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Pontes e Grandes Estruturas

Introdução ao estudo de pontes

Prof. Msc. Gabriel Trindade Caviglione


• Unidade de Ensino: 01
Apresentar as principais definições e classificações de pontes, além de
introduzir os principais sistemas estruturais deste tipo de edificação.
• Competência da
Conhecer os principais elementos componentes da estrutura de
Unidade de Ensino:
pontes, cargas permanentes, cargas móveis e trens tipo, assim como
fazer o levantamento de cargas móveis para vigas.
Nessa aula você vai conhecer os conceitos iniciais de pontes, será
• Resumo: introduzido os principais tipos de pontes e seu uso; irá aprender
também a fazer o levantamento dos carregamentos.

Pontes; pontes estaiadas; pontes em arco;


• Palavras-chave:
Conceitos fundamentais; tabuleiro;

• Título da teleaula: Introdução ao estudo de pontes

• Teleaula nº: 01
Contextualização da teleaula
• As pontes permitem conectar as rotas de
pessoas, de suprimentos, de informações
• Estas conexões trazem desenvolvimento e
riquezas para a sociedade

https://bit.ly/371PLFt
Contextualização da teleaula
Reflita
Como seria o mundo sem as pontes?
• Mais emocionante???
Você já precisou/tentou cruzar um rio
sem uma ponte? Qual é a economia de
transporte e tempo que uma ponte pode
trazer para seus usuários?
Fonte: https://rb.gy/cekznb
Contextualização da teleaula
• Unidade 1
• Introdução ao estudo de pontes
• Unidade 2
• Viga principal em concreto armado
• Unidade 3
• Viga principal em concreto protendido
• Unidade 4
• Grandes estruturas
Fonte: https://bit.ly/2FR4SWV
Classificação de pontes
Pontes e Viadutos
• La m → pons ou pontis
→ “construção que liga dois locais separados”;
• Ponte: obstáculo são rios ou braços de mar;
• Viaduto: obstáculo são vales, trechos de ruas ou rodovias.

Fonte: https://bit.ly/3l52a09 ; https://bit.ly/2FTldul


Partes de uma ponte
INFRAESTRUTURA
• Parte destinada a apoiar toda a
estrutura no terreno, transmitindo os
esforços para o solo ou rocha;
• Fundação da ponte ou viaduto → blocos de estacas,
sapatas ou tubulões.
MESOESTRUTURA
• São os pilares da ponte ou viaduto que apoiam toda a
superestrutura e transmitem as cargas para infraestrutura.
Fonte: Nogueira e Brisola (2019)
Partes de uma ponte

SUPERESTRUTURA
Lajes (ou tabuleiros) por onde se trafega
→ também composta por vigas principais
(longitudinais ou longarinas) e transversais (transversinas).

https://bit.ly/3lN6xwc
Tipologias Estruturais de Pontes
• Pontes em vigas;
• Pontes em arco;
• Pontes em treliças - vãos menores;
• Pontes pênseis (ou suspensas)
• Pontes em cantiléver;
• Pontes estaiadas
• Pontes em pórticos
Tipologias Estruturais de Pontes
• Pontes em vigas;
• Pontes em arco;
• Pontes em treliças
• Pontes pênseis (ou suspensas)
• Pontes em cantiléver;
• Pontes estaiadas
• Pontes em pórticos
Fonte: Nogueira e Brisola (2019) https://bit.ly/3nNjSqe
Tipologias Estruturais de Pontes
• Pontes em vigas;
• Pontes em arco;
• Pontes em treliças
• Pontes pênseis (ou suspensas)
• Pontes em cantiléver;
• Pontes estaiadas
• Pontes em pórticos
Fonte: Nogueira e Brisola (2019) https://bit.ly/3nNjSqe
Tipologias Estruturais de Pontes
• Pontes em vigas;
• Pontes em arco;
• Pontes em treliças
• Pontes pênseis (ou suspensas)
• Pontes em cantiléver;
• Pontes estaiadas
• Pontes em pórticos
Fonte: Marchetti (2008, p. 5). Nogueira e Brisola (2019) https://bit.ly/3nNjSqe
Ponte em São Paulo:
Soluções e alternativas
Situação Problema 01
Trainee - equipe técnica de uma grande empresa de projetos!
OAE rodoviária para transpassar um rio em São Paulo – vão de 25 m.

TAREFAS:
1) Esclarecer alguns pontos sobre os principais conceitos
de pontes e viadutos para a equipe técnica do projeto;
2) Justificar a escolha de uma ponte de concreto em
pórtico para esse projeto. Orçamento enxuto.
• 1) Grande diferença de uma ponte para um
viaduto é o obstáculo a ser vencido;
• Se for um corpo d’água → Ponte;
• Se for uma avenida, uma via ou um vale →
Viaduto;
• O obstáculo é um rio em São Paulo 
nomenclatura correta para se referir ao projeto
é ponte.

Fonte: https://bit.ly/2Qmouny
2) Ponte de concreto em pórtico – solução compatível com
o orçamento disponível;
• Orçamento controlado → necessidade de um sistema
estrutural comum que possa ser adaptado para
concreto moldado in loco ou pré-moldado;
• Pontes em arco, estaiadas e pênseis → sistemas mais
elaborados e caros;
• Pontes em can léver → em aço e não usuais, também
não são uma solução viável;
• Vão de 25 metros – descarta-se a ponte em treliça., pois
essa é recomendada para vãos menores.
Ponte em viga → vinculações não transmitem momentos fletores da viga
para a mesoestrutura;
Ponte em pórtico → melhor redistribuição dos esforços da viga principal.
Ponte São João – Porto / Portugal

Fonte: https://bit.ly/3aQ8LGR
Elementos de uma
ponte; métodos
executivos
Elementos componentes da estrutura

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Fonte: Marchetti (2008) Milani (2017); Nogueira e Brisola (2019)
• Juntas de dilatação - mecanismos entre elementos estruturais preenchidos por
materiais de alta capacidade de deformação;
• Barreiras rígidas - dispositivos de segurança em concreto para proteção lateral de
veículos;
• Drenos - captar e conduzir as águas pluviais da pista; posicionados nos dois lados
da seção transversal (vias com declividade transversal maior ou igual a 2%).
• Laje de aproximação - permite a transição entre o tabuleiro e a via de acesso à
ponte; estruturas enterradas; ligação com a cortina pode
ser feita mediante o uso de um aparelho de apoio fixo ou
articulação de concreto.
• Cortinas - estruturas de suporte para as lajes de aproximação e aterros
compactados; contenção da terra na região dos encontros das superestruturas.
• Viga transversina - viga no sentido transversal que atua, geralmente; são
dimensionadas para prevenir as deformações nas seções transversais da
superestrutura e melhorar a distribuição de cargas verticais entre as longarinas,
permitindo que o tabuleiro trabalhe como uma grelha.
• Vigas longarinas - pré-moldadas ou moldadas no local;
de concreto armado ou protendido;
Sistemas construtivos de pontes
1) Moldadas in loco:
• Superestrutura é executada
no próprio local, na posição
final, sobre um escoramento
denominado cimbramento,
em madeiras contraventadas entre si ou por
meio de estruturas tubulares montadas e
desmontadas.
https://bit.ly/375bg8p
2) Pré-moldados:
• Elementos da superestrutura executados fora do
local definitivo, normalmente no canteiro de obras;
• Pré-fabricados → executados em fábricas
especializadas e em pistas de concretagem.

https://bit.ly/2SSrARx
3) Em lançamentos sucessivos:
• Balanços sucessivos → superestrutura é executada progressivamente e elimina-se o
cimbramento;
• Própria estrutura já executada serve de apoio para a aplicação da estrutura
subsequente.

Fonte: https://bit.ly/2CTaM8T
Cargas Permanentes
em pontes
Cargas permanentes em pontes
• ABNT NBR 7187 (2003): São aquelas que
atuam em grande parte ou totalidade
da vida útil de uma ponte.
• Exemplos: peso próprio; força de
protensão; recalques;
revestimento asfáltico;

Fonte: Milani (2017); ROSAS (2016); https://bit.ly/3jQv6YIhttps://bit.ly/2SJelm6


Cargas permanentes em pontes
G = (Área ou volume de Concreto) x Peso específico = concentrada

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Cargas permanentes em pontes
G = (Área ou volume de Concreto) x Peso específico = Carga distribuída

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Esquema estático das cargas permanentes
• Peso de cada elemento estrutural
CARGA CONCENTRADA
• Peso dos elementos de revestimento OU DISTRIBUIDA

Elaborar Esquema estático da viga

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


DÚVIDAS??
PARTICIPEM!! =)

Atividade de interação:
Ponte em São Paulo:
Cargas permanentes
Situação Problema 02
Como Trainee de uma grande empresa de engenharia, você está
responsável por auxiliar o desenvolvimento do projeto de uma ponte.
• Você deve calcular o carregamento permanente da ponte,
considerando o peso-próprio da estrutura e eventuais revestimentos

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Resolvendo a Situação Problema 02

P= ??
Q=??

Fazer a conta do peso de cada elemento


Fonte: Marchetti (2008) Milani (2017); Nogueira e Brisola (2019)
Esquema estático das cargas permanentes
Fazendo-se as contas teremos os seguintes carregamentos permanentes
atuando ao longo do eixo longitudinal das longarinas

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Trem tipo e cargas
móveis
Cargas móveis em pontes e viadutos
• ABNT NBR 7188:2013 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes,
viadutos, passarelas e outras estruturas;
• Estruturas de pontes → sujeitas a uma “ação de carga em movimento, com
posição variável, aqui chamada
de carga móvel”; “trem-tipo”.

Fonte: o autor
• “Conjunto de carregamento móvel a ser aplicado à estrutura, em sua
posição mais desfavorável para cada seção de cálculo”;
• Veículo padrão - dimensões definidas e carga P (kN);
• Cargas distribuídas: multidão (presença de veículos menores e pedestres)
– p (kN/m2).

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Trem-tipo Rodoviário
Brasileiro – NBR 7188/2013

Fonte: Santo (2018)


Trem-tipo Rodoviário Brasileiro
– NBR 7188/2013
Fonte: Santo (2018)
Fonte: Nogueira e Brisola (2019)
Coeficiente
adicional; Linhas
de Influencia
Coeficientes de ponderação
• Majoração das cargas moveis verticais características;
• Coeficiente de Impacto Vertical – CIV: considera efeitos de
frenagem e aceleração dos veículos;
• Vãos < 10 m: 1,35;
• Vãos entre 10 e 200 m:
• Coeficiente de número de faixas – CNF:

• Coeficiente de impacto adicional – CIA: majora cargas móveis na


região (distância de 5m para cada lado) das juntas estruturais e
extremidades da obra;
• CIA = 1,25 para obras em concreto ou mistas;
• CIA = 1,15 para obras em aço.
Linha de Influencia:
Método de Müller-Breslau
Qual a posição critica, para um determinado efeito
de uma carga transitando sobre a estrutura?
• Fazer vários testes ou Linha de Influencia
1) Retirar o vínculo do esforço na seção que se analisa.
2) Impor um deslocamento unitário.
3) A deslocada será a linha de influência.
normal cortante vínculo fletor

Fonte: do autor
Método de Müller-Breslau: Momento Fletor
• Retirar o vinculo e aplicar uma rotação unitária cortante
• Ou
S fletor

𝜃
S
𝜂

𝜃 +𝜃 =1
𝑥
𝑙
Fonte: do autor
Método de Müller-Breslau: Esforço Cortante
• Retirar o vinculo e aplicar um deslocamento unitário cortante
• Ou
S fletor

∆= 1
𝜂
𝜂

𝑥
𝑙
Fonte: do autor
Ponte em São Paulo:
Cargas móveis
Situação Problema 01
Como Trainee de uma grande empresa de engenharia, você está responsável
por auxiliar o desenvolvimento do projeto de uma ponte – 2 faixas de tráfego,
com um vão de 25 metros;
• Você deve calcular os coeficiente de ponderação das cargas móveis,
escolher o trem tipo conforme a norma; posicionar os carregamentos
móveis corretamente na sua ponte buscando analisar
o caso de carregamento crítico para a viga principal.
Resolvendo a Situação Problema 03
• Posicionamento do trem tipo. -> maior carregamento

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Resolvendo a Situação Problema 03
• Coeficiente de Impacto Vertical – CIV: Coeficiente de impacto adicional – CIA:
Não analisado – não há juntas de dilatação no
meio do vão da ponte.

• Coeficiente de número de faixas – CNF – para 2 faixas


Resolvendo a Situação Problema 03
• Calculo das cargas sobre a longarina

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


Resolvendo a situação problema 03
• Fazendo-se as contas temos o seguinte
carregamento sobre as longarinas:

Fonte: Nogueira e Brisola (2019)


DÚVIDAS??
PARTICIPEM!! =)

Atividade de interação:
Recapitulando ...
• Elementos de uma ponte
• Tipos de pontes
Recapitulando ...
• Cargas permanentes
• Cargas móveis
• Trem Tipo
• Linha de influencia

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