Você está na página 1de 7

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

TIPOS DE PONTES E VIADUTOS

JENNIFER AKEMI DAL PIZZOL

FOZ DO IGUAÇU – PR
2018
O QUE SÃO PONTES E VIADUTOS

É uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não


acessíveis separados por rios, vales, ou outros obstáculos naturais ou
artificiais. São construídas para permitirem a passagem sobre o obstáculo a
transpor, de pessoas, automóveis, comboios, canalizações ou condutas de
água (aquedutos).
Quando é construída sobre um curso de água, o seu tabuleiro é
freqüentemente situado a altura calculada de forma a possibilitar a passagem
de embarcações com segurança sob a sua estrutura. Quando construída sobre
um meio seco costuma-se chamar as pontes de viadutos, como uma forma de
apelidar pontes em meios urbanos. Do contrário não pode ser usado, já que um
viaduto é um tipo de ponte que visa não interromper o fluxo rodoviário ou
ferroviário, mantendo a continuidade da via de comunicação quando esta se
depara e têm que transpor um obstáculo natural constituído por depressão do
terreno (estradas, ruas, acidentes geográficos, etc.), cruzamentos e outros sem
que este seja obstruído.
Viadutos são muito comuns em grandes metrópoles, onde o intenso
tráfego de veículos normalmente de grandes avenidas ou vias expressas não
podem ser ligeiramente interrompidos. Além de cidades que possuem muitos
acidentes geográficos, onde o viaduto serve para ligar dois pontos mais altos
de uma determinada região e relevo.

TIPOS DE PONTES

1. Ponte Viga (Beam Bridge): Esse tipo de ponte é o mais simples e barato.


Consiste em uma viga horizontal atravessando dois pilares verticais. Desta
forma, são utilizadas apenas para pequenas distâncias ou quando não será
preciso suportar muito peso. Sua construção, geralmente, começa com a
escavação para colocar os pilares, pois enterrá-los dá mais força à estrutura.
2. Ponte de Treliças: Essas pontes utilizam treliças — sistemas de barras de
aço entrelaçadas — para manterem sua sustentação. Deste modo, as treliças
das pontes são compostas de muitas barras de aço que, juntas, apoiam uma
grande quantidade de peso e se estendem por grandes distâncias.
Na maioria dos casos, o design, a fabricação e a montagem de treliças
são relativamente simples. No entanto, uma vez montadas, as treliças ocupam
maior espaço em comparação com outros modelos de pontes. As vigas de
ação ocupam uma extensão vinte vezes maior do que cabos de aço, e, em
estruturas mais complexas, isso pode servir como uma distração para os
condutores.
As treliças são utilizadas porque são estruturas muito rígidas, que
transferem a carga a partir de um ponto único a uma área muito mais ampla, o
que garante a absorção do peso e do impacto. As pontes de treliça apareceram
cedo na história das pontes modernas e são muito econômicas para construir,
uma vez que utilizam materiais de forma eficiente.

3. Ponte de Arco: Tem este nome devido à sua forma, é construída de pedra,
aço ou concreto. A estrutura da ponte gera apenas esforços de compressão no
arco principal, por este motivo é muito comum a utilização de pedras e
concreto.  A ponte mais antiga deste tipo ainda existe e foi construída na
Grécia em 1300 A.C. (Ponte Arkadiko). No entanto quem ficou conhecido por
construir pontes deste tipo foram os romanos.
4. Ponte Suspensa: é o tipo em que o tabuleiro (a porção de suporte para as
cargas) fica pendurado, sendo sustentado por cabos de suspensão verticais,
que agem como suspensórios. Assim, a tecnologia é relativamente simples:
 São utilizadas torres verticais, que são a conexão da ponte com o solo.
São elas que, verdadeiramente, suportam o peso do tabuleiro e do
tráfego acima da ponte;
 O peso do tabuleiro, ao invés de ser distribuído diretamente sobre as
torres, é transmitido para elas por meio dos cabos de suspensão;
 Há um cabo de longa extensão que liga uma torre a outra, e cabos
secundários que se ligam ao cabo principal. Com isso, pode-se garantir
uma maior distância entre cada uma das torres;
 Esse sistema é muito utilizado em regiões montanhosas;
 O tabuleiro deve ser construído com um excelente sistema de pro
tensão, para evitar os riscos de quebra da estrutura de concreto.
Por essas razões, essa ponte garante um ótimo sistema de dispersão de
energia. O tabuleiro absorverá grande parte da energia dos movimentos dos
carros, pois é uma estrutura com certo nível de flexibilidade — devido ao
sistema de pro tensão —, e os cabos transmitirão a energia para o solo,
dissipando a energia.
5. Ponte Estaiada: À primeira vista, a ponte estaiada pode parecer apenas
uma variação da ponte de suspensão, mas não deixe que suas torres similares
e as estradas penduradas o enganem.
As pontes estaiadas diferem das suas antecessoras por não precisarem
de duas torres para garantir a sustentação do tabuleiro. Cada cabo é
conectado diretamente à torre, não havendo necessidade de um cabo principal.
Por isso, as pontes que usam esse sistema têm os cabos sempre em posição
diagonal.
Assim, a torre de uma ponte estaiada é responsável por absorver e lidar
com forças de compressão. O esforço sobre a torre pode ser diminuído quando
utilizado aço no sistema de pro tensão, o que garante maior segurança e
absorção dos impactos sobre o tabuleiro.
A ponte estaiada é ideal para intervalos mais longos do que os
suportados pela cantiléver e mais curtos do que aqueles das pontes
suspensas. No Brasil, um grande exemplo de ponte estaiada é a ponte sobre o
Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo.

6. Ponte Balanço ou Cantiléver: O nome “cantiléver” vem do tipo de estrutura


utilizada nessas pontes. São sustentações que devem estar apoiadas a uma
estrutura sólida em apenas uma de suas extremidades.
Para se estender no espaço, o tabuleiro dessas pontes deve se apoiar
em vigas, que irão dissipar a energia gravitacional e cinética dos carros. Esse
sistema é independente de cabos para o tabuleiro às vigas. Porém, grandes
pontes cantiléver, projetadas para lidar com tráfego rodoviário ou ferroviário,
necessitam do uso de treliças feitas de aço estrutural.
Como em qualquer ponte com tabuleiros suspensos, deve ser utilizado
aço no sistema de pro tensão para evitar quaisquer rachaduras ou quebras na
estrutura. As primeiras pontes cantiléver apareceram no século XIX, quando a
necessidade de pontes mais longas surgiu para melhorar a infra-estrutura
ferroviária. Duas das pontes cantilever mais populares incluem a Ponte Quebec
do Canadá e Oakland Bay Bridge de San Francisco.
Para solucionar o problema de comprimento, os engenheiros da época
descobriram que a utilização de muitos suportes iria distribuir as cargas
igualmente entre eles e ajudar a atingir o comprimento necessário.

7. Ponte móvel: Estruturas que permitem que pedestres, ciclistas e carros


utilizem-nas na maior parte do tempo, podendo também, deslocar-se para
permitira a passagem de embarcações fluviais que possuem altura maior que a
do nível do tabuleiro.
8. Ponte flutuante: As pontes flutuantes são essencialmente estruturas
temporárias, embora algumas sejam usadas durante longos períodos. As
pontes flutuantes permanentes são úteis para travessias em que não é rentável
construir uma ponte ancorada. Estas pontes podem exigir uma secção que é
elevada ou podem ser levantadas ou removidas, a fim de permitir a passagem
de navios.

Você também pode gostar