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DISCIPLINA:
TRANSPORTE AEROMÉDICO
CONTEXTUALIZANDO
Uma equipe de 10 montanhistas brasileiros resolve fazer uma escalada na
quinta maior montanha do mundo, Makalu, com 8.462 metros de altitude,
localizado na região do Himalaia. Todos os montanhistas com mais de 10 anos de
escalda pelas montanhas do Brasil, chegando a escalar o Pico da Neblina na Serra
do Imeri, no Amazonas. Ao chegar aos 5.000 metros, 2 montanhistas não
conseguiram dar continuidade e voltaram para a base. Ao chegar à cota dos 5.800
metros de altitude, 3 montanhistas passaram mal e tiveram que retornar à base.
Chegando aos 6.100 metros, 3 outros montanhistas sentiram fortes dores de
cabeça e foram obrigados a descer. Apenas 2 montanhistas continuaram a
escalada. Chegando aos 6.800 metros, um deles estava apresentando confusão
mental e dificuldade respiratória, tendo que iniciar a descida o mais rápido
possível.
Chegando à base da montanha, foram atendidos pela equipe médica,
porém não souberam qual foi o motivo de não conseguir ultrapassar os 7.000
metros.
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TEMA 1 – ATMOSFERAS E SUAS CAMADAS
Para entender mais sobre o ambiente aeroespacial, devemos iniciar nossos
conhecimentos pela atmosfera.
A atmosfera é uma camada de gases, radiação e materiais particulados
TEMA 2 – RESPIRAÇÃO
O homem, por ter sua capacidade de inteligência superior aos outros
animais, consegue sobreviver em quase todas as partes do planeta, seja no
deserto, na neve, na floresta, no meio do mar ou até mesmo no ar, sendo diferente
dos outros animais, que sobrevivem somente em determinada região.
O homem, devido à sua curiosidade e expertise, estudou métodos para
sobreviver tanto no fundo do mar, quanto no meio do espaço. O homem vem
desenvolvendo maneiras de estar nos céus a mais de 200 anos, iniciando seus
primeiros feitos com balões. Muitos anos depois o homem conseguiu colocar a
mais de 30.000 pés um objeto pesado transportando pessoas, chamado de avião.
Mas mesmo assim, não se deu por satisfeito, ele queria conquistar o espaço. Isso
ocorreu 1957, sendo realizado pela antiga União Soviética. Mas para isso foram
anos de pesquisas e estudos para colocar o homem neste ambiente diferente.
Entretanto, a permanência do homem em altitudes diferentes do solo era
um desafio, pois isso ocasionava uma mudança brusca no ser humano, podendo
muitas vezes levar à morte. Por isso, a medicina convencional começou a ser vista
de outra forma, em que as alterações fisiológicas ocorriam rapidamente na
decolagem das aeronaves. Assim iniciava uma nova área de estudo da medicina,
em que o homem era mantido dentro de condições hipobáricas. Esta nova área
da medicina primeiramente foi chamada de Medicina de Aviação. Anos depois
mudaram para Medicina Aeronáutica. Atualmente é chamada de Medicina
Aeroespacial.
A presença do homem em meio aeroespacial, muitas vezes, é vista sem a
presença de um elemento importe para nós, o oxigênio. Mas o oxigênio é mantido
na mesma quantidade a partir da superfície terrestre, mais alta altitude de
atividade de aeronaves. Com o oxigênio também temos a mesma quantidade de
nitrogênio, que é responsável pela realização do vapor-d‘água.
O ar é nada mais que uma mistura gasosa, que exerce pressão em todos
os lugares, dentro de balões, espaço confinado, dentro dos órgãos. Porém, esta
pressão não é percebida diretamente devido ao fato de ser exercida em todas as
direções.
As pressões atmosféricas são medidas em uma coluna de mercúrio, sendo
que, ao nível do mar, a pressão é equivalente a 760mmHg, visto por Torricelle
(1608 a 1647).
Sendo assim, quanto maior a altitude, menor a pressão, maior a dilatação
dos gases. Veja a tabela:
0 0 760mmHg 1
63.000 19.202,4 * -
*Nesta altitude os líquidos do nosso corpo entram em ebulição. Caso o ser humano não esteja dentro
de uma cabine pressurizada, ele ferverá.
TEMA 4 – VISÃO
Outra parte do corpo humano que sofre muito na altitude é a visão. No
transporte aeromédico, ela é extremamente importante: para administrar uma
medicação, para observar uma monitorização ou até mesmo para pegar
determinado material ou equipamento em voo. A visão poderá sofrer alterações
devido à falta de oxigênio, que irá ser diminuída na altitude. Ao atingir uma altitude
superior a 5.000 pés, alterando levemente a percepção de cores, sendo mais
prejudicial à noite, sendo que a hipóxia afeta principalmente os bastonetes da
retina, que são responsáveis pela visão noturna. Durante o voo, normalmente a
pressão da cabine é de 8.000 pés, iniciando um processo de hipóxia leve, na qual
a visão noturna se torna prejudicada cerca de 25%.
Para a tripulação de voo, indica-se usar óculos escuros durante os dias de
muita claridade e antes de voos noturnos. Isso faz com que sua visão não seja tão
afetada devida à altitude.
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FINALIZANDO
Os montanhistas encontraram dificuldade para chegar ao cume do Makalu,
com 8.462 metros, devido à ausência de O2 complementar para dar o suporte
necessário. Sendo assim, alguns montanhistas tiveram uma melhor aclimatação
que os outros. Porém, sem a permanência de longa duração em altitude ou O 2
complementar, optaram por descer, pois estariam colocando suas vidas em risco.
Visto que em altitudes encontramos grandes dificuldades de aclimatação devido à
baixa concentração de O2, para realizar uma ascensão em grandes montanhas,
os montanhistas deveriam permanecer alguns dias na altitude para se aclimatar
e, mesmo assim, utilizar O2 complementar para poder aproveitar a caminhada.
Notavelmente são observadas as alterações fisiológicas na atmosfera. Isso
poderá até mesmo agravar mais ainda o quadro de um paciente que já se encontra
grave em solo, pois a descompensação deste será rápida demais ao atingir
determinada altitude em voo. Sendo assim, seria mais complicado de compensar
este paciente em altitude.
Portanto, para estar atuando em transporte ou em resgate aeromédico,
deve-se conhecer muito bem o ambiente de trabalho, iniciando, assim, pelo
aprofundamento dos seus conhecimentos relacionados à atmosfera. Assim, ao
observar uma alteração do paciente que você está transportando, saberá
rapidamente o motivo desta alteração. Assim, a melhor opção será pedir para o
comandante se há possibilidade de voar mais baixo.
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REFERÊNCIAS
BATISTA, S. A. Transporte aeromédico. In: SOUSA, R. M. C; CALIL A. M.;
PARANHOS, W. Y.; MALVESTIO, M. A. Atuação no trauma: uma abordagem
para a enfermagem. São Paulo: Atheneu; 2009. p. 493-507.