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NBR 12144/2017

Projeto de poço tubular para


captação de água subterrânea —
Procedimento
Referências Normativas
• ABNT NBR 5590, Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal,
pretos ou galvanizados – Requisitos
• ABNT NBR 6925, Conexões de ferro fundido maleável classes 150 e 300,
com rosca NPT para tubulação
• ABNT NBR 6943, Conexões de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR
NM ISO 7-1, para tubulações
• ABNT NBR 12214, Projeto de sistema de bombeamento de água para
abastecimento público – Procedimento
• ABNT NBR 12215-1, Projeto de adutora de água – Parte 1: Conduto forçado
• ABNT NBR 13604, Filtros e tubos de revestimento em PVC para poços
tubulares profundos
• DIN 2440, Steel tubes medium – Weight suitable for screwing
• DIN 2442, Steel tubes heavy – Weight suitable for screwing
Referências Normativas
• DIN 4925-1, Filter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC,
PVC-U) for drilled wells, with crossperforation and threaded
connection for nominal sizes DN 40 to DN 100
• API 5A , Specifcation for casing, tubing, and drill pipe
• API 5 Ax, Specifcation for high-strength, tubing, and drill pipe
• API 5 Ac, Specifcation for restricted yield strength casing and tubing
• API 5 B, Specifcation for threading, gagind, and thread inspection of
casing, tubing, and line pipe threads
• API 5 L, Specifcation for line pipe
• ASTM A 53, Specifcation for pipe, steel, black and hot-dipped zinc-
coated (galvanized) welded and seamless for ordinary uses
Termos e definições
• 3.1 água subterrânea
uma fase do ciclo hidrológico em que a água em
subsuperfície encontra-se na zona saturada, em
um único ou em sistemas de reservatórios
naturais – aquíferos – cuja capacidade e volume
total dos poros ou interstícios das rochas
estejam repletos de água com capacidade de
suprir poços, rios e fontes
Requisitos gerais para o desenvolvimento
do projeto
• Elementos necessários para o desenvolvimento
do projeto (recomenda-se o conhecimento):
a) do volume a ser explotado em um
determinado período;  
vazão de explotação
volume de água extraído do poço que visa o seu
melhor aproveitamento técnico e econômico,
definido pela curva característica do poço
(curva-vazão/rebaixamento)
Obs: A vazão ótima de explotação fica situada no
limite do regime laminar
Requisitos gerais para o desenvolvimento
do projeto
• Elementos necessários para o desenvolvimento
do projeto (recomenda-se o conhecimento):

b) do levantamento planialtimétrico da área de


interesse, com a localização dos poços existentes;
Requisitos gerais para o desenvolvimento
do projeto
• Elementos necessários para o desenvolvimento
do projeto (recomenda-se o conhecimento):

c) do potencial hidrogeológico da área, por meio:


Potencial hidrogeológico da área, por meio:
1) do levantamento dos dados geológicos;  
2) do levantamento de dados de poços existentes com indicação
de vazão, níveis d’agua e caracterização do(s) aquífero(s). Nos
casos de surgência, definir solução técnica compatível;  
3) dos mapas hidrogeológicos;  
4) da identificação e determinação dos locais para a execução
da(s) perfuração(ões);  
5) da indicação da provável composição físico-química da água;  
6) da caracterização das áreas de risco de contaminação,
poluição, grau de vulnerabilidade dos aquíferos;
Requisitos gerais para o desenvolvimento
do projeto
• Elementos necessários para o desenvolvimento
do projeto (recomenda-se o conhecimento):

 d) da estimativa do número de poços a constituir


o sistema para viabilizar o atendimento ao
descrito em 4.1.1 a).
Elementos a considerar no desenvolvimento
do projeto
Estudos, planejamentos e projetos existentes
correlacionados (desnível geométrico a ser
vencido, potência e porte do equipamento a ser
instalado, distância do poço ao ponto de
lançamento da água);  
Estudo de disponibilidade de infraestrutura para
viabilizar a utilização do poço (energia elétrica,
adução, acesso à área do poço, urbanização da
área do poço, segurança das instalações);
Elementos a considerar no desenvolvimento
do projeto
Legislação relativa ao uso e ocupação do solo na
área de recarga dos aquíferos;  
Condições mínimas de segurança e medicina do
trabalho conforme legislação vigente;
Legislações pertinentes vigentes;  
Critérios, procedimentos e diretrizes da
contratante complementares a esta Norma
Atividades necessárias ao desenvolvimento
do projeto
O projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea deve compreender os seguintes
itens:
a) definir o método de perfuração;  
b) locação topográfica do poço (coordenadas
georreferenciadas e cotas);  
c) previsão da coluna estratigráfica a ser
perfurada;
Atividades necessárias ao desenvolvimento
do projeto
O projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea deve compreender os seguintes itens:
 d) previsão do(s) aquífero(s) a ser(em) explotado(s),
tipo e geometria, e do nível piezométrico;  
e) previsão da capacidade específica e expectativa da
vazão do poço;  
f) avaliação da composição físico-química da(s)
água(s) do(s) aquífero(s);
g) definição das profundidades estimadas do poço;
Atividades necessárias ao desenvolvimento
do projeto
O projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea deve compreender os seguintes itens:
h) previsão de execução de perfilagem geofísica, que
compreende a perfilagem elétrica, radioativa, acústica e
mecânica em formações sedimentares, contribuindo
para a determinação de camadas produtivas e
improdutivas, indicando o correto posicionamento das
seções de filtros na coluna de revestimento, sendo:

Atividades necessárias ao desenvolvimento
do projeto
1) perflagem elétrica - potencial espontâneo,
resistividade, indução;  
2) perflagem radioativa - raios gama, neutrônico,
gama-gama;  
3) perflagem acústica – sônico;  
4) perflagem mecânica – caliper 
Atividades necessárias ao desenvolvimento
do projeto
O projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea deve compreender os seguintes itens:
 i) definição dos métodos de aferição da
verticalidade e alinhamento do poço;
 j) recomendações de procedimentos para controle
e monitoramento da explotação, para manter as
condições projetadas para o poço e aquífero(s).
Elementos que devem compor o projeto

Os seguintes elementos devem compor o projeto:


 a) memorial descritivo e justificativo, contendo os
estudos, levantamentos e cálculos realizados;  
b) peças gráficas do projeto, em escalas
adequadas, que devem apresentar o seguinte:
Peças gráficas do projeto
— o desenho do poço e o perfil geológico;
— planta planialtimétrica com a localização do(s)
poço(s) com as informações levantadas, a locação
do(s) poço(s) projetado(s), a indicação do ponto
de lançamento da água captada;
Elementos que devem compor o projeto

Os seguintes elementos devem compor o projeto:


c) relação e especificações técnicas dos tipos de
materiais aplicados no revestimento com
especificação dos diâmetros, espessuras de
parede, conexões. Para os filtros, indicar o
material, a abertura e a porcentagem de área
aberta, e estabelecer a resistência que terá que
suportar;
Elementos que devem compor o projeto

Os seguintes elementos devem compor o projeto:


d) relação e especificação dos serviços de
perfuração, de cimentações, do fluido de
perfuração, da perfilagem geofísica, da aplicação
da coluna de revestimento, da aplicação do pré-
filtro, do desenvolvimento do poço, do teste de
verticalidade e alinhamento, do teste de
bombeamento, da desinfecção e da laje de
proteção sanitária;
Elementos que devem compor o projeto

Os seguintes elementos devem compor o projeto:


e) orçamento detalhado das obras, conforme
etapas definidas à implantação.  
f) quando o projeto abranger o bombeamento e a
adução, devem ser atendidas as ABNT NBR 12214
e ABNT NBR 12215, respectivamente.
Requisitos específicos
Vazão: O projeto de explotação do poço deve
assegurar vazão contínua e constante sem
prejuízo da qualidade e do volume da água.
A vazão deve ser controlada e monitorada como
parcela do recurso hídrico durante a vida útil do
poço, pelo responsável pela captação, pela
outorga, pelos recursos hídricos ou a quem for de
responsabilidade.
Proteção
Perímetro de proteção do poço: Este perímetro
deve ser definido considerando as características
hidrogeológicas da região e particularidades
locais, com o objetivo de proteger o aquífero.
Deve ser emitido um laudo técnico fundamentado
com as condições de proteção, quando
necessário.
Proteção
Área de proteção do poço: A área de entorno do
poço deve ser protegida com base em alvenaria
e/ou concreto, tela, cerca ou outro dispositivo que
impeça o acesso de pessoas não autorizadas, e
com área mínima que permita acesso, operação,
manutenção e/ou ampliação futura do poço.
Proteção
Selo sanitário ou proteção sanitária: Preencher do espaço
anular entre a parede da perfuração e a coluna de
revestimento com concreto, com espessura mínima de 75
mm, com a fnalidade de preservar a qualidade das águas
subterrâneas e de as proteger contra contaminantes e
infltrações de superfície. A profundidade mínima depende da
geologia local, sendo recomendada no mínimo 20 m.
OBS: No caso de presença de rochas cristalinas inalteradas em
profundidade inferior à recomendada, dependendo das
características do local, esta profundidade pode ser
diminuída.
Proteção
Selo sanitário ou proteção sanitária: Para
prevenir riscos de contaminação, o poço deve ser
selado em toda a extensão necessária ao
isolamento, utilizando mistura de água e cimento
ou pellets de argila expansiva ou outra técnica que
evite a percolação de águas superiores pela
parede externa do revestimento.
Proteção
Selo sanitário ou proteção sanitária: O processo
de selamento utilizado deve permitir o
fechamento de espaço anular concêntrico ao
revestimento.
Para selamento previsto com cimento ou
argamassa, devem ser indicados a densidade da
pasta nos trechos a serem cimentados e o tempo
de pega adequada para a instalação.
Proteção
Selamento do espaço anular entre a perfuração e a
coluna de revestimento com tubos: Deve ser realizado
o isolamento por meio do preenchimento do espaço
anular entre a perfuração e a coluna de revestimento
com tubos, com composto à base de cimento e/ou
pellets de argila expansiva, ou outra técnica que evite
a percolação de águas superiores pela parede externa
do revestimento, quando necessário isolar um trecho
da formação geológica perfurada.
Perfuração
O diâmetro e a profundidade da perfuração são
determinados pela vazão de projeto, disponibilidade
hídrica e geologia local.
Para formação geológica em rocha sedimentar, o
diâmetro da perfuração deve sempre levar em conta o
diâmetro dos tubos e filtros a serem instalados, sendo
recomendado um espaço anular mínimo de 75 mm,
para possibilitar a livre descida da coluna de
revestimento, aplicação do pré-filtro e um selamento
seguro.
Perfuração
Para formação geológica em rocha cristalina, se
faz necessário respeitar o diâmetro de perfuração
somente na porção de cobertura e/ou de
alteração destas rochas, conforme recomendado
em 5.3.2, não havendo a necessidade de se
executar o furo considerando o espaço anular do
revestimento ao atingir rocha inalterada. A
perfuração pode ser realizada em diâmetro de
poço mínimo de 4” e máximo de 22”.
Distância entre poços
A distância entre poços deve ser baseada na
hidrogeologia local, levando em conta o raio de
influência dos poços, para evitar interferência
entre eles.
OBS: No caso de projetos de sistemas de poços,
são recomendáveis o planejamento e o
gerenciamento das interferências.
Diâmetro nominal do poço
O diâmetro nominal do poço é determinado pelo
diâmetro interno do revestimento.
Na definição do diâmetro devem ser consideradas as
características do conjunto de bombeamento, dos cabos
e das peças acessórias, e sua profundidade de
instalação.
É recomendado o diâmetro nominal mínimo de 150 mm,
sendo tolerados, os diâmetros de 125 mm e 100 mm,
em condições especiais, para poços de pequena vazão.
Diâmetro nominal do poço
OBS: É recomendado o diâmetro nominal mínimo
que permita a utilização dos equipamentos de
bombeamento disponíveis e possibilite o
bombeamento da vazão de projeto.

O poço pode ter diversos diâmetros nominais


(poço telescópico).
Extensão da zona de captação
A extensão da zona de captação deve ser dimensionada
para atender à vazão de projeto.
Para um aproveitamento eficiente de aquíferos livres, é
recomendável a penetração total do poço e a aplicação
de filtros no terço inferior da formação aquífera.
Para um aproveitamento eficiente de aquíferos
confinados, é recomendável a penetração em toda a
sua espessura, prevendo-se a colocação de filtros na
máxima extensão, conforme o caso.
Extensão da zona de captação
Para um aproveitamento eficiente de aquíferos
semiconfinados, devem ser aplicados os filtros
apenas nos intervalos permoporosos, detectados
pela descrição das amostras de calha, e é
recomendável a realização da perfilagem
geofísica.
Completação do poço
A completação do poço compreende as etapas de
aplicação do revestimento, pré-filtro,
desenvolvimento do poço e teste de
bombeamento, abrangendo os requisitos dos
itens a seguir indicados.
Completação do poço
Câmara de bombeamento: A câmara de
bombeamento deve ter comprimento e diâmetro
compatíveis com a vazão e o diâmetro da bomba
a ser instalada, respeitando-se o espaço
necessário para operação, manutenção e/ou
içamento do conjunto motor-bomba e o espaço
anular compatível para que se obtenha a
velocidade de refrigeração mínima requerida pelo
fabricante do conjunto motor-bomba.
Completação do poço
Revestimento: O revestimento deve ser
especificado quanto à natureza, resistência
mecânica, corrosão, estanqueidade das juntas,
facilidade de manuseio na colocação, resistência
às manobras de operação e manutenção do poço.
OBS: Na execução do revestimento pode ser
aplicado o método do revestimento simultâneo
(overburden).
Completação do poço
Em poços parcialmente revestidos, o revestimento
deve avançar o suficiente para permitir a
estanqueidade na transição da formação
inconsolidada para a consolidada.
Devem ser aplicados centralizadores a intervalos
regulares, de modo a permitir a centralização
entre o diâmetro perfurado (parede do poço) e o
revestimento.
Completação do poço
O tubo de revestimento deve ser especificado
conforme as ABNT NBR 5590, ABNT NBR 6925,
ABNT NBR 6943, ABNT NBR 13604, DIN 2440, DIN
2442, DIN 4925, API 5 A, API 5Ax, API 5 Ac, API 5B,
API 5 L e ASTM A 53.
Completação do poço
Filtro: Poço cujo intervalo produtivo a ser
aproveitado esteja em aquífero(s)
inconsolidado(s) e/ou desmoronante(s) deve ser
provido de filtros.
Poço cujo trecho do intervalo produtivo em rocha
consolidada possua estritamente instabilidade
estrutural deve ser provido de filtros
Completação do poço
Em aquíferos múltiplos, com características
hidráulicas confinantes e livres, deve-se adotar a
melhor disposição dos filtros, visando a garantir a
individualidade dos aquíferos e a eficiência
hidráulica da captação.
O diâmetro interno dos filtros deve ser compatível
com os tubos lisos, com o diâmetro da bomba e
com os implementos de explotação da água.
Completação do poço
O comprimento das seções de filtros deve ser
estabelecido após o conhecimento das
características dos aquíferos seccionados
(espessura das camadas saturadas, pressões e
produtividade desejada) e dos próprios filtros,
sendo calculado conforme a equação a seguir:
Completação do poço

L - comprimento do filtro, expresso em metros (m);


Q - vazão a ser extraída, expressa em metros cúbicos por segundo
(m3/s); Ao é a área aberta total, resultante da relação entre o
somatório das áreas individuais das ranhuras e a área da
superfície total do filtro. Característica do tipo de filtro utilizado. É
expressa em porcentagem (%);
D - diâmetro do filtro, expresso em metros (m);
V - velocidade de entrada da água, expressa em metros por
segundo (m/s)
Completação do poço
O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve
ser feito com base nas granulometrias do aquífero e do pré-
filtro.
As aberturas dos filtros devem reter o mínimo de 85 % do
material do pré-filtro, com granulometria selecionada pela
curva granulométrica do aquífero.
No caso de instalação dos filtros sem pré-filtro, as aberturas
devem reter de 30 % a 40 % de massa da formação
geológica, para coeficiente de uniformidade maior que 6,0,
e de 40 % a 50 %, para coeficiente menor que 6,0.
Completação do poço
O filtro deve ser especificado contendo no mínimo as
informações referentes ao tipo de material, resistência mecânica,
diâmetros internos e externos, tipo e dimensões da abertura e
área útil percentual.
Os filtros devem apresentar robustez mecânica suficiente para
resistir aos esforços externos de tração e de compressão
diametral de acordo com a profundidade de instalação.
A escolha dos filtros deve levar em consideração a ação corrosiva
ou incrustante da água subterrânea.
Os parâmetros constantes na Tabela 1 são indicadores usuais da
ação corrosiva ou incrustante.
Completação do poço
Completação do poço
Pré-filtro: A instalação dos filtros deve ser
complementada com pré-filtro.
O espaço anular mínimo entre a perfuração e a
coluna de revestimento, para aplicação de pré-
filtro, deve ser de 75 mm.
Completação do poço
O material a ser utilizado como pré-filtro deve ter constituição
mineralógica quartzosa, com grãos subarredondados a
arredondados, e com as seguintes características:  
a) granulometria tal que 70 %, em massa, sejam retidos em
peneira de abertura compreendida entre quatro e seis
vezes a que reteria igual porcentagem da amostra friável;  
b) b) coeficiente de uniformidade inferior a 2,5;  
c) c) estabilidade física e química em água;  
d) d) grau de limpeza e desinfecção adequada à higiene do
poço.
Completação do poço
O perfil granulométrico do pré-filtro deve
assegurar valores de turbidez dentro dos padrões
sanitários.
O conjunto filtro e pré-filtro deve reter no mínimo
90 %, em massa, da formação geológica.
Completação do poço
Desenvolvimento do poço: O desenvolvimento
deve ser realizado para se obter uma melhor
eficiência hidráulica do poço. Deve possibilitar a
remoção do reboco e do material mais fino da
formação aquífera em seu entorno, recuperar a
porosidade e permeabilidade do aquífero,
permitir captar água isenta deste material.
Completação do poço
Os métodos de desenvolvimento utilizados em poços
totalmente revestidos a serem aplicados são:
a) métodos hidráulicos – super bombeamento,
jateamento, bombeamento com ar comprimido,
lavagem e retrolavagem;  
b) métodos mecânicos – pistoneamento,
pistoneamento associado ao ar comprimido;  
c) outros métodos – produtos químicos,
fraturamento hidráulico, gelo seco.
Completação do poço
Ensaio de vazão: Após a conclusão do poço, deve
ser realizado ensaio de vazão, com a utilização,
quando possível, de poços de observação para a
determinação das características hidrodinâmicas do
aquífero.
Em sistemas de poços, devem ser realizados
ensaios de vazão, com a utilização, quando possível,
de poços de observação para a determinação das
características hidrodinâmicas do aquífero.
Completação do poço
Para a determinação da vazão de explotação e dos
parâmetros hidráulicos em poço único, o ensaio de
vazão deve ter duração mínima de 24 h, com vazão
constante, seguido de medidas de recuperação do nível.
O tempo de medição da recuperação deve ser o
suficiente para que esta atinja no mínimo 80 % do
rebaixamento medido.
Para poços com vazões superiores a 20 000 L/h, pode
ser executado ensaio de vazão escalonado, que visa a
medir as perdas de carga e vazão explotável.
Completação do poço
A vazão de explotação do poço e o
correspondente nível dinâmico são fixados em
função de análise dos ensaios de bombeamento.
Para sistema de poços, os ensaios de vazão devem
considerar e quantificar a interferência entre eles.
Em aquíferos confinados, é recomendável que a
profundidade do nível dinâmico não seja inferior à
cota superior do aquífero
Completação do poço
Laje sanitária: Deve ser prevista a construção de
uma laje de proteção, em concreto armado, com
cobertura mínima de 1,5 × 1,5 m, espessura
mínima de 10 cm, com declividade para as bordas.
Completação do poço
Tampa de poço: Tampa cega a ser instalada após a
finalização do poço, para proteger de
contaminações superficiais, impedindo o acesso
de animais, líquidos e outras substâncias que
possam alterar as qualidades originais da água.
Tampa para poço tubular a ser instalada para
permitir o acesso para controle, manutenção e
monitoramento do poço, protegendo suas
instalações internas.
Completação do poço
Instalação do conjunto de bombeamento: O conjunto de
bombeamento, de acordo com a necessidade e a
disponibilidade de energia elétrica, pode ser um tipos a
seguir indicados:  
a) bomba submersa ou de superfície acionada por energia
elétrica, acoplada à tubulação de recalque (edução);  
b) b) air-lift: tubulações de edução de água e, de ar e injetor,
acoplados à unidade de ar comprimido – compressor;  
c) c) sistema de êmbolos ou pistão, acoplados ao moinho,
ou a outras máquinas acionadas em superfície.
Completação do poço
A escolha do conjunto de bombeamento deve atender à
ABNT NBR 12214 e ser definida em função dos seguintes
fatores:  
a) condições de explotação: vazão e nível dinâmico;
b) diâmetro interno e profundidade da câmara de
bombeamento;
c) temperatura da água;
d)  características físico-químicas da água;
e) características da energia elétrica disponível;
f)  altura manométrica total.
Disposições Finais
O poço concluído deve ser mantido com tampa e
lacrado até a instalação do equipamento de
bombeamento.
Emissão de relatório conclusivo sobre a
potencialidade hidrogeológica do poço e da
viabilidade de atendimento a 4.1.1 a).
Quando do abandono de um poço, este deve ser
tamponado e lacrado conforme legislação vigente
ou procedimentos estabelecidos.
Disposições Finais
Apresentar as análises físico-química e
bacteriológica.
Instalar o barrilete e o registro nos poços
surgentes para impedir o desperdício de água.
O nível zero de referência (0 m) adotado nas
medições de nível estático, dinâmico, perfurações,
revestimentos e perfilagens deve ser indicado em
relação a que estrutura está referenciado.

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