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OBRAS RODOVIÁRIAS

OBRAS RODOVIÁRIAS
• Os fatores que influenciam o traçado geométrico de obras
rodoviárias, aplicam-se a:
 alinhamento horizontal
 alinhamento vertical
 contribuem para a obtenção dos parâmetros de projeto.

Distinguem-se:
• A) Factores funcionais
• B) Factores físicos
• C) Custos
• D) Factores humanos e ambientais
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• Como relação, não exaustiva, de casos que podem


apresentar uma especial dificultade geológico-geotécnica
encuentram-se:
 Paleodeslizamentos e outras zonas geomorfológicamente
instáveis.
 Zonas cársicas ou com risco de subsidência ou colapso.
 Zonas com predomínio de sais soluveis, materiais expansivos,
materiais colapsáveis.
 Existência de aquíferos ou zonas com nível freático superficial.
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• Para a determinação das velocidades de projecto pode-


se utilizer a tabela seguinte, dependendo da topografia
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• A) Factores funcionais.
 Dependem da utilização da estrada
- Função que deve cumprir.
- Volume e características to tráfico.
- Velocidade de projecto e velocidade de operação desejável.
- Segurança para o utilizador e para a comunidade.
- Relação com outras vias.
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• B) Factores físicos.
 Dependem das condições impostas pela natureza do local e
impõem restrições que o projecto deve considerar. As principais
são:
- Relevo.
- Hidrografia.
- Geologia.
- Clima.
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• C) Custos associados à estrada.


 Os custos associados são consequência do projecto.
 Necessária a realização de estudos económicos de viabilidade.
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• D) Fatores humanos e ambientais.


 As decisõess tecnológicas estão relacionadas con as
características da comunidade a la que se pretende servir e do
medio ambiente en que se insere.

Alguns dos factores humanos e ambientais que influenciam as


decisões en relação a um projeto de estradas são:

Ø Idiosincrasia de utilizadores e peões.


Ø Uso da terra adjacente ao eixo da via.
Ø Actividade na zona de influência.
Ø Aspetos ambientais - impacto e mitigação.
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• Elementos constituintes do traçado


 Desmontes
 Aterros
 Fundação de estruturas
 Túneis

 Manchas de empréstimo, pedreira e escombreiras (depósito de


resíduos de obra)
 Realização de ensaios in situ e de laboratório para caracterizar
cada unidade geológico-geotécnica
 Instalações para tratamento de agregados, fabrico de misturas
betuminosas e de betão
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Aspectos geológicos e geotécnicos a considerar:


• a) Os aterros:
 Utilização de materiais adequados.
 O material dos terraplenos tende a consolidar-se.
 É necessária a compactação enérgica e sistemática.
 Importante analizar as propiedades do terreno natural de fundação.
 Estabilidade de taludes.
 Problemas de deslizamentos rotacionais.
 Nível freático e escorrência superficial.

• b) Os cortes ou desmontes:
 Reconhecimento geotécnico adequado.
 Estabilidade de taludes.
 Natureza dos materiais.
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• c) O traçado corrente:
 Fundação.
 O comportamento da fundação depende das características resistentes dos solos.
 Capacidade de suporte adequada.
 Os materiais a utilizar devem ser cuidadosamente selecionados

• d) Outros problemas geotécnicos:


 Zonas de solos moles ou de argilas muito compressíveis.
 Zonas de nivel freático superficial.
 Zonas de rochas alteradas.
 Erosão e arraste de materiais nos taludes.
 Zonas inundáveis.
 Proximidade de rios e nascentes.
 Zonas de grande penetração de geada.
 Falhas geológicas.
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• Os estudos geológicos e geotécnicos seguem uma


metodología:
1. Estudios prévios ou informativos

2. Ante-projeto

3. Projeto
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• Estudos prévios ou informativos


 Permiten realizar uma avaliação económica preliminar
 Estudar os possíveis problemas geológicos e avaliar de forma
preliminar os parâmetros geotécnicos das formações
atravessadas
 Manchas de empréstimo e escombreiras existentes na zona,
assim como pedreiras e materiais granulares: caracterização
dos materiais, em qualidade e quantidade e do ponto de vista
ambiental
 Comprovar a viabilidade técnica e discussão de possíveis
soluções a problemas estruturais.
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• Ante-projecto
 Estudo geológico e geotécnico, definindo as zonas homogéneas
e diferenciando as zonas singulares como:
 Terrenos perigosos.
 Importância das obras.
 Escassez ou dificultades de material de construção, depósitos e
pedreiras.
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• a) Geologia da zona.
 Morfología.
 Estratigrafía e Litología.
 Tectónica.
 Hidrologia.
• b) Características geotécnicas gerais.
 Classificação qualitativa dos solos.
 Avaliação do terreno como fundação.
 Problemas geotécnicos da zona.
• c) Estudo de materiais.
 Descrição geológica geral.
 Localização, descrição e características dos grupos litológicos.
 Descrição e cortes de pedreiras e depósitos granulares.
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• Projeto
• Determinam-se:
 A secção tipo do traçado.
 Escorrências superficiais e drenagens subterrâneas.
 Prescrições técnicas particulares relativas ao emprego e colocação em obra dos materiais
em terraplanagens e camadas de pavimento.
 Fundações de las obras especiais.
 Muros, túneis, etc.
 No projecto, também se elaboram e identificam:
 Planos, mapas e cortes geológicos e geotécnicos detalhados.
 Memória de cálculo.
 Reconhecimiento geológico e geotécnico detalhado.
 Pedreiras e manchas de empréstimos.
 Resistência e deformabilidade dos solos.
 Estudo hidrológico detalhado.
 Controlo de qualidade, segurança, higiene e medidas de proteção ambiental.
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• Determinam-se os materiais necessários para a obra, indicando-se os


volumes de cada tipo requerido.
• Analiza-se a possibilidade de aproveitar os materiales escavados ou a
necessidade de recorrer a pedreiras = compensação de volumes
• Indicam-se as unidades geológicas apropiadas para a obtenção de materiais.
• Definição do grau de dificuldade na execução de desmontes.

• Capacidade de carga (qualidade) do maciço, incluindo grau de alteração,


descontinuidades, susceptibilidade à deterioração por alteração superficial
• Proposta de campanha de prospeção geotécnica, com reconhecimentos e
ensaios de campo e laboratório para caracterizar os terrenos, em especial de
fundação de estruturas e dos túneis
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• Projeto de execução
• Deve estar terminado o estudo geológico geotécnico do traçado corrente,
das fundações da estruturas e túneis
• Representação em plantas à escala 1:1000 a 1:500 assim como perfis com
informação geológica, geotécnica e hidrogeológica
• As plantas e perfis dos emboquilhamentos dos tuneis devem ter maior
pormenor

• O projecto deve incluir:


 Geologia e origem dos materiais a utilizar
 Geotecnia do traçado corrente
 Geotecnia das fundações de estruturas e túneis
 Influência da execução destas obras sobre os cursos de água e os aquíferos
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• Desmontes
• Prospeção em solos:
 Sondagens mecânicas à rotação (diâmetro 101 mm) até abaixo
da profundidade da rasante
 O espaçamento depende da heterogeneidade
 Valas – para desmontes pouco profundos, a vala deve ir até 1 m
abaixo da rasante
 SPT até obter NEGA
• Prospeção em rochas:
 Sondagens à rotação (diâmetro 86 mm) até abaixo da rasante
 O espaçamento depende da heterogeneidade
 Valas na zona mais superficial

 A escavabilidade é avaliada por métodos sísmicos durante o


estudo geológico-geotécnico
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• Caracterização dos materiais


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• Estudo do materiais de desmonte para possível


utilização na obra
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• Traçado corrente (base da escavação)
 Os materiais a estabilizar com cal ou cimento (solos inadequados ou
marginais) não podem conter matéria orgânica, sulfatos, sulfuretos,
fosfatos, nitratos, cloretos
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• Fundações para aterros:


 Solos
 Solos brandos
• De elevada deformabilidade – pântanos, deltas
• Granulares (SPT<4, muito solto, ou 4<SPT<10, solto)
• Coesivos (SPT<2, muito moles, ou 2<SPT<4), moles), Su<25kPa
• Suscetíveis de colapso por inundação
 Maciço rochoso
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• Solos
 Poços
 SPT
 Sondagens (diâmetro de 101 mm) para amostragem e ensaios
 Profundidade é função da altura do aterro
 Ao lado de cada poço deve fazer-se ensaio SPT até obter
NEGA
 Para aterros de altura > 40 m, têm estudo específico
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• Solos brandos
 Sondagens
 CPTU, independentemente da altura do aterro
 1CPTU por cada sondagem
 Profundidade necessária para atingir terreno competente, com
penetração mínima de 3 m
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• Maciço rochoso
 Sondagens à rotação
 Em terrenos homogéneos, o nº de sondagens depende da
extensão do aterro
 Geofísica
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• Permeabilidade vertical de solos coesivos – pode ser


obtida por ensaios edométricos
• Determinação da resistência ao corte em solos coesivos
a utilizar no aterro
• Quando não há material suficiente nos desmontes, é
necessário recorrer a manchas de empréstimo
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• Caracterização de manchas de empréstimo


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• Pedreiras e materiais granulares


 Análise granulométrica, limites, Los Angeles, equivalente de
areia, achatamento, humidade natural
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• Estruturas
 Deve ser estudado o terreno de fundação de cada estrutura
 Carga admissível do terreno
 Pontes e viadutos:
• 1 sondagem por cada apoio
• SPT e/ou CPTU para fundações superficiais ou profundas
• Poços para fundações superficiais
• Prospeção geofísica

• Para fundações superficiais a profundidade das sondagens deve


ser 1,5 x L
• Para fundações profundas, a profundidade = 5 x diâmetro (se forem
de atrito)
• Em solos moles, a profundidade pode ser de 40 a 50 m
• Em rochas, pode ser de 10 a 15 m
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• Passagens inferiores e drenagem transversal


 Um poço
 1 SPT em cada extremo
 1 sondagem

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