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SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Projeto de drenagem do Sistema Viário


Jardim Eldorado

Narandiba
1 . INTRODUÇÃO

A finalidade do presente projeto é determinar as características do sistema de


REDE DE DRENAGEM URBANA, “Jardim Eldorado”, no município de Narandiba.

2. APRESENTAÇÃO

Este projeto tem por objetivo estudar e apresentar os resultados e elaborar projeto de
drenagem para o “Jardim Eldorado”.
Os documentos que serviram de base para a elaboração deste projeto, foram o
levantamento planialtimétrico e cadastral da área em estudo, os projetos executivos
pertinentes à área como: urbanismo, sistema viário, geométrico e terraplenagem, na
escala 1:1000.

3. ÁREA DE PROJETO

“Jardim Eldorado” será implantado na Estrada Municipal – Alves de Almeida


próximo no Município de Narandiba – S.P.

A parcela da bacia que contribui às ruas do loteamento, e para a área interna do


loteamento foi delimitada com base no levantamento topográfico específico.

A superfície total da bacia a ser drenada é de 4,3514 ha, sendo esta dividida em
varias sub-bacias, que contribuirão através das ruas do loteamento. As águas pluviais
contribuintes escoarão superficialmente pelas ruas do loteamento, onde escoarão por
trechos com tubulação de 600mm pela rua 7 depois lançarão através de uma rede de
800mm no PV4 localizado a jusante da Faixa non Aedificandi, tubulação de 1000mm
localizado em dois trechos de 70,00m até chegada na bacia de contenção.
A partir da definição do volume do reservatório de contenção, e na impossibilidade
de direcionar a água para lançamento em corpo hídrico, há a necessidade de proceder
o seu esvaziamento, de modo seguro. vem ganhando destaque algumas medidas
estruturais dentro do conceito alternativo de drenagens urbanas, tais como:
reservatórios de detenção em lotes urbanos; Superfícies gramadas de percolação e
infiltração; trincheiras de infiltração como elementos isolados, nos lotes, ou como
componentes de um sistema integrado de estrutura de infiltração em grandes áreas;
Valas e caneletas de infiltração;galerias permeáveis;
Em resumo, as contribuições das áreas externas à área do loteamento ficam restritas
às áreas das sub-bacias delimitadas no corpo do desenho apresentado.

4. CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE PROJETO


4.1. VAZÕES DE PROJETO
4.1.1. Método Racional

Tendo em vista o pequeno porte da bacia hidrográfica, inferior a 50,00 ha, será
utilizado para o cálculo das vazões de dimensionamento das estruturas do
sistema de microdrenagem, o Método Racional, conforme abaixo:

Q = 166,67 . C . i . A

sendo:
Q: Vazão (l/s);
C: Coeficiente de escoamento superficial;
i: intensidade média da precipitação (mm/min); e
A: área da bacia (ha).

A concepção básica da fórmula proposta por este método é de que a máxima


vazão, ocasionada por uma chuva de intensidade uniforme, ocorre quando todas
as partes da bacia passam a contribuir para a seção de controle em estudo. O
tempo necessário para que isto aconteça, é medido a partir do início da chuva, e
é denominado tempo de concentração.

A simplicidade de sua aplicação e a facilidade do conhecimento e controle dos


fatores a serem considerados, torna seu uso difundido no estudo das cheias em
pequenas bacias hidrográficas.

4.1.2. Coeficiente de Escoamento Superficial “ C ”


Do volume precipitado sobre a bacia hidrográfica, apenas uma parcela atinge a
seção de controle em estudo, sob a forma de escoamento superficial. Isso ocorre
por perdas devidas ao armazenamento em depressões e à infiltração no solo. O
volume escoado é, portanto, uma parcela do volume precipitado e a relação entre
os dois é o que se denomina coeficiente de deflúvio ou de escoamento
superficial.

Os coeficientes podem ser obtidos a partir do Quadro 1, dentro dos critérios


recomendados na publicação Engenharia de Drenagem Superficial (Paulo
Sampaio Wilken, pág. 107 – CETESB/1978), sendo utilizado neste projeto o
valor 0,70 em função das características da área e a baixa declividade do terreno.

Quadro 1 - Valores de C
Valores de
Zonas
C
De edificação muito densa;
Partes centrais, densamente construídas, de uma cidade com ruas e 0,70 a 0,95
calçadas pavimentadas.

4.1.3. Intensidade de Precipitação


4.1.3.1. Período de recorrência “ T ”

O período de recorrência ou de retorno, é definido como o período de tempo


médio em anos dentro do qual é igualada ou superada pelo menos uma vez,
determinada intensidade de chuva.

Para o presente trabalho, será utilizado o período de retorno de 10 anos.

4.1.3.2. Intensidade de precipitação “ i ”

Para o desenvolvimento do projeto do sistema de drenagem de águas pluviais


foram considerados formulações e procedimentos amplamente divulgados e
aceitas no meio técnico.
para 10 ≤t ≤1440

onde:

i = intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em


mm/min.
T = anos
t = minutos

4.1.3.3. Tempo de concentração

O tempo de duração da chuva, igual ao tempo de concentração da bacia é o


tempo necessário para que a vazão da área de drenagem passe a contribuir para
a seção de controle em estudo, ou seja, o tempo em minutos que leva uma gota
d’água teórica para ir do ponto mais afastado da bacia até o ponto em estudo.
Para verificação da capacidade de escoamento das vias o tempo de
contribuição foi calculado da seguinte forma:

t = 10 + L/90 onde:
t = Tempo de concentração na seção considerada em min.
L = Distância entre o divisor da bacia e a seção considerada em m.
4.2. DIMENSIONAMENTO DAS GALERIAS

Posicionamento
As galerias deverão ser posicionadas no eixo das vias, devendo ser previstas
sempre que se tiver pelo menos uma das seguintes situações:
• Vazão contribuinte maior que 600 l/s ou do que a capacidade de escoamento
das vias;
• Velocidade de escoamento nas vias maior que 3,00 m/s; e
• Existência de pontos baixos, onde deverão ser implantadas bocas de lobo.

Diâmetro Mínimo
Adotamos os diâmetros, as declividades os degraus e as concordâncias das
tubulações, compatíveis com as vazões de projeto, pois não nos interessa neste
projeto que a galeria tenha uma alta velocidade, pois precisamos de um tempo
de concentração maior para redução da vazão à jusante.

Para os ramais de boca de lobo, ter-se-á diâmetros mínimos de 0,40m, para


BL’s duplas, e de 0,50m para BL triplas.

Alturas de Lâmina D’água


Admite-se a hipótese de lâminas d’água máximas iguais ao diâmetro da
tubulação, tendo-se procurado, no entanto, restringi-las a cerca de 80% do
diâmetro.

Limites de Velocidade
Os limites de velocidade d’água no interior das galerias serão os seguintes:
Vmin. = 0,75 m/s;
Vmáx. = 6,00 m/s (seção plena).

Velocidade de Escoamento
Para a verificação da velocidade de escoamento foi utilizada a fórmula de
Manning, a saber:

V = 1/n Rh 2/3 i1/2


onde:
V: velocidade (m/s);
n: coeficiente de rugosidade, adotado 0,014 (tubo de concreto liso);
i: declividade longitudinal (m/m)
Rh: raio hidráulico (m)

Capacidade de Escoamento

Q = A V onde:
A = Área da seção de escoamento em m².
V = Velocidade de escoamento em m/s.

4.3. CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS VIAS

O cálculo da capacidade de escoamento das vias será baseado no método em vigor


na CETESB, considerando-se a caixa da via como um canal de seção transversal
parabólica de flecha igual a 0,15m e o nível d’água tangenciando o vértice da
parábola, sendo que a lâmina máxima admitida na sarjeta é de 0,13m.
L

NA

0,30 0,30

Sendo:
V: velocidade de escoamento à seção plena (m/s); V  A.I 1 / 2

Q: capacidade de escoamento à seção plena (m3/s); Q  B.I 1 / 2


I: declividade longitudinal da via (m/m);
A e B: valores tabelados em função da largura da via; e
L: largura da via (m)

Figura 1 – Seção transversal típica das vias

A capacidade das vias será verificada conforme formulário apresentado abaixo, e de


acordo com os parâmetros constantes no Quadro 2.

Quadro 2 – Parâmetros para as vias

L (m) A B
7,00 11,3057 5,7004
9,00 10,7700 5,9902
10,00 10,6225 6,0250

4.4. VERIFICAÇÃO DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS VIAS

A verificação da capacidade de escoamento das vias mostra que pelos critérios


adotados com a verificação da bacia externa ao do Loteamento em questão se faz
necessária à implantação de captações ao longo das ruas, conforme indicadas em
projeto anexo.
5. BACIA DE CONTRIBUIÇÃO

6. TUBULAÇÃO A EXECUTAR:
A escavação Todo serviço de movimentação de solo será feito pela empresa
incorporadora proprietária, portanto os serviços não foram inseridos na PLANILHA
ORÇAMENTÁRIA.
Por toda extenção onde há tubulação, deverá ser aberta uma vala de 1,10m de
comprimento por 2,30m de profundidade.

A tubulação Deverão ser fornecidos dos tubos de concreto armado classe PA-2, seção
circular, com juntas rígidas argamassadas, para redes de águas pluviais e líquidos não-
agressivos, diâmetro nominal de 1.0000 mm; argamassa de cimento e areia, traço 1:3,
para a junta; argamassa de cimento e areia, traço 1:1, com hidrófugo, para o capeamento
externo da junta; guindaste para o orçamento, levante e assentamento dos tubos nas
valas.
Deverão ser feitos o alinhamento e nivelamento dos tubos; aplicação de juta ou estopa
alcatroada na ponta do tubo; encaixe da ponta do tubo, de forma centrada; execução e
aplicação da argamassa na bolsa do tubo; capeamento externo da junta com argamassa
impermeabilizante, formando respaldo de 45º em relação à superfície do tubo, e o
escoramento do tubo com solo proveniente da escavação.
Os serviços realizados deverão seguir a Norma Técnica NBR 8890.
A tubulação seguirá o desnível natural do terreno.

O fundo da vala escavada deverá receber um lastro de pedra brita antes do assentamento
dos tubos.

Os Poços de Visita deverá ser feita a execução do poço de visita, de 2,00 x 2,00 x 2,00
m, padrão PMSP (segue exemplo abaixo), constituída por: alvenaria de bloco de
concreto estrutural com revestimento em argamassa de cimento com areia média 1:5;
fundo em concreto armado e cinta de amarração superior para apoio de tampão em ferro
fundido.

Deverão ser fornecidos tijolo comum maciço, pedra britada, cimento, areia, cal
hidratada para a execução da chaminé com diâmetro interno de 70 cm, para poço de
visita padrão PMSP, constituído por: alvenaria de tijolo comum com revestimento em
argamassa: fundo de concreto e cinta de amarração superior para apoio de tampão em
ferro fundido.
7. CAPACIDADE DAS RUAS

VERIFICAÇÃO DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS VIAS BACIA 1


RUA 1
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 8+5,00 165,00 11,84 2,265340 377,565 0,70 0,8736 0,231 8,00 11,0061 5,8904 0,02132 1,607 0,861 Disp. Galeria
RUA 2
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 8+6,00 166,00 11,85 2,264860 377,485 0,70 0,7916 0,210 8,00 11,0061 5,8904 0,00500 0,779 0,417 Disp. Galeria
RUA 3
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
2+11,22 a 10+6,00 156,51 11,74 2,270150 378,366 0,70 0,8145 0,216 8,00 11,0061 5,8904 0,03405 2,031 1,087 Disp. Galeria
RUA 5
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 2+7,28 47,28 10,53 2,330100 388,358 0,70 0,1350 0,037 8,00 11,0061 5,8904 0,03655 2,105 1,127 Disp. Galeria
RUA 6
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 5+4,00 104,00 11,16 2,298480 383,088 0,70 0,4904 0,132 8,00 11,0061 5,8904 0,02351 1,688 0,904 Disp. Galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 2+14,00 56,20 10,63 2,325020 387,512 0,70 1,1354 0,308 8,00 11,0061 5,8904 0,02351 1,688 0,904 Disp. Galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
2+14,00 a 3+18,00 21,80 10,25 2,344450 390,750 0,70 0,4853 0,133 8,00 11,0061 5,8904 0,02351 1,688 0,904 Disp. Galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
3+18,00 a 7+16,00 52,00 10,58 2,327560 387,935 0,70 3,2160 0,874 7,00 11,3057 5,7004 0,02351 1,734 0,875 Disp. Galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
7+16,00 a 10+8,00 52,00 10,58 2,327560 387,935 0,70 3,5257 0,958 7,00 11,3057 5,7004 0,02351 1,734 0,875 galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
10+8,00 a 13+2,97 52,00 10,58 2,327560 387,935 0,70 4,0341 1,096 7,00 11,3057 5,7004 0,02351 1,734 0,875 galeria

VERIFICAÇÃO DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS VIAS BACIA 2


RUA 4
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
0 a 8+3,92 163,92 11,83 2,265820 377,645 0,70 0,3777 0,100 8,00 11,0061 5,8904 0,00753 0,955 0,512 Disp. Galeria
RUA 7
CONTRIBUIÇÃO CAPACIDADE
TRECHO EXTENSÃO t i i A Q CAIXA I V Q OBS
C
(min) (mm/min) (l/s.ha) (ha) (m³/s) L(m) A B (m/m) (m/s) (m³/s)
7+8.357 a 8+14.321 25,96 10,29 2,342390 390,407 0,70 2,3262 0,636 8,00 11,0061 5,8904 0,00753 0,955 0,512 Disp. Galeria
8. PLANILHA DE CAPACIDADE DAS RUAS

Planilha de Cálculo da Galeria


Área Contrib.
Trecho C tc l Vazão Compr. Seção Decliv. Capacid. Veloc. Cotas Galerias Cotas Terreno
(ha)
do tubo
PV a PV (min) (l/s ha) Parcial Acumul. (l/s) (m)  (m) (m/m) (m/s) Montante Jusante Montante Jusante
(l/s)

PV1-PV2 0,700 10,58 387,934 1,1354 1,1354 308,00 52,00 0,60 0,00500 403,57 1,43 422,500 422,240 424,000 423,800

PV2-PV3 0,700 11,19 382,861 3,2160 4,3514 568,94 52,00 0,80 0,00500 869,13 1,73 422,240 421,980 423,800 423,480

PV3-PV4 0,700 11,69 378,776 - 4,3514 838,66 57,00 0,80 0,00509 876,72 1,74 421,980 421,690 423,480 423,200

PV4-PV5 0,700 12,23 374,437 - 4,3514 1.117,73 71,34 1,00 0,00547 1.647,75 2,10 421,690 421,300 423,200 422,800

PV5-PV6 0,700 12,80 370,031 - 4,3514 1.406,30 70,00 1,00 0,00643 1.786,83 2,27 421,300 420,850 422,800 422,650
PV6-
dissipador 0,700 13,31 366,136 - 4,3514 1.406,30 70,00 1,00 0,00643 2.905,59 2,57 420,850 420,400 422,800 422,400
9. SISTEMA EXTRAVASOR:

Após sair da rede de 1000mm do empreendimento foi adotando métodos de baixo


impacto visando diminuir vazões até a área urbanizada localizada a sul do respectivo
empreendimento.

De acordo com o dimensionamento das bacias proposto pelo Eng.º Geolº Marcelo
Gomes de Oliveira Néias para atender o respectivo loteamento, seguindo a mesma linha
de pensamento de minimizar o impacto de implantação, critérios de valas/trincheiras de
infiltrações preenchidas com rachão foram adotadas para atender a vazão ali estimada
para a ÁREA DA BACIA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA PLUVIAL DO
LOTEAMENTO (4,3514 ha) será descrito abaixo os detalhes de projetos para
implantação do sistema de infiltração para o sistema extravasor.

A partir da definição do volume do reservatório de contenção, e na necessidade de


direcionar a água para lançamento em corpo hídrico, deveremos proceder o seu
esvaziamento, de modo seguro.

Assim será adotado uma trincheira extravasora. Esse sistema foi escolhido devido a
facilidade de implantação e custos reduzidos em comparação com outras técnicas.

A trincheira com seção triangular anexa em projeto de 315m de comprimento, que


permitirá o esvaziamento do reservatório de infiltração em aproximadamente 11,5
horas.

Sabendo a vazão da tubulação e o volume de água do reservatório é possível calcular o


tempo de esvaziamento.

Temos que o volume do reservatório a ser esvaziado é igual a:

(((56+60)*2)/2)*100= 11600m³

Sabendo a vazão do extravasor é de 280L/s que é igual a 0,280m³/s teremos:

11600/0,280=41.428,57 segundos, ou seja 11,51h.

9.1 CONTENÇÃO E CONTROLE

O método tradicional de drenagem de águas pluviais em áreas urbanas, seguindo a


política de saneamento do início do século XX, consiste em captar e afastar a água da
maneira mais rápida possível da fonte geradora de escoamento com sistemas de
drenagem eficientes, que visam minimizar a proliferação de doenças (SOUZA; CRUZ;
TUCCI, 2012). Contudo, nos últimos anos, têm-se questionado os impactos ambientais
da rápida evacuação das águas para jusante, uma vez que, com isso, as características
quali-quantitativas dos corpos hídricos receptores dessas águas são alteradas
significativamente (URBONAS; STAHRE, 1993).

9.2 TRINCHEIRAS
As trincheiras de infiltração infiltram o volume de água coletado no solo nativo através
da superfície do fundo e das laterais do dispositivo. Também, são preenchidos com
cascalho, pedras, ou outro material que proporcione vazios que drenem a água à jusante.

Os critérios de projeto, são:

As trincheiras são escavadas entre 1 e 2 m e preenchidas com agregados;


Funcionam como pré-tratamento com a remoção de sedimentos e outros materiais
finos;

A infiltração não deve ser utilizada onde a água subterrânea é vulnerável ou para sanar
problemas de poluição;

Neste contexto este trabalho buscou soluções de drenagem não convencionais para uma
área real, buscando a utilização preferencial de técnicas de baixo impacto, que
contemplem uma maior responsabilidade ambiental e que sejam tecnicamente viáveis.

Imagem 1
Fonte: o autor

O acesso a lagoa será através de uma rampa na inclinação de 8,33% e a eventual


manutenção das represas de detenção/infiltração se dará por servidão de passagem
vinculada a respectiva cessão de direito de uso da mesma.
Imagem 2
Fonte: o autor

A galeria chega à bacia de detenção e será ancorada no dissipador localizado no talude


da referida bacia, ao redor do dissipador será revestida com concreto para evitar erosão .

Imagem 3
Fonte: o autor

No será adotado bacias menores intermediárias pelo percurso ser longo, deverá ser 2
bacias feitas de pedras com 20 metros de diâmetro e 3 metros de comprimento e 2
metros de profundidade para atender a vazão total estimada conforme informado em
planta.
Imagem 4
Fonte: o autor

A extravasão será conforme indicado em planta, através de valas abertas no terreno


natural, preparação do berço com natura partindo da borda da represa de detenção, na
profundidade de 0,80m, com preenchimento total de pedra nº 4 e dotada de colchão de
Reno nas laterais e no fundo da vala.

Imagem 5
Fonte: o autor
Assim para que o nível do reservatório vá de completo (3 metros) para vazio (1m do
fundo) demora em torno de 11 horas e 30 minutos.
Planilha Estimativa
Item Descrição Unidade Quantidade Custo Valor
1 Galeria de águas pluviais R$ 263,212,52
1.1 Tubos R$ 92.907,10
Tubo de concreto (PA-2),
1.1.1 m 52,00 R$ 224,10 R$ 11.653,20
DN= 600mm
Tubo de concreto (PA-2),
1.1.2 m 109,00 R$ 224,10 R$ 24.426,90
DN= 800mm
Tubo de concreto (PA-2),
1.1.3 m 154,34 R$ 319,39 R$ 49.294,65
DN= 1000mm
Assentamento de tubo de
1.1.4 concreto com diâmetro de m 263,34 R$ 65,82 R$ 17.333,04
700 até 1500 mm
1.1.5 Lastro de pedra britada m³ 17,46 R$ 106,10 R$ 1.852,51
1.2 Equipamentos R$ 25.321,68
Poço de visita de 2,00 x 2,00
1.2.1 un 6,00 R$ 3.510,20 R$ 21.061,20
x 2,00 m - tipo PMSP
Chaminé para poço de visita
tipo PMSP em alvenaria
1.2.2 m 6,00 R$ 406,50 R$ 2.439,00
diâmetro interno 70 cm -
pescoço
Tampão em ferro fundido de
1.2.3 Ø 600 mm, classe 250 un 6,00 R$ 303,58 R$ 1.821,48
(ruptura > 250 kN)
1.3 Dissipador de Energia R$ 5.186,49
Alvenaria de bloco de
1.3.1 concreto estrutural 14 x 19 x m² 6,00 R$ 55,19 R$ 331,14
39 cm - classe B
Forma em madeira comum
1.3.2 m² 5,00 R$ 114,86 R$ 574,30
para estrutura
Armadura em barra de aço
1.3.3 CA-50 (A ou B) fyk= 500 kg 150,00 R$ 5,20 R$ 780,00
MPa
Armadura em barra de aço
1.3.4 CA-60 (A ou B) fyk= 600 kg 37,50 R$ 5,45 R$ 204,38
MPa
Concreto usinado, fck = 25,0
1.3.5 m³ 3,00 R$ 271,64 R$ 814,92
MPa
Lançamento e adensamento
1.3.6 de concreto ou massa em m³ 3,00 R$ 73,76 R$ 221,28
estrutura
Lastro e/ou fundação em
1.3.7 m³ 0,55 R$ 126,52 R$ 69,59
rachão manual
1.3.8 Chapisco m² 7,50 R$ 4,22 R$ 31,65
1.3.9 Emboço comum m² 7,50 R$ 13,06 R$ 97,95
Piso com requadro em
1.3.10 concreto simples sem m³ 4,00 R$ 515,32 R$ 2.061,28
controle de fck
1.4 Dispositivo de Infiltração R$ 139.797,25
Escavação de bacia de
1.4.1 H 1000,00 R$ 30,00 R$ 30.000,00
contenção de h=4,00m
Escavação mecanica de vala
1.4.2 m³ 131,08 R$ 8,47 R$ 1.110,25
com profundidade de 1,00m
FORNECIMENTO E
COLOCAÇÃO DE GABIÃO
TIPO COLCHÃO RENO, H
1.4.3 = 0,17M, DE MALHA 6 X m³ 860,00 R$ 126,00 R$ 108.360,00
8CM, GALVANIZADO,
REVESTIDO EM PVC, DE
FIO Ø = 2,0MM
REENCHMENTO DE
1.4.4 VALA EM m³ 60,00 R$ 5,45 R$ 327,00
COMPACTAÇÃO

Responsável Técnico: Proprietário:


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JÚLIO RODRIGUES ALVES ________________________________
CAU: A69650-1 SOLARIS INCORPORADORA E
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS S/S LTDA

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