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PILARES DE PONTES

• Elementos de suporte que têm como


função transmitir as cargas da
superestrutura para as fundações
Materiais
Os pilares podem ser constituidos por:

• Alvenaria de tijolo • Normalmente de grandes dimensões


• Alvenaria de pedra / oferecem maior obstrução no leito
do rio
• Betão simples ou ciclópico
• Normalmente sobre fundações
directas, mas também podem ser
sobre estacas ou poços)

• Betão armado • Menor secção / oferecem menor


• Betao pré-esforçado obstrução do leito do rio
• Vãos grandes ou pilares altos

• Metálicos • Normalmente aplicados em leitos


estáveis, sem variações rápidas de
nível
Pilares em
Betão armado ou pré-esforçado

Pilares em
alvenaria de pedra
Pilares em
Estrutura metálica (Ponte D. Ana)

Mastro em
Estrutura metálica
Tipos de pilares
Os pilares podem ser:

• Pilares coluna:
O tabuleiro apoia-se em uma ou mais colunas (de secção circular,
rectangular ou outra secção), ligadas ou não ao nível da cabeça
com viga de coroamento formando um pórtico. Têm menos
resistência a acções acidentais (choques)

• Pilares parede:
O tabuleiro apoia-se sobre uma parede (maciça ou vazada), em
geral a largura do pilar é igual à largura do tabuleiro. Em geral têm
espessura mínima de 50cm (ponto de partida). Adequados para
todos os tipos de superestrutura. Proporcionam excelente
resistência ao choque de material sólido. Normalmente usados em
pilares “baixos” (até 10 -15m de altura)

• Pilares especias:
Não se integram nem no primeiro nem no segundo tipo.
Caracterizam-se por não assegurarem a transmissão directa das
cargas, às fundações
Pilar Martelo Pilares de Colunas

Pilar Parede Pilar Especial


Transmissão por
compressão
directa

Transmissão por
compressão +
flexão
Secções transversais típicas:
Altura dos pilares

até 10m – pilares maciços

10 a 15 m – a escolha da secção é da inciativa do projectista

maior que 15 m – pilares vazados


• Pilares de grande altura: a secção normalmente é determinada pela acção
do vento

- Adoptam-se secções I de inércia variável ou secções em caixão


vazadas (de secção variável ou constante)

Nota: As secções tubulares para a mesma área de secção transversal:

→ têm maior raio de giração (i) que uma secção maciça


→ conduzem a menores esbeltezas
λ=l/i
→ menores efeitos de 2o grau (λ>35 s efeitos de 2a ordem tornam-se
importantes)
Secção transversal:
Secção transversal:
Pilares Coluna
quando se pretende que
a dimensão/secção do
pilar seja relativamente
pequena
Pilares com capitel
• Pilar Martelo: aplica-se
geralmente em viadutos onde
se pretende que a dimensão
do pilar seja mínima para
acomodar o tráfego
Pilares parede
Adequados para todo o tipo de
superestrutura, oferecem
excelente resistência ao choque
de material sólido
Pilares com formas especiais
PONTE
MIGUEL TORGA

PILARES PRINCIPAIS

Altura máx. - 90 m
Dim. da base - 18 x 12
m
• O dimensionamento da cabeça do pilar tem de ter em consideração:
- o processo construtivo
- aparelhos de apoio (provisórios e/ou definitivos)
- espaço para macacos / substituição dos aparelhos de apoio

0.50 0.20
0.60

0.05
Min. absoluto

Depende do porte das vigas, altura dos


pilares, possibilidade de manutenção
• Influência da continuidade ou não do tabuleiro
Processo construtivo dos pilares

• Colocadas as armaduras, o tipo de cofragem é determinante para a execução


dos pilares:

Cofragem:
- Convencional – pilares de pequena altura (<10m)
- Deslizante – painéis movidos de forma contínua por
macaco hidráulico, que são desmontados apenas
com a execução completa do pilar
- Trepante /Saltante – painéis desmontados e levantados
para uma nova posição (10 a 30m)

Pre-fabricação: Embora pouco comum em pontes, também é


possível. Soluções em que se deve garantir a
ligação entre os elementos prefabricados.
Processos construtivos

Convencional
Influência do processo construtivo dos tabuleiros

Deslocamentos progressivos:
- batentes laterais (para evitar desvios)
- aparelhos de apoio deslizantes provisórios
- esforços devido ao deslocamentos!
Cimbres autolacáveis:
- superiores; não têm problemas especiais
- inferiores: as cabeças dos pilares devem
permitir o alojamento das vigas metálicas
portantes
Avanços sucessivos:
- dependem da ligação pilar / tabuleiro
- se apoiado, temos aparelhos de apoio
provisórios
Acções a considerar

Acções transmitidas pela superestrutura


através dos aparelhos de apoio (se a ligação
não for monolítica) :
– Acções permanentes - Peso próprio
– Acções variáveis - Pressão do vento
• Veículo ou comboio tipo - Pressão da água
• Cargas distribuidas - Acção sísmica
- Deformações
• Fernagem / arranque
impostas (temperatura,
• Lacete retracção)
• Vento
Acções acidentais (RSA não inclui):
• Antiga Norma DIN:
acção de choque de um veículo a 1.2m de altura com valor
- 50 tf direcção normal ao tráfego
- 100tf direcção do tráfego
Dispensa a verificação se:
- pilares maciços com dimensões > 1.60m na direcção do tráfego
- pilares parede ocos com dimensões >1.20M na direcção do tráfego e
90cm na direcçao normal ao tráfego

As solicitações dependem também das condições de apoio consideradas


(tipo de aparelhos de apoios):
p.ex: - frenagem nos apoios fixos
- considerar a força de artrito nos apoios móveis devido ao
arranque e frenagem
RESEP:
atrito de escorregamento: 0,2 R VERTICAL (cp+sc)
atrito de rolamento: 0,03 R VERTICAL (cp+sc)
• A estabilidade dos pilares tem de ser avaliada em diversas etapas da
vida da obra:

– Construção

– Serviço (sem sobrecargas)

– Serviço (com sobracargas)

A escolha do número de pilares e vigas depende de diversos factores como:


- Largura do tabuleiro
- Altura dos pilares
- Natureza das fundações
Tabuleiros contínuos

A força transmitida a cada pilar é


proporcional à sua rigidez:

Ki
Fi = ------------- F
ΣKi

Ki = rigidez do pilar
Pilares com aparelho de apoio elástomérico – considerar a flexibilidade da
borracha para a deformação do pilar

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