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CONDUÇÃO DE OBRA
Contenções Periféricas
CET – Condução de Obra
Contenções Periféricas
Estruturas de Suporte
O material considera-se suportado se é mantido com uma inclinação maior do que
aquela que eventualmente tomaria se não existisse estrutura. As estruturas de suporte
incluem todos os tipos de muros e sistemas de contenção nos quais os elementos
estruturais estão combinados com solos e rochas.
•Sobrecargas
Deve ter em conta a presença na superfície do terreno ou perto dela de edifícios vizinhos,
veículos, gruas estacionadas e em movimento, materiais granulares armazenados,
mercadorias, contentores, etc.
•Peso da água
Para o cálculo do peso volúmico deve ter-se em conta se a água é doce, salgada ou
contaminada por matérias químicas ou outras
•Forças de colisão
Para a determinação dos valores de cálculo das forças de impulso deve ter em conta a
energia absorvida pelo sistema de suporte durante o impacto
•Efeitos da temperatura
O projecto de estruturas de suporte deve ter em conta o efeito das variações anormais de
temperatura no espaço e no tempo.
Devem ser tomadas especiais precauções, tais como a selecção de material de aterro
apropriado, a drenagem ou o isolamento, para evitar a formação de bolsadas de gelo no
terreno atrás das estruturas de suporte.
•Dados geométricos
Os valores de cálculo para os dados geométricos incluem o nível e a inclinação da
superfície do terreno, os níveis da água, os níveis de interface entre estratos, os níveis de
escavação, a forma da fundação, etc.
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Contenções Periféricas
O projecto de estruturas de suporte deve ter em conta os seguintes aspecto, quando tal for
apropriado:
•Efeitos da construção do muro ou da cortina, incluindo:
•A colocação de apoios temporários nas faces de escavação
•As alterações do estado de tensão “in situ” e os consequentes movimentos causados
pela instalação da cortina e pela construção
•A perturbação do terreno devida às operações de cravação ou furação
•A necessidade de acessos para a construção
•O grau de impermeabilização requerido para o muro construído
•A exequibilidade da construção do muro até um estrato de baixa permeabilidade e a
avaliação dos seus efeitos no regime da água no terreno
•A exequibilidade da construção de ancoragens no terreno adjacente
•A capacidade do muro para suportar as cargas verticais
•Para as estacas-prancha, a necessidade de uma secção suficientemente rígida para
serem cravadas até à profundidade projectada sem perda das ligações
•A estabilidade dos furos ou das valas preenchidos por lamas bentoníticas antes das
betonagens
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Contenções Periféricas
Situações deste tipo que se tentam resolver de forma simplista, são origem frequente
de graves acidentes, quer por descalço das fundações das construções existentes,
com consequente ruína, quer por aluimento de terras.
Quando tal acontece à que recorrer aos métodos de Construção Periférica, métodos
estes que estão em constante aperfeiçoamento, servindo de base para uma maior
segurança, atingindo-se assim maiores profundidades.
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Contenções Periféricas
Tipos de Contenções Periféricas
Escavação total seguida da
construção do muro
Muros de Suporte
Escavação e construção faseada e
alternada
Paredes moldadas
Contenções Muros de Berlim
Periféricas
Contenções Pré-fabricadas
Estacas-prancha
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Contenções Periféricas
Escavação total seguida de construção do muro de suporte
É este o processo mais utilizado pois também é aquele mais apetecível economicamente.
Em solos menos coesos só deverá ser utilizado este o método, quando for realizada a
escavação em talude, não podendo ser contígua a armaduras e construções existentes
excepto quando a camada de fundação das construções adjacentes for pelo menos à
mesma cota, e apresentar estrutura resistente em boas condições (evitando-se assim a
contenção de terras e o escoramento lateral).
A estabilidade deste muro pode ser garantida simplesmente pelo mesmo ou pela
realização de ancoragens ou pregagens.
Ancoragens são sistemas de suporte de muros que funcionam por furação dos
mesmos até uma profundidade onde se encontre um solo capaz de suportar as
tensões instaladas nos cabos. Cabos ( de pré–esforço ) estes que são colocados
em bainhas no interior dos furos e que posteriormente são tensionados por exemplo
com a ajuda de um macaco hidráulico, e desta forma garante-se a estabilidade do
muro.
Pregagens são sistemas idênticos que diferem pelo facto dos varões serem
nervurados e de extremidade roscada.
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Contenções Periféricas
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1-Furaçãodo muro (ou estaca -prancha), até uma profundidade onde o solo garanta a
fixação da ancoragem;
Procedimento geral:
1. Construção do muro guia;
2. Escavação de um painel;
3. Colocação de bentonite (bentonite = água + argila + cimento );
4. Colocação das armaduras;
5. Betonagem do muro;
6. Escavação do interior;
7. Construção da estrutura;
8. Corte das ancoragens (eventualmente)
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MATERIAIS CONSTITUINTES
5- Permite uma grande maleabilidade na programação das obras uma vez que a sua
execução é feita por painéis isolados;
6- Desde que sejam adoptados certos cuidados de execução, o acabamento final obtido
pode ser tal que, para certas situações seja dispensável qualquer tratamento posterior. É
esse o caso, por exemplo, de garagens;
No caso das paredes moldadas, a existência de juntas entre painéis verticais, não afecta
a impermeabilização da obra, desde que se adoptem dispositivos que são função da
carga hidráulica, da função da parede e do tipo de acabamento interior que se vai
pretender no caso de, após a escavação, ficar com face à vista.
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Consoante os casos, poder-se-á recorrer à injecção vertical das juntas com materiais
plásticos, ao tratamento do paramento interior com a introdução de um tubo dreno
revestido depois com argamassa hidrófuga, ao revestimento completo com caldas
betuminosas (ou outros produtos correntes no mercado) ou ainda à construção de uma
parede de acabamento, deixando um espaço vazio entre esta e a parede continua, o
que permitirá a recolha das água infiltradas, por intermédio de caleira que as leva ao
poço da estação automática de bombagem.
1- cravação das estacas -prancha com o auxílio de um bate estacas, por exemplo;
2- início da escavação e furação da primeira linha de ancoragens;
3- continuação da escavação e repetição de ancoragens se necessário;
4- início da construção da estrutura;
5- após a construção da laje ao nível do solo, corte das ancoragens e recuperação das
estacas -prancha se for o caso.
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EXEMPLO:
Centro Comercial de Santarém
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5) Betonagem possível a baixa temperatura, que impede o fabrico das estacas de betão.
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Desvantagens:
São introduzidos novos conceitos no que confere ao controlo de qualidade das matérias
primas (tendo-se reunido um conjunto de normas aplicáveis).São estipulados vários
requisitos em termos das propriedades do betão, no estado fresco e endurecido.
Especial atenção é colocada na durabilidade dos Betões através do estabelecimento de
limites para as relações A/C e quantidades de cimento ou ligante entre outros.
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Classe de Resistência
Passa a ser abandonado o prefixo "B", adoptando-se a letra "C" (do inglês concrete=
betão), seguida de um par de valores de resistência característica (unidades em
MPa), referida respectivamente a provetes cilíndricos 150x300mm e a proveres
cúbicos de 150mm de aresta.
exemplo: um B30 passaria a um C25/30.
É ainda introduzida uma nova classe de resistência, o C30/37 que se situará entre o
B35 e o B40 do RBLH.
Nota: É este o tipo de betão usado na obra apresentada.
A resistência à compressão passa a nível nacional a ser reportada a cubos de 150
mm de aresta, em detrimento dos cubos de 200mm.
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Contenções Periféricas
No quadro abaixo pode-se observar a correspondência entre as classes de resistência do
RBLH e da NP ENV 206.
Para os Betões caracterizados pela sua resistência à tracção, a NPENV 206 não estabelece
classes, sendo desta forma em parte recuperadas as determinações do RBLH. Assim será
adoptada para os Betões caracterizados resistência à flexão -tracção uma designação do
tipo FC3,5 (B3,5F do RBLH).
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Dimensão máxima do inerte (Dmáx.)
A máxima dimensão do inerte tem de ser escolhida por forma a que o betão aplicado na
peça não segregue quando colocado e compactado, proporcionando uma distribuição
homogénea. O Dmax. não deve ultrapassar: 1/4 da menor dimensão do elemento
estrutural;
A distância livre entre os varões diminuída de 5 mm; 1,3 x o recobrimento das armaduras.
A cura (protecção das superfícies do betão de uma secagem prematura), deverá ser iniciada
tão cedo quanto possível. Os métodos de cura passam pela utilização de filmes plásticos,
colocação de coberturas húmidas, aspersão com água das superfícies, manutenção das
cofragens contra o elemento betonado, etc.. A duração da cura é basicamente função do
grau de hidratação do cimento (entenda-se indirectamente: resistência) e das condições
ambientais (temperatura, humidade e vento).
A deficiência ou ausência destes cuidados podem potenciar comportamentos indesejáveis
como fissurações excessivas, fragilidade superficial do betão, diminuição da capacidade
resistente das peças, etc. pelo que os recomendamos vivamente em obra.
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Controlo de Qualidade do betão
Justificação Geotécnica:
•Reconhecimento e Prospecções
•Interpretação Geotécnica
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Reconhecimento e Prospecções
Sondagens no terreno
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Interpretação Geotécnica
Dada a evolução relativamente recente da Mecânica dos Solos torna-se evidente que as
fundações de edifícios antigos nem sempre foram construídas de forma adequada assim
como a sua segurança face ao derrubamento chegue a ser muito precária em alguns
casos, fazendo o terreno trabalhar a pressões de 500 a 1000 KPa em casos onde na
prática actual se ousa ultrapassar dos 200 KPa. Por isto, muitos edifícios não chegaram
aos nossos tempos por sucumbirem às suas próprias deficiências ou às acções em seu
redor, por vezes muito ligeiras porém suficientes para alterar um equilíbrio tão instável.
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Contenções Periféricas
Independentemente dos valores numéricos, mesmo na patologia mais frequente surgem
uma série de problemas que estão relativamente tipificados e que devem ter-se
presentes na hora de atribuir determinado comportamento:
•Elevadas pressões de trabalho por insuficiente área de carregamento
Deve recordar-se que o conceito de tensão admissível é relativamente recente e até ao
início deste século dominavam critérios quase exclusivamente geométricos, em função
das dimensões dos pilares ou muros a fundar segundo regras de Virtubio, Alberti, etc.. A
utilização de códigos (regras) locais de fundação levou a situações limite em finais de
XIX com o desenvolvimento em altura de edifícios.
•Apoio em camadas de capacidade de suporte insuficiente
Por estarem reduzidos os conhecimentos do terreno, em épocas anteriores, os simples
catamentos de observação ou as provas elementares como a fixação de barras ou
estacas, não nos é estranho que o apoio da fundação se fazia muitas vezes sobre
camadas pouco fiáveis ou debaixo das quais existam níveis brandos ou compressíveis.
Uma variante frequente deste caso é quando se sucedem no mesmo lugar diversas
culturas, edificando-se uma delas sobre os resto da anterior. Em alguns casos o
aproveitamento das fundações preexistentes é total como é o caso de reconstruções de
“reprodução exacta”, porém o mais frequente é uma sobreposição parcial e a
coexistência de fundações de várias idades.
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Contenções Periféricas
•Condições diferenciais de apoio
São frequentes nos edifícios antigos as grandes diferenças de assentamentos, muito
pequenas, produzindo em muros e divisórias ou, no caso de arcos ou abóbadas, a
ruína estrutural.
Descalço:
Em edifícios próximos de ribeiras não é raro que se produza um arraste progressivo do
terreno, ás vezes mascarado por muros ou pavimentações, que podem deixar sem
suporte parte das fundações. Às vezes também pode ter lugar um processo de erosão
interna por efeito de águas subterrâneas, fugas de tubos, etc.., que provocam um
arraste de partículas no rumo da rede de saneamento, cavidades, etc. . Este tipo de
erosão vai criando ocos que ao chegarem a determinado tamanho, função do tipo de
solo, colapsam bruscamente com graves efeitos para os elementos suportados.
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Contenções Periféricas
Vibrações:
Produzem assentamentos em solos granulares frouxos e solos com vazios em geral
e podem chegar a desmontar muros de alvenaria, arcos de abóbadas e construções
de blocos pouco cimentadas. A sua origem pode dever-se à circulação de tráfego
pesado, explosões em escavações ou pedreiras próximas, bombardeamentos,
maquinaria pesada, etc..
Terramotos:
Nos edifícios de alvenaria que conseguiram sobreviver aos terramotos, os efeitos
mais acusados são a desorganização dos arcos das abóbadas, o despreendimento
das cornijas, as fendas verticais em uniões ortogonais de muros, esquinas de
janelas, etc., abaulamento de paramentos, abertura de fendas no contacto entre
construções diferentes, efeito de aríete das vigas de madeira, etc..