O documento estabelece procedimentos para projeto de poço tubular para captação de água subterrânea, definindo requisitos gerais e específicos, atividades necessárias para desenvolvimento do projeto, elementos que devem compor o projeto e medidas de proteção do poço.
O documento estabelece procedimentos para projeto de poço tubular para captação de água subterrânea, definindo requisitos gerais e específicos, atividades necessárias para desenvolvimento do projeto, elementos que devem compor o projeto e medidas de proteção do poço.
O documento estabelece procedimentos para projeto de poço tubular para captação de água subterrânea, definindo requisitos gerais e específicos, atividades necessárias para desenvolvimento do projeto, elementos que devem compor o projeto e medidas de proteção do poço.
captação de água subterrânea — Procedimento Referências Normativas • ABNT NBR 5590, Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou galvanizados – Requisitos • ABNT NBR 6925, Conexões de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação • ABNT NBR 6943, Conexões de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR NM ISO 7-1, para tubulações • ABNT NBR 12214, Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público – Procedimento • ABNT NBR 12215-1, Projeto de adutora de água – Parte 1: Conduto forçado • ABNT NBR 13604, Filtros e tubos de revestimento em PVC para poços tubulares profundos • DIN 2440, Steel tubes medium – Weight suitable for screwing • DIN 2442, Steel tubes heavy – Weight suitable for screwing Referências Normativas • DIN 4925-1, Filter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC, PVC-U) for drilled wells, with crossperforation and threaded connection for nominal sizes DN 40 to DN 100 • API 5A , Specifcation for casing, tubing, and drill pipe • API 5 Ax, Specifcation for high-strength, tubing, and drill pipe • API 5 Ac, Specifcation for restricted yield strength casing and tubing • API 5 B, Specifcation for threading, gagind, and thread inspection of casing, tubing, and line pipe threads • API 5 L, Specifcation for line pipe • ASTM A 53, Specifcation for pipe, steel, black and hot-dipped zinc- coated (galvanized) welded and seamless for ordinary uses Termos e definições • 3.1 água subterrânea uma fase do ciclo hidrológico em que a água em subsuperfície encontra-se na zona saturada, em um único ou em sistemas de reservatórios naturais – aquíferos – cuja capacidade e volume total dos poros ou interstícios das rochas estejam repletos de água com capacidade de suprir poços, rios e fontes Requisitos gerais para o desenvolvimento do projeto • Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto (recomenda-se o conhecimento): a) do volume a ser explotado em um determinado período; vazão de explotação volume de água extraído do poço que visa o seu melhor aproveitamento técnico e econômico, definido pela curva característica do poço (curva-vazão/rebaixamento) Obs: A vazão ótima de explotação fica situada no limite do regime laminar Requisitos gerais para o desenvolvimento do projeto • Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto (recomenda-se o conhecimento):
b) do levantamento planialtimétrico da área de
interesse, com a localização dos poços existentes; Requisitos gerais para o desenvolvimento do projeto • Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto (recomenda-se o conhecimento):
c) do potencial hidrogeológico da área, por meio:
Potencial hidrogeológico da área, por meio: 1) do levantamento dos dados geológicos; 2) do levantamento de dados de poços existentes com indicação de vazão, níveis d’agua e caracterização do(s) aquífero(s). Nos casos de surgência, definir solução técnica compatível; 3) dos mapas hidrogeológicos; 4) da identificação e determinação dos locais para a execução da(s) perfuração(ões); 5) da indicação da provável composição físico-química da água; 6) da caracterização das áreas de risco de contaminação, poluição, grau de vulnerabilidade dos aquíferos; Requisitos gerais para o desenvolvimento do projeto • Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto (recomenda-se o conhecimento):
d) da estimativa do número de poços a constituir
o sistema para viabilizar o atendimento ao descrito em 4.1.1 a). Elementos a considerar no desenvolvimento do projeto Estudos, planejamentos e projetos existentes correlacionados (desnível geométrico a ser vencido, potência e porte do equipamento a ser instalado, distância do poço ao ponto de lançamento da água); Estudo de disponibilidade de infraestrutura para viabilizar a utilização do poço (energia elétrica, adução, acesso à área do poço, urbanização da área do poço, segurança das instalações); Elementos a considerar no desenvolvimento do projeto Legislação relativa ao uso e ocupação do solo na área de recarga dos aquíferos; Condições mínimas de segurança e medicina do trabalho conforme legislação vigente; Legislações pertinentes vigentes; Critérios, procedimentos e diretrizes da contratante complementares a esta Norma Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens: a) definir o método de perfuração; b) locação topográfica do poço (coordenadas georreferenciadas e cotas); c) previsão da coluna estratigráfica a ser perfurada; Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens: d) previsão do(s) aquífero(s) a ser(em) explotado(s), tipo e geometria, e do nível piezométrico; e) previsão da capacidade específica e expectativa da vazão do poço; f) avaliação da composição físico-química da(s) água(s) do(s) aquífero(s); g) definição das profundidades estimadas do poço; Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens: h) previsão de execução de perfilagem geofísica, que compreende a perfilagem elétrica, radioativa, acústica e mecânica em formações sedimentares, contribuindo para a determinação de camadas produtivas e improdutivas, indicando o correto posicionamento das seções de filtros na coluna de revestimento, sendo:
Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto 1) perflagem elétrica - potencial espontâneo, resistividade, indução; 2) perflagem radioativa - raios gama, neutrônico, gama-gama; 3) perflagem acústica – sônico; 4) perflagem mecânica – caliper Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens: i) definição dos métodos de aferição da verticalidade e alinhamento do poço; j) recomendações de procedimentos para controle e monitoramento da explotação, para manter as condições projetadas para o poço e aquífero(s). Elementos que devem compor o projeto
Os seguintes elementos devem compor o projeto:
a) memorial descritivo e justificativo, contendo os estudos, levantamentos e cálculos realizados; b) peças gráficas do projeto, em escalas adequadas, que devem apresentar o seguinte: Peças gráficas do projeto — o desenho do poço e o perfil geológico; — planta planialtimétrica com a localização do(s) poço(s) com as informações levantadas, a locação do(s) poço(s) projetado(s), a indicação do ponto de lançamento da água captada; Elementos que devem compor o projeto
Os seguintes elementos devem compor o projeto:
c) relação e especificações técnicas dos tipos de materiais aplicados no revestimento com especificação dos diâmetros, espessuras de parede, conexões. Para os filtros, indicar o material, a abertura e a porcentagem de área aberta, e estabelecer a resistência que terá que suportar; Elementos que devem compor o projeto
Os seguintes elementos devem compor o projeto:
d) relação e especificação dos serviços de perfuração, de cimentações, do fluido de perfuração, da perfilagem geofísica, da aplicação da coluna de revestimento, da aplicação do pré- filtro, do desenvolvimento do poço, do teste de verticalidade e alinhamento, do teste de bombeamento, da desinfecção e da laje de proteção sanitária; Elementos que devem compor o projeto
Os seguintes elementos devem compor o projeto:
e) orçamento detalhado das obras, conforme etapas definidas à implantação. f) quando o projeto abranger o bombeamento e a adução, devem ser atendidas as ABNT NBR 12214 e ABNT NBR 12215, respectivamente. Requisitos específicos Vazão: O projeto de explotação do poço deve assegurar vazão contínua e constante sem prejuízo da qualidade e do volume da água. A vazão deve ser controlada e monitorada como parcela do recurso hídrico durante a vida útil do poço, pelo responsável pela captação, pela outorga, pelos recursos hídricos ou a quem for de responsabilidade. Proteção Perímetro de proteção do poço: Este perímetro deve ser definido considerando as características hidrogeológicas da região e particularidades locais, com o objetivo de proteger o aquífero. Deve ser emitido um laudo técnico fundamentado com as condições de proteção, quando necessário. Proteção Área de proteção do poço: A área de entorno do poço deve ser protegida com base em alvenaria e/ou concreto, tela, cerca ou outro dispositivo que impeça o acesso de pessoas não autorizadas, e com área mínima que permita acesso, operação, manutenção e/ou ampliação futura do poço. Proteção Selo sanitário ou proteção sanitária: Preencher do espaço anular entre a parede da perfuração e a coluna de revestimento com concreto, com espessura mínima de 75 mm, com a fnalidade de preservar a qualidade das águas subterrâneas e de as proteger contra contaminantes e infltrações de superfície. A profundidade mínima depende da geologia local, sendo recomendada no mínimo 20 m. OBS: No caso de presença de rochas cristalinas inalteradas em profundidade inferior à recomendada, dependendo das características do local, esta profundidade pode ser diminuída. Proteção Selo sanitário ou proteção sanitária: Para prevenir riscos de contaminação, o poço deve ser selado em toda a extensão necessária ao isolamento, utilizando mistura de água e cimento ou pellets de argila expansiva ou outra técnica que evite a percolação de águas superiores pela parede externa do revestimento. Proteção Selo sanitário ou proteção sanitária: O processo de selamento utilizado deve permitir o fechamento de espaço anular concêntrico ao revestimento. Para selamento previsto com cimento ou argamassa, devem ser indicados a densidade da pasta nos trechos a serem cimentados e o tempo de pega adequada para a instalação. Proteção Selamento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de revestimento com tubos: Deve ser realizado o isolamento por meio do preenchimento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de revestimento com tubos, com composto à base de cimento e/ou pellets de argila expansiva, ou outra técnica que evite a percolação de águas superiores pela parede externa do revestimento, quando necessário isolar um trecho da formação geológica perfurada. Perfuração O diâmetro e a profundidade da perfuração são determinados pela vazão de projeto, disponibilidade hídrica e geologia local. Para formação geológica em rocha sedimentar, o diâmetro da perfuração deve sempre levar em conta o diâmetro dos tubos e filtros a serem instalados, sendo recomendado um espaço anular mínimo de 75 mm, para possibilitar a livre descida da coluna de revestimento, aplicação do pré-filtro e um selamento seguro. Perfuração Para formação geológica em rocha cristalina, se faz necessário respeitar o diâmetro de perfuração somente na porção de cobertura e/ou de alteração destas rochas, conforme recomendado em 5.3.2, não havendo a necessidade de se executar o furo considerando o espaço anular do revestimento ao atingir rocha inalterada. A perfuração pode ser realizada em diâmetro de poço mínimo de 4” e máximo de 22”. Distância entre poços A distância entre poços deve ser baseada na hidrogeologia local, levando em conta o raio de influência dos poços, para evitar interferência entre eles. OBS: No caso de projetos de sistemas de poços, são recomendáveis o planejamento e o gerenciamento das interferências. Diâmetro nominal do poço O diâmetro nominal do poço é determinado pelo diâmetro interno do revestimento. Na definição do diâmetro devem ser consideradas as características do conjunto de bombeamento, dos cabos e das peças acessórias, e sua profundidade de instalação. É recomendado o diâmetro nominal mínimo de 150 mm, sendo tolerados, os diâmetros de 125 mm e 100 mm, em condições especiais, para poços de pequena vazão. Diâmetro nominal do poço OBS: É recomendado o diâmetro nominal mínimo que permita a utilização dos equipamentos de bombeamento disponíveis e possibilite o bombeamento da vazão de projeto.
O poço pode ter diversos diâmetros nominais
(poço telescópico). Extensão da zona de captação A extensão da zona de captação deve ser dimensionada para atender à vazão de projeto. Para um aproveitamento eficiente de aquíferos livres, é recomendável a penetração total do poço e a aplicação de filtros no terço inferior da formação aquífera. Para um aproveitamento eficiente de aquíferos confinados, é recomendável a penetração em toda a sua espessura, prevendo-se a colocação de filtros na máxima extensão, conforme o caso. Extensão da zona de captação Para um aproveitamento eficiente de aquíferos semiconfinados, devem ser aplicados os filtros apenas nos intervalos permoporosos, detectados pela descrição das amostras de calha, e é recomendável a realização da perfilagem geofísica. Completação do poço A completação do poço compreende as etapas de aplicação do revestimento, pré-filtro, desenvolvimento do poço e teste de bombeamento, abrangendo os requisitos dos itens a seguir indicados. Completação do poço Câmara de bombeamento: A câmara de bombeamento deve ter comprimento e diâmetro compatíveis com a vazão e o diâmetro da bomba a ser instalada, respeitando-se o espaço necessário para operação, manutenção e/ou içamento do conjunto motor-bomba e o espaço anular compatível para que se obtenha a velocidade de refrigeração mínima requerida pelo fabricante do conjunto motor-bomba. Completação do poço Revestimento: O revestimento deve ser especificado quanto à natureza, resistência mecânica, corrosão, estanqueidade das juntas, facilidade de manuseio na colocação, resistência às manobras de operação e manutenção do poço. OBS: Na execução do revestimento pode ser aplicado o método do revestimento simultâneo (overburden). Completação do poço Em poços parcialmente revestidos, o revestimento deve avançar o suficiente para permitir a estanqueidade na transição da formação inconsolidada para a consolidada. Devem ser aplicados centralizadores a intervalos regulares, de modo a permitir a centralização entre o diâmetro perfurado (parede do poço) e o revestimento. Completação do poço O tubo de revestimento deve ser especificado conforme as ABNT NBR 5590, ABNT NBR 6925, ABNT NBR 6943, ABNT NBR 13604, DIN 2440, DIN 2442, DIN 4925, API 5 A, API 5Ax, API 5 Ac, API 5B, API 5 L e ASTM A 53. Completação do poço Filtro: Poço cujo intervalo produtivo a ser aproveitado esteja em aquífero(s) inconsolidado(s) e/ou desmoronante(s) deve ser provido de filtros. Poço cujo trecho do intervalo produtivo em rocha consolidada possua estritamente instabilidade estrutural deve ser provido de filtros Completação do poço Em aquíferos múltiplos, com características hidráulicas confinantes e livres, deve-se adotar a melhor disposição dos filtros, visando a garantir a individualidade dos aquíferos e a eficiência hidráulica da captação. O diâmetro interno dos filtros deve ser compatível com os tubos lisos, com o diâmetro da bomba e com os implementos de explotação da água. Completação do poço O comprimento das seções de filtros deve ser estabelecido após o conhecimento das características dos aquíferos seccionados (espessura das camadas saturadas, pressões e produtividade desejada) e dos próprios filtros, sendo calculado conforme a equação a seguir: Completação do poço
L - comprimento do filtro, expresso em metros (m);
Q - vazão a ser extraída, expressa em metros cúbicos por segundo (m3/s); Ao é a área aberta total, resultante da relação entre o somatório das áreas individuais das ranhuras e a área da superfície total do filtro. Característica do tipo de filtro utilizado. É expressa em porcentagem (%); D - diâmetro do filtro, expresso em metros (m); V - velocidade de entrada da água, expressa em metros por segundo (m/s) Completação do poço O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve ser feito com base nas granulometrias do aquífero e do pré- filtro. As aberturas dos filtros devem reter o mínimo de 85 % do material do pré-filtro, com granulometria selecionada pela curva granulométrica do aquífero. No caso de instalação dos filtros sem pré-filtro, as aberturas devem reter de 30 % a 40 % de massa da formação geológica, para coeficiente de uniformidade maior que 6,0, e de 40 % a 50 %, para coeficiente menor que 6,0. Completação do poço O filtro deve ser especificado contendo no mínimo as informações referentes ao tipo de material, resistência mecânica, diâmetros internos e externos, tipo e dimensões da abertura e área útil percentual. Os filtros devem apresentar robustez mecânica suficiente para resistir aos esforços externos de tração e de compressão diametral de acordo com a profundidade de instalação. A escolha dos filtros deve levar em consideração a ação corrosiva ou incrustante da água subterrânea. Os parâmetros constantes na Tabela 1 são indicadores usuais da ação corrosiva ou incrustante. Completação do poço Completação do poço Pré-filtro: A instalação dos filtros deve ser complementada com pré-filtro. O espaço anular mínimo entre a perfuração e a coluna de revestimento, para aplicação de pré- filtro, deve ser de 75 mm. Completação do poço O material a ser utilizado como pré-filtro deve ter constituição mineralógica quartzosa, com grãos subarredondados a arredondados, e com as seguintes características: a) granulometria tal que 70 %, em massa, sejam retidos em peneira de abertura compreendida entre quatro e seis vezes a que reteria igual porcentagem da amostra friável; b) b) coeficiente de uniformidade inferior a 2,5; c) c) estabilidade física e química em água; d) d) grau de limpeza e desinfecção adequada à higiene do poço. Completação do poço O perfil granulométrico do pré-filtro deve assegurar valores de turbidez dentro dos padrões sanitários. O conjunto filtro e pré-filtro deve reter no mínimo 90 %, em massa, da formação geológica. Completação do poço Desenvolvimento do poço: O desenvolvimento deve ser realizado para se obter uma melhor eficiência hidráulica do poço. Deve possibilitar a remoção do reboco e do material mais fino da formação aquífera em seu entorno, recuperar a porosidade e permeabilidade do aquífero, permitir captar água isenta deste material. Completação do poço Os métodos de desenvolvimento utilizados em poços totalmente revestidos a serem aplicados são: a) métodos hidráulicos – super bombeamento, jateamento, bombeamento com ar comprimido, lavagem e retrolavagem; b) métodos mecânicos – pistoneamento, pistoneamento associado ao ar comprimido; c) outros métodos – produtos químicos, fraturamento hidráulico, gelo seco. Completação do poço Ensaio de vazão: Após a conclusão do poço, deve ser realizado ensaio de vazão, com a utilização, quando possível, de poços de observação para a determinação das características hidrodinâmicas do aquífero. Em sistemas de poços, devem ser realizados ensaios de vazão, com a utilização, quando possível, de poços de observação para a determinação das características hidrodinâmicas do aquífero. Completação do poço Para a determinação da vazão de explotação e dos parâmetros hidráulicos em poço único, o ensaio de vazão deve ter duração mínima de 24 h, com vazão constante, seguido de medidas de recuperação do nível. O tempo de medição da recuperação deve ser o suficiente para que esta atinja no mínimo 80 % do rebaixamento medido. Para poços com vazões superiores a 20 000 L/h, pode ser executado ensaio de vazão escalonado, que visa a medir as perdas de carga e vazão explotável. Completação do poço A vazão de explotação do poço e o correspondente nível dinâmico são fixados em função de análise dos ensaios de bombeamento. Para sistema de poços, os ensaios de vazão devem considerar e quantificar a interferência entre eles. Em aquíferos confinados, é recomendável que a profundidade do nível dinâmico não seja inferior à cota superior do aquífero Completação do poço Laje sanitária: Deve ser prevista a construção de uma laje de proteção, em concreto armado, com cobertura mínima de 1,5 × 1,5 m, espessura mínima de 10 cm, com declividade para as bordas. Completação do poço Tampa de poço: Tampa cega a ser instalada após a finalização do poço, para proteger de contaminações superficiais, impedindo o acesso de animais, líquidos e outras substâncias que possam alterar as qualidades originais da água. Tampa para poço tubular a ser instalada para permitir o acesso para controle, manutenção e monitoramento do poço, protegendo suas instalações internas. Completação do poço Instalação do conjunto de bombeamento: O conjunto de bombeamento, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia elétrica, pode ser um tipos a seguir indicados: a) bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada à tubulação de recalque (edução); b) b) air-lift: tubulações de edução de água e, de ar e injetor, acoplados à unidade de ar comprimido – compressor; c) c) sistema de êmbolos ou pistão, acoplados ao moinho, ou a outras máquinas acionadas em superfície. Completação do poço A escolha do conjunto de bombeamento deve atender à ABNT NBR 12214 e ser definida em função dos seguintes fatores: a) condições de explotação: vazão e nível dinâmico; b) diâmetro interno e profundidade da câmara de bombeamento; c) temperatura da água; d) características físico-químicas da água; e) características da energia elétrica disponível; f) altura manométrica total. Disposições Finais O poço concluído deve ser mantido com tampa e lacrado até a instalação do equipamento de bombeamento. Emissão de relatório conclusivo sobre a potencialidade hidrogeológica do poço e da viabilidade de atendimento a 4.1.1 a). Quando do abandono de um poço, este deve ser tamponado e lacrado conforme legislação vigente ou procedimentos estabelecidos. Disposições Finais Apresentar as análises físico-química e bacteriológica. Instalar o barrilete e o registro nos poços surgentes para impedir o desperdício de água. O nível zero de referência (0 m) adotado nas medições de nível estático, dinâmico, perfurações, revestimentos e perfilagens deve ser indicado em relação a que estrutura está referenciado.