado, ou rotativo, que o recupera. suprir a bomba injetora e fornecer a
Os detalhes do projeto em relação a
Devem ser utilizados solos argilosos com homogeneidade adequada à mistura.
materiais, equipamentos, composição do
teor de areia inferior a 20% e sem presença 4.2 Injeção D) Agitador de calda com capacidade
material, pressões e vazões de injeção, e
de matéria orgânica, que tenham Limite igual à do misturador, capaz de manter
controle de qualidade dos serviços, estão
de Liquidez (LL) mínimo de 50 e Limite de Os equipamentos de injeção devem a calda em agitação. Entre o misturador
definidos a seguir.
Plasticidade (LP) mínimo de 20. Materiais compor um circuito, conforme segue: e o agitador é instalada peneira, com 2
naturais com estas características são A) Demolidor de argila. mm de abertura, que deve ser facilmente
3. Materiais para injeção
facilmente encontráveis. removível para as constantes limpezas.
B) Tanque de hidratação e
Os materiais comumente usados, tanto Podem ser usados também materiais homogeneização de argila provido E) Bomba de pistão triplex ou duplex, com
para injeção no solo quanto na bainha, argilosos próprios para fabricação de de pás, que movimentam a lama capacidade de injetar vazões de 50 litros/
são constituídos de cimento, solo e água. telhas ou tijolos cerâmicos. Porém, estes constantemente. Pode-se optar pelo minuto com pressões de 50 Kg/cm² em
materiais, além de serem mais caros, uso de tanques interligados, com menor furos que estejam distantes pelo menos
Eventualmente, para melhorar suas
exigem maior tempo de hidratação, pois capacidade, que sejam providos de 50 metros da central de injeção.
características de estabilidade e injeção,
estas argilas são muito ativas. Antes de sua bomba para fazer a lama circular entre
adiciona-se bentonita ao material. Em F) Estabilizador de pressão capaz
utilização, eles devem ser previamente eles.
geral, os materiais que compõem as de reduzir oscilações manométricas.
misturados com água e hidratados por C) Misturador de alta turbulência provido
caldas seguem requisitos e exigências Devem ser instalados nos circuitos
um período aproximado de 4 horas. de turbina, com rotação mínima de
técnicas, conforme segue. tantos equipamentos quantos forem
1.700 rpm, na sua parte inferior. Capaz necessários, até se alcançar a estabilidade.
3.1 Água 4. Equipamentos de preparar calda de cimento, solo- Manômetro de 4”, provido de dispositivo
ESTOQUE DE
Deve apresentar-se visualmente limpa
4.1 Perfuração ARGILA
e isenta de quantidades prejudiciais de
O método escolhido determina os
impurezas como óleo, ácido, álcalis, sais C - MISTURADOR
equipamentos de perfuração a serem
e matéria orgânica ou qualquer outra DE ALTA
mobilizados. Os furos podem ser TURBULÊNCIA
substância que interfira com as reações A - DEMOLIDOR
PARA CALDA
executados a trado, ou por equipamento DE ARGILA
de hidratação dos sólidos da calda. (ÁGUA, ARGILA,
rotopercussivo ou rotativo. Na execução CIMENTO)
do furo pode ser necessário o uso de
3.2 Cimento G - FURO
revestimento. QUE SOFRERÁ
B - TANQUE DE RETORNO INJEÇÃO
O cimento deve ser do tipo Portland, Os equipamentos devem estar em perfeito
HIDRATAÇÃO E
apresentar espessura “Blaine” não estado de funcionamento, propiciando a HOMOGENIZAÇÃO
inferior a 3.200 cm²/g. Os locais de execução do furo dentro das especificações DA LAMA
armazenamento devem estar secos e e condições impostas pelas limitações das D - AGITADOR
ventilados, para retardar a hidratação. É edificações existentes.
desaconselhável o empilhamento de mais RESERVATÓRIO
Em alguns locais, para se executar o furo DE ÁGUA
de 10 sacos, e estas pilhas devem estar
é necessário atravessar lajes de pisos de
apoiadas sobre tablado de madeira, para
edificações. Quando isso ocorre, é preciso
o cimento não ficar em contato direto
usar ou ferramentas diamantadas ou
com o piso. DEPÓSITOS E - BOMBA DE F - ESTABILIZADOR
vídeas.
DE CIMENTO INJEÇÃO (CALDA) COM MANÔMETRO
Cimento já em início de processo de
Na presença de rochas ou material
hidratação não pode ser empregado em
rochoso, pode-se usar ou equipamento
injeções. Figura 10 - Fluxograma de injeções.

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salva-manômetro, com capacidade entre durante a fase dos ensaios iniciais, Antes do início dos trabalhos de injeção 6.2 Operador de perfuratriz
10 e 100 Kg/cm². tendo-se em conta, principalmente, as e após a definição do tipo de argila a ser
características da argila a ser usada e usada no tratamento, devem ser feitos a) Movimenta o equipamento de acordo
G) Obturador duplo com diâmetros de
visando a padronização com as seguintes uma série de ensaios com várias misturas, com a sequência executiva.
1” a 1½”, com espaçamento da vedação
características: até se alcançar a definição do traço a ser
em torno de 0,5 metro, do tipo expansivo b) Instala o equipamento no furo,
usado. Quando há necessidade de injeção
ou fixo, em quantidade suficiente para a • Fator de sedimentação até 5% observando locação e inclinação.
rápida das fases, a bainha composta por
injeção em vários furos simultaneamente.
• Tempo de escoamento traço rico em cimento, usualmente, calda c) Verifica quantidade e tamanho dos
No esquema proposto, e alternativamente, com fator a/c = 0,5 (em peso). tubos de revestimento colocados, para
Durante os trabalhos, os materiais
é possível substituir o demolidor de argila que acompanhem a profundidade dos
devem ser controlados a partir das
(A) e o tanque de hidratação (B) por 6. Equipe de trabalho furos.
um único equipamento, que promova TIPO DO FUNIL TEMPO (segundos)
d) Detecta mudanças de camadas do solo
a mistura e a hidratação da argila com Marsh ø 5,0 mm 36 a 40 6.1 Encarregado geral de serviços
à medida que a perfuração avança.
água. Trata-se de um misturador de alta Mecdsol ø 10 mm 9 a 14
turbulência, similar ao usado na mistura a) Verifica: condições para entrada e e) Detecta eventuais perdas d’água
MATERIAL TRAÇO 1 TRAÇO 2
final da calda. movimentação de equipamentos no durante a perfuração.
Cimento (Kg) 100 160
canteiro da obra; descarregamento de
Solo (Kg) 340 340 f) Elabora registro dos dados de
5. Traço e preparo das caldas equipamentos, utensílios e ferramentas;
perfuração para inclusão no boletim.
Água (l) 840 820 instalação da central de injeção e
5.1 Traço Densidade da implantação geral da obra. g) Orienta auxiliares de perfuração
1,28 1,32
calda (Kg/litro) quanto à utilização do ferramental
Usualmente, se prevê a utilização de dois b) Verifica programação de execução
Figura 11 - Traços usuais de solo-cimento
necessário.
traços básicos de calda de solo, água e (sequência executiva) de acordo com
cimento: um para injeção no solo a ser características da obra e necessidades do h) Instala o tubo de injeção no furo.
tratado e outro para preencher a bainha. seguintes medidas previamente obtidas cliente.
em laboratório: densidade, fator de 6.3 Injetador
A resistência do material é regida, c) Coordena o DDS (diálogo diário de
sedimentação e tempo de escoamento.
principalmente, pelo fator água/cimento segurança) antes do início das atividades
a) Prepara o material a ser injetado.
(peso da água/peso do cimento). Para A densidade define o traço. O fator de de cada dia e instrui em relação à
compor as caldas são adotados os sedimentação define a estabilidade. O segurança durante a execução dos b) Coordena a injeção, tanto no
seguintes valores para peso específico tempo de escoamento define a fluidez serviços. posicionamento do obturador quanto na
dos grãos sólidos: cimento γc = 3,1 Kg/ (capacidade de injeção). O controle do injeção, de forma a atender as condições
d) Coordena locação, verticalidade
litro, solo γs = 2,7 Kg/litro. traço se faz pela medida da densidade da do projeto e a lavagem (pós-injeção) do
e instalação do equipamento de
mistura: solo + água, e da mistura final: tubo com válvulas-manchete.
Para o preparo de 1 m³ de calda são perfuração, misturador e bomba de
cimento + água + solo.
necessárias as seguintes quantidades de injeção de solo-cimento. c) Lança nos boletins os valores de pressão
componentes, segundo a fórmula: e volume injetados.
5.2 Preparo das caldas e) Orienta em relação aos procedimentos
litros de calda = Pc/γc + Ps/γs + Pa/γa = de perfuração, instalação do tubo de
6.4 Auxiliar geral
Pc/3,1 + Ps/2,7 + Pa/1,0 As caldas são preparadas pela agitação injeção e inspeção.
da argila hidratada com cimento e
onde: Pc = Peso de cimento (Kg); Ps = Peso Auxilia os especialistas nas atividades
água, até que seja alcançada a perfeita
de solo seco (Kg); Pa = peso de água (Kg). principais.
homogeneização desta mistura.
Na tabela a seguir estão exemplos de Na dosagem dos traços devem ser
dois traços usuais de solo-cimento. consideradas as quantidades de água
Os traços pré-definidos são ajustados empregadas para a hidratação da argila.

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7. O tratamento do solo traço da calda e o tempo de rompimento manchete com o material injetado, sua e progressivo da pressão.
da bainha são ajustados no campo. abertura pode ser provocada pela injeção
• Se, em determinado momento, a pressão
7.1 Injeção na bainha de água.
de injeção estabiliza ou até diminui,
7.2 Injeção no solo
A pressão máxima utilizada para pode ser que o plano de ruptura tenha
Após a instalação do tubo de PVC, é
proporcionar a abertura da válvula- interceptado um vazio, que está sendo
feita a injeção na bainha, ou seja, o As injeções são executadas numa única
manchete deve ser registrada em boletim preenchido com calda. Após esta cavidade
preenchimento do espaço anelar entre fase ou em várias fases.
próprio. ser preenchida, a pressão provavelmente
o tubo de PVC e o furo. Esta atividade
Para se evitar a injeção de material voltará a subir, caracterizando o seu
é executada com a injeção na válvula-
a grandes distâncias, ou ainda se 7.4 Pressão de Injeção preenchimento.
manchete inferior.
minimizar riscos de fraturas nos pisos
Este trabalho é feito de forma lenta e será das edificações, o volume a ser injetado As pressões de injeção são determinadas
considerado concluído quando a calda por manchete deve ser, inicialmente, pelo estado de confinamento do solo.
aparecer na boca do furo. Após a injeção limitado.
Num processo de injeção com vazão
da bainha, o tubo de PVC é lavado pela
A sistemática adotada na injeção consiste constante ocorre, na maioria das vezes, um
circulação de água.
em se impor um volume constante comportamento de pressões semelhantes
Nos casos em que existe piso, se for de injeção de material, verificando o ao mostrado no gráfico abaixo, figuras 12
constatado que a calda está penetrando comportamento das pressões de resposta e 13, de onde pode ser ressaltado:
entre o piso e o aterro, a injeção da bainha do solo.
• Após abertura da manchete e
deve prosseguir até que o vazio sob o
Em função das pressões observadas, são rompimento da bainha (Pa), observa-
piso seja preenchido. Alternativamente,
tomadas decisões de se prosseguir ou se se uma queda brusca da pressão (Pi),
é possível preencher o furo e, a seguir,
interromper as injeções. caracterizando o início da injeção no solo.
introduzir o tubo de PVC.
Nos critérios de interrupção das injeções, • À medida que a injeção prossegue,
Se houver consumo excessivo de calda
são levadas em conta as observações novos trechos do solo podem ser
durante a injeção na bainha, é sinal
relativas ao surgimento de material rompidos e preenchidos com material
que o tubo atravessou uma cavidade,
injetado na superfície ou eventuais riscos injetado, acarretando em aumento lento
tubulações, caixas etc. Neste caso, os
de comprometimento das estruturas
trabalhos devem ser interrompidos, para Pa Pressão máxima de abertura da manchete
vizinhas.
se verificar o que houve. Pi Pressão inicial de injeção
Volumes e pressões de injeção Pf Pressão final de injeção
Para que ocorra a injeção no solo, a
inicialmente especificados são ajustados
bainha precisa ter uma resistência
durante a execução dos serviços.
mínima, assim a calda injetada promove o
rompimento localizado, o que possibilita
7.3 Abertura da válvula-manchete
sua penetração no interior do maciço,
sem que ele escoe ao contato da bainha
Após a injeção na bainha, são iniciadas
com o solo circundante ou pelo contato
as injeções individuais em cada válvula-
da bainha com o tubo.
manchete, usualmente de baixo para
Por outro lado, uma bainha excessivamente cima. O primeiro passo é a aplicação
resistente exige altas pressões para o seu de pressões crescentes até a abertura
rompimento e para abertura da válvula. da válvula-manchete, percebida pela
A bainha mais adequada depende da sua queda brusca da pressão registrada no
espessura, do traço da calda e do tempo manômetro e pela imediata absorção Figura 12 - Comportamento típico das Figura 13 - Comportamento típico das
do material. Caso não se consiga abrir a pressões durante a injeção de solo. pressões durante a injeção das fases.
de pega e endurecimento da calda. O

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7.5 Controle de registros 7.7 Equipamentos de ensaios do 8. Avaliação
material
O tratamento de solos por injeção de consolidação é um método muito eficiente,
Na fase inicial de definição dos traços
porém intuitivo e interativo.
dos materiais e durante o processo de Para executar ensaios dos materiais deve-
A eficiência depende da intensa interação entre as equipes de projeto e de execução.
execução dos trabalhos de injeção, se instalar um pequeno laboratório de
Ensaios de perda d’água, anteriores e posteriores ao trabalho, bem como medidores
é realizada uma série de controles, campo, equipado com:
de nível d’água, podem aferir o resultado obtido e devem ser obrigatoriamente
cujo objetivo é o de determinar as
• Densímetros com graduação que utilizados.
características das caldas.
permitam leitura de variação de
Basicamente, estes controles são: visual densidade de 0,01 g/cm³.
(contínuo); densidade (diário) e para cada
• Funil Marsh com saída de 5 cm de
traço preparado; e tempo de escoamento
comprimento e diâmetro de 5 mm.
(diário).
Durante a execução dos furos, todas as 7.8 Apresentação do resultado das
informações julgadas de interesse devem injeções
ser registradas, tais como: presença de
vazios; níveis d’água; perda d’água etc. Os dados compilados durante o processo
do tratamento, podem ser lançados
Na instalação do tubo, devem
em mapa e interpolados apresentando
ser registrados posicionamento e
curvas de isopressão ou isovolume.
espaçamento das manchetes, tomando-
se como referência o nível da boca do furo, Estes mesmos dados podem ser plotados
o que permite o correto posicionamento de forma tridimensional, possibilitando o
do obturador duplo durante as injeções. entendimento da evolução do trabalho
de injeção.
Durante a injeção na bainha devem ser
registrados, principalmente, o traço
utilizado, volumes e perdas de calda, se
houver.
Nas injeções no solo, além dos volumes
injetados por manchete, devem ser
registradas a pressão de abertura da
manchete (Pa) e a pressão final de injeção Figura 14 - Isovolume ou Isopressão.
(Pf).
Para cada furo deve ser elaborado um
boletim, contendo todos os dados, desde
a furação até a injeção.

7.6 Critérios para interrupção

Os critérios para interromper a injeção


são definidos com base nas análises dos
dados observados durante os trabalhos,
Figura 15 - Disposição tridimensional em
especificamente para cada caso de obra.
volume. Figura 16 - Modelo de Boletim de Injeção.

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