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Prof. Ms. Lucas Ramon Roque da Silva Golden Gate Bridge (Estados Unidos)
Introdução
Estrutura do curso
Ementa
Introdução: Classificação das pontes; planta e cortes da ponte.
Forças atuantes nas pontes: cargas permanentes; cargas móveis; linha de influência
e envoltória; impacto vertical; frenagem ou aceleração; variação de temperatura;
vento; força centrífuga.
https://www.youtube.com/watch?v=UErRoXFgbmQ
Especialidades Envolvidas
Registros
históricos
Registros
históricos
Registros históricos
Primeiras pontes em concreto
• 1938 – Viaduto de Oelde na Alemanha (Projeto Freyssinet)
• 1946 – Pontes sobre o rio Marne na França (Projeto Freyssinet)
• 1948 – Ponte do Galeão (Projeto Freyssinet)
• 1950 – Ponte em balanços sucessivos com sistema Dywidag
(Projeto Finsterwalder)
• 1953 – Ponte rodo-ferroviária em viga contínua – Rio São
Francisco, Juazeiro BA – (Projeto Freyssinet/Guyon). 2ª ponte
protendida do Brasil. Consórcio Estacas Franki e Entreprises
Campenon Bernard.
• 1960 – Ponte sobre o rio Tocantins em balanços sucessivos
(projeto Sergio Marques, construção Emílio Baumgart). Foi
recorde de vão em viga: 140 m.
Registros históricos
Ponte do Herval
Ponte de Herval, como era chamada logo após sua conclusão em 1930, passou logo a ser denominada Ponte Emilio
Baumgart em homenagem ao seu criador. Esta ponte situava-se entre Joçaba e Herval d'Oeste, sobre o Rio do Peixe, em
Santa Catarina. A ponte foi destruída pela enchente de 1983, que não foi a maior registrada desde o término da obra.
Enchentes como esta costumavam surgir praticamente todos os anos. Havia sido construído um prédio a jusante da
ponte, que constituiu um empecilho para a vazão do rio, proporcionando um solapamento das fundações das sapatas.
Sem sustentação, a ponte inteira foi arrastada. A ponte foi mencionada em numerosas revistas técnicas do mundo
inteiro como algo sensacional no campo de processos construtivos de pontes. Foi a origem das construções em
balanços sucessivos, antes mesmo das aplicações práticas do concreto protendido. Foi por causa desta ponte que os
alemães não conseguiram o registro de patente daquele processo construtivo, já disseminado no mundo inteiro.
“Pontes Viadutos e Passarelas Notáveis” - Augusto Vasconcelos
Balanços
sucessivos!
Registros históricos
Pontes vivas - Índia
Durante a estação das monções no nordeste da Índia, a água da chuva jorra através dos vales esmeralda e dos
desfiladeiros de Meghalaya, a "morada das nuvens". O planalto montanhoso entre Assam e Bangladesh é um dos
lugares mais úmidos da Terra e as tribos Khasi que habitam essas colinas desenvolveram um relacionamento
íntimo com a floresta.
Muito antes do advento dos materiais de construção modernos, os Khasi inventaram uma maneira engenhosa de
atravessar as turbulentas vias navegáveis e conectar aldeias isoladas: pontes de raízes vivas, conhecidas
localmente como jing kieng jri.
Registros históricos
Pontes vivas - Índia
Troncos de árvores são plantados em cada lado do rio para criar uma base sólida, e ao longo de 15 a 30
anos, os Khasi lentamente entrelaçam as raízes elásticas da figueira em um andaime temporário de
bambu para interligar os dois lados. Uma combinação de umidade e trânsito de pessoas contribuem
para compactação do solo ao longo do tempo e o emaranhado de raízes cresce forte e sólido. As
pontes maduras estendem de 4 a 75 metros sobre rios e desfiladeiros profundos e podem suportar
cargas impressionantes – mais de 35 pessoas por vez.
Ao contrário dos materiais de construção modernos
como concreto e aço, essas estruturas se tornam mais
resistentes com o tempo e podem durar séculos. Elas
com frequência resistem às inundações e tempestades
que são comuns na região – uma maneira econômica e
sustentável para conectar as vilas das montanhas
remotas. A origem exata da tradição nesta região é
desconhecida, mas o primeiro registro escrito aparece
há mais de cem anos.
https://www.nationalgeographicbrasil.com/viagem-e-
aventura/2018/03/fotos-surreais-das-pontes-de-raizes-vivas-da-
india
Etapas da vida de uma ponte
Atribuições e responsabilidades
Fases para elaboração do projeto
✓ Estudos preliminares:
• Definir a finalidade
• Analisar os fatores geológicos
• Análise econômica
✓ Anteprojeto ou Projeto Funcional: estudo das
diversas soluções viáveis que constam dos estudos
preliminares.
✓ Projeto Básico: escolhida a melhor opção viável, faz-se
um desenho de forma para calcular as quantidades do
projeto e ter uma estimativa do que será feito no feito
Projeto Executivo.
✓ Projeto Executivo: faz-se o dimensionamento e
obtém-se os custos de execução da ponte.
Estudos e projetos
Levantamento topográfico
✓ Planta baixa do terreno onde se executará a obra na escala 1:100 ou 1:200, com
prolongamento mínimo de 50 m para cada lado, com largura mínima de 30 m.
Exemplos
✓ Planta baixa com cadastros e N.A.
✓ Seção com batimetria e N.A.
Projeto Geométrico
Projeto Geométrico
Projeto Geométrico
Projeto Geométrico
Projeto Geométrico
Determinação da declividade e:
Projeto Geométrico
Projeto Geométrico
Declividade transversal
Projeto Geométrico
Estudos Hidrológicos
Elementos necessários:
✓ Cotas da máxima enchente e
vazante mínima, com indicação da
época, frequência e período de
ocorrência.
Equação da continuidade:
Sondagem Rotativa
✓ RQD (Rock Quality Designation) = somatório dos comprimentos de
rocha iguais ou maiores a 10 cm dividido pelo comprimento total do
barrilete, expresso em percentagem.
Prospecções Geotécnicas
Sondagem Rotativa
Outros índices: grau de alteração, grau de fraturamento e coerência.
Prospecções Geotécnicas
✓ Elementos básicos;
✓ Memorial descritivo e justificativo;
✓ Memorial de cálculo;
✓ Desenhos;
✓ Especificações.
Projeto Estrutural
Formas:
Plantas, elevações e cortes, com indicações de aberturas provisórias,
detalhes de drenagem, de fixação de postes, classe (cargas móveis),
especificações dos materiais, cargas em estacas e comprimentos
previstos.
Armação:
Tipo de aço, quantidade, bitola, dimensões, formas, posição e
espaçamento das barras ou cabos, tipos de emendas e ganchos, raios
mínimos de dobramento e cobrimentos.
Projeto Estrutural
❑ Execução:
Sistemática construtivo, planos de concretagem, juntas, tabelas de
protensão, deformações previstas, contra flechas, escoramentos e
descimbramentos.
❑ Especificações:
Informações necessárias à execução da obra que não constem nos
documentos anteriores.
BIBLIOGRAFIA
⮚ ACI 343R-77. Analysis and design of reinforced concrete bridge structures.
Detroit, 1981.
⮚ FREITAS, M. Pontes: introdução geral - definições. São Paulo, EPUSP, 1981.
⮚ LEONHARDT, F. Construções de concreto, vol. 6: Princípios básicos da
construção de pontes de
⮚ concreto. Rio de Janeiro, Editora Interciencia, 1979.
⮚ LEONHARDT, F. Bridges: aesthetics and design. London. The Architectural Press,
1982.
⮚ PFEIL, W. Pontes em concreto armado. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
Científicos Editora, 1979.
⮚ WITTFOHT, H. Puentes: ejemplos internacionales. Barcelona, Editorial Gustavo
Gili, 1975.
⮚ WATSON, S.C. & HURD, M.K. Esthetics in concrete bridge design. Detroit,
American Concrete Institute, 1990.
Exercícios propostos
1) As etapas de planejamento, plano de execução e programação são necessárias
para a construção de grande obras como pontes e viadutos. Cite em qual dessas
etapas é realizado a definição de prazos de execução e definição de equipes de
trabalhos.
7) A concepção estrutural é uma etapa que está dentro de qual especialidade e qual
seu significado na prática?