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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL I

LARA EMILLI DIAS MIRANDA

RENYLSON DUTRA IBIAPINA

TRABALHO AVALIATIVO

TERESINA – PI

2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 3
2.1 – Importância dos estudos geotécnicos 3
2.2 – Ensaio CPT 3
2.3 – Ensaio CPTU 5
2.4 – Ensaio Vane Test (ensaio de palhetada) 6
2.5 – Ensaio Rotativo 6
3 CONCLUSÃO 7
4 REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
O solo é um dos elementos fundamentais na Engenharia. Afinal, é ele
que é responsável por dar suporte às estruturas. A geotecnia estuda a reação
dos solos e das rochas às ações do homem. Portanto, os projetos geotécnicos
são análises, e interpretações de resultados obtidos em campo e/ou em
laboratório com o intuito de identificar essas reações. Assim, para o perfeito
funcionamento das edificações, é imprescindível que haja um bom estudo
geotécnico.

A engenharia geotécnica é uma disciplina de especialidade da


engenharia civil relativa ao comportamento e propriedades estruturais
interconectadas de materiais geológicos e águas subterrâneas. Os materiais
geológicos incluem solo natural e rocha, mas também incluem materiais feitos
pelo homem, como preenchimento de solo compactado, pedra britada,
concreto e pedras fabricadas.

O trabalho de um engenheiro geotécnico é garantir que um edifício não


seja adicionado à longa lista de edifícios inclinados, como por exemplo a Torre
Inclinada de Pisa.

2 DESENVOLVIMENTO
2.1 – Importância dos estudos geotécnicos
Com os estudos geotécnicos, os engenheiros podem entender as
características das fundações sobre as quais a edificação deve ser construída.
Assim, com o uso dessas informações, pode-se saber qual tipo de fundação
adotar (rasas, fundas, estacas, vigas baldrame, etc.), custo da fundação e
quais tratamentos devem ser feitos abaixo do nível do solo.

2.2 – Ensaio CPT


O ensaio CPT consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico
ou elétrico que armazena em um computador os dados a cada 20 cm. O cone
alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no terreno a uma velocidade de 2
cm por segundo. O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no
terreno e funciona como uma prensa. Depois de cravado, ele obtém os dados
de forma automática e o próprio sistema captura os índices e faz o registro
contínuo desses dados ao longo da profundidade. Esse método de
investigação do solo fornece:

● a resistência de ponta (qc);

● a resistência do atrito lateral (fs);

● a correlação entre os dois (Fr, medida em %)  – que permitem a


identificação do tipo de solo.

Equipamento:  O equipamento hidráulico deve ser colocado no canteiro.


Esse equipamento deve estar acoplado a um caminhão e, portanto, será
necessário espaço suficiente. O cone que será cravado no solo poderá ter uma
ponteira elétrica ou mecânica;

Posicionamento da ponteira de cravação: Deverá estar na vertical, para


que o eixo da composição dos tubos externos coincida com o da aplicação de
esforços;

Execução:  Já com a ponteira cravada no solo, a penetração atingirá


uma profundidade de 2 cm por segundo. O sistema captura os índices.

Quantidade de registros: O valor referente a cada componente de


resistência de interesse deverá ser documentado, no mínimo, a cada 20 cm de
avanço da ponteira;

Quanto à profundidade da ponteira:  Deverá ser observada e medida a


cada novo registro;

Quanto aos resultados:  Todos os dados do que foi executado durante o


ensaio devem ser apresentados. Dessa forma, no relatório deverão constar:

● descrição dos trabalhos;

● descrição da aparelhagem;

● apresentação do resultado de aferição do sistema de medição dos


esforços;

● planta de locação detalhada dos pontos apresentados em escala –


contendo dados planialtimétricos e gráfico dos valores de componentes
de resistência em função da profundidade e em escala apropriada para
ensaio cone (resistência de ponta), para ensaio de cone-atrito
(resistência de ponta e atrito lateral local).

2.3 – Ensaio CPTU


O CPTU é uma das mais importantes ferramentas de prospecção
geotécnica. Entretanto, é mais recomendado nos estudos de depósitos de
solos compressíveis e de baixa resistência. A precisão do equipamento
possibilita estimativas realistas das propriedades do solo, justamente em
condições nas quais outras técnicas de ensaio mostram-se imprecisas.
Constitui-se na mais avançada ferramenta de investigação geotécnica
disponível nos dias atuais.

O método consiste em cravar no terreno uma ponteira cônica (60° de


ângulo de abertura) a uma velocidade constante de 20 mm/s. A penetração do
cone é realizada com a utilização de um equipamento de cravação,
devidamente ancorado no solo ou com peso de reação suficiente para a
realização do ensaio. As leituras dos ensaios são efetuadas a cada 2 cm de
profundidade e as informações coletadas são as seguintes:

● Resistência à penetração da ponta (qc);

● Resistência por atrito lateral (fs);

● Poropressão u2, utilizando-se um elemento poroso de bronze, localizado


na base do cone;

O ensaio de CPT/CPTU pode fornecer, através de correlações, as


seguintes características dos terrenos investigados:

● Coeficiente de adensamento (Ch e Cv);


● Resistência não drenada (Su);
● Ângulo de atrito efetivo de areias (Ø’);
● História de tensões (tensão de pré-adensamento, OCR);
● Coeficiente de permeabilidade (K);
● Módulo de deformação cisalhante (G0);
● Coeficiente de deformabilidade (mv);
2.4 – Ensaio Vane Test (ensaio de palhetada)
O ensaio de palheta, tem o objetivo de determinar a resistência ao
cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de
carregamento não drenado (Su).

Este teste, consiste na cravação estática de palheta de aço, com secção


transversal em formato de cruz com dimensões padronizadas, inserida até a
posição desejada para a execução do ensaio.

Uma vez posicionada a ponteira, aplica-se torque por meio de unidade


de medição com velocidade de 6 graus / minuto. O torque máximo permite a
obtenção do valor de resistência não drenada do terreno, nas condições de
solo natural indeformado. 

Posteriormente, para obtenção da resistência não-drenada,


representativa de uma condição pós-amolgamento da argila, gira-se a palheta
rapidamente por 10 voltas consecutivas, obtendo-se a resistência não drenada
do terreno nas condições de solo “amolgado”, permitindo avaliar a sensibilidade
da estrutura de formação natural do depósito argiloso. 

2.5 – Ensaio Rotativo


A Sondagem Rotativa é o ensaio realizado quando se constata a
presença de rochas na composição do subsolo. Através deste ensaio, a equipe
de sondagem consegue retirar, recuperar e analisar o tipo de rocha, o que é
determinante para que se defina o tipo de fundação mais adequado à
construção.

Por meio deste ensaio é possível perfurar e reconhecer os solos e


rochas que compõem as camadas do subsolo de um determinado terreno.

Com base na análise dessas informações, a caracterização do solo-


rocha fica muito mais precisa, o que é de extrema importância para o trabalho
da Engenharia Civil.

O Ensaio de Sondagem Rotativa inicia-se com a Sondagem à Percussão


(SPT) até que se alcance a camada de rochas.
Depois, com o uso de sondas rotativas, continua-se o trabalho de
penetração para retirar amostras da rocha atravessada, podendo atingir
grandes profundidades.

Levadas para o laboratório, as amostras coletadas são analisadas e


classificadas conforme a petrografia geral por um geólogo especializado, que
leva em conta os parâmetros geotécnicos específicos para este trabalho, como
os graus de alteração, coerência, fraturamento, RQD, indicativo da qualidade
de maciços rochosos, classificação geológica e classificação de
descontinuidades.

3 CONCLUSÃO
Assim, conclui-se que os estudos geotécnicos são de extrema
importância para a futura implementação de estruturas no solo. Sendo este
estudo preliminar aplicado para prevenir inúmeras situações como, por
exemplo, prevenção de desabamentos, desmoronamentos, deslizamentos e
problemas estruturais em edificações. Representa, também, a otimização do
projeto, gerando menores gastos com as operações minerais, amenizando
riscos aos trabalhadores e prevenindo paralisações nas operações minerais.

Investir em estudos geotécnicos significa obter dados para o melhor


dimensionamento da cava e melhor aproveitamento econômico da mina. Por
isso, é importante a execução de sondagens geotécnicas, ensaios geotécnicos,
instrumentação e mapeamento geomecânico e estrutural.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10905: Solo –
Ensaios de Palheta. Rio de janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484: Solo -


Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio. Rio
de Janeiro, 1981.

CHIAVINI & SANTOS: Mineração e Meio Ambiente. A importância do Estudo


Geotécnico. Disponível em:< http://www.chiaviniesantos.com/noticia/a-
importancia-do-estudo-geotecnico/>. Acesso em 08 de mar de 2022.

DAMASCO PENNA. Vane tests (ensaio de palheta). Disponível em:<


https://damascopenna.com.br/vane/>. Acesso em 08 de mar de 2022.

GEOSITU EMPRESA DE SONDAGEM. O que é o Ensaio CPTU e CPT?.


Disponível em: <https://geositu.com.br/o-que-e-o-ensaio-cptu-e-cpt/>. Acesso
em 08 de mar de 2022.

GEOSITU EMPRESA DE SONDAGEM. O que é Sondagem Rotativa?.


Disponível em: <https://geositu.com.br/o-que-e-sondagem-rotativa/>. Acesso
em 08 de mar de 2022.

SOLO SONDAGEM. Ensaios Geotécnicos. Disponível em:<


https://www.solosondagem.com.br/ensaios-geotecnicos>. Acesso em 08 de
mar de 2022.

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