ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO E

FUNDAÇÕES
PONTES E VIADUTOS
Dúvidas??
ME. – ROQUE RODRIGO RODRIGUES

ROQUE_RODRYGUES@HOTMAIL.COM (43)98499-1225
APRESENTAÇÃO
• Graduação;
• Especialização;
• Mestrado;
• Vida profissional.
ATIVIDADE PRÁTICA
• A atividade proposta consiste na escolha de uma modelo estrutural de
ponte e a confecção de uma revisão bibliográfica sobre suas principais
particularidades, elementos estruturais, processo construtivo e
exemplos de construções existentes. A equipe deverá confeccionar uma
maquete com palitos de sorvete, fio de pesca (nylon) e cola para
representar esquematicamente o modelo estrutural da ponte. O vão
mínimo é de 50cm e o tabuleiro da maquete deverá ter a largura de 1
palito de sorvete, permitindo o deslocamento de um carro miniatura.
Cada equipe irá apresentar os trabalhos, em formato Power Point,
contendo os tópicos principais de pesquisa, bem como o processo
construtivo da maquete (fotos). Durante a apresentação os discentes
devem utilizar a maquete para ilustrar o sistema estrutural.
CLASSIFICAÇÃO DE PONTES
TÓPICOS
• Classificação:
• Funcionalidade;
• Altimetria;
• Solução estrutural;
• Posição do tabuleiro;
• Tipo construtivo da superestrutura;
• Pontes pré-moldadas de concreto protendido.

6
CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS GERAIS
• Significado da palavra ponte:
• Pons ou pontis, significa construção que liga dois locais separados;
• Dois pontos separados por rios ou mar: ponte;
• Estrutura sujeira à ação de carga em movimento, com posicionamento variável, chamada
de carga móvel, utilizada para transpor um obstáculo natural (como rio, córrego, vale etc.)
(ABNT NBR 7187/2021).
• Vão até 2 metros: Bueiros
• Vão de 2 m a 10 m: Pontilhões
• Vão maior do que 10 m: Pontes
• Dois pontos separados por vale ou via: viaduto.

8
 CONCEITOS GERAIS

Ponte Estaiada Octavio

Frias de Oliveira (São Paulo)

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Fonte: https://flaviogfranca.com.br/skypixel-competition-cable-stayed-bridge-122017
CONCEITOS GERAIS
• Termos técnicos para partes da estrutura:
• Infraestrutura;
• Mesoestrutura;
• Superestrutura.

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Fonte: Amorim, Barboza e Barbirato (2010).
 CONCEITOS GERAIS
• Obras de Artes Especiais (OAEs): por causarem um impacto visual
positivo, sendo muitas vezes cartões de visita em várias cidades ao
redor do mundo.

Ponte Golden Gate

(Califórnia, EUA)

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Fonte: https://www.istockphoto.com/br/search/2/image?phrase=sao+francisco+california
Dúvidas??
FUNCIONALIDADE
FUNCIONALIDADE
• Ponte ferroviária

14
Fonte: encurtador.com.br/KNQRW
FUNCIONALIDADE
• Ponte rodoviária

15
Fonte: encurtador.com.br/yBFP5
FUNCIONALIDADE
• Passarelas

16
 FUNCIONALIDADE
• Ponte de aquedutos

Aquedutos da Lapa,
Rio de Janeiro

17
 FUNCIONALIDADE
• Ponte canal

Veluwemeer, Holanda.

18
 FUNCIONALIDADE
• Ponte aeroviária

Schkeuditz, Alemanha

19
Dúvidas??
ALTIMETRIA
ALTIMETRIA
• Ponte em nível ou horizontal:

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Fonte: https://www.magnusmundi.com/wp-content/uploads/2018/01/ponte-vecchio-00.jpg
ALTIMETRIA
• Ponte em rampa:

23
Fonte: http://mobilidadeurbanasp.weebly.com/uploads/9/8/9/8/98984744/published/177143835.jpg?1494964295
ALTIMETRIA
• Ponte em rampa:

24
Fonte: http://mobilidadeurbanasp.weebly.com/uploads/9/8/9/8/98984744/published/177143835.jpg?1494964295
ALTIMETRIA
• Ponte em curva:

25
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-_wgVx6Nybyk/VMDXVuqD9OI/AAAAAAAAoVw/8-XyhvHLl2Q/s1600/Banner_73.jpg
Dúvidas??
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
SOLUÇÃO ESTRUTURAL

28
Fonte: https://www.dreamstime.com/stock-illustration-types-bridges-linear-style-ison-set-icon-possible-use-infographic-design-vector-illustration-image96668299
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
Ponte em viga

Ponte em arco

29
Fonte: https://www.dreamstime.com/stock-illustration-types-bridges-linear-style-ison-set-icon-possible-use-infographic-design-vector-illustration-image96668299
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
Ponte em treliças

Ponte pênsil

30
Fonte: https://www.dreamstime.com/stock-illustration-types-bridges-linear-style-ison-set-icon-possible-use-infographic-design-vector-illustration-image96668299
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
Ponte em cantiléver

Ponte estaiada

31
Fonte: https://www.dreamstime.com/stock-illustration-types-bridges-linear-style-ison-set-icon-possible-use-infographic-design-vector-illustration-image96668299
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
Ponte em laje

32
SOLUÇÃO ESTRUTURAL
Ponte em pórtico

As vigas de sustentação do tabuleiro são contínuas à

estrutura dos pilares, fazendo com que parte da flexão das
vigas seja transmitida aos pilares, que podem ser verticais
ou inclinados,
33
Dúvidas??
POSIÇÃO DO TABULEIRO
POSIÇÃO DO TABULEIRO
• A classificação da posição do tabuleiro ocorre em função da localização
do sistema estrutural que o suporta, podendo ser:
• Tabuleiro superior, intermediário ou inferior;

36
 EXEMPLO
• Qual a classificação para a seguinte ponte?

37
Dúvidas??
TIPO CONSTRUTIVO DA
SUPERESTRUTURA
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Moldadas in loco: a superestrutura é executada no próprio local, na
posição final, sobre um escoramento correto também denominado
cimbramento, em madeiras contraventadas entre si ou por meio de
estruturas tubulares montadas e desmontadas.

40
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Moldadas in loco:

41
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Pré-moldados: os elementos da superestrutura são executados fora do
local definitivo, normalmente no canteiro de obras, por terem grandes
dimensões. Esse processo é muito utilizado para o concreto protendido,
principalmente quando existe alta repetição de vigas. As vigas são mais
frequentemente pré-moldadas, enquanto os pilares e as fundações,
comumente, são executados in loco.

42
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Pré-moldados:

43
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Lançamentos sucessivos: também conhecida como balanços sucessivos, a
superestrutura é executada progressivamente e elimina-se o cimbramento,
sendo que a própria estrutura já executada serve de apoio para a aplicação
da estrutura/segmento subsequente (podendo ser vigas ou aduelas). Esse
sistema construtivo é muito utilizado, pois permite que os trechos de
avenidas e estradas não sejam interrompidos durante a construção da ponte.

44
TIPO CONSTRUTIVO DA SUPERESTRUTURA
• Lançamentos sucessivos:

45
Dúvidas??
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE
CONCRETO PROTENDIDO
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO
• Objetivo: zerar as tensões de tração provenientes dos carregamentos
de uso nas peças estruturais e redução de fissuras;

• Funcionamento: aplicação de compressão (protensão) na região da

seção transversal que será tracionada;

48
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO
• Protensão total: uma força de protensão (P) zera a tração proveniente
do momento fletor (M).

49
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO
• Por usarem concretos e aços de alta resistências e pelo fato de toda a seção
transversal resistir às tensões aplicadas, as estruturas são mais leves, esbeltas
e bonitas, o que permite vencer grandes vãos, sendo, assim, um sistema
estrutural muito utilizado para pontes e viadutos. Além disso, o concreto
protendido fica livre de fissuras, pode ser mais durável e resistir melhor às
forças cortantes, devido à inclinação dos cabos de protensão próximos aos
apoios (BASTOS, 2018).

50
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO
• As armaduras no concreto protendido são denominadas ativas, pois não
apenas recebem tensões de tração, como no concreto armado, mas
também aplicam tensões de compressão no concreto, compensando a
tração existente, buscando zerá-la. As armaduras ativas normalmente
são cordoalhas de aço inseridas em bainhas metálicas (a), estiradas por
cilindro hidráulico (b) e ancoradas em placas de aço (c).

51
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO

52
PONTES PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROTENDIDO

53
Dúvidas??
 SITUAÇÃO PROBLEMA 01
• Você faz parte de uma equipe técnica de uma grande empresa de
projetos. Seu cargo é de trainee, e seu supervisor pediu para que você
esclarecesse alguns pontos sobre os principais conceitos de pontes e
viadutos para a equipe técnica do projeto, pois alguns membros ainda
têm dúvidas. Seu chefe também solicitou que você justificasse a escolha
de uma ponte de concreto em pórtico para esse projeto.

55
 SITUAÇÃO PROBLEMA 02
• Imagine que você seja um engenheiro contratado para executar uma obra de
reforma na laje de tabuleiro de um viaduto, que apresenta fissuras de
retração hidráulica na sua superfície. Sua missão é visitar o local e analisar
pontos importantes da laje e demais elementos do viaduto, caso necessário.
O viaduto foi projetado e construído com as vigas principais em concreto
protendido com protensão total e lajes em concreto armado.

56
 SITUAÇÃO PROBLEMA 02
• Apesar de o foco da reforma ser exclusivamente na laje, você, como engenheiro
muito observador, notou fissuras aparentes nas vigas principais, perpendiculares ao
eixo longitudinal da viga e majoritariamente localizadas no centro do vão. Apesar de
não possuírem grandes aberturas, as fissuras são bem visíveis. Você já sabe que é
possível aparecer fissuras em estruturas de concreto e que as vigas de concreto
armado trabalham fissuradas. Mas pensando que a viga deste projeto é de concreto
protendido, é necessário relatar essas fissuras da viga principal como ponto de
atenção no seu relatório de reforma? Por quê?

57
Dúvidas??
 EXERCÍCIO
• 1) As pontes podem ser classificadas segundo a disposição altimétrica,
sendo diferenciadas em nível, rampa ou curva. Dessa forma, apresente
quais são os principais critérios para a escolha de determinada
disposição altimétrica.

59
 EXERCÍCIO
• 2) Sobre as obras de arte especiais (OAEs) e seus objetivos, avalie as
afirmações abaixo:
I. O nome pontes é atribuído para soluções de engenharia que visam ligar dois lugares
separados por um rio ou rodovia.
II. A classificação das pontes (ou OAEs) são diversas, porém a mais usada é a classificação
por posição do tabuleiro.
III. Superestruturas, infraestrutura e mesoestrutura são termos comuns para se referir às
diferentes partes de uma ponte.

60
 EXERCÍCIO
IV. Ponte pênsil e ponte estaiada conseguem vencer vãos maiores que uma ponte
em concreto armado, principalmente por serem estruturas proporcionalmente
mais leves, envolvendo estruturas de aço.
V. Elementos de ponte pré-fabricados são produzidos em fábrica especializada,
em pistas de concretagem. Já o pré-moldado é feito no canteiro ou na fábrica
especializada.
Das afirmações acima, estão corretas:
a) I, IV e V.
b) II, III, IV e V.
c) III, IV e V.
d) III e IV.
e) III e V.

61
 EXERCÍCIO
• 3) As pontes em pórtico podem ser estruturas em concreto armado ou
protendido, de projeto e execução mais simplificada. Normalmente, são
vistas em viadutos e passarelas, sendo estruturas mais usuais, quando
comparadas às pontes de maior escala, como as estaiadas. A concepção
estrutural dessas pontes envolve a utilização de vigas contínuas.

• Para uma ponte em pórtico de concreto armado, assinale a alternativa

correta.

62
 EXERCÍCIO
• a) Uma ponte em pórtico possui apenas pilares inclinados.
• b) Um pilar de uma ponte em pórtico é solicitado não só à compressão, mas também à
flexão proveniente das vigas principais, o que é um ponto positivo para
dimensionamento e armação das vigas principais.
• c) Pontes em pórtico e pontes em vigas são similares visual e estruturalmente.
• d) Pontes em pórtico podem redistribuir tensões e vencer vãos maiores que uma ponte
pênsil.
• e) Vigas contínuas principais de pontes têm alta armadura positiva e baixa armadura
negativa.

63
 EXERCÍCIO
• 4) As pontes em concreto protendido são soluções interessantes para
vencer grandes vãos. Neste contexto, analise as asserções a seguir a
respeito de uma viga pós-tracionada com protensão total:

• I - O concreto protendido da viga recebe uma tensão de compressão

capaz de zerar as tensões de tração ao longo de sua vida útil, o que
torna o elemento mais esbelto e capaz de vencer grandes vãos.

64
 EXERCÍCIO
• PORQUE
• II - Nesse caso, o estiramento das cordoalhas de aço e consequente
compressão do concreto foi calculado e planejado, incluindo as perdas
de proteção intrínsecas do processo.
• Como base no texto acima, assinale a alternativa correta.

65
Dúvidas??
PROJETO GEOMÉTRICO E
CARGAS PERMANENTES
CONSIDERAÇÕES GERAIS

68
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Informações para um pré-dimensionamento:
• Distância entre os pontos de apoio;
Longarinas e
• Posição das fundações, conforme o solo; transversinas
• Alinhamento longitudinal;

• Alinhamento transversal;

69
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Informações para um pré-dimensionamento:
• Ângulo de interseção (reto ou esconso);

• Levantamento geotécnico e hidrológico;

• Raios mínimos de curva horizontal e vertical;

• Rampas máximas;

• Largura da faixa de rolamento.

70
CONSIDERAÇÕES GERAIS

71
CONSIDERAÇÕES GERAIS

72
PARTES DE UMA PONTE
74
75
76
PARTES DE UMA PONTE
• Viga transversina: viga no sentido transversal que atua, geralmente,
sem receber carregamentos principais da superestrutura;

• São dimensionadas para prevenir as deformações nas seções

transversais da superestrutura e proporcionarem uma melhor
distribuição de cargas verticais entre as longarinas, permitindo que o
tabuleiro trabalhe como uma grelha.

77
PARTES DE UMA PONTE

78
79
PARTES DE UMA PONTE
• Laje de aproximação: componente que permite a transição entre o tabuleiro
e a via de acesso à ponte ou viaduto.
• Enterradas;

• Ligação com a cortina pode ser feita através de apoio fixo ou articulação de concreto.

• A articulação de concreto permite uma rotação reduzida da estrutura, por meio da

redução da seção da peça a articular e deve trabalhar com tensões elevadas, visando
atingir a plastificação.

80
PARTES DE UMA PONTE
• Cortinas: são estruturas que servem de suporte para as lajes de
aproximação e aterros compactados, pois garantem a contenção do
solo na região dos encontros das superestruturas.

81
82
PARTES DE UMA PONTE
• Juntas de dilatação: são mecanismos entre elementos estruturais
preenchidos por materiais de alta capacidade de deformação e baixo
módulo de elasticidade, sendo assim, são capazes de permitir a
movimentação e deformação longitudinal da estrutura.

83
84
PARTES DE UMA PONTE
• Barreiras rígidas: são dispositivos de segurança de concreto para
proteção lateral de veículos. A NBR 14885 (ABNT, 2016) apresenta
modelos de domínio públicos, ensaiados de acordo com os níveis de
contenção propostos.

85
PARTES DE UMA PONTE
• Sistema de drenagem: os drenos (ou buzinotes) são tubos de pequeno
diâmetro e extensão variável para cada projeto, com a finalidade de captar e
conduzir as águas pluviais da pista.
• DNIT (2006), os buzinotes, de tubos galvanizados ou de PVC, podem ser posicionados
nos dois lados da seção transversal (no caso de vias com declividade transversal maior
ou igual a 2%) e suficientemente afastados de outros elementos estruturais, para que a
água captada e desviada por vento não atinjam outros elementos da estrutura.

86
PARTES DE UMA PONTE

87
PARTES DE UMA PONTE
• Apoio de vigas longarinas sem transmissão de momentos fletores: uso
de aparelhos de apoio em sistemas dimensionados a não restrição de
rotações ou deslocamentos em sentidos definidos;

• É possível o tratamento da análise estrutural separando a

superestrutura da infraestrutura, considerando os apoios
indeformáveis.

88
PARTES DE UMA PONTE
• Apoio de vigas longarinas sem transmissão de momentos fletores:

• Os aparelhos de apoio funcionam como rótulas e podem ser definidos como

rígidos (de material metálico ou de concreto) ou flexíveis (de elastômero, ou
borracha neoprene, com ou sem camadas internas de aço), sendo os modelos
de elastômero com camadas de aço largamente utilizados no Brasil,
chamados de neoprene fretado.

89
PARTES DE UMA PONTE

90
91
PLANTA BAIXA 92
 CORTE
LONGITUDINAL
93
94
 95
CORTE TRANSVERSAL
CORTE TRANSVERSAL
96
Dúvidas??
CARGAS PERMANENTES
CARGAS PERMANENTES
• De acordo com a NBR 7187 (2022), ações permanentes são aquelas
cujas intensidades podem ser consideradas como constantes durante a
vida útil da construção.
• Peso próprio dos elementos estruturais e também dos elementos que estão
atuando de forma permanente à estrutura da ponte, por exemplo, barreiras
rígidas, pavimentação, passeios, postes de iluminação, entre outros.
Definir o peso
Concreto armado
específico
= 25kN/m³
dos materiais
99
CARGAS PERMANENTES
• VALORES USUAIS DE PESO ESPECÍFICO:
• Concreto simples – 24 kN/m³.
• Concreto armado – 25 kN/m³.
• PESO DE ELEMENTOS NÃO ESTRUTURAIS (ACESSÓRIOS): Deve-se prever
além da pavimentação, um possível recapeamento.
• VALORES USUAIS DE PESO ESPECÍFICO:
• Concreto asfáltico – 24 kN/m³.
• Recapeamento – 2 kN/m².
• Lastro ferroviário – 18 kN/m³.
• TRILHOS E DORMENTES: Na ausência de indicações precisas deve ser
considerado no mínimo 8 kN/m por via.

100
Dúvidas??
 EXERCÍCIO
• Encontre as cargas permanentes no exercício disponibilizado em sala de
aula.

102
CARREGAMENTO MÓVEL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Uma ponte está sujeita a uma “ação de carga em movimento, com
posicionamento variável, aqui chamada de carga móvel”. A carga
móvel, em vias rodoviárias, é descrita pelo termo “trem-tipo”, o qual
representa um conjunto de carregamentos móveis composto de um
veículo padrão, com dimensões definidas e carga P, em kN
(Quilonewtons).

104
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• O veículo padrão deve assumir qualquer posição em toda a pista
rodoviária, preferencialmente com as rodas na posição mais
desfavorável para o cálculo do elemento estrutural em análise.
• Adicionalmente a esse veículo padrão, deve-se aplicar uma carga
distribuída, descrita pelo termo multidão, p, em kN/m² (Quilonewtons
por metro quadrado), representando a presença de veículos menores e
pedestres (para casos de obras com trecho de passeio para pedestres)
na região restante da pista rodoviária, preenchendo a ponte em toda a
sua extensão.

105
CONSIDERAÇÕES GERAIS

106
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• As cargas móveis verticais são veículos ideais com natureza e
determinada forma de utilização, que aplicada a uma estrutura possam
substituir QUALQUER VEÍCULO EXISTENTE ou a combinação DE VÁRIOS
VEÍCULOS SIMULTANEAMENTE, para a determinação das ações e
cálculo das solicitações (QUINTANILHA, 2022);

• No Brasil, a norma NBR 7188/2013 estabelece condições exigíveis de

cargas móveis a serem consideradas no cálculo das pontes rodoviárias e
passarelas de pedestres.

107
Dúvidas??
CARGAS
 CORTE
LONGITUDINAL

ÁREA DE CONTATO
PNEU/PAVIMENTO

110
CARGAS
• A carga Q (kN) é a carga estática concentrada aplicada no nível do
pavimento, com valor característico ponderada pelos coeficientes CIV,
CNF e CIA;

• A carga q (kN/m²) é a carga uniformemente distribuída, aplicada no

nível do pavimento, com valor característico ponderada pelos
coeficientes CIV, CNF e CIA;

• CIV: Coeficiente de Impacto Vertical;

• CNF: Coeficiente do Número de Faixas;
• CIA: Coeficiente de Impacto Adicional.

111
CARGAS
• CIV: Coeficiente de Impacto Vertical

• Liv: comprimento do vão teórico isostático, em metros, ou média dos vãos

teóricos contínuos. Em caso de estruturas em balanço, Liv pode representar o
comprimento do próprio balanço.

112
CARGAS
• CNF: Coeficiente do Número de Faixas

𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∗ 𝑛 − 2 > 9

• n: número inteiro de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre um
tabuleiro transversalmente contínuo.
• Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de tráfego da rodovia;
• Esse coeficiente não se aplica ao dimensionamento de elementos transversais ao sentido
do tráfego (lajes, transversinas etc.).

113
CARGAS
• CIA: Coeficiente de Impacto Adicional.

• CIA majora as cargas móveis na região das juntas estruturais e extremidades da

obra. Todas as seções dos elementos estruturais a uma distância horizontal
(normal à junta), até 5 m, para cada lado da junta, devem ser dimensionadas
com esforços devido à cargas móveis majorados.

114
Dúvidas??
DISPOSIÇÃO DAS CARGAS
DISPOSIÇÃO DAS CARGAS
• Observações:
• É usual denominar a carga móvel de trem-tipo. Entretanto existe o trem-tipo
que é o dado pela norma e o TREM-TIPO longitudinal que após as devidas
análises é aplicado à longarina para seu cálculo.

• O veículo-tipo, componente da carga móvel, é sempre colocado na posição

mais desfavorável.

117
DISPOSIÇÃO DAS CARGAS
• Isso significa que o veículo-tipo é colocado na posição mais
desfavorável nas Linhas de Distribuição Transversal de Carga (LDTC), e,
após o traçado das LDTCs e a consequente determinação do Trem-tipo
Longitudinal, este seja colocado na posição mais desfavorável nas
Linhas de Influência da peça analisada.

118
IMPORTANTE PARA NÃO CONFUNDIR

• VEÍCULO TIPO: É O DADO PELA NORMA NBR 7188/2013;

• TREM-TIPO LONGITUDINAL: CALCULADO COM AS LINHAS DE

DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL DE CARGA;

• EXISTE UMA LDTC E UM TREM-TIPO LONGITUDINAL PARA CADA UMA

DAS LONGARINAS.

119
Dúvidas??
CLASSE DE PONTES
(7188/2013)
 CLASSE DE PONTES (7188/2013)
• TB-450: definida por um veículo tipo de 450 kN, com seis rodas,
P = 75 kN, três eixos de carga afastados entre si em 1,5 m, com
área de ocupação de 18,0 m², circundada por uma carga
uniformemente distribuída constante de p = 5,0 kN/m² nas
faixas de tráfego e p’= 3 kN/m² nos passeios;

• TB-240: definida por um veículo tipo de 240 kN, com seis rodas,
P = 40 kN, três eixos de carga afastados entre si em 1,5 m, com
área de ocupação de 18,0 m², circundada por uma carga
uniformemente distribuída constante de p = 4,0 kN/m².
• Estradas vicinais municipais de pista simples e obras
particulares.
122
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
• Diferentemente das cargas permanentes e acidentais tem posições conhecidas e
determinadas podendo desta forma ser calculados os esforços na estrutura, as cargas
móveis possuem os valores conhecidos mas as posições de aplicação variam à medida que
os veículos percorrem a estrutura;

• Sua aplicação não é direta pois implica na análise da estrutura do tabuleiro da ponte onde
a geometria das peças e componentes estruturais irão determinar a Linha de Distribuição
Transversal da Carga – LDTC e posteriormente a determinação do Trem-tipo longitudinal
que será aplicado na Linha de Influência peça estrutural em análise e assim obter as
solicitações extremas (SdMax. e SdMín.) com as quais serão realizados os dimensionamentos
e as verificações necessárias.

124
FORMA DE APLICAÇÃO
• No cálculo da ação das cargas móveis sobre os elementos da ponte, é
importante o preparo do trem-tipo relativo ao elemento considerado.
Trata-se de determinar o conjunto de cargas concentradas e
distribuídas que servirão para carregar as linhas de influência relativas.

125
FORMA DE APLICAÇÃO
• Para incluir as cargas móveis na ponte, deve-se posicionar o veículo
padrão de forma a obter o máximo esforço em uma das vigas
longitudinais;

• Com isso, tem-se a distribuição do conjunto de carregamentos, para um

corte na região do veículo padrão e a distribuição na região em volta do
veículo padrão.

126
CORTE – SEÇÃO NA REGIÃO DO VEÍCULO PADRÃO

127
CORTE – SEÇÃO NA REGIÃO DO TABULEIRO

128
EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
1. INTRODUÇÃO: Ponte classe 45, bi-apoiada, reta, em nível, sem
iluminações, com 2 longarinas, transversinas de apoio nas cabeceiras e 1
transversina central. A ponte é em concreto armado com comprimento
entre eixos de apoio de 25,0m por 9,0m de largura. Possui nas 2 laterais,
passeios para pedestres com largura de 1,25m com guarda-corpo
metálico. O tabuleiro possui 2 pistas de rolamento com 3,25m cada,
totalizando 6,5m. Guia lateral (meio-fio) com parede inclinada para o
lado dos passeios, adentrando 5cm. A superestrutura está assentada em
aparelhos de apoio em elastômero fretado.

130
EXERCÍCIO
2. TABULEIRO: Ponte em vigas composta de 2 longarinas, 1 transversina
de meio e 2 transversinas de apoio. Laje com espessura constante de
20cm;

3. MATERIAIS: Concreto C25; Aço CA 50/60; Revestimento asfáltico tipo

CBUQ;

4. ANÁLISE: sistemas simplesmente apoiados.

131
VISTA 3D

132
EXERCÍCIO

PLANTA BAIXA - SUPERESTRUTURA 133

SEÇÃO TRANSVERSAL 134
CORTE B.B. - LONGITUDINAL
135
 NBR 7188/2013 – CARGAS MÓVEIS CLASSE 45

CARGAS DA CLASSE 45 NA SUPERESTRUTURA DA PONTE

P = 75,0  kN – Carga da roda majorada pelos coeficientes .
p = 5,0  kN/m² – Carga uniformemente distribuída da multidão no tabuleiro, majorada pelos
coeficientes .
p‘ = 3,0 kN/m² - Carga uniformemente distribuída da multidão nos passeios SEM MAJORAÇÃO 136
pelos coeficientes.
 CORTE A.A. – PELO VEÍCULO

CARGAS DA CLASSE 45 NA SUPERESTRUTURA DA PONTE

P = 75,0  kN – Carga da roda majorada pelos coeficientes .
p = 5,0  kN/m² – Carga uniformemente distribuída da multidão no tabuleiro, majorada pelos
coeficientes .
p‘ = 3,0 kN/m² - Carga uniformemente distribuída da multidão nos passeios SEM MAJORAÇÃO 137
pelos coeficientes.
 CORTE B.B. – FORA DO VEÍCULO

CARGAS DA CLASSE 45 NA SUPERESTRUTURA DA PONTE

P = 75,0  kN – Carga da roda majorada pelos coeficientes .
p = 5,0  kN/m² – Carga uniformemente distribuída da multidão no tabuleiro, majorada pelos
coeficientes .
p‘ = 3,0 kN/m² - Carga uniformemente distribuída da multidão nos passeios SEM MAJORAÇÃO 138
pelos coeficientes.
Como são 2 longarinas idênticas e tabuleiro com simetria bilateral, considera-se no eixo da longarina 1 o valor 1,00 e
com valor 0,00 na longarina 2.

O tabuleiro possui balanço nas 2 laterais, portanto, a linha da LDTC (ciano) prolonga-se até as extremidades. 139
 LDTC – LONGARINA 1 = LONGARINA 2 (Devido simetria)

Com o prolongamento aplicado e pela geometria determinam-se todos os demais valores necessários na LDTC
para aplicação das cargas móveis. Lembrando que são 2 situações: Corte pelo veículo e corte fora do veículo. 140
 LDTC COM CORTE
PELO VEÍCULO

Coeficiente de Majoração
ψ = CIV x CNF x CIA
ψ = CIV x CNF
ψ = 1,28x1
ψ = 1,28

Para carga concentrada “P” das rodas.

P = 75  = 75 x 1,28 - Portanto P = 96 kN. Buscando na LDTC, temos :
Q = P x (1,00 + 0,67) – Teremos então, no trem-tipo longitudinal Q = 160,32 kN. 141
 LDTC COM CORTE
PELO VEÍCULO

Coeficiente de Majoração
ψ = CIV x CNF x CIA
ψ = CIV x CNF
ψ = 1,28x1
ψ = 1,28

•Para carga uniformemente distribuída (p) da multidão na pista com coeficiente de impacto:
p = 5  = 5 x 1,28 - Portanto p=6,4 kN/m². Buscando na LDTC, temos (área sob carregamento)
qa = p x (0,58x3,50/2) – Teremos então, no trem-tipo longitudinal uma parcela qa = 6,50 kN/m.
•Para carga uniformemente distribuída da multidão no passeio p’: *
p‘ = 3,0 kN/m² (*SEM MAJORAÇÃO do coeficiente de impacto). (Temos área sob carregamento) 142
qb = p’ x ((1,24+1,08)*0,95)/2 – Teremos então, no trem-tipo longitudinal parcela qb =3,31 kN/m.
TREM-TIPO LONGITUDINAL PADRÃO

Com o corte pelo veículo podemos determinar os valores da FAIXA DO VEÍCULO:

➢Devido cargas centradas (P) do veículo determinamos as cargas centradas Q do trem-tipo:

Q = 160,32 kN
➢Devido cargas distribuídas das multidões p e p’, pela somatória determinamos o carregamento linear uniformemente distribuído de
q2:

q2 = qa + qb = 6,50 + 3,31 = 9,81 kN/m

143
 LDTC COM
CORTE FORA
DO VEÍCULO

Coeficiente de Majoração
ψ = CIV x CNF x CIA
ψ = CIV x CNF
ψ = 1,28x1
ψ = 1,28

•Para carga uniformemente distribuída da multidão na pista p:

p = 5  = 5 x 1,28 - Portanto p=6,4 kN/m². Buscando na LDTC, temos (área sob carregamento)
qc = p x (1,04x6,25/2) – Teremos então, no trem-tipo longitudinal uma parcela qc = 20,8 kN/m.
•Para carga uniformemente distribuída da multidão no passeio p’:*
p‘ = 3,0 kN/m² (*SEM MAJORAÇÃO do coeficiente de impacto). (Temos área sob carregamento)
144
qd= p’ x ((1,24+1,05)*1,15)/2 – Teremos então, no trem-tipo longitudinal parcela qd = 3,95 kN/m.
TREM-TIPO LONGITUDINAL PADRÃO – FORA DO
VEÍCULO
• Com o corte fora do veículo determinamos os valores da FAIXA FORA DO VEÍCULO:

• Devido cargas distribuídas das multidões p e p’, pela somatória determinamos o carregamento linear
uniformemente distribuído de q1:

q1 = qc + qd = 20,8 + 3,95 = 24,75 kN/m.

q1=24,75 kN/m q1=24,75 kN/m

145
TREM TIPO LONGITUDINAL DA LONGARINA 1 (PARA ESTE CASO É
IGUAL PARA A LONGARINA 2)

PELAS SOMATÓRIAS DOS CASOS (CORTE PELO VEÍCULO E FORA DO VEÍCULO):

➢Corte pelo veículo: Q = 160,32 kN. e q2 = 6,50 + 3,31 = 9,81 kN/m

➢Corte fora do veículo: q1 = 20,8 +3,95 = 24,75 kN/m.

Q=160,32 kN

Q=160,32 kN

Q=160,32 kN
q1=24,75 kN/m q1=24,75 kN/m
q2=9,81 kN/m

146
Dúvidas??
REFERÊNCIAS
• AMORIM, D.L.N.F.; BARBOZA, A.S.R.; BARBIRATO, J.C.C. Análise do comportamento de
sistemas estruturais de pontes em vigas utilizando a técnica da analogia de grelha aplicada ao
tabuleiro associada a um modelo de pórtico. In: MECOM Del Bicentenario – Macánica
Computacional, Vol. XXIX, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires, 2010, p. 133-157;
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 16694 – Projeto de pontes
rodoviárias de aço e mistas de aço e concreto. Rio de Janeiro, 2020.
• _______. NBR 7187 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2021.
• _______. NBR 7188 – Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre. Rio de
Janeiro, 2013.

148
REFERÊNCIAS
• _______. NBR 8800 – Projeto e execução de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço
e concreto. Rio de Janeiro, 2008.
• _______. NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estrutura de edificações. Rio de Janeiro, 2019.
• _______. NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
• _______. NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro,
2014.
• DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM (DNER). Manual de projeto de
obras-de-arte especiais. Rio de Janeiro, 1996. 225p. (IPR. Publ., 698).
• DEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT). Manual de projeto de obras-
de-arte especiais. Rio de Janeiro, 1996. 225p. (IPR. Publ., 698).

149
REFERÊNCIAS
• FREITAS, M. de. Infra-estrutura de pontes de vigas : distribuição de ações horizontais, método
geral de cálculo. São Paulo: Blucher, 2001. ISBN 9788521202905.
• MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado. São Paulo: Blucher, 2018. ISBN 9788521212782.
• MENDES, L. C. Pontes. Rio de Janeiro: Editora da UFF, 1998.
• PFEIL, W. Pontes em Concreto Armado vol. 1 e 2. 4ª Edição. Editora Livros Técnicos e
Científicos, Rio de Janeiro, 1990.
• Pontes e grandes estruturas. Porto Alegre: SAGAH, 2022. ISBN 9786556902098.

150
Dúvidas??