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UNIVERSIDADE DE UBERABA

BRUNA GABRIELA SCHMIDT

TRABALHO MOMENTO 02 - PONTES

Professor: Tarniê Vilela


Disciplina: Estruturas Especiais

Uberaba - MG
2022
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Bruna Gabriela Schmidt

TRABALHO MOMENTO 02 - PONTES

Pesquisa sobre pontes apresentado ao Curso de


Engenharia Civil da Universidade de Uberaba -
UNIUBE, como requisito para a aprovação nas
Atividades de Estruturas Especiais.

Uberaba - MG
2022
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SUMÁRIO

1.0 PONTES TRELIÇADAS .......................................................................................................... 3


2.0 PONTES EM ARCO................................................................................................................. 4
3.0 PONTES ESTAIADAS ............................................................................................................. 6
4.0 PONTES PENSIL ..................................................................................................................... 8
5.0 PONTES EM PÓRTICO ........................................................................................................ 10
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 13
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1.0 PONTES TRELIÇADAS

As pontes treliçadas são compostas por treliças que são sustentadas por muitas barras de
aço. As treliças são utilizadas porque são estruturas muito rígidas. Que transferem a carga a
partir de um ponto único a uma área muito mais ampla. O que garante a absorção do peso e
do impacto.
As pontes treliçadas começaram a surgir cedo na história, muitas foram construídas entre
1870 a 1930. No Brasil são mais utilizadas em ferrovias, um dos exemplos é a ponte sobre o
rio Paraíba do Sul – Guararema.
A Ponte sobre o Rio Paraíba do Sul foi inaugurada em 1876, entre Mogi das Cruzes e Jacareí
o trecho ferroviário da linha Estrada de Ferro do Norte, absorvida depois (1890) pela Central
do Brasil. A mesma anteriormente era de madeira e foi substituída por uma de aço,
inaugurada em 1910. A ponte possui 165 metros de comprimento e é composta por dois semi
arcos.
Figura 01 – Ponte Ferroviária sobre o rio Paraíba do Sul – Guarema SP

Fonte: Patrimônio belga no Brasil.

Figura 02– Ponte Ferroviária sobre o rio Paraíba do Sul – Guarema SP

Fonte: Patrimônio belga no Brasil.


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2.0 PONTES EM ARCO

Pontes em arco podem ser confeccionadas em pedra, aço ou concreto em forma


de arco ou sustentada por muitos pilares consecutivos também em arcos. As estruturas em
arco podem ser classificadas conforme tipo de arco utilizado em sua construção, podem ser
projetadas com tabuleiro superior, sustentados por montantes, ou com tabuleiro inferior,
sustentado por tirantes ou pendurais. Existe ainda o sistema misto com o arco intermediário,
sustentado lateralmente por montantes e, no centro, por pendurais.
Os arcos são projetados de forma isolada, porém, entre eles deve haver um sistema de
contraventamento para evitar inclinações laterais e garantir a estabilidade do conjunto. Os
empuxos são transmitidos do tabuleiro para o arco através dos tirantes ou pendurais que
trabalham significativamente às tensões de tração.
Figura 03 – Formas construtivas de pontes em arco.

Disponível em: <https://files.passeidireto.com/6e45e2bf-c7e1-42c5-


a684-e23fcf48af79/bg3.png>. Acesso em: 9 nov. 2022.
A ponte rodoviária do Rio Zhijinghe, esta situada na China, é a ponte mais alta do mundo,
com altura de 294 metros. A ponte está situada na região de Três Gargantas, na China, na
rodovia G50 Expressway Xangai, entre as cidades de Yesanguan e Dazhiping.
A ponte possui um vão de 430 metros, inaugurada em 2019. A ponte foi feita com oito
tubos de aço de grandes dimensões que correm ao longo da parte de baixo do arco,
inicialmente ocos, após o arco ser fechado, o concreto foi bombeado para os tubos situados
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na parte de baixo da ponte. Levando em consideração a figura 03, a ponte se enquadra no


tipo “Ponte em arco elevada com tabuleiro superior.
Figura 04 – Ponte rodoviária do Rio Zhijinghe

Disponível em: <https://3.bp.blogspot.com/-


xMRqZ4Zjo4c/T41usAkjFOI/AAAAAAAAUlY/uOg5qdzGDUQ/s640/Zhijinghe-
Bridge-a-ponte-em-arco-mais-alta-do-mundo.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
Figura 05 – Ponte rodoviária do Rio Zhijinghe

Disponível em: <https://3.bp.blogspot.com/-


xMRqZ4Zjo4c/T41usAkjFOI/AAAAAAAAUlY/uOg5qdzGDUQ/s640/Zhijinghe-
Bridge-a-ponte-em-arco-mais-alta-do-mundo.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
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3.0 PONTES ESTAIADAS

As pontes estaiadas possem vários cabos conectados diretamente à torre, não havendo
necessidade de um cabo principal. Por isso, as pontes que usam esse sistema têm os cabos
sempre em posição diagonal. Assim, a torre de uma ponte estaiada é responsável por absorver
e lidar com forças de compressão.
O esforço sobre a torre pode ser diminuído quando utilizado aço no sistema de protensão,
o que garante maior segurança e absorção dos impactos sobre o tabuleiro. A ponte estaiada
é ideal para intervalos mais longos do que os suportados pela cantiléver e mais curtos do que
aqueles das pontes suspensas.
Um dos grandes exemplos de estrutura de ponte estaiada é o viaduto de Millau. O mesmo
alcança 343 metros de altura em alguns pontos, ficando atrás apenas da ponte Baluarte, no
México, com seus 403 metros de altura. A inauguração do viaduto aconteceu em 2004, porém
seus projetos tiveram inicio em 1987.
O viaduto é composto por 7 pilastras de concreto que dão sustentação a ponte, a ponte
possui o total de 36.000 toneladas de aço, além das 700 toneladas de aço por pilar, foram
utilizadas 5.000 toneladas de concreto protendido. Para construir a mesma foram gastos
aproximadamente 400 milhões de euro, a construção aconteceu em tempo recorde, em 2
anos e alguns meses.
A construção do tabuleiro foi realizada em solo, e depois deslocada de torre em torre: ao
todo oito torres temporárias foram construídas com aço, provendo sustentação adicional. O
deslocamento deu-se por um sistema hidráulico que empurrava lentamente as seções do
tabuleiro: a cada 4 minutos a plataforma se movia 600 mm. Esse deslocamento acontecia a
partir das duas extremidades da ponte, até que as seções “empurradas” se encontrassem num
ponto acima do Rio Tarn. A atenção às condições climáticas foi crucial para realizar esta
operação, já que o local podia sofrer ventos de até 130 km/h que prejudicariam o movimento
das seções.
Figura 06 – Viaduto de Millau em construção.

Disponível em: <https://www.actualidadviajes.com/wp-


content/uploads/2018/12/construccion-de-viaducto-millau.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
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Figura 07 – Viaduto de Millau em construção (Posicionando pilar).

Disponível em: <http://tekhton.com.br/wp-content/uploads/2016/11/750px-


MillauPylonLift.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.

Figura 07 – Viaduto de Millau em construção (Escoramento do tabuleiro).

Disponível em:
<https://civilizacaoengenheira.files.wordpress.com/2012/10/viaduto-millau-
construction.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
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Figura 08 – Viaduto de Millau em construção (Vista ampla).

Disponível em: <https://www.actualidadviajes.com/wp-


content/uploads/2018/12/millau-3.jpg.webp>. Acesso em: 10 nov. 2022.

4.0 PONTES PENSIL

As pontes pênsis surgiram devido a necessidade de atravessar rios e vales largos e altos e
ainda permitir a passagem de navios sob elas, ou seja, não poderia haver pilares de
sustentação. Um dos grandes desafios foi criar uma estrutura que aguentasse as vibrações
geradas por fortes ventos e abalos sísmicos.
Esse tipo de ponte é composto por torres situadas em suas extremidades e cabos de aço
responsáveis por distribuir as cargas e seu peso.
Em uma ponte Pênsil os cabos principais, primeiramente, são conectados ao maciço
rochoso de cada extremidade e então às torres. A plataforma da ponte é sustentada por cabos
secundários (cordas ou varas) verticais que a conectam aos cabos principais ao longo de sua
extensão, sendo assim seu peso se transfere em tensão aos cabos, que por sua vez se
transforma em compressão sob as torres. A tensão é equilibrada nas extremidades dos cabos
pelo esforço de ancoragem do solo.
Um exemplo de ponte Pênsil é a Ponte Pênsil de São Vicente, situada em Santos, a mesma
surgiu com a necessidade de aumentar o saneamento da cidade. O material utilizado na
construção da ponte foi importado da Alemanha, a ponte foi inaugurada em 1914, possuía
tabuleiro de madeira, o mesmo foi substituído após a reforma, que foi entregue no ano de
2015.
A ponte tem 6,4 metros de largura e um vão de 180 metros entre suas torres, sua pista
fica entre 4 e 6,5 metros acima da altura do mar, dependendo da maré. É suspensa por 16
cabos de aço, com quatro blocos de ancoragem e quatro torres de metal cobertas de concreto
com 20 metros de altura. A carga máxima permitida a transitar sobre a ponte é de 60
toneladas.
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Figura 09 – Ponte Pênsil de São Vicente.

Disponível em: <https://www.cidadeecultura.com/wp-content/webp-express/webp-


images/doc-root/wp-content/uploads/2020/09/IMG_6796.jpg.webp>. Acesso em: 10 nov.
2022.
Figura 10 – Ponte Pênsil de São Vicente, tabuleiro de madeira.

Disponível em: <https://www.cidadeecultura.com/wp-content/webp-express/webp-


images/doc-root/wp-content/uploads/2020/09/IMG_6796.jpg.webp>. Acesso em: 10 nov.
2022.
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5.0 PONTES EM PÓRTICO

As pontes em pórtico são conceituadas como a não utilização de aparelho de apoio entre a
superestrutura e a infraestrutura, a viga e o pilar são um único elemento estrutural, que permite
a transferência de momento fletores entre os elementos. São usuais quando existem pilares
esbeltos, ou deseja-se ter a mínima manutenção.

Um exemplo de ponte em pórtico é a ponte do Rio Niterói, uma das maiores pontes do mundo
e um marco para a engenharia brasileira. Com aproximadamente 13 quilômetros de extensão, essa
é a maior ponte sobre águas da América Latina. Além disso, ocupa o 11º lugar no ranking
internacional nesse quesito. E ainda, a ponte Rio-Niterói é considerada a maior do mundo em viga
reta contínua (o vão principal da ponte, em viga metálica soldada, possui 300 metros de
comprimento).

A ponte possui 13.290 metros de extensão, dos quais 8.836 metros estão sobre a água. A altura
do maior pilar é de 72 metros, possui uma largura de 26,60 metros e pesa 1,3 milhões de toneladas.

A obra para a construção da ponte custou em torno de 674.000.000 de dólares. Sua estrutura
conta com 1152 vigas, 43 mil cabos, 3250 aduelas de concreto, 1138 tubulões no mar, 103
conjuntos blocos-pilares no mar.

Foram utilizados 560 mil m³ de concreto, 238 mil m³ de cimento, 370 mil m³ de brita, 212 mil
m³ de areia, além de 39.000 toneladas de aço doce, 9.900 toneladas de aço duro, 24.500 toneladas
de chapas metálicas e 7.700 toneladas de perfis metálicos. A obra contou com 10.200 operadores.

A obra surgiu com a necessidade de fazer a travessia entre o Rio de Janeiro e Niterói, pois para
ter acesso era preciso fazer um trajeto de 100km. No reinado de Dom Pedro II tiveram a ideia de
construir um túnel, porem não foi dado continuidade.

A ponte passou por melhorias no ano de 2000, as mesmas foram necessárias pois em dias com
ventos fortes tinha que ser fechada. O problema foi sanado com a instalação do sistema de
Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS). O ADS é um conjunto de molas e contrapesos em aço
que totalizam 120 tf, distribuídos simetricamente no meio dos caixões do vão central. Com isso, as
oscilações da estrutura reduziram em 80%.

A construção da ponte Rio-Niterói apresentou diversos desafios de engenharia, com destaque


para: Concretagem submersa de elementos delgados (tubulões de 1,8m de diâmetro) em meio
agressivo (água do mar); Substituição do processo de montagem da superestrutura metálica
(comum na época) por um esquema ousado que consistia na montagem das vigas através de
segmentos pré-fabricados de até 5 mil tf.
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Figura 11 – Construção da ponte Rio Niterói.

Disponível em: <https://celere-ce.com.br/wp-content/uploads/2021/04/Obra-


da-ponte-Rio-Nitero%CC%81i.jpeg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
Figura 11 – Construção da ponte Rio Niterói.

Disponível em: <https://celere-ce.com.br/wp-


content/uploads/2021/04/Obra-da-ponte-Rio-Nitero%CC%81i.jpeg>. Acesso
em: 10 nov. 2022.
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Figura 12 – Ponte Rio Niterói.

Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/22/Rio_de_Janeiro_Po
nte_Niteroi_Aerea_102_Feb_2006.jpg>. Acesso em: 10 nov. 2022.
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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Patrimônio belga no Brasil. Disponível em: <http://www.belgianclub.com.br/pt-


br/heritage/ponte-sobre-o-rio-para%C3%ADba-do-sul-
guararema#:~:text=A%20origem%20do%20pontilh%C3%A3o%20%C3%A9>. Acesso em: 9
nov. 2022.
ENGWHERE. Ponte de Treliças, sistemas de barras de aço entrelaçadas e vigas de aço.
Disponível em: <https://www.engwhere.com.br/ponte-de-trelicas/>.
PR, J.; I. A ponte em arco mais alta do mundo. Disponível em:
<https://gigantesdomundo.blogspot.com/2012/04/ponte-em-arco-mais-alta-do-
mundo.html>. Acesso em: 10 nov. 2022.
ENGWHERE. Ponte Estaiada - Pode parecer uma variação da ponte de suspensão. Disponível
em: <https://www.engwhere.com.br/ponte-estaiada/>. Acesso em: 10 nov. 2022.
Viaduto de Millau, a ponte estaiada que vai te surpreender. Disponível em:
<https://engenharia360.com/viaduto-de-millau-a-ponte-estaiada-que-vai-te-
surpreender/>. Acesso em: 10 nov. 2022.
CARRIL, M.; CARRIL, M. Viaduto Millau. Disponível em:
<https://www.actualidadviajes.com/pt/el-viaducto-de-
millau/#:~:text=Decidido%20que%20a%20ponte%20seria>. Acesso em: 10 nov. 2022.
JR, A. E. Grandes Pontes da Engenharia Civil. Disponível em:
<https://alcancejr.com.br/grandes-pontes-da-engenharia-civil/>. Acesso em: 10 nov. 2022.
Ponte Pênsil de São Vicente, a história passa por aqui | Cidade e Cultura. Disponível em:
<https://www.cidadeecultura.com/ponte-pensil-de-sao-vicente/>. Acesso em: 10 nov. 2022.
Ponte Rio-Niterói: história, desafios e curiosidades da construção. Disponível em:
<https://celere-ce.com.br/grandes-obras/ponte-rio-niteroi-construcao/>. Acesso em: 10
nov. 2022.

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