Você está na página 1de 20

LANÇAMENTO E

PRÉ-DIMENSIONAMENTO

ESTRUTURAS DE CA III

PROFª. MA. ANDRÉIA F. TORMEN


ANDREIA.TORMEN@UCEFF.EDU.BR 1
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
 O objetivo principal a ser alcançado no projeto de uma
ponte é vencer um vão de maneira funcional, segura e
economicamente viável.

 A geometria da estrutura deve ser compatível com a


topografia do local, com os condicionantes hidrológicos e
PONTES

geotécnicos.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
→ O lançamento da estrutura começa com a marcação a
partir do perfil longitudinal da travessia, os níveis de máxima cheia
e máxima estiagem.
PONTES

→ Marcado o nível de máxima cheia, marca-se o nível do


greide e, paralelo a este, a linha de fundo da
superestrutura.

→ Quando não existe o estudo hidrológico, de maneira


prática, fixa-se uma folga arbitrária a partir do nível de máxima
cheia registrada. A folga deve ser de no mínimo 1 m.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

→ Depois de definida a altura mínima da estrutura, deve-se


determinar o comprimento mínimo da obra.

O comprimento mínimo da obra deve garantir a seção de


vazão máxima do rio e ainda cobrir a possibilidade de
PONTES

cheias.

Isto seguidamente acarreta em superestruturas muito


mais longas que a largura normal do rio, por exemplo
a ponte de Rosário do Sul, RS (Rio Santa Maria).

Para situações onde o rio dificilmente sai da calha natural o


comprimento da superestrutura é definido a partir do
nível de máxima estiagem.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
PONTES

Ponte de Rosário do Sul:


Largura aproximada do rio Santa Maria = 150 m
Comprimento aproximado da ponte = 1,7 km
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
→ A partir do encontro entre a linha de nível da máxima estiagem e as
margens do rio, marcam-se as linhas que delimitam as saias do
aterro com inclinação mínima de 1:1,5, levando-as até o encontro da
linha inferior da superestrutura.
Assim fica determinado o comprimento mínimo da obra.
PONTES

Quando a inclinação da margem for inferior a da saia do aterro, deve-se


aumentar o comprimento da superestrutura a fim de que não seja diminuída a
seção de vazão do rio.

Pode ser necessário proteger as saias do aterro com enrocamento ou outro


revestimento a fim de impedir que a água ataque a superfície do aterro.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
A ligação da superestrutura com o terreno de acesso é
um dos pontos mais complexos no projeto de pontes pois
desníveis podem danificar os veículos, causar acidentes
e introduzir esforços horizontais significativos na
estrutura da ponte.
PONTES
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

→ As obras antigas adotavam geralmente a solução de


apoiar a superestrutura em encontros que também
tinham a função de conter os aterros.

→ Esta solução é bastante onerosa e não livra a estrutura de


PONTES

possíveis recalques da camada de solo contida, além


destes encontros comumente reduzirem a seção de vazão
do rio, aumentando a velocidade de escoamento do rio e
resultando em erosão no entorno das fundações.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

→ Uma alternativa ao uso de encontros é adotar uma


estrutura com balanços nas extremidades.

Estes balanços se dotados de alas laterais e cortina de


contenção do solo funcionam de maneira satisfatória e são
PONTES

uma solução econômica.


8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
PONTES
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
PONTES
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

Outra vantagem do emprego de balanços está


na diminuição dos vãos e redistribuição de esforços,
diminuindo o tamanho das seções. As relações balanço/vão
variam de 0,20 a 0,25.
PONTES

Outro ponto a ser destacado é a manutenção da


navegabilidade em determinados rios. Esta exigência pode
resultar em aumento significativo da altura da estrutura.
8.1 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

Ponte em arco, Pelotas, RS


Como solução pode-se
lançar mão de pontes em
arco ou ponte dotadas
de dispositivos móveis.
PONTES

Ponte do Guaíba, Porto Alegre, RS

Ponte ferroviária içável, Pelotas, RS


8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Com o intuito de ter dimensões iniciais que sejam uma


estimativa razoável para a verificação estrutural de uma
ponte, serão apresentados alguns limites para as dimensões
dos elementos.
A altura construtiva da superestrutura dependerá do
PONTES

tamanho dos vãos a vencer, do tipo estrutural adotado e


do material empregado.
8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

PONTES EM LAJE

A espessura h da laje deve ser da ordem de 1/20 do vão.


→ São tipologias econômicas para vãos até 10,0m.
→ Pode ser usada quando necessárias pequenas alturas construtivas.
PONTES

→ Grandes vãos  grande consumo de materiais.


→ Simplicidade construtiva.
8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

PONTES COM 2 VIGAS PRINCIPAIS E TRANSVERSINAS

A altura das vigas deve ser:


 entre 1/10 e 1/12 do vão para vigas isostáticas e
 entre1/12 a 1/25 para vigas contínuas.
PONTES

Seção Transversal
8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

PONTES EM VIGA CAIXÃO

A altura da seção deve ser entre 1/10 e 1/12 do vão para vigas
isostáticas e 1/12 a 1/18 para vigas contínuas.
Para concreto protendido os limites acima tornam-se 1/12 a 1/15
PONTES

para isostáticas e 1/15 a 1/20 para contínuas.

Seção Transversal
8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

PONTES EM GRELHA

A altura das vigas longitudinais deve ficar entre 1/12 e 1/18


do vão.
PONTES

Seção Transversal
8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

DEMAIS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS PONTES

→ A espessura da alma de longarinas em concreto armado deve


ser da ordem de 1/4 de sua altura, com um mínimo de 30 cm e um
máximo de 50 cm.
PONTES

→ As transversinas devem ter pelo menos 75% da altura das


longarinas.
→ A largura das transversinas deve estar entre 20 e 30 cm.

As lajes de tabuleiro devem ter espessura aproximada de:

Onde L é o vão entre longarinas em centímetros.


Para lajes em balanço, L deve ser tomado igual o dobro do vão.

A espessura mínima para lajes é de 15cm.


8.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

DEMAIS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS PONTES

Quando houver mísulas, estas devem estender-se por 1/5 a 1/4 do vão
e espessura aproximada de 10% de sua extensão.
Nos balanços a mísula deve ser estendida até sua extremidade livre.
PONTES

A espessura mínima do pavimento a ser adotada é de 5 cm,


aumentando em função da declividade transversal.

Quando adotarem-se 2 pilares por pórtico transversal, estes


devem, preferencialmente, ser travados no topo por uma
transversina.
→ Esta solução minimiza os deslocamentos horizontais no topo dos pilares.
Quando a superestrutura for formada por duas longarinas,
estas devem apoiar-se nos pilares sem excentricidades.
→ Para um número maior de longarinas, quem deve receber suas cargas é uma
transversina que descarregará nos pilares.

Você também pode gostar