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CONSTRUÇÃO DE

PONTES

Conceitos Gerais
Estruturas
de Pontes 2.
Conceitos Gerais
Elementos Estruturais
Elementos Estruturais:
A nomenclatura dos elementos estruturais que compõem uma ponte podem ser divididos
nos componentes ilustrados abaixo:

Estrutura principal
SUPERESTRUTURA
Estrutura secundária

Pilares
MESOESTRUTURA Aparelhos de apoio
Estruturas de contenção

INFRAESTRUTURA Fundações
Elementos Estruturais:
Superestrutura
Parte da ponte que recebe diretamente as cargas de uso normal e funcional e é
constituída pelos seguintes elementos:
 Pista de rolamento – Também chamada de laje, constituem o suporte do tabuleiro com
largura disponível para o tráfego normal dos veículos, que pode ser subdividida em faixas;
 Acostamento - largura adicional à pista de rolamento, utilização em casos de emergência.
 Barreiras e Defensa - elemento de proteção aos veículos, colocado lateralmente ao
acostamento (barreiras-concreto / defensas-metálica);
 Passeio - largura adicional destinada exclusivamente ao tráfego de pedestres;
 Guarda-roda - elemento destinado a impedir a invasão dos passeios pelos veículos;
 Guarda-corpo – elemento disposto lateralmente para proteção aos pedestres.
 Longarinas – Vigas principais que recebem cargas provenientes da superestrutura.
 Transversina – Enrijecimento do tabuleiro, absorve por flexão esforços de torção.
 Ala – Estrutura lateral com finalidade de conter lateralmente aterros de acesso à ponte.
 Cortina – Estrutura que contém o aterro de acesso e recebe as cargas provenientes do
tabuleiro (vigas ou lajes), são também denominadas transversinas de acesso. 5
Superestrutura
Superestrutura
Superestrutura
Nomenclatura quanto à Seção Longitudinal:
 Comprimento da ponte (também denominado
de vão total) - distância, medida horizontalmente
segundo o eixo longitudinal, entre as seções
extremas da ponte;
 Vão (também denominado de vão teórico e de
tramo) - distância, medida horizontalmente,
entre os eixos de dois suportes consecutivos;
 Vão livre - distância entre as faces de dois
suportes consecutivos;
 Altura de construção - distância entre o ponto
mais baixo e o mais alto da superestrutura;
 Altura livre - distância entre o ponto mais baixo
da superestrutura e o ponto mais alto do
obstáculo.
Nomenclatura quanto à Seção Transversal:
Quanto à seção transversal às pontes podem ser classificada sem laje, vigas e
seção celular:
Ponte em Laje (Maciça)

Ponte em Laje (Alveolar)

Ponte em Viga (in loco)

Duas vigas
Nomenclatura quanto à Seção Transversal:
Ponte em Múltiplas vigas
(pré-moldada)

(in loco)

Ponte em Célula ou Viga Caixão


Nomenclatura quanto à Seção Transversal:
Ainda quanto à seção transversal podemos classificar a pontes em:
Seções maciças
Nomenclatura quanto à Seção Transversal:
Seções Vazadas

Seções T
Nomenclatura quanto à Seção Transversal:
Com ou sem Transversinas

Seções Celulares

Seção multicelular com redução


Seção multicelular de espessura nos balanços
Nomenclatura quanto à Seção Transversal:

Seções Celulares

Unicelular com redução de Seção Caixão Treliçado


espessura nos balanços
Mesoestrutura
Possui a finalidade de transmitir os esforços recebidos da mesoestrutura para as fundações
(Infraestrutura) :
 Pilares – Podem ter, ou não, viga horizontal unindo os pilares, formando, desta
forma, um pórtico plano. Quando há viga horizontal constituindo então um sistema
de pórtico plano, a mesoestrutura torna-se mais rígida, o que implicará em menores
valores de deslocamento e deformações. Quando não há, a mesoestrutura torna-se
mais flexível, pois os pilares trabalham de forma independente. Nestes elementos é
importante a verificação dos efeitos de flambagem.
 Encontros – Tem a finalidade de conter os aterros de acesso da ponte e servir de apoio
ao tabuleiro, São utilizados em casos em que há instabilidade do aterro de acesso.

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Infraestrutura
Possui a finalidade de transmitir os esforços recebidos da mesoestrutura para as fundações
(Infraestrutura) :
 Fundações Superficiais – são utilizadas quando as camadas resistentes do solo estão
muito próximas à superfície. Podem ser utilizados blocos ou sapatas.
 Fundações Profundas – são utilizadas quando as camadas resistentes encontram-se a
grandes profundidades. Podem ser utilizadas estacas ou tubulões.

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Infraestrutura:

Fundação Profunda:
Fundação Profunda: Estacas
Tubulão
Sistema Estrutural:
Quanto ao esquema Estrutural:

• Ponte em Laje;
• Vigas bi-apoiada e sucessão de vãos isostáticos;
• Vigas bi-apoiada com balanços;
• Ponte construída por vão continua;
• Ponte em Arco;
• Ponte Estaiada;
• Ponte Suspensa ou Pênsil;
• Pontes Treliçadas;
• Ponte Pórtico ou vigas ancoradas;
Ponte em laje:

Ponte em laje de painel treliçado

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Ponte em laje:

Ponte em laje maciça pré-moldada 21


PONTE EM LAJES:
▪ ➢ Simplicidade e rapidez de construção (pré-lajes ou lajes pré-moldadas);
▪ ➢ Podem ser maciças ou vazadas e até pró-tendidas;
▪ ➢ Grande resistência a torção e ao fissuramento;
▪ ➢ Vãos livres relativamente menores que os outros tipos (máximo 15m);
▪ ➢ Normalmente, utilizada em classes de carregamento menores que as
demais.

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Sistema
Estrutural
Vigas bi-apoiadas e sucessão de
Ponte Cottonwood Falls (Kansas, E.U.A)
vãos isostáticos

Ponte sobre o rio “Loire” – França 23


Pont sur I’Ource (Autricourt, França)
VIGAS BI-APOIADAS E SUCESSÃO
DE VÃOS ISOSTÁTICOS:
▪ ➢ Essas pontes, em geral, têm vigas com altura constante;
▪ ➢ pode ser em concreto protendido ou não protendido;
▪ ➢ as vigas principais podem ser ou não pré-moldadas;
▪ ➢ para vãos até 25 m, a estrutura será mais econômica em concreto não
protendido.
▪ ➢ protendidas têm sido executadas com vãos de até 45m.
▪ ➢ Para esse tipo de ponte e para efeito de pré-dimensionamento pode-se,
em princípio, adotar as seguintes relações entre altura das vigas e o vão:
PONTE CONCRETO ARMADO PONTE CONCRETO PROTENDIDO
RODOVIA FERROVIA PASSARELA RODOVIA FERROVIA PASSARELA
15 < h/L < 10 10 < h/L < 8 20 < h/L < 15 20 < h/L < 15 15 < h/L < 10 25 < h/L < 2024
Sistema
Estrutural
Vigas bi-apoiadas com balanços
Digite a equação aqui.

Ponte “Captain Cook”- Oregon – U.S.A.

Ponte Petrônio Portela (Teresinha, MA)


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VIGAS BI-APOIADAS COM BALANÇOS:

▪ ➢ Solução mais usada, sobretudo para vãos pequenos;


▪ ➢ em geral são executadas em concreto armado não protendido;
▪ ➢ quase sempre moldada in loco.
▪ ➢ para efeito de pré dimensionamento pode-se adotar

ℎ1 =
9 12

ℎ2 =
20
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Sistema
Estrutural
Ponte construída por vãos contínuos

Viaduto “la crostiere” – França

27
Ponte Rio - Niterói
PONTE CONSTRUÍDA POR VÃO
CONTÍNUO
▪ ➢ Usada para vencer grandes vãos (distâncias (L)) com menores alturas dos
elementos estruturais(h);
▪ ➢ provoca grande rigidez horizontal no tabuleiro;
▪ ➢ possibilita de elevar a inclinação da ponte, utilizando tal rigidez horizontal,
(passagem de navios).

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Sistema
Estrutural
Pontes em arco

Ponte em arco de montantes comprimidos


(Arco Inferior - Grandes Vãos)

29
Sistema
Estrutural
Pontes em arco

Ponte em arco de tirantes


tracionados
(Arco Superior – Pequenos vãos)
Ponte “beessedau” – Alemanha. 30
Sistema
Estrutural
Pontes em arco

Ponte em arco de montantes comprimidos


e tracionados.
(Arco intermediário: menos utilizadas, Ponte sobre o rio das Antas – Bento
apresentam problemas construtivos na Gonçalves, RS. 31
interseção do arco com o tabuleiro). Arco bi-engastado – sem articulação central
Sistema
Estrutural
Pontes em arco

32
Pontes em arco

33
Pontes em arco

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PONTE EM ARCO:
▪ ➢ Do ponto de vista estrutural os arcos podem podem ser isostáticos (tri-articulados)
ou hiperestáticos (bi-articulados ou bi-engastados).
▪ ➢ Apesar de ser de mais fácil dimensionamento os isostáticos (tri-articulados) são
menos usados que os bi-articulados, devido a maior dificuldade de se executar a
articulação central.
▪ ➢ O esquema estático em arco é interessante pois o efeito da flexão é reduzido.
▪ ➢ consegue-se vencer grandes vãos com uma estrutura esbelta.
▪ ➢ provoca grande rigidez horizontal no tabuleiro;
▪ ➢ Tem-se executado pontes em arcos com vãos de até 300m. Onde a relação h/L é da
ordem de 1/100.
▪ ➢ Possuem boa eficiência estrutural e grande economia.

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Ponte sobre o rio Tocantins com estrutura Gerber (estrutura com articulação central)

Detalhe da articulação central

36
Sistema
Estrutural
Pontes estaiadas

Exemplos de tipos de pontes estaiadas


37
Ponte Otávio Frias de Oliveira – Rio Pinheiros - SP
Sistema
Estrutural
Pontes estaiadas

Distribuição dos estais nos pontos


notáveis do tabuleiro

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Viaduto de Millau - vale do Rio Tarn, França.
Sistema
Estrutural
Ponte sobre o Rio Paranaíba –
Divisa MS/MG

Pontes estaiadas

Arranjo transversal

39
Configurações para torres em
U, H, A e diamante
Sistema
Estrutural
Pontes estaiadas

40
Sistema
Estrutural
Pontes estaiadas

41
PONTE EM ESTAIADA:
▪ ➢ As vigas ficam suspensas por cabos denominados de estais que são fixados nas
torres;
▪ ➢ As vigas são em geral pré-moldadas e são executadas conjuntamente para os 2
lados da torre;
▪ ➢ Os estais são tracionados ocorrendo compressão nas vigas;
▪ ➢ Tabuleiro contínuo com altura reduzida;
▪ ➢ Cabos de aço (flexíveis) estão tensionados diagonalmente em relação as torres;
▪ ➢ Baixo peso e grandes vãos, tipicamente entre 110 a 480 m de comprimento.
▪ ➢ Flexibilidade sob ação dos ventos e dos terremotos
▪ ➢ Aparência moderna e atrativa.

42
Sistema
Estrutural
Ponte suspensa ou pênsil
Exemplos das forças sobre das pontes suspensas

Golden Gate Bridge – São Francisco – Califórnia U.S.A. 43


Sistema
Estrutural
Ponte suspensa ou pênsil

Akashi-Kaikyo Bridge – Japão- rodoferroviária

44

Ponte São Vicente – Santos - 1910 Great Belt Bridge - Dinamarca – rodoferroviária
Esquema
Estrutural
Ponte suspensa ou pênsil

45

Ponte Grande Belt - Dinamarca – rodoferroviária


PONTE SUSPENSA OU PÊNSIL:
▪ ➢ Vantagem construtiva, na execução os suportes centrais temporários não são
necessários e o acesso a construção não é feito por baixo. Sem a necessidade
interromper o fluxo das estradas ou hidrovias.
▪ ➢ Flexibilidade sob ação dos ventos e dos terremotos;
▪ ➢ As torres detém grande custo construtivo, principalmente sua fundação, que é muito
exigida devido à concentração de cargas.
▪ ➢ A flexibilidade pode ser uma desvantagem para as pontes suspensas, podendo
balançar sob cargas pesadas concentradas.
▪ ➢ Não são geralmente usadas para travessia ferroviária, que transportam alto peso.

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Sistema
Estrutural
Ponte treliçada

Forth Bridge – Escócia - Ferroviária

47
Ponte Florentino Avidos – Vitória - ES
Sistema
Estrutural
Ponte treliçada

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Exemplos da variedade de arranjo possíveis para pontes treliçadas


PONTE TRELIÇADA:
▪ ➢ Solução estrutural simples, utilizada para diminuir o vão livre;
▪ ➢ Opção busca beleza arquitetônica e economia.
▪ ➢ Solução provoca hiperasticidade da estrutura adotada.
▪ ➢ Solução ideal quando temos suporte para os apoios, principalmente rocha entre os
dois lados do apoio ou no vão central.
▪ ➢ A insuficiência de suporte do solo não é um limitador, tendo em vista as soluções de
fundações profunda que podem ser adotadas.

49
Sistema
Estrutural
Ponte em Pórtico

50
Exemplos de pontes em vigas ancoradas
Sistema
Estrutural
Ponte em Pórtico

51
Sistema
Estrutural
Ponte em Pórtico

Aparelhos de apoios
52
Sistema
Estrutural
Ponte em Pórtico

53
Ponte em Pórtico

54
PONTE EM PÓRTICO:
▪ ➢ Solução estrutural simples para vencer grandes vãos;
▪ ➢ Execução relativamente fácil, mas após sua instalação, ocupam maior espaço em
relação às pontes de vigas.
▪ ➢ Devido a fragmentação das peças que a compõem, tornam-se ideais para locais de
dificil acesso, uma vez que são de fácil transporte e montagem.
▪ ➢ As estradas podem passar por cima ou por baixo das treliças, dependendo do arranjo
estrutural, permitindo maior adequação que qualquer outro tipo de ponte.
▪ ➢ Comumente conceituada como a não utilização de aparelho de apoio entre a
superestrutura e a infraestrutura, de maneira simples, as vigas e pilares são um único
elemento estrutural, permitindo a transferência de momentos fletores entre os
elementos ( superestrutura e mesoestrutura monoliticamente ligadas)
▪ ➢ Conveniente em casos que existam pilares esbeltos, ou quando se deseja ter a
mínima manutenção (inexistência de articulações e aparelhos de apoio).
55
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Infra estrutura
Seguem os procedimentos fundamentados pela Geotecnia e Fundações, que de
acordo com os estudos realizados no solo através de sondagens, estado de
plasticidade e outros, possibilita uma escolha da fundação.
Podem ser adotadas:

 Sistema de fundação por tubulões;


 Sistema de fundação por blocos de concreto;
 Sistema de fundação por sapatas simples ou corridas;
 Sistemas de fundação por estacas;
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Infra estrutura
Tubulões:

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Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Infra estrutura
Blocos de Concreto:

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Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
Podem seguir os seguintes sistemas:
 através de montagens de perfis, no caso de perfis metálicos ou de madeira.
 através de peças pré-moldadas, em passarelas e obras de pequenos vãos;
 através de concretagem convencional, isto é, executadas as fôrmas
completas, concreta-se de baixo para cima, em concretagens contínuas,
concreto lançado ou bombeado e vibrado;
 através de fôrmas deslizantes, fôrmas desmontáveis de cerca de 1,0 m de
altura, empurradas continuamente para cima, simultaneamente com a
concretagem, contínua e vibrada;
 através de fôrmas trepantes, fôrmas desmontáveis de cerca de 3,0 m de
altura
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Superestrutura
Os sistemas podem seguir a seguinte ordem:

Cimbramento Fixos
Execução por cimbramento
Cimbramento Móveis
Treliça de lançamento
SUPERESTRUTURA Balanços sucessivos
Lançamento por incrementos modulados
(deslocamentos progressivos)
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Execução por cimbramento:
O processo de execução sobre
escoramentos pode ser
constituído por escoramento fixo
ou pela combinação de
escoramento móvel com fôrmas
deslizantes.

- O escoramento fixo pode ser


contínuo, somente através de
pontaletes, ou misto, com
torres e perfis ou treliças.
visto que, solicitam-se as Ponte sobre o rio Bóbr na rodovia DK-18 (Alemanha)
peças ao máximo,
trabalhando, quase sempre,
no limite e com deformações
excessivas. 61
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Execução por cimbramento:

Exemplos de tipos de cimbramentos fixo


62
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Execução por cimbramento:

- Os cimbramentos móveis
são aplicáveis a obras cujo
número de vãos seja superior
a três.

- Após a concretagem do
primeiro vão, o escoramento
deslizante e as fôrmas são
deslocados para o vão
seguinte e assim
sucessivamente.

- Em obras contínuas, as fases


de concretagem estendem-se
até o ponto do momento nulo Ponte sobre o rio Arenteiro em Ourense (Espanha) 63
no vão seguinte.
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Execução por cimbramento:

64

Exemplo de cimbramento móvel


Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:
O sistema é formado por um par de treliças,
desloca-se elementos longitudinal e
transversalmente.
O posicionamento de uma viga é feito através do
deslocamento inicial da treliça para o vão de
lançamento, com viga ancorada na região
correspondente ao vão anterior; após ancoragem
da treliça no pilar subsequente, a viga é
deslocada entre o par de treliças e colocada na
sua posição definitiva.

Existe nas seguintes versões


• Superior, funcionando sobre o tabuleiro de
betão e suportando os elementos em
suspensão.
• Inferior, funcionando sob o tabuleiro de
betão e recebendo sobre ele os pesos dos
elementos. 65
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:
O sistema é formado por um par de
treliças, desloca-se elementos
longitudinal e transversalmente.

O posicionamento de uma viga é feito


através do deslocamento inicial da
treliça para o vão de lançamento, com
viga ancorada na região
correspondente ao vão anterior.

Após ancoragem da treliça no pilar


subsequente, a viga é deslocada entre
o par de treliças e colocada na sua
posição definitiva.

66
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:

Existe nas seguintes versões

• Superior, funcionando sobre o


tabuleiro de betão e suportando os
elementos em suspensão.

• Inferior, funcionando sob o


tabuleiro de betão e recebendo
sobre ele os pesos dos elementos.

67
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:

68

Lançamento de viga pré-moldada com treliça lançadeira.


Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:

A principais VANTAGENS :

Rapidez de construção: a construção de um vão demora cerca de uma semana, podendo mesmo ser
possível a construção de cada vão em cerca de 5 dias, se forem utilizados elementos pré-fabricados;

Facilidade de construção do tabuleiro, devido à facilidade de acesso à frente de trabalho, sobretudo no


caso de vigas de lançamento inferior;

Facilidade na sistematização das operações, possibilidade de ajustamentos e adaptações no decorrer


da obra;

Independência do trabalho em relação ao solo, que proporciona a não interrupção dos trabalhos devido
a cheias, tráfego, etc

Segurança dos operários, pois estes possuem uma superfície relativamente grande para trabalhar. 69
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Treliça de lançamento:

A principal DESVANTAGEM do método é:

O grande investimento necessário para aquisição, transporte e operações de montagem/desmontagem


da viga de lançamento.

Estas estruturas são bastante pesadas uma vez que têm que vencer vãos consideráveis suportando o
seu peso e o peso do concreto de um tramo da obra.

A amortização destes equipamentos só é possível em viadutos de grande comprimento ou através da sua


reutilização em diversas obras.

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Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:
Consiste na execução da estrutura em segmentos, aduelas de comprimento variável de 3 a 10
metros, a execução se processa simetricamente em relação ao apoio até metade dos vãos
adjacentes a ele, e o mesmo processo é concluído para os vãos vizinhos até o fechamento.

Quando os balanços são desiguais, ou se pretende partir de um apoio para os seguintes em


execução contínua, é usual a utilização de apoios provisórios intermediários ou estais ajustáveis
ao desenvolvimento do vão, suportados por torres provisórias e ancoradas no apoio anterior.

A ligação entre aduelas pré-moldadas é feita por meio de cabos de protensão, que podem ou não
fazer parte da cablagem definitiva do trecho, e com o auxílio de cola polimerizável à base de resina
epoxi, aplicada às juntas dos elementos a serem ligados.

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Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

72
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

73
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

Etapas da construção em balanço sucessivo (DNER,1996) 74


Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

75
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

76
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:

77
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Balanços sucessivos:
Vantagens e Desvantagens do Método

A vantagem mais importante deste processo é a ausência de cimbres e escoramentos, libertando


todo o espaço debaixo da ponte.

Extremamente útil em obras com pilares altos e atravessando vales largos e profundos, onde o
escoramento é oneroso e em obras sobre rios com correntes fortes e variáveis onde o escoramento
pode ser perigoso.

Bom rendimento de mão-de-obra devido à mecanização do processo e possibilidade de acelerar o


processo utilizando diversas frentes de trabalho.

Devido ao grau de dificuldade inerente a este processo construtivo, uma das principais
desvantagens é a grande capacidade técnica exigida ao empreiteiro responsável pela obra.

A meticulosidade da operação de avanço da cimbramento e o rigor exigido no controle geométrico 78


da obra são dois bons exemplos da necessidade de um elevado nível de preparação.
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Lançamento por incrementos modulados:
O processo consiste na pré-
fabricação dos segmentos atrás
de um dos encontros da ponte,
sendo cada segmento concretado e
protendido diretamente contra o
anterior.

Após a sua cura, o conjunto todo


é empurrado para a frente na
distância de 1 segmento.

Sua principal característica está na


eliminação de cimbramento,
facilidade de lançamento e
substancial redução do prazo de
construção. Construção por incrementos modulados (DNER, 1996) 79
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Lançamento por incrementos modulados:

80

Viaduto Itztalbrücke, Alemanha


Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Lançamento por incrementos modulados:
As principais vantagens
Toda a área situada sob o tabuleiro fica livre devido à ausência de cimbres e cofragens, não havendo o
risco de queda de peças ou materiais nem de diminuição da altura livre;

Estando quase toda a atividade de construção do tabuleiro concentrada numa área pequena e de fácil
acesso, esta pode ser coberta protegendo os operários de condições climatéricas desfavoráveis e
garantindo as condições de segurança e qualidade de fabrico que se conseguem numa instalação
industrial de pré-fabricação;

Rapidez de construção, pois existe a possibilidade de construir o tabuleiro e os apoios simultaneamente;

O lançamento é rápido, pouco dispendioso e pouco dependente das características da obra pelo que pode
ser reutilizado noutras obras, amortizando melhor o seu custo;

Eliminação de custos de transporte associados aos sistemas de pré-fabricação;

Eliminação de juntas de betonagem (secas ou com resinas); 81


Possibilidade de diminuir o prazo de execução utilizando duas áreas de fabrico.
Métodos Construtivo:
Sistemas Construtivos de Mesoestrutura
 Lançamento por incrementos modulados:
As principais Desvantagens

O perfil longitudinal e a geometria do traçado são condicionados pelo processo construtivo, pelo que o
aspecto estético poderá por vezes sair prejudicado;

A secção da superestrutura tem de ser constante, o que para vãos superiores a 60 m é pouco económico;

Necessidade de dispor de uma área considerável atrás de um dos encontros, pelo menos igual ao vão de
um tramo, que nem sempre se encontra disponível, inviabilizando assim a utilização do processo;

Necessidade de tratamento do terreno de apoio do cimbramento fixo, de modo a evitar imperfeições da


geometria;

A operação de deslocamento do tabuleiro requer bastante capacidade técnica por parte do empreiteiro.

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 Quadro comparativo dos métodos construtivos de tabuleiro
Cimbramento Treliça de Lançamento por
Cimbramento Móvel Balanços sucessivo
Fixo Lançamento incrementos modulados
Vão tipo Vão até 40 m Vão 25 até 70 m* Vão até 45 m Vão 40 até 60 m Vão 60 até 200 m
Pequeno e médio Médio e grande porte -
Pequeno, médio e
Comprimento porte - extensão Médio e grande porte extensão superiores à 150 grande porte
grande porte
de até 300 m m
Independência do Independência do Independência do
Independência do trabalho
Travalho em relação ao solo Dependência trabalho em relação trabalho em trabalho em relação ao
em relação ao solo
ao solo relação ao solo solo
apropriada para vales
Altura elevadas.
altura de até 25 com pilares com
Altura do tabuleiro Altura elevadas Altura elevadas Aconselhável em altura
m alturas entre os 30 e
superior a 50 m
60 metros
Consegue operar em
trechos curvos e Consegue operar Limitado à pontes retas
rampas com em trechos curvos Limitado à pontes retas ou ou circulares constante
Presença de rampa ou Somente em
inclinações e rampas circulares constante em em planta. Raios de
curvas em planta curvas em planta
longitudinais até 2.3% máximas de até planta curvatura superiores a
e inclinações 6% 750 - 1000 m
transversais até 6%
Capacidade técnica do
Baixa Alta Média Alta Alta
empreiteiro adequada 83
 Diagrama base de aplicação do método construtivo de tabuleiro
Necessidade de avaliação técnico-
econômica detalhada
Comprimentos
Vão 0-40 (m) superiores a 150 m Vão 60-200 (m)

Vão 40-70 (m)

Sim Capacidade técnica


Extensão até 300 m do empreiteiro
adequada

Pontes retas ou
Sim Não circulares em planta e
altura constante Sim Não

Terreno de fundação Multiplos tramos


estável e com iguais Sim

avaliação detalhada
Necessidade de Balanço sucessivo

Necessidade de
capacidade resistente
avaliação técnico-

(misto)
Sim econômica detalhada
Seção do tabuleiro
constante
Sim Elemento pré-moldado Sim
Não

Não Sim
Local de fácil acesso, Capacidade técnica
Cimbramento móvel
pouco acidentado e Sim do empreiteiro Não
e deslocamentos
sem cursos de água Inclinações longitudinais adequada
sucessivos pouco Área livre num dos
Superiores a 2.3% até adequadas encontros para criar a
6% Não zona de trabalho

Sim Vão até a 45 m


Não Sim

Sim
Altura máxima do
Vão inferior a 25 m Vão superior a 60 m
tabuleiro com o solo 40 m

Sim Sim

84
Sim Não Sim

Treliça de Lançamento por


Cimbramento fixo
Cimbramento móvel * lançamento Incrementos modulados
ao solo

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