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Trabalho Prático 1 – Portos

Objetivo: Desenvolver um anteprojeto de uma obra portuária para uma localidade da costa brasileira.

Dados fornecidos:

• Cópia da carta náutica da região sob estudo;


• Informações a respeito do Navio de projeto (Navio Tipo);
• Informações sobre a intensidade e rumos de ondas;
• Informações sobre o efeito da maré meteorológica;
• Informações a respeito do transporte de sedimentos local.

Etapas detalhadas do Projeto de Portos:

• Descrição da topobatimetria da região: texto corrido descrevendo as feições topográficas da carta e


também as estruturas antrópicas que possam direcionar a escolha do local para o porto (nesta
descrição deve-se incluir as informações constantes na carta a respeito das marés astronômicas);
• Escolha justificada do local do porto e da(s) obras de abrigo / acesso adotadas para o terminal;
• Memorial de cálculo das dimensões das principais estruturas do arranjo portuário a saber:
o Profundidade no berço;
o Profundidade na bacia de evolução;
o Profundidade no canal de acesso interno (abrigado de ondas → na zona de sombra da obra
de abrigo);
o Profundidade no canal de acesso externo (sujeito ao ataque direto das ondas);
o Dimensões em planta do píer/ cais (berço de atracação);
o Dimensões em planta da bacia de berço (justificando o uso ou não de rebocadores);
o Diâmetro da bacia de evolução;
o Largura dos trechos retos de canal de acesso interno;
o Largura dos trechos retos do canal de acesso externo;
o Raio mínimo de curvatura.
• Locação na carta das estruturas de arranjo portuário em escala;
• Dimensionamento em planta do comprimento da obra de abrigo para abrigar a bacia de berço para
a onda crítica (Hs de projeto com o rumo mais desfavorável);
• Traçar o eixo do canal de acesso buscando:
o Passar a uma distância segura do molhe;
o Direcionar o canal para águas profundas o mais diretamente possível;
o Respeitar o raio mínimo de curvatura;
o Finalizar o trecho balizado do canal quando a profundidade natural for superior à calculada
para o canal de acesso externo em 2 metros.
• Traçar os limites do canal de acesso em escala considerando as transições entre canal interno e
externo e trechos retilíneos e curvos do canal, além da sobrelargura nas curvas;
• Calcular o volume de dragagem seguindo o roteiro fornecido;
• Dimensionar a seção transversal do cabeço da obra de abrigo seguindo o roteiro fornecido;
• Comentar os possíveis impactos oriundos da implantação do porto (ambientais e sociais) e as
possíveis ações para mitiga-los.
Documentação a ser entregue:

• Cópia da carta náutica contendo:


o Localização das obras de abrigo / acesso;
o Localização do berço de atração, bacia de berço e bacia de evolução;
o Eixo e limites externos do canal de acesso considerando as sobrelarguras necessárias nos
trechos curvos.
• Memorial descritivo do anteprojeto contendo:
o Descrição e caracterização da topo-batimetria da região, contemplando: canais, bancos de
areia, formações rochosas, acesso a modais de transporte e tudo mais que puder influenciar
na escolha do local do porto;
o Indicação dos níveis máximos e mínimos de maré, incluindo efeito meteorológico;
o Análise da exposição da localidade às ondas reinantes;
o Análise do transporte de sedimentos longitudinal;
o Definição (justificada) do local da obra e das estruturas que compõe o arranjo geral do porto
(berço, bacia de berço, bacia de evolução e canal de acesso) e das obras de abrigo / acesso
(quebra-mares, molhes, espigões ou molhes guia-corrente);
o Considerações sobre o impacto na linha de costa e medidas mitigatórias.
• Memorial de Cálculo do anteprojeto contendo:
o Dimensionamento planimétrico do berço de atracação;
o Dimensionamento planialtimétrico da bacia de berço, da bacia de evolução e do canal de
acesso;
o Dimensionamento planimétrico das obras de abrigo / acesso;
o Dimensionamento da seção do cabeço das obras de abrigo / acesso incluindo desenho em
corte da seção transversal do mesmo, e estimativa do volume de enrocamento necessário
para a execução da obra.
o Estimativa do volume de dragagem necessário para a implantação do canal de acesso
calculado a partir do traçado de um perfil longitudinal do canal, bem como seções
transversais.

Descrição e dados do local:

ENSEADA DA PINHEIRA (SC)

• Carta náutica: 1904


• Escala da planta: 1:49.918
• Maré meteorológica: + 0,5 m
• Onda de projeto:
• H = 6,0 m, Tz = 8 s e RUMO (°NV): 67°30’ a 157°30’;
• Transporte litorâneo:
• - 110.000 m3/ano
• + 100.000 m3/ano
• Resultante: - 10.000 m3/ano
• Global: 210.000 m3/ano

• Embarcação tipo
• Cabotagem de carga geral
• Deslocamento de 2500 tpb
• Deslocamento total de 4000 t
• Comprimento total (L): 85 m
• Boca (B): 13,0 m
• Calado (T): 5,0 m

Dados para o dimensionamento planialtimétrico da bacia de evolução e canal de acesso e obra de abrigo

• Canal de mão única;


• Squat = 0,2m.;
• Efeito de onda (para canal externo) = 0,6m.;
• Tolerância e incertezas de dragagem = 0,6m.;
• Taludes de acomodação do canal de acesso, quando for necessária a dragagem para a implantação:
1:3 para canal interno e 1:6 para canal externo;
• Máxima relação econômica e tecnicamente viável de dragagem: hdragado/hnatural = 1,5;
• Se possível, evitar o uso de rebocadores nas manobras de atracação e desatracação;
• Altura significativa de onda limite para a operação portuária = 0,5m;
• Considerar profundidade do canal h <1,25T (canal externo) ou 1,15T (canal interno) e verificar
quando o talvegue do canal estiver traçado.

Dados para dimensionamento da Largura do Canal de Acesso


(pag. 307 a 317 do livro 1ª Edição ou pag. 332 a 343 do livro 2ª Edição)

• Manobrabilidade: Moderada;
• Velocidade: Lenta;
• Vento: Moderado;
• Corrente transversal: Fraca;
• Corrente longitudinal: Fraca
• Periculosidade da carga: Baixa;
• Densidade de tráfego: Leve;
• Largura adicional devido à folga com a margem: Considerar, em princípio, laterais taludadas e com
bancos de areia, exceto se o canal passar muito próximo a afloramentos rochosos ou do próprio
quebra-mar;
• Não considerar largura de passagem, uma vez que o canal é de mão simples.
• Altura significativa de onda Hs >3 m e comprimento da onda L > Lpp;
• Auxílio à navegação moderado com rara ocorrência de pobre visibilidade;
▪ Para cálculo da sobrelargura nas curvas, considerar um ângulo máximo de leme de 20°.

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