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PONTES

PONTES EM VIGAS
1 - INFORMAÇÕES PARA O PROJETO
Para o desenvolvimento do projeto da maioria das pontes são
necessárias as seguintes informações

1- Planta de situação: com informações do local contendo


indicações dos obstáculos existentes, tais como cursos d’água,
estradas, caminhos e, em vales, as curvas de nível.

2- Seção longitudinal ao longo do eixo projetado da ponte, com a


indicação de gabaritos e seção de vazão. Pode ser necessário o
perfil longitudinal da via de tráfego a ser construída.

3- Largura da ponte com indicações da largura das faixas de


tráfego, acostamentos, passeios e demais informações.

4- Condições das fundações, sondagens do terreno local, se


possível com relatórios geológicos e de mecânica dos solos.

5- Condições locais: tais como vias de acesso para o transporte de


equipamentos, materiais e componentes; quais os materiais
disponíveis na região; suprimento de energia elétrica e água pura;
disponibilidade de mão-de-obra.
1 - INFORMAÇÕES PARA O PROJETO

6- Condições meteorológicas e ambientais: como as cheias, marés,


níveis d’água, períodos de seca, temperaturas média e extremas.

7- Estética e meio ambiente: paisagem livre, condições gerais da


topografia local do tipo se o terreno é plano, ou ondulado, ou
montanhoso. Se está nas proximidades de cidades grandes ou
pequenas, visando caracterizar a escala do meio ambiente para
imprimir no projeto equilíbrio com a paisagem.

8- Exigências relativas ao ambiente, tais como qualidades


relativas à beleza, para se ter um resultado visual adequado.

Nas passarelas é necessário ter informações sobre :


necessidade de proteção do utilizador quanto a respingos e
contra ruídos.

Nas habitações adjacentes identificar a necessidade de


proteção com ruídos.
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA

2.1 Vigas sobre dois apoios.


Sistema estrutural relativamente pobre: definido o vão, as
solicitações máximas serão proporcionais ao
aproximadamente.

Em viadutos urbanos, com vigas pré-moldadas é usual encontrar


soluções formadas por uma sucessão de vãos simplesmente
apoiados.
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA
Sucessão de vãos simplesmente apoiados, porém com a laje
contínua visando reduzir o número de juntas. Normalmente
emprega-se a continuidade até quatro vãos, especialmente em
locais com grande variação térmica.

2.2 Vigas sobre dois apoios com balanços


Solução com mais versatilidade estrutural à medida que a
subdivisão da extensão possibilitar em arranjos visando melhor
distribuição de esforços.
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA
2.3 Vigas Gerber
Esse sistema estrutural, apresenta a vantagem de ser isostático
e possibilitar uma grande diversidade de soluções estruturais,
inclusive a introdução de balanços nas extremidades. A
desvantagem é a presença de juntas no tabuleiro.
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA
Pilares com balanços com vigas apoiadas nos balanços
apresenta vantagens com o emprego de vigas pré-moldadas.

2.4 Vigas contínuas


Essas vigas devem possuir dois ou mais vãos. Por serem
hiperestáticas apresentam as vantagens:
a) em pontes extensas, não há necessidade de juntas
horizontais perpendiculares ao tráfego, a não ser numa das
extremidades;
b) apresentarem boa capacidade de acomodação na
presença de colapso de alguma seção da viga;
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA
c) apesar de serem sensíveis aos recalques de apoio, essas
estruturas apresentam comportamentos satisfatórios porque a
fluência do concreto contribui para minimizar os efeitos desses
problemas;

d) os recalques diferenciais maiores são compensados


levantando-se a viga com atuadores hidráulicos e aplicar um
calço nos os aparelhos de apoio;

e) a subdivisão da extensão total da ponte pode ser realizada


de modo racional pela adoção de critérios de desempenho
estrutural.

f) o apoio fixo deve ser colocado, nas estruturas usuais, em


uma das extremidades, resultando numa junta de pequeno
tamanho sem partes móveis, os demais apoios da viga devem
ser móveis.
2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DAS PONTES EM VIGA
g) quando a viga possuir vãos diferentes, é oportuno colocar o
apoio fixo no local da maior reação vertical de apoio.

h) vigas muito extensas podem ser subdivididas por meio de


lances em balanços ou por articulações Gerber.

3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS


3.1 Pontes de concreto moldadas no local
As pontes moldadas no local, são compostas pela laje do
tabuleiro sustentadas por vigas, então formam uma seção
resistente em T, adequada para o concreto armado e para o
concreto protendido, principalmente quando prevalecerem os
momentos fletores positivos.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

A laje forma o tabuleiro e o banzo comprimido da longarina e o


banzo tracionado está concentrado na parte inferior da alma,
sendo possível ajustar a largura da alma para as necessidades da
armadura longitudinal, como está nas figuras a) e b).

Na presença de momentos negativos elevados, é possível projetar


mesa de compressão inferior, conforme o esquema abaixo, e
estendê-la por toda a largura entre as longarinas.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

A seção em T pode ser também empregada em passarelas,


formadas por uma só viga, conforme o esquema seguinte.

As pontes de 2 vigas podem apresentar transversinas desligadas


da laje, como na figura abaixo. O aspecto positivo é a
simplicidade da armação da laje de tabuleiro, porque as
armaduras principais são positivas.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

Outra forma de posicionar as transversinas é incorporá-las às lajes,


facilitando a execução de formas e contribuindo para o maior
enrijecimento da superestrutura, conforme as figuras a seguir.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

A seção transversal abaixo pertence a uma ponte sem transversinas


intermediárias. Nesse caso, em virtude da magnitude da distância entre as
longarinas, a laje foi protendida na direção do vão principal com 16,25 m.

Há casos onde são viáveis substituir a seção maciça por outra tubular,
como abaixo, especialmente em vigas contínuas com momentos
negativos grandes.

Nesse exemplo, a peça à esquerda ilustra a seção corrente e, a da direita,


a seção sobre o apoio.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS
Para efeito de pré-dimensionamento a altura da viga em função do
vão pode ser estimada por meio das seguintes relações:

Tipo (concreto armado) L/h


Com almas sem abas 8 a 12
Alma com abas 10 a 14

Para efeito de concepção, em pontes de concreto armado


moldadas no local, limitar o vão máximo em 45 m.
3 – SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

Transversinas em pontes moldadas no local

Em qualquer caso, sempre utilizar transversinas nas seções


apoiadas. Em pontes com 3 ou mais longarinas, é suficiente
dispor uma transversina central.

Nas pontes com vãos moderados (>30m), com 2 vigas, dispor duas
transversinas, uma em cada terço do vão visando mais rigidez
torcional da superestrutura. Porém, em pontes largas, com lajes do
tabuleiro relativamente espessas, as transversinas intermediárias
poderão ser substituídas por um mecanismo de pórtico ondeas
nervuras funcionam como montantes e a laje como a trave do
referido pórtico.
4 – SEÇÕES TRANSVERSAIS COM TABULEIRO REBAIXADO

As pontes com tabuleiro rebaixado possuem nas bordas paralelas à


direção do tráfego as longarinas salientes em relação ao nível da laje.

São construções com pouca altura de construção, com altura


relativamente pequena sobre a via de tráfego, porém apresentam as
seguintes desvantagens:
1. São adequadas para vencerem pequenos vãos.
2. Promove desconforto ao motorista, especialmente quando as
longarinas sobressaírem mais de 70 cm.
3. Apresentam pequena zona de compressão na longarina para
momentos positivos.

Seção transversal típica para passarelas. Sugere-se dispensar corrimão


quando 𝑩 + b ≥120 cm
4 – SEÇÕES TRANSVERSAIS COM TABULEIRO REBAIXADO
As seções transversas abaixo são indicadas para estradas em
regiões rurais.

Ponte estreita com largura para uma faixa de tráfego isto é: um só


veículo por vez.

Ponte com tabuleiro rebaixado, para vias urbanas com passeios ligados
às longarinas na região fora da faixa de rolamento.

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