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Geologia de Engenharia
Janeiro de 2023
o Zonas de escavação:
Avaliação das características litológicas e hidrogeológicas dos maciços, que
permitirão determinar certos comportamentos referentes às solicitações que a obra
apresenta;
Apreciação das características mecânicas dos níveis de fundação do pavimento;
Estudo das características estruturais dos maciços, bem como a sismicidade da zona,
de modo a definir quais os parâmetros de interesse para a escavação;
Avaliação da escavabilidade e ripabilidade das formações geológicas de interesse
para a escavação, permitindo assim definir o modo de escavação.
Definição da geometria e estabilidade dos taludes, assim como o seu revestimento.
Avaliação das condições de reutilização do material escavado.
o Zonas de aterro:
Avaliação das características estruturais dos maciços e sismicidade da zona, à
semelhança das zonas de escavação;
Determinação da geometria, espessura e estabilidade das formações
geológicas;
Estudo das condições de fundação;
Análise da posição do nível freático e definição de órgãos de drenagem
superficial e profunda;
o Manchas de empréstimo:
Permitem obter materiais de construção;
Determinação do volume de material disponível.
2. Apresente a campanha de prospeção a executar. Localize os trabalhos de prospeção
propostos tanto em planta como em perfil, apresente as suas principais características (tipo,
método, profundidade, etc.) e objetivos
Como se pode observar na tabela 1, esta campanha foi dividida em três zonas: zona de
escavação, zona de aterro e zona de obras de arte.
Sabendo que nas zonas de escavação pretende-se: conhecer a ripabilidade das formações para
definir o modo de escavação, conhecer as características geotécnicas dos terrenos que
constituirão os taludes para definir a sua geometria e avaliar a sua estabilidade, avaliar as
características mecânicas dos níveis de fundação do pavimento, avaliar as características
hidrogeológicas e avaliar a potencial de reutilização dos materiais escavados foram realizados
perfis de refração sísmica, poços de prospeção e sondagens á rotação com coroa.
Os perfis de refração sísmica realizados compõem o método de refração sísmica que permite
através da velocidade de propagação das ondas sísmicas classificar a escavabilidade do terreno
bem como ripabilidade do solo. Por sua vez, os poços de prospeção realizados com 4 metros de
profundidade apresentam baixo custo e têm como finalidade o acesso e observação direta “in
situ” dos solos e ainda a colheita de amostras remexidas de grande volume para posterior
análise. Por outro lado, a utilização de sondagens á rotação com trépano com 10 a 14/15 m de
profundidade permite que os ensaios de SPT realizados dentro das mesmas sejam realizados em
qualquer tipo de solo. Por último, os ensaios de SPT permitem a determinação da resistência do
solo na base do furo de sondagem como também a obtenção de amostras para fins de
identificação.
Já na zona de aterro onde se pretende: definir a espessura e geometria das formações (aluviões,
coluviões, etc), avaliar as características geotécnicas das formações (resistência ao corte,
compressibilidade, etc), conhecer as características mecânicas do firme subjacente e detetar a
posição do nível freático e avaliar as suas variações sazonais foram elaborados o ensaio do
dilatómetro de Marchetti, sondagens á rotação com trépano acompanhadas de ensaios SPT.
No que toca á zona de obras de arte, pretende-se nessa zona: avaliar as condições de fundação
e a necessidade de contenções. Por esses motivos foram realizados nessa zona o ensaio de carga
em placa, o ensaio do penetrómetro dinâmico superpesado e sondagens á rotação com trépano
acompanhadas de ensaios SPT.
O ensaio de carga em placa realizado á superfície permite simular a deformação que ocorre no
terreno devido á obra de arte e deste modo caraterizar a qualidade do pavimento rodoviário do
trecho em estudo. Já o ensaio do penetrómetro dinâmico superpesado é utilizado para
determinar a resistência á penetração do solo.
Sim, é possível que possam ocorrer situações de dificuldade acrescida, uma vez que a zona da
obra apresenta algumas características, do ponto de vista geológico-geotécnico, que podem
condicionar a obra, pois, existem nas zonas de aterros passagens hidráulicas, e que isso origina
a necessidade de um estudo quanto ao volume de água que por elas passam, uma vez que existe
a possibilidade de uma má impermeabilização e caso se verifique mais água do que o projetado,
pode acontecer do aterro começar a ceder.
Deve-se, ainda, ter em consideração zonas em que o material-rocha presente ofereça condições
negativas, no que diz respeito ao seu aproveitamento na respetiva da geotecnia. A título
exemplificativo, zonas com solos de granulometria curta, rochas muito fragmentadas e solos
suscetíveis a grandes assentamentos.
Referências
Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, folha 2