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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
(Departamento Técnico e de Produção do Exército / 1946)

PORTARIA Nº 004 - DEC, DE 23 DE JANEIRO DE 2019


EB: 644444.000438/2019-70

Aprova o Caderno de Instrução para Avaliação de


Imóveis Rurais no âmbito do Exército Brasileiro.
(EB50-CI-04.005)

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, no


uso das atribuições constantes nos incisos I e III, do art. 3º do Regulamento do Departamento de
Engenharia e Construção (R-155), aprovado pela Portaria nº 891, do Comandante do Exército, de
28 de novembro de 2006 e em conformidade com o parágrafo único do art. 5º, o inciso II do art. 12
e o caput do art. 44, das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB10-IG-
01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011,
resolve:

Art. 1º Aprovar o Caderno de Instrução para Avaliação de Imóveis Rurais no âmbito


do Exército Brasileiro (EB50-CI-04.005), que será denominado “Orientações para a Avaliação de
Imóveis Rurais no Exército Brasileiro”.

Art. 2º Estabelecer que este Caderno de Instrução entre em vigor na data de sua
publicação.

Gen Ex CLAUDIO COSCIA MOURA


Chefe do Departamento de Engenharia e Construção

(Publicado no Boletim do Exército nº ____, de _____ de ______________ de 2019)

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CADERNO DE INSTRUÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS NO ÂMBITO
DO EXÉRCITO BRASILEIRO (EB50-CI-04.005)

ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pág
CAPÍTULO I - AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.1 Introdução.................................................................................................... 4
1.2 Objetivo........................................................................................................ 4
1.3 Conceitos Básicos........................................................................................ 5
1.4 Planejamento da avaliação.......................................................................... 13
1.5 A importância dos aspectos ambientais na avaliação de imóveis rurais..... 19
1.6 O laudo de avaliação de imóveis rurais – ANEXO A.................................. 20

CAPÍTULO II – A GEOINFORMAÇÃO E A AVALIAÇÃO RURAL

2.1 Geoinformação............................................................................................. 20

CAPÍTULO III – CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E RELEVO


3.1 Classes de capacidade e uso dos solos...................................................... 37
3.2 Caracterização dos fatores condicionadores do uso agrícola...................... 51
3.3 Critérios e ou variáveis empregados para avaliação de imóveis rurais....... 59

CAPÍTULO IV – PLANEJAMENTO E LEVANTAMENTO AMOSTRAL / DADOS


4.1 Pesquisa amostral de dados de mercado.................................................... 66
4.2 Banco de dados........................................................................................... 67
4.3 Vistoria dos dados coletados....................................................................... 69
4.4 Pesquisa de Opinião.................................................................................... 70
4.5 O tratamento dos dados de uma amostra – Padronização dos dados........ 71
CAPÍTULO V- METODOLOGIA RECOMENDADA PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
RURAIS
5.1 Avaliação de terras com uso do Método Comparativo Direto de Dados de
Mercado (venda e arrendamento)................................................................ 72
5.2
Tratamento por fatores................................................................................. 73
5.3 Dados Semelhantes..................................................................................... 76
5.4 Homogeneização dos Dados....................................................................... 76

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Continuação do ÍNDICE DE ASSUNTOS

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5.5 Saneamento dos Dados............................................................................... 77
5.6 Campo de Arbítrio........................................................................................ 84
5.7 Intervalo de Confiança (Predição)............................................................... 84
5.8 Grau de Precisão........................................................................................ 85

5.9 Valor total do imóvel rural / avaliando......................................................... 86


5.10 Desenvolvimento de Sistema para Tratamento dos Dados por
Homogeneização de Fatores...................................................................... 87
5.11 Tratamento por Inferência Estatística......................................................... 87
CAPÍTULO VI - CRITÉRIOS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO RURAL
6.1 ABNT NBR 14.653-3................................................................................... 88
6.2 Instrução Normativa da Secretaria do Patrimônio da União nº 05, de 28 91
Nov 18.........................................................................................................
CAPÍTULO VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.1 Elaboração das Estratégias de Atuação..................................................... 92
7.2 Dificuldades encontradas para avaliação de imóveis rurais)...................... 93
7.3 Lições aprendidas....................................................................................... 93
ANEXOS:
ANEXO A – MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL
ANEXO B – CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS
ANEXO C – FATORES PARA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
ANEXO D – FICHA DE VISTORIA
ANEXO E – MAPA COM O TRAJETO E OS PONTOS RELEVANTES E SEUS
REGISTROS
ANEXO F – PESQUISA DE OPINIÃO
ANEXO G – MODELO DE TABELA DE INFORMAÇÕES DOS IMÓVEIS
RURAIS
ANEXO H – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA
(VERSÃO ALFA)

REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO I
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS

1.1 INTRODUÇÃO
1.1.1 A avaliação de imóveis rurais é uma atividade que vem sendo trabalhada por
diferentes profissionais (normalmente os mais habilitados são os Engenheiros Agrônomos
e Florestais e os Agrônomos) e consiste na determinação técnica do valor de um bem ou
de seus rendimentos, gravames, frutos, direitos, seguros ou de um empreendimento para
uma data e um lugar determinado. (Glossário de Terminologia do IBAPE-SP).
1.1.2 O trabalho do engenheiro de avaliação rural é o de identificar, presumir e analisar
todas as informações relevantes e interpretá-las no contexto dos princípios econômicos.
O mesmo deve ser capaz de entender o valor das terras e analisá-las, relacioná-las e
correlacioná-las com a propriedade em foco, desta forma, ele terá um bom perfil de um
avaliador de imóvel rural.
1.1.3 Para a avaliação de propriedades com vocação rural faz-se necessário que o
avaliador tenha amplo conhecimentos de economia agrícola, perspectivas agrícolas
nacionais e internacionais, tendências para valor de terras, entendimento sobre as boas
práticas culturais, mercado de commodities e o lucro originário desta atividade, processo
de produção agrícola e suas colheitas, composição de solos, conservação e manejo do
solo, recursos hídricos, meio ambientes, aspectos fundamentais que envolvem o
financiamento rural e, em especial, os programas governamentais de apoio ao
desenvolvimento rural. Por isso ressalta-se a importância do conhecimento do avaliador
em todos os aspectos que tangem o mundo avaliação de imóveis rurais.

1.2 OBJETIVO
1.2.1 A presente cartilha tem o objetivo de mostrar metodologias que podem ser usadas
na confecção de laudos para imóveis rurais no âmbito do Exército Brasileiro (EB). Tão
logo, sabemos que não são exclusivas, pois outros métodos costumam ser utilizados,
desde que sejam atendidas as exigências das normas que regem o mundo das
avaliações. Sabemos, ainda, que o EB tem sob a sua jurisdição diversos imóveis em
várias regiões do país e que muitos desses imóveis apresentam vocação rural para
arrendamento, ou destinados para um melhor uso, haja vista que o EB cumpre a função
social das terras, como descrito na Constituição Federal de 1988.

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1.2.2 A Constituição Federal de 1988 foi o marco definitivo para garantir o instituto da
função social da propriedade. Dessa forma, o artigo 5º da Carta Magna, que trata dos
direitos e garantias fundamentais do ordenamento nacional, traz em seus incisos XXII e
XXIII, o seguinte:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[…]
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
[…] "

1.2.3 Assim, a função social da propriedade se torna matéria de ordem constitucional, de


mesma hierarquia que o próprio direito de propriedade. Com efeito, o instituto está
previsto em diversos dispositivos constitucionais, de sorte que se torna princípio
direcionador de todo o ordenamento jurídico infraconstitucional.
1.2.4 A função social da propriedade atua também como diretriz para o exercício de
direitos constitucionalmente garantidos, enquanto elemento condicionante do direito de
propriedade.
1.2.5 Os argumentos aqui mencionados mostram a importância e a valoração do
arrendamento no âmbito do EB, justificando, assim, a função social prevista em Lei que
visa a cooperar sobre o incentivo ao cultivo e, em especial, ao desenvolvimento agrário do
país.
1.2.6 O valor dos bens imóveis reside na sua capacidade de gerar renda, que é
proporcionada pela localização, condições de acesso, infraestrutura pública nas
proximidades, aptidão dos solos às atividades inerentes, infraestrutura de apoio no próprio
imóvel, condições climáticas, restrições ambientais e legais, capacidade de
gerenciamento, dentre outras inúmeras variáveis. Tais variáveis são encontradas em
muitas áreas do EB e, por isso, podemos dizer que as mesmas são sempre "desejadas"
pelos grandes produtores do Brasil que estão sempre voltados para a produção em larga
escala, contribuindo, assim, com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

1.3 CONCEITOS BÁSICOS


1.3.1 O Estatuto da Terra (Lei nº 4.504, de 30 / 11 / 1964), define em seu artigo 4º o
seguinte:
Artigo 4º - Para os efeitos desta Lei, definem-se:

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“I - “Imóvel Rural”, o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização
que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de
planos públicos de valorização, ou quer seja, pela iniciativa privada;
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo
agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a
subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região
e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;
III - "Módulo Rural", a área fixada nos termos do inciso anterior;
IV - "Minifúndio", o imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da propriedade
familiar;
V - "Latifúndio", o imóvel rural que:
a) exceda à dimensão máxima fixada na forma do artigo 46, § 1º "alínea "b", desta Lei,
tendo-se em vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas regionais e o fim a que se
destine;
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou superior à
dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às
possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja,
deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de
empresa rural.
Demétrio (1991), do ponto de vista jurídico, conceitua terra (ou "bem-de-raiz") como
qualquer porção da superfície terrestre sobre o qual podem ser exercidos os direitos de
propriedade que dizem respeito não somente à área da superfície, mas também a coisas
como a cobertura vegetal natural, as construções e outras benfeitorias feitas pelo homem
(plantações, por exemplo).
1.3.2 Ainda conceituando, o autor Demétrio subdivide a terra em: espaço, natureza, fator
de produção, bem de consumo, situação, propriedade e capital, cujas definições são:
- Terra como espaço - espaço cúbico (jazidas minerais) e espaço acima da superfície
(construções e explorações agrícolas);
- Terra como natureza - ambiente natural determinado pelas condições climáticas,
topográficas e edáficas;
- Terra como fator de produção - fonte natural de alimentos, fibras, materiais de
construção, minerais e outras matérias-primas utilizadas na sociedade moderna. Está
estreitamente ligado ao conceito de terra como "bem-de-consumo";

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- Terra como situação - modernamente, grande importância é atribuída ao conceito de
terra como situação, isto é, sua localização em relação e mercados, vias de acesso e
outros aspectos socioeconômicos. Em avaliação de imóveis rurais a situação do imóvel
aparece, em escala de grandeza, logo após a capacidade de uso, na estimativa do valor
das terras;
- Terra como propriedade - tem conotações com os direitos e responsabilidades que
indivíduos ou grupos exercem sobre a posse de uso da terra.
1.3.3 O INCRA, na sua Instrução Normativa 08/93, Anexo II, item 4.1, apresenta o
seguinte conceito de terra nua “Considera-se terra nua a terra com suas acessões
naturais, nos termos dos artigos 43, inciso I, e 64 do Código Civil”.
1.3.4 O antigo Código Civil apresenta a seguinte definição:
"Art. 43. São bens imóveis:
I. O solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo”.

1.3.5 No Novo Código Civil, temos:


“Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente”.
“Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias”.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável, ou seja, de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor."

1.3.6 Dando continuidade a alguns conceitos que tangenciam o assunto em destaque,


não poderíamos deixar de classificarmos os imóveis rurais nos seguintes aspectos:
1.3.6.1 Classificação de imóvel rural:
1.3.6.1.1 Quanto à exploração:
- não explorado;
- de lazer e turismo;
- de agricultura;
- de pecuária;
- de silvicultura;
- agroindustrial; e
- misto.
1.3.6.1.2 Quanto à terra:
- bruta;

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- nua; e
- cultivada.
1.3.6.1.3 Quanto às benfeitorias:
- produção vegetal (culturas);
- construções (casas, galpões, cercas) e instalações (rede de energia elétrica, rede de
distribuição de água); e
- obras e trabalhos de melhoria das terras.
1.3.6.1.4 Quanto aos recursos naturais:
- florestais;
- hídricos; e
- minerais.
1.3.6.1.5 Quanto aos frutos:
- renda de exploração direta (proprietário/possuidor);
- aluguel;
- arrendamento; e
- parcerias.
1.3.7 DEFINIÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.3.7.1 Não podemos falar de um imóvel rural sem que antes mostremos sua composição.
1.3.7.2 Desta maneira, podemos descrever cada um dos componentes dos imóveis rurais
como mostra a Figura 01.
1.3.7.3 Terra nua: são as terras cultiváveis e em alguns casos as não cultiváveis. Cabe
destacar que o método comparativo direto de dados de mercado é a metodologia
recomendada pela ABNT, na norma brasileira NBR 14.653-3: 2004 (Avaliação de Bens -
Parte 3: Imóveis Rurais) para avaliação de terra nua.
1.3.7.3.1 Alguns fatores influenciam no valor da terra nua, dentre eles a classe de
capacidade de uso e a situação, pois são os dois fatores mais utilizados pelos avaliadores
de imóveis rurais. Os valores também podem variar em função de fatores, tais como:
localização do imóvel, facilidade de acesso, tamanho da propriedade, topografia,
fertilidade, disponibilidade de água, pedregosidade, aptidão agrícola, outros usos
alternativos, mercado imobiliário, etc.

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IMÓVEL RURAL

Terra Nua Culturas


Máquinas e
Benfeitorias Implementos
Produtos e materias
Semoventes diversos

Recursos Naturais Outros

FIGURA 01 – Composição de Imóveis Rurais

1.3.7.3.2 Para cálculo do Valor da Terra Nua (VTN) é considerado o valor venal do imóvel
e são subtraídos os valores de benfeitorias, culturas permanentes e investimentos
necessários à produção.
1.3.7.4 Benfeitorias: são as construções e instalações.
1.3.7.4.1 As benfeitorias podem ser do tipo:
- Produtivas: fazem parte do processo produtivo (galpões, silos, armazéns, cercas,
currais, estradas, entre outros). Abrangem todas as inovações introduzidas no imóvel rural
capazes de proporcionar rendimentos, oriundos da venda de seus produtos:
reflorestamentos, pastos cultivados ou melhorados, culturas permanentes, etc.
- Não Produtivas:: relacionadas
relacionada ao capital fundiário auxiliar e abrangem todas as
inovações introduzidas no
no imóvel rural que não proporcionam rendimentos próprios,
embora contribuam para o êxito das explorações. São os chamados melhoramentos
fundiários (trabalhos de conservação do solo, sistemas de irrigação e drenagem, açudes e
outros trabalhos de efeito permanente
permanente ou prolongado, efetuados no próprio solo).
1.3.7.5 Semoventes: definidos como
mo o capital de exploração fixo,
fixo vivo. São os: rebanhos,
gado de leite, de corte, equinos, suínos, caprinos, dentre outros.
1.3.7.6 Recursos naturais: desde que não tenham sido
do considerados junto com a terra

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nua- tudo aquilo que pode ser considerado como dádiva da natureza que se encontra
sobre o solo, fixado ou não a ele, ou mesmo logo abaixo da superfície e que possa ser
extraído para vender ou ser usado na propriedade tais como: matas e capoeiras (madeira
e lenha), pedreiras e cascalheiras, jazidas diversas, nascentes e quedas d'água.
1.3.7.7 Culturas: o avaliador deve fazer breve estudo da região para que possa entender
o contexto das culturas da região. Desta forma, avaliar as características agrícolas com
levantamento dos plantios, fazendo uma relação das culturas existentes e da superfície
ocupada, indicando o grau de produtividade para cada cultura.
1.3.7.8 Máquinas, motores e implementos: também chamado de capital de exploração
fixa, inanimado, abrangem os veículos, tratores, máquinas de beneficiamento, conjunto
moto - bomba, arados, grades, ferramentas e utensílios, arreios, mobiliário e outros.
1.3.7.9 Produtos e materiais diversos: chamados de capital de exploração circulante
incluem os produtos adquiridos no comércio (sementes, mudas, fertilizantes, corretivos,
rações, produtos adquiridos no comércio, produtos fitossanitários, combustíveis e
lubrificantes) ou os produzidos na propriedade e ainda não vendidos como colheitas
pendentes ou armazenadas, estrume e outros.
1.3.7.10 Um imóvel rural terá finalidade avaliatória, nas seguintes condições:
- utilização do imóvel (cultivos agrícolas, pastagens ou reflorestamento);
- raridade desse tipo de imóvel;
- localização (características da região); e
- quantidade de água disponível (topografia e natureza do solo).
1.3.8 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.3.8.1 De acordo com a legislação, a avaliação de imóveis rurais consiste na
determinação técnica do preço de mercado do imóvel como um todo, estando aí incluídas
as terras, seus recursos naturais e benfeitorias. No entanto, convém mencionarmos que
os componentes são separados no momento da avaliação.
1.3.8.2 As terras são avaliadas em função de sua capacidade de uso, localização e outros
fatores, porém sem vegetação e sem benfeitorias, dentro do conceito de terra nua.
1.3.8.3 Para um imóvel ser considerado rural, não basta que se situe em área rural ou não
urbana, inclusive, ele pode estar localizado em área urbana e ser considerado rural. Para
tal, basta que seja explorado com finalidades rurais, como: produção de grãos e frutos,
criação de animais, produção de madeira, etc., ou seja, são áreas onde a melhor
alternativa de exploração econômica é qualquer uma das atividades agropecuárias
existentes.
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1.3.8.4 Cabe dizer que é importante que seja consultado o Plano Diretor da
localidade/região em que está inserido o imóvel em estudo. Os imóveis de destinação
rural são aqueles que apresentam como melhor alternativa o seu uso para a exploração
agrícola e agroindustrial, mas não significa que obrigatoriamente estão situados na zona
rural.
1.3.8.5 Quando falamos de metodologia para avaliação de imóveis rurais é recomendado
decompor a avaliação das propriedades rurais em pelo menos dois elementos distintos:
benfeitorias e terra nua. Da mesma forma, é importante que as benfeitorias sejam
separadas em: reprodutivos e não reprodutivos.
1.3.8.6 Entretanto, além destas características intrínsecas das propriedades rurais
citadas, o valor das mesmas é também influenciado por fatores externos, principalmente
relacionados aos acontecimentos do mercado agropecuário em que está inserida a
unidade de produção avaliada.
1.3.8.7 Também é objeto de avaliação de imóvel rural as máquinas e equipamentos, os
veículos, os semoventes, as florestas nativas e os produtos diversos.
1.3.8.8 Desta feita, é conveniente que o avaliador esteja apto a estudar a complexa
estrutura produtiva que engloba diversos elementos que interagem para a expressão
máxima de uma propriedade rural, garantindo assim sua melhor e mais eficiente
capacidade produtiva.
1.3.8.9 Tais elementos podem ser naturais, como: terra; recursos hídricos; recursos
florestais; etc; ou não, como: culturas; construções e edificações; obras e melhorias no
terreno; etc.
1.3.9 Considerações da Lei 5.194/66, Lei 9.636/98, Decreto Lei 9.760/46, NBR 14.653-1 E
3, Resoluções do CONFEA atinente à avaliação de imóveis rurais e IG 10-03, IR 50-13, IR
50-12.
1.3.9.1 A Lei nº 5.194/1966 é responsável por regular o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo.
“Seção IV - Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades.
[…]
Art. 7º- As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do
engenheiro-agrônomo consistem em:
[…]
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e
divulgação técnica.
[…]"

1.3.9.2 Lei nº 9.636, 1998 - Dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e


alienação de bens imóveis de domínio da União.
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1.3.9.3 Decreto Lei nº 9.760, 1946 - Dispõe sobre os bens imóveis da União e dá outras
providências.
1.3.9.4 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 14.653, Parte 1 –
Procedimentos Gerais (2001) e Parte 3 - Avaliação de Bens: Imóveis Rurais (2004) são
utilizadas pelos Avaliadores de Imóveis Rurais. Desta forma iremos destacar os principais
aspectos da norma vigente e tecer alguns comentários sobre a sua aplicação prática.
1.3.9.5 A ABNT NBR 14.653-3/2004 detalha as diretrizes e padrões específicos de
procedimentos para a avaliação de imóveis rurais, especialmente quanto à aos:
- instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas;
- classificação de sua natureza;
- descrição das atividades básicas;
- definição da metodologia básica;
- identificação do valor de mercado ou outra referência de valor;
- especificação das avaliações; e
- requisitos básicos de laudos e pareceres técnicos de avaliação.
1.3.9.5.1 É necessário mencionarmos que parte da ABNT NBR 14.653-3/2004 é exigível
em todas as manifestações técnicas escritas, vinculadas às atividades de Engenharia de
Avaliações de Imóveis Rurais. Para tanto, não se tem a intenção de esgotar a matéria e
sempre que for julgado conveniente, deve-se complementar ou atualizar a legislação para
atender aos objetivos propostos nos laudos que são realizados, haja vista a peculiaridade
e a atipicidade dos laudos que são confeccionados para arrendamentos de imóveis rurais
jurisdicionados ao Exército Brasileiro.
1.3.9.6 No que diz respeito às resoluções do Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia (CONFEA), podemos destacar as seguintes:
1.3.9.6.1 Resolução nº 218, 1973 - Discrimina atividades das diferentes modalidades
profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
“Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às
diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior
e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:
[…]
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
[…]
Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes
a engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações
complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas; recursos naturais
renováveis; química agrícola; agropecuária; edafologia; processo de cultura e de
utilização de solo; parques e jardins; mecanização na agricultura; implementos
agrícolas; agrostologia; economia rural e crédito rural; seus serviços afins e
correlatos”.

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1.3.9.6.2 Resolução nº 342, 1990 - Discrimina atividades relativas a empreendimentos
agropecuários, florestais, agroindustriais,entre outros:
“Art. 1º - Os empreendimentos agropecuários, florestais, agroindustriais e de
armazenagem, com ou sem utilização de Crédito Rural e Incentivo Fiscal, exigem
a participação efetiva e autoria declarada de profissionais legalmente habilitados,
no concernente ao desempenho das atividades abaixo discriminadas, desde que
exercidas no âmbito de suas atribuições profissionais:
[…]
b) avaliação de quaisquer bens rurais para fins de garantia do empreendimento,
bem como de execução judicial.
[…] "

1.3.9.6.3 Resolução nº 345, 1990 - Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível
Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia.
“Art. 1º - Para os efeitos desta Resolução, define-se:
[…]
c) AVALIAÇÃO é a atividade que envolve a determinação técnica do valor
qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento.
[…]
Art. 2º - Compreendem-se como a atribuição privativa dos Engenheiros em suas
diversas especialidades, dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos
Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas, as vistorias, perícias,
avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis, suas partes
integrantes e pertences, máquinas e instalações industriais, obras e serviços de
utilidade pública, recursos naturais e bens e direitos que, de qualquer forma, para
a sua existência ou utilização, sejam atribuições destas profissões.
Art. 3º - Serão nulas de pleno direito as perícias e avaliações e demais
procedimentos indicados no Art. 2º, quando efetivados por pessoas físicas ou
jurídicas não registradas nos CREAs”.

1.3.9.6.4 IR 50-13: Instruções Reguladoras de Utilização do Patrimônio Imobiliário da


União Jurisdicionado ao Comando do Exército.
1.3.9.6.5 IR 50-12: Instruções Reguladoras às Instruções Gerais para a Alienação de
Bens Imóveis pelo Exército.
1.3.9.6.6 IG 10-03: Instruções Gerais para a Utilização do Patrimônio Imobiliário do
Comando do Exército.

1.4 PLANEJAMENTO DA AVALIAÇÃO


1.4.1 São muitos os fatores que envolvem uma avaliação de imóveis rurais, dentre eles
podemos destacar o planejamento.
1.4.2 Sabemos que para uma boa avaliação necessitamos ir a campo, conhecer o bioma,
meios de acesso, pavimento, condições de tráfego (inclusive nas chuvas), a região,
características dos solos, atividades produtivas (agricultura, pecuária, florestal,
extrativista), os meios de produção, áreas cultivadas, estágio atual das plantações,
produtividade esperada, custos de implantação e custeios, atividades praticadas na região
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(agricultura e pecuária) instalações (galpões, armazéns, curral, cercamentos), recursos
naturais (matas, reservas), disponibilidade de água, escoamento da produção (mercado
interno e externo) e vários outros fatores que estão relacionados com a avaliação de um
imóvel rural.
1.4.3 Para o melhor andamento e sucesso na avaliação, é necessário que uma equipe de
trabalho seja escolhida e que a mesma atenda às legislações. Convém que na equipe
tenha ao menos um Engenheiro Agrônomo, haja vistas as necessidades e relevância dos
trabalhos de avaliação de imóveis rurais. No entanto, é evidente que o ideal é que uma
equipe multidisciplinar seja escolhida para a realização do trabalho.
1.4.4 Desta forma, destacamos ser imprescindível a colaboração de um topógrafo (com
conhecimento em QGIS/operador de drone), um Eng. Civil (com conhecimento em
avaliações e que tenha habilidades para atuação de campo), motorista e um conhecedor
do avaliando e seu histórico (militar da OM em que está inserido o avaliando).
1.4.5 Da mesma maneira, temos alguns materiais de campo que são necessários no
momento da avaliação. São eles:
- material de anotação;
- máquina fotográfica;
- GPS;
- drone (se possível);
- viatura (dependendo da região 4x4);
- combustível;
- água / catanho;
- repelente / protetor solar; e
- pagamento por informação do valor médio da atividade praticada na região (Pesquisa de
Opinião) emitida pelas imobiliárias.
1.4.6 Cabe destacarmos que uma fotografia e a marcação dos pontos valem muito mais
que mil palavras, ou seja, a documentação fotográfica, bem como o uso do GPS podem
ratificar todas as evidências do laudo, permitindo dessa maneira que o avaliador tenha
total segurança para apresentar os dados do seu laudo.
1.4.7 Destacamos que no planejamento deve ser abordado o tempo necessário para as
pesquisas de mercado e fontes de informação para obtenção das amostras. Segue abaixo
uma breve lista dos possíveis locais que podem ser consultados pelos avaliadores:
a. Imobiliárias;
b. Escritórios de Contabilidade;
14/184
c. Corretores de animais;
d. Cartórios de imóveis;
e. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);
f. Sindicato Rural;
g. Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
h. Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER);
i. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER);
j. Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural (EMPAER);
k. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
l. Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO); e
m. Universidades.
1.4.8 Em conclusão ao tópico referente ao planejamento temos a estimativa do tempo
médio necessário para a confecção de um laudo de imóvel rural.
1.4.9 Importante esclarecer que a estimativa proposta é quando o avaliador não é da
região em que está inserido o imóvel avaliando.
1ª Etapa(*) Conhecimento do avaliando e da finalidade do laudo (vistoria do avaliando e ciência
da documentação) = 7 dias
2ª Etapa Estudo da região e tipo de exploração local para decisão da metodologia a ser
adotada = 3 dias
3ª Etapa (*) Busca por dados de mercado e vistoria dos dados = 15 dias

4ª Etapa Escolha da metodologia e elaboração do laudo (depende dos dados que conseguiu
levantar) = 20 dias
Caso os dados sejam excluídos, conforme metodologia escolhida, e seja necessária a
5ª Etapa busca de mais dados, volta-se à 3ª Etapa (porém, com o prazo reduzido para
aproximadamente 7 dias) e segue-se para a 5ª Etapa (20 dias)

MÉDIA DE 45 a 72 DIAS (dependendo da complexidade do caso e apoio para elaboração)


TEMPO

(*) O número de dias dessas etapas podem sofrer alterações e aumentar; isso dependerá da agilidade do
apoio logístico para o avaliador conseguir fazer a vistoria e da disponibilidade de documentos do avaliando.

O trabalho minucioso do avaliador pode ser a chave do sucesso para o seu laudo
de avaliação.

1.4.10 O AVALIANDO
1.4.10.1 É de grande importância que o avaliador disponha de plantas, mapas da região e
solicite ao proprietário do imóvel toda a documentação como, por exemplo: cadeia
dominial, levantamento topográfico, imagens de satélite, históricos de produção, dentre
outras do local em que se encontra o avaliando. Exemplos podem ser observados nas

15/184
Figuras 02 e 03. Além
lém desses dados,
dados é interessante que o avaliador também tenha
disponibilidade para a obtenção dos seguintes
seguintes dados básicos do imóvel:
a. características físicas como fertilidade, drenagem, pedregosidade, topografia, grau
de erosão, permeabilidade, restrições climáticas;
b. situação:
ituação: estradas de acesso, condições de tráfego, distâncias a centros de
referência;
c. produções
roduções vegetais, áreas cultivadas, produtividade,
produtividade, condições fitossanitárias,
estado de conservação dos solos; e
d. mercado
ercado consumidor (oferta e procura).
1.4.10.2 Ainda sobre o bem avaliando,
avaliando é importante que o avaliador tenha em mente que
todas essas características podem sofrer variações em função do local e da época em
que a avaliação está sendo realizada.

FIGURA 02:: Caracterização da região do avaliando.


Fonte :DPIMA.

16/184
.
FIGURA 03: Levantamento geral de dados do avaliando.
Fonte: DPIMA.

1.4.11 A VISTORIA DO IMÓVEL AVALIANDO


1.4.11.1 De acordo com a norma ABNT NBR 14.653-3/2004, no item 7.3, define-se
vistoria como:
“A vistoria visa permitir ao Engenheiro de Avaliação conhecer, da melhor maneira
possível, o imóvel avaliando e o contexto imobiliário a que pertence, de forma a
orientar a coleta de dados. Além do previsto na ABNT NBR 14.653-1/2004, devem
ser observados os aspectos relevantes na formação do valor, de acordo com o
objeto, o objetivo e a finalidade da avaliação, constantes em 7.3.1 e 7.3.2”.

1.4.11.2 No momento da vistoria, o avaliador tem a oportunidade de levantar outras


informações imprescindíveis para a caracterização do imóvel e da sua região de
influência, fatores estes que podem ser relevantes para a apuração do valor da
propriedade avaliada.
1.4.11.3 É durante a vistoria que o avaliador deve fazer uma minuciosa caracterização da
região, e do próprio imóvel avaliando, que vai embasar a análise do mercado
agropecuário da região e qual a sua influência sobre o preço das terras. Outra utilidade
destas informações destina-se ao planejamento da pesquisa de elementos amostrais,
assunto que será abordado mais a frente.
1.4.11.4 É indispensável que o avaliador faça uma vistoria pessoal, uma descrição
detalhada do seu imóvel avaliando, nas regiões adjacentes, para tomar conhecimento das
características físicas, tipos de solos (agrícola, reflorestamento ou pastagem), localização
(vias de acesso), características da região, seus confrontantes, sua topografia, recursos

17/184
hídricos, tipos de culturas, instalações, informações socioeconômicas, recursos naturais
e, em especial, a natureza do solo (Figura 04).

FIGURA 04: Levantamento de informações do avaliando.


Fonte: DPIMA.

1.4.12 CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS, RELEVO E VEGETAÇÃO DO AVALIANDO


1.4.12.1 Neste momento, cabe ao Engenheiro de avaliação dar início aos seus estudos
preliminares para o melhor entendimento das características dos solos, relevo e
vegetação do seu avaliando. Assim, ele terá condições de determinar o percentual de
utilização da propriedade de modo a caracterizá-la, de acordo com a sua utilização atual;
e melhor aproveitamento, de acordo com a aptidão e tipos de exploração da região em
que se insere o avaliando.
1.4.12.2 No primeiro momento, cabe ao avaliador de imóveis rurais a percepção da
amplitude dos componentes associados ao avaliando: tipos de solos, permeabilidade,
drenagem, declividade do relevo, erosão, terras agricultáveis, terras mistas, preservação
dos recursos naturais/disponibilidade de água (nascentes, córregos, rios), áreas de
preservação permanente (APP), área cultivada, mata nativa, tipos de pastos (formas de
exploração), dentre tantos outros aspectos que devem ser observados. Figura 05

18/184
FIGURA 05: - Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Fonte :Ministério do Meio Ambiente

1.4.12.3 Todos os tipos de avaliações são tidos como complexos, pois existem fatores
específicos para cada avaliação, isso dependerá do objetivo proposto e de cada região,
além dos diferentes tipos de exploração e níveis de tecnologia disponibilizados na região.
1.4.12.4 Assim, trabalhos acadêmicos podem ser a melhor saída para que os
Engenheiros Agrônomos se sintam confortáveis e seguros quando forem avaliar um
imóvel rural, pois sabemos que a atipicidade é a palavra que muito define um laudo de
imóveis rurais.

1.5 A IMPORTÂNCIA DOS ASPECTOS AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS


RURAIS
1.5.1 A importância dos aspectos ambientais na avaliação de imóveis é recente, poucos
estudos são encontrados na literatura, mas o entendimento da complexidade já é claro
para os avaliadores de imóveis, visto que as legislações ambientais estão cada vez mais
taxativas na busca da preservação do bem maior: o meio ambiente.
1.5.2 Quando falamos de questões ambientais, estamos tratando de valores relacionados
ao uso dos recursos ambientais e sociais, não apenas de valores econômicos.
1.5.3 O assunto é tão recente que a ABNT NBR 14653/2008 – Avaliação de Recursos
Naturais- Parte 6, colocou para dentro do contexto da avaliação e perícias o desafio da

19/184
valoração de bens ambientais. Trouxe consigo inovações e novos conceitos e métodos de
trabalho a serem implementados. Para avaliar a influência do Passivo Ambiental de um
determinado imóvel, deve-se verificar se houve uma degradação do ecossistema
existente.
1.5.4 A valoração de um recurso ambiental pode se dar em função do bem estar que ele
proporciona e nesse item incluem-se os aspectos do ecoturismo, inserindo as visitações,
tal como ocorre em parques e áreas de conservação, que também podem ser calculados
em função do seu potencial uso futuro.
1.5.5 De acordo com o IBAPE/SP: 2016, a atribuição de valor ambiental a uma área
aumentará a percepção popular da importância dos bens e serviços ambientais,
possivelmente contribuindo para as iniciativas de conservação ambiental

1.6 O LAUDO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS – ANEXO A


1.6.1 Para facilitar o entendimento do estudo, colocamos como modelo o laudo realizado
por uma equipe de avaliadores de imóveis rurais do EB, multidisciplinar, que contemplou
os diferentes profissionais que destacamos anteriormente quando descrevemos uma
provável equipe para realização de laudo.
1.6.2 O modelo de laudo em anexo (Anexo A) foi realizado em Amambai/MS, imóvel
jurisdicionado ao EB. A área foi disponibilizada para arrendamento para pecuária.

CAPÍTULO II
A GEOINFORMAÇÃO NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEL RURAL

2.1 GEOINFORMAÇÃO
2.1.1 Geoinformação é um conhecimento associado a uma referência geográfica – ou
georreferenciado – resultado do processamento de dados espaciais, que se destina a
apoiar o processo decisório. (Manual de Campanha. EB20-MC-10.209. Geoinformação, 1ª
Edição, 2014.)

2.1.2 A IMPORTÂNCIA DA GEOINFORMAÇÃO NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS


“A Geoinformação apoia o processo decisório e permite que os comandantes, em
todos os níveis, obtenham e mantenham consciência situacional, no que tange ao

20/184
conhecimento do terreno.”
terreno (Manual de Campanha. EB20
EB20-MC-10.209.
Geoinformação, 1ª Edição, 2014.)

2.1.2.1 Na avaliação de imóveis rurais, fatores como SITUAÇÃO (localização e acesso);


DIMENSÕES (área
área e perímetro);
perímetro FORMA (conformação do polígono) e DECLIVIDADE
(relevo) são de suma importância na quantificação do valor do imóvel, pois se relacionam
diretamente com a determinação da NOTA AGRONÔMICA (NA). Então, para a obtenção
desses parâmetros, é necessário valer-se
valer se da GEOINFORMAÇÃO. Sendo assim, “O
ESPACIAL É ESPECIAL”.

FIGURA 06 – Exemplo de mapa


m de situação de imóvel rural

2.1.2.2 No mapa de SITUAÇÃO há a geoespacialização do imóvel avaliando em relação a


seus dados amostrais.. Isso é feito por meio da determinação de coordenadas geográficas
(latitude, longitude e altitude) ou planas Universal Transversa de Mercator - UTM (E, N, H)
ao imóvel, com base no Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
(SIRGAS2000).
2.1.2.3 As coordenadas são obtidas DIRETAMENTE: in loco
oco - durante a vistoria ou
levantamento topográfico do imóvel, utilizando-se equipamentos topográficos, como
receptores de satélites ou estações totais;; ou INDIRETAMENTE:
INDIRETAMENTE por Sensoriamento
Remoto, a partir de imagens de satélites CIBERS, LANDSAT, RAPIDEYE ou outras
disponíveis; ou por Fotogrametria,
Fotogrametria com a utilização de Aeronave
onave Remotamente Pilotada –
ARP (drone); além da obtenção de dados fundamentadoss em cartas topográficas,
disponíveis no Banco de Dados Geográficos do Exército Brasileiro - BDGEx; consulta de
Documentação Dominial
ominial do imóvel (título de propriedade, memorial descritivo,
descritivo etc), em
cartórios de registro de imóveis;
imóveis consulta em dados abertos disponíveis nos sistemas de
órgãos públicos competentes, tais como: Sistema de Gestão Fundiária – SIGEF, do
21/184
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; Sistema Nacional de
Cadastro Ambiental Rural – SICAR, do Ministério do Meio Ambiente - MMA; ou algum
outro meio que garanta a precisão posicional do trabalho.
2.1.2.4 NB: sempre que o imóvel pertencer a mais de um fuso UTM, a aquisição das
coordenadas devem estar de acordo com o formato geográfico (latitude, longitude). Caso
contrário, haverá inconsistência nas medições.

FIGURA 07 – Fusos UTM que abrangem o território


brasileiro
Fonte: http://forest-gis.com/2013/07/aprenda-um-
pouco-mais-sobre-projecoes-cartograficas.html.
Acesso em 05/11/18

2.1.2.5 FORMA é a maneira como a geometria (polígono) do imóvel apresenta-se,


conforme sua descrição na Documentação Dominial. Pode ser ad corpus, onde a área é
descrita de modo meramente enunciativo, como um “corpo”, a partir de elementos
naturais e/ou artificiais; ou ad mensuram, onde elementos técnicos, como: coordenadas,
azimutes, rumos ou deflexões, e distância caracterizam o imóvel.

22/184
FIGURA 08 – Extrato de Termo de Entrega e Recebimento – AD CORPUS

FIGURA 09 – Imóvel
móvel com confrontações descritas por elementos
naturais e artificiais – AD CORPUS
Fonte da imagem:
imagem Instituto Pereira Passos – Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro

23/184
FIGURA 10 – Extrato de Termo de Entrega e Recebimento – AD MENSURAM

FIGURA 11 – Imóvel com confrontações descritas por elementos técnicos - AD MENSURAM


Fonte da imagem:
magem: Instituto Pereira Passos – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

2.1.2.6 DIMENSÕES são as medidas (tamanhos)


(tamanho ) do imóvel e de suas parcelas (APP,
Reserva Legal, culturas,
turas, benfeitorias,
benfeitorias área arrendável, etc).

24/184
FIGURA 12 – imóvel avaliando com suas parcelas de áreas
Fonte da imagem: Bing Satellite

2.1.2.7 NB: um imóvel de mesma área pode ter seu polígono com diversas conformações.

FIGURA 13 – Exemplo de polígonos com área de um hectare (1,0 ha)

2.1.3 OBTENÇÃO DE INSUMOS


2.1.3.1 Os insumos podem ser obtidos a partir de diversas fontes de DADOS ABERTOS,
de órgãos oficiais que contêm informações geoespaciais,, tais como:
2.1.3.1.1 Sistema de Gestão Fundiária – SIGEF, do INCRA, onde se encontram dados
vetoriais de imóveis georreferenciados e certificados,, em atendimento à Lei nº
10.267/2001.

25/184
FIGURA 14 – Tela de consulta no SIGEF
Fonte: https://sigef.incra.gov.br/consultar/parcelas/.
https://sigef.incra.gov.br/consultar/parcelas/. Acesso
em 05/11/18

2.1.3.1.2 Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – SICAR, do MMA, onde se


encontram dados de imóveis, em atendimento à Lei nº 12.651/2012, no âmbito do
Sistema
istema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA.

FIGURA 15 – Tela de consulta no SICAR


Fonte: http://www.car.gov.br/publico/imoveis/index.
Acesso em 05/11/18

2.1.3.1.3 Banco de Dados Geográficos do Exército – BDGEx, do Exército Brasileiro, onde


se encontram cartas topográficas,
topográficas Modelos Digitais de Superfície, ortoimagens
or e outros,
em consonância com as Especificações Técnicas para Estruturação de Dados
Geoespaciais Vetoriais - EDGV.

26/184
FIGURA 16 – Tela de consulta no BDGEx
Fonte: https://bdgex.eb.mil.br/mediador/. Acesso em
05/11/18

2.1.3.1.4 Sistema Nacional de Viação - SNV, do Departamento Nacional de Infraestrutura


de Transportes – DNIT, onde se encontram arquivos vetoriais de rodovias federais.
federais

FIGURA 17 – Tela de acesso aos arquivos vetoriais do


DNIT
Fonte: http://www.dnit.gov.br/mapas-
multimodais/shapefiles. Acesso em 06/11/18

2.1.3.1.5 Bases Cartográficas Contínuas – BC (bc25, bc100, bc250 e bcim) do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, onde se encontram arquivos vetoriais de
diversas feições, tais como: biomas, regiões do país, unidades da federação, limites,
hidrografia, entre outros.

27/184
FIGURA 18 – Tela de acesso aos insumos do IBGE
Fonte:
https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.h
https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.h
tm. Acesso em 15/11/18

2.1.3.1.6 O Sistema LabGis, do Núcleo de Geotecnologias da Universidade do Estado do


Rio de Janeiro, possui um
u repositório de fontess de dados geográficos gratuito para
consulta e download.

FIGURA 19 – Tela de acesso do Sistema Labgis


Fonte: https://www.labgis.uerj.br/fontes_dados.php.
Acesso em 13/11/18

OBS: existem
xistem ainda outros insumos que poderão ser acessados conforme a necessidade
de cada avaliação,, inclusive de fontes estadual e municipal.

2.1.3.2 Aspectos Relevantes na Aquisição dos


d Insumos
2.1.3.2.1 Caso os insumos não estejam no Sistema de Referência de Coordenadas –
SRC, oficial do Brasil, SIRGAS2000 (EPSG: 4674), para que haja a análise espacial dos

28/184
dados, o software de Sistema de Informações Geográficas – SIG deverá estar com a
transformação “dinâmica” de coordenadas habilitada.

FIGURA 20 – Tela do QGIS com destaque para o EPSG “dinâmico”


2.1.3.2.2 Caracterização dos
d Solos
- A caracterização dos solos é feita a partir do mapa de solos do Brasil, produzido pela
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
A – EMBRAPA, em 2001.

FIGURA 21 – Tela de acesso aos arquivos vetoriais de


solos da EMBRAPA
Fonte: http://www.dpi.inpe.br/Ambdata/mapa_solos.php.
Acesso em 06/11/18

29/184
FIGURA 22 – Exemplo de mapa pedológico de imóvel rural

2.1.3.2.3 Classificação do
d Relevo
a. A classificação do relevo é feita,
feita, com base nas classes de declividade adotadas pelo
INCRA, por meio de geoprocessamento de dados do Modelo Digital de Elevação – MDE,
disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, através do projeto
TOPODATA, com reamostragem dos pixels do SRTM (do inglês: Shuttle Radar
Topography Mission), de 90m para 30m.

FIGURA 23 – Tabela de classes de relevo e declividade


Fonte: Manual de Obtenção de Terras e Perícia Judicial do INCRA/2006

b. O Modelo Digital de
e Elevação – MDE

30/184
FIGURA 24 – Mapa Índice do TOPODATA/INPE
Fonte: http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/.
Acesso em 07/11/18

c. Após a identificação da folha que contém o imóvel de interesse, no


n Mapa Índice, o
arquivo a ser baixado é o de ALTITUDE (xxxxx_ZN.zip)
( que contém os dados altimétricos.

FIGURA 25 – Modelo Digital de Elevação do TOPODATA/INPE

d. O Mapa de
e Declividade
1) Reprojeção das
as Coordenadas Geográficas para
ara Métricas (Planas UTM)
UTM
a) Para geração do mapa de declividade é necessário
necessári reprojetar as coordenadas
geográficas em planas UTM SIRGAS2000. Para isso,
isso é preciso que se saiba o FUSO
UTM do imóvel avaliando. Uma maneira simples de descobrir o fuso é usando o software
Google Earth.

31/184
21 L

FIGURA 26 – Imagem do Google Earth contendo o Fuso UTM


Fonte: Google Earth

b) No QGIS, acessar
acess o menu: Raster -> Projeções ->
> Reprojetar.
Reprojetar Escolher o arquivo
de entrada (xxxxx_ZN.tiff
.tiff) e de saída (colocar o nome xxxxx_ZN_UTM.tiff);
xxxxx_ZN_UTM o SRC fonte,
EPSG 4326 (WGS84) e o SRC alvo, nesse caso o EPSG 31981 (SIRGAS2000/UTM zone
21S). Selecionar “Nenhum valor de dados”. Habilitar o “Adicionar à tela ao concluir”. Clicar
em OK. Ao final surgirá a tela de “Processo concluído”.
concluído Clicar em OK, OK, Fechar.

FIGURA 27 – Tela parareprojeção de FIGURA 28 – Tela do processo concluído


SRC

2) Geração do Mapa de Relevo


- No menu: Raster -> Análise -> MDE. Escolher o arquivo de entrada
(xxxxx_ZN_UTM.tiff)) e de saída (
(xxxxx_ZN_Declividade.tiff
.tiff); Escolher o modo
“Declividade”.. Habilitar “Declividade
“ expressa em porcentagem (ao invés de grau)”.
Habilitar “Adicionar à tela ao concluir”. Clicar em OK. Ao final surgirá a tela de “Processo
concluído”. Clicar em OK, OK, Fechar.

32/184
FIGURA 29 – Tela para reprojeção de SRC FIGURA 30 – Tela do processo concluído

FIGURA 31 – Exemplo de Mapa de Relevo, a partir da declividade

3) Classificação da Declividade
a) Classificar o relevo
rele a partir da declividade expressa em porcentagem,
porcentagem segundo o
INCRA, por meio da ferramenta R.RECLASS.
b) Acessar o menu: Processar ->
> Caixa de ferramentas -> buscar o algoritmo
R.RECLASS. Criar uma nova camada com valores de categoria com base na
reclassificação do utilizador de categorias de um raster existente. Escolher o arquivo de
entrada (xxxxx_ZN_Declividade
xxxxx_ZN_Declividade.tiff), o arquivo com as regras de classes de declividade do

33/184
INCRA (Classes_declividade_INCRA.txt).
(Classes_declividade_INCRA.txt) No arquivo de saída (colocar o nome
xxxxx_ZN_Declividade_Classificado
_Classificado.tiff); Run.

FIGURA 32 – Tela do algoritmo R.RECLASS no QGIS

c) Adicionar o mapa de relevo classificado (xxxxx_ZN_Declividade_Classificado.tiff)


xxxxx_ZN_Declividade_Classificado.tiff)

FIGURA 33 – Zoom do mapa de relevo com declividade reclassificada conforme


INCR

d) Agora o mapa classificado terá uma representação mais adequada e dentro dos
valores máximos e mínimos da declividade.
e) Acessar as propriedades do mapa (xxxxx_ZN_Declividade_Classificado
xxxxx_ZN_Declividade_Classificado.tiff). Na
aba Estilo: Renderização da banda -> Tipo de Renderização ->
> Banda simples falsa-cor
falsa -
> Carregar valores de min/Max -> Min/Max ->
> Em Precisão -> Real (mais lento) ->
Carregar -> Cor ->
> escolher a Rampa de cores RdYlGn
R ->
> Inverter -> Modo -> Intervalo
igual -> Classes ->
> colocar conforme a quantidade máxima de classes do mapa -> Aplicar
-> OK.

34/184
f) Para rotular, clicar duas vezes sobre o rótulo e digitar o texto conforme a tabela do
INCRA.

FIGURA 34 – Tela com parâmetros para classificação da


declividade e rotulagem

FIGURA 35 – Exemplo de Mapa de Relevo com declividade classificad


lassificada e
com falsa-cor
cor

g) Com as classes de declividade definidas é possível gerar o Mapa de Relevo do


imóvel avaliando

35/184
FIGURA 36 – Exemplo de mapa de relevo de imóvel rural avaliando.
avaliando

2.1.3.2.4 Potencial (aptidão) Agrícola do Solo


O mapa de potencial agrícola é gerado a partir das informações constantes no Atlas
Nacional do Brasil, do IBGE. Leva em conta fatores como: fertilidade, características
físicas e morfológicas, principais limitações e topografia.

FIGURA 37 – Exemplo de mapa de potencial agrícola de imóvel rural avaliando

36/184
2.1.3.2.5 Recursos Hídricos
Um dos principais recursos naturais a serem levantados é o Recurso Hídrico.
Hídrico A Agência
Nacional das Águas - ANA e/ou seus correspondentes
spondentes estadual e municipal possuem
insumos de hidrografia para essa análise.

FIGURA 38 – Tela com recursos hídricos na região do imóvel avaliando


Fonte: Agência Nacional das Águas
Imagem: Bing Satellite

CAPÍTULO III
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E RELEVO

3.1 CLASSES DE CAPACIDADE E USO DOS SOLOS


3.1.1 Não podemos iniciar os estudos de Classes de Capacidade de Uso dos Solos sem
antes definirmos Solo: é uma coleção de corpos naturais tridimensionais, dinâmicos,
constituído por partes sólidas materiais e orgânicos, líquidos e gases. Além de conter
matéria viva, é normalmente revestido por uma cobertura vegetal, natural ou implantada
e, a partir da superfície, apresenta seções volumétricas aproximadamente paralelas –
camadas ou horizontes, que se diferenciam das características do material subjacente, do
quall pode ter se originado – corpos esses que ocupam a maior parte do manto superficial
da Terra. Além disso, apresentam atributos internos próprios (horizontes do perfil do solo)

37/184
e características externas (declividade, pedregosidade) tais que, a partir dessas, é
possível identificá-los em mapas e classificá-los. (LEPSCH, I.F et al., 2015).
3.1.2 Resumidamente, podemos assim mostrar os constituintes físicos dos solos: a fase
sólida é composta pelos minerais e pela matéria orgânica, geralmente predomina a fração
mineral em relação à fração orgânica; e o espaço poroso é preenchido pela água e pelo
ar.
3.1.3 A Figura 39 apresenta a distribuição volumétrica dos constituintes físicos,
frequentemente encontrada no solo mineral típico sem compactação.

Constituintes físicos do solo

fração mineral
Ar
Água
fração Orgânica

FIGURA 39: constituintes físicos dos solos. Fonte: DPIMA.

3.1.4 A classificação de qualquer objeto tem por finalidade ordenar os conhecimentos a


seu respeito de maneira simples e precisa, a fim de facilitar a identificação dos atributos
dos objetos classificados e das relações entre objetos pertencentes a classes diferentes.
3.1.5 No âmbito da pedologia (estudo dos solos no seu ambiente natural), as diversas
classificações podem ser reunidas em duas categorias distintas: natural (científica,
pedológica) e técnica (executada em favor de uma determinada característica específica
de interesse do avaliador). Na primeira, os solos são agrupados por seus atributos
intrínsecos, em geral considerando principalmente aqueles relacionados a evidentes
mecanismos de gênese (processos pedogenéticos). Já na segunda, os solos são
agrupados de acordo com determinadas propriedades ou funções que se relacionam
diretamente a uma proposta de uso ou grupamento de usos.
3.1.6 No Brasil, são dois os principais tipos de classificação técnica de terras para
agricultura: o de capacidade de uso e a da aptidão agrícola.
3.1.7 O sistema capacidade de uso constitui uma classificação técnica que envolve um
grupamento qualitativo de condições ligadas aos atributos das terras sem priorizar

38/184
localização e características econômicas. Nesse sistema, diversas características e
propriedades do meio físico são sintetizadas visando obter grupamentos de terras
similares, com o objetivo de caracterizar a sua máxima capacidade de uso para
agricultura sem o risco de degradação do solo, especialmente no que diz respeito à
erosão.
3.1.8 Na classificação da capacidade de uso da terra, há maior interesse em considerar
grupos de características e de propriedades do que considerá-las isoladamente, visto que
cada classe, subclasse ou unidade de capacidade de uso da terra são usualmente
distinguida das demais por grande número de atributos, sem o que, isoladamente, muitas
delas não seriam obrigatoriamente significantes. A representatividade de qualquer
característica ou propriedade pode depender das demais do conjunto, como a estrutura e
permeabilidade do solo e o risco de erosão.
3.1.9 Quando da avaliação de propriedades rurais, o avaliador terá que observar certas
características físicas que são importantes para a fixação do valor, dentre eles estão os
solos das propriedades.
3.1.10 Os solos em sua maioria são diferentes de acordo com cada região, não sendo
coerente a qualquer profissional determinar com precisão sobre qual tipo de solo está se
referindo. Por isso, se faz necessário utilizar um critério capaz de caracterizar os diversos
tipos de solos num mesmo parâmetro, possibilitando comparação entre diferentes
propriedades, inclusive de diferentes regiões. Em nossos laudos de avaliação foi
escolhido o sistema de classificação em classes de capacidade de uso, que foi
desenvolvido para a conservação do solo, pelo Serviço de Conservação de Solo dos
Estados Unidos, representando um grupamento qualitativo de tipos de solos sem
considerar a localização ou as características econômicas da terra, visando obter classes
homogêneas de terras, com máxima capacidade de uso sem risco de degradação do
solo.
3.1.11 Nos trabalhos de avaliação de imóveis rurais, o critério está baseado no Manual
para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de
Capacidade de Uso. Hierarquicamente, a classificação ocorre em quatro níveis, quatro
níveis categóricos divididos em três grupos (A, B, C), oito classes (I, II, III, IV, V, VI, VII e
VIII), quatro subclasses: “e” de erosão, quanto aos riscos; “s” de solos quanto às
limitações; “a” de água, quanto aos excessos; “c” de clima com relação às limitações; e
diversas unidades de uso (não fazem parte desse estudo). LEPSCH et al (1983)

39/184
apresentam o esquema das classes, subclasses e unidades de capacidade de uso,
conforme as Figuras 40 e 41.

FIGURA 40. Esquema dos grupos, classes e subclasses e unidades de capacidade de uso das terras
(adaptado de PERALTA, 1963).

3.1.12 Vários autores descreveram sobre as Classes de Capacidade de Uso dos Solos,
no presente trabalho mostraremos mais uma descrição para que o avaliador tenha opções
de escolha ao caracterizar o seu solo.

40/184
FIGURA 41: Descrição das Classes de Capacidade de Uso dos Solos de acordo com LEPSH, I. F, et.al.,
1983.

3.1.13 A classificação de capacidade de uso das terras, desenvolvida para auxiliar o


planejamento de práticas de conservação do solo e que deve ser feita pela interpretação
do levantamento do meio físico, baseia-se na combinação do efeito do clima,
características e propriedades da terra relacionadas com os riscos de erosão, limitações
de uso, capacidade produtiva e manejo do solo. São consideradas como restrições
permanentes, dentre outras: o declive, a textura, a profundidade efetiva do solo, os efeitos
anteriores da erosão, a permeabilidade, a capacidade de retenção de água e o tipo de
argilo-minerais.
3.1.14 Ao se proceder a classificação, tem-se que levar em conta o nível de manejo
referente ao grau de utilização das técnicas agrícolas comprovadas pela experimentação
e pesquisa agronômica e que refletem determinado grau de aplicação de capital e de
tecnologia.
3.1.15 Uma classe pode estar presente em diferentes tipos de solos e muitos destes
podem requerer uso e manejo diferentes. A classificação da capacidade de uso não é um

41/184
grupamento de acordo com o uso econômico da terra ou obrigatoriamente com seu valor
de aquisição, mas sim um sistema destinado a promover a conservação dos solos.
Contudo, as classes apresentam um ordenamento decrescente das possibilidades de
aproveitamento mais intensivo do solo, sem o risco de depauperamento intensivo e, por
isso, em uma mesma região em idênticas condições de localização; a terra cuja
capacidade de uso do solo permite a possibilidade de aproveitamento mais intensivo e
propicia ao proprietário maior liberdade de escolha de uso, tem, geralmente, um maior
valor.
3.1.16 Segundo LEPSCH (1983), para a caracterização das classes e subclasses de
capacidade de uso deve-se conhecer:
- As possíveis utilizações que se podem aplicar ao solo (grupos);
- As práticas de controle de erosão e as práticas complementares de melhoramentos
(classes);
- As limitações do solo (subclasses).
3.1.17 Os grupos, do sistema de classificação em classes de capacidade de uso, se
referem às possíveis utilizações que podem ser aplicadas aos solos de cada grupo e
foram divididas em:
- GRUPO A: terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes,
pastagens e / ou reflorestamento e vida silvestre, comporta as classes I, II, III e IV.
- GRUPO B: terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para
pastagens e / ou reflorestamento e / ou vida silvestre, porém cultiváveis em casos de
algumas culturas especiais protetoras do solo, comporta as classes V, VI e VII.
- GRUPO C: terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou
reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou
armazenamento de água, comporta apenas a classe VIII.
3.1.18 As classes de capacidade de uso relacionam a aptidão dos grupos com as
respectivas práticas de controle à erosão, necessárias para a preservação do solo. As
classes foram divididas em oito, designadas por numeral romano, podendo ser assim
resumidas:
- CLASSE I: terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação.
- CLASSE II: terras cultiváveis com problemas simples de conservação.
- CLASSE III: terras cultiváveis com problemas complexos de conservação.
- CLASSE IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com
sérios problemas de conservação.
42/184
- CLASSE V: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, sem
necessidade de práticas especiais de conservação, cultiváveis apenas em casos muito
especiais.
- CLASSE VI: terras adaptadas em geral para pastagens e / ou reflorestamento, com
problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas
culturas permanentes protetoras do solo.
- CLASSE VII: terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento,
com problemas complexos de conservação.
- CLASSE VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo
servir apenas como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, como ambiente para
recreação, ou para fins de armazenamento de água.
3.1.19 E, as limitações do solo, por sua vez, foram divididas em quatro subclasses,
designadas pelas seguintes letras:
- e = pela erosão presente e / ou risco de erosão;
- s = relativas ao solo;
- a (ou w) = por excesso de água;

- c = climáticas.
3.1.20 A natureza da limitação é representada por letras minúsculas, de modo que a
subclasse é representada pelo numeral romano da classe seguido da letra que designa a
limitação (exemplo: IIIe que significa pertencer a classe III e subclasse e, devido à
problema de erosão).
3.1.21 O enquadramento das classes pode ser feito por dois processos: o paramétrico e o
sintético. Basicamente, pode-se dizer que o primeiro, paramétrico, classifica as terras com
base única na limitação mais severa que possui e o segundo, sintético, de acordo com o
somatório dos graus de limitações e aptidões do solo.
3.1.22 Com base no critério paramétrico, MENDES SOBRINHO & YAMANAKA (1966)
sugeriram uma régua para classificação de terras. A principal vantagem deste critério é
que, uma vez estabelecida a tabela, ou chave (o que requer do profissional um processo
subjetivo, mas habilidoso) ela pode ser aplicada de tal forma que diferentes operadores
possam obter resultados consistentes em um mesmo trato de terra.
3.1.23 A seguir, apresentação conforme a Classificação do Manual para Levantamento
Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso

43/184
(1983), um resumo das caracterizações das diferentes classes e subclasses de
capacidade de uso:
3.1.23.1 CLASSE I - são solos que tem poucas restrições quanto à sua utilização, podem
ser cultivados com intensidade, utilizados para pastagens, vegetação campestre, florestas
ou mesmo como reserva para animais silvestres, com mínimos riscos de
depauperamento, sem exigir práticas ou medidas especiais de conservação do solo.
Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com boa retenção de umidade
no perfil e fertilidade de média a alta. São áreas planas ou com declividades muito suaves
(< 2%), sem riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas. Não há
afloramentos de rocha, nem o lençol de água é permanentemente elevado ou qualquer
outra condição que possa prejudicar o uso de máquinas agrícolas. Dependendo de bons
sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas que facilitem a erosão,
como o algodão, milho ou mandioca, plantado em linhas retas, sem perigo apreciável de
erosão acelerada. As práticas comuns de melhoria e manutenção da fertilidade do solo,
inclusive a rotação de culturas e aplicação de corretivos e fertilizantes, devem ser usadas
mesmo nas terras da classe I. Esta classe não admite subclasses.
3.1.23.2 CLASSE II – os solos desta classe possuem algumas limitações que reduzem a
escolha das culturas ou exigem práticas moderadas de conservação, ou seja, apresentam
limitações moderadas para o seu uso. Estão sujeitas a riscos moderados de
depauperamento, mas são terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam
aplicadas práticas simples de conservação do solo, de fácil execução, para produção
segura e permanente de colheitas entre médias e elevadas, de culturas anuais adaptadas
à região. A declividade já pode ser suficiente para provocar enxurradas e erosão. Em
terras planas, podem requerer drenagem, porém sem necessidade de práticas complexas
de manutenção dos drenos. Podem enquadrar-se nessa classe também terras que não
tenham excelente capacidade de retenção de água. Cada uma dessas limitações requer
cuidados especiais, como aração e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultura em
faixas, controle de água, proteção contra enxurradas advindas de glebas vizinhas, além
das práticas comuns referidas para a classe I, como rotações de cultura e aplicações de
corretivos e fertilizantes. A classe II admite as seguintes subclasses:
- subclasse IIe: terras produtivas, com relevo suavemente ondulado, oferecendo ligeiro a
moderado risco de erosão (classe de declive entre 2% e 6%);
- subclasse IIs: terras produtivas, com relevo plano ou suavemente ondulado, com ligeira
limitação pela capacidade de retenção de água, ou baixa saturação de bases (caráter
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distrófico), ou pouca capacidade de retenção de adubos (baixa capacidade de troca
catiônica - CTC);
- subclasse IIa: terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrições de
drenagem ou excesso de água, sem riscos de inundação, mas, uma vez instalado o
sistema de drenos, é de fácil manutenção e, a probabilidade da salinização, pequena;
- subclasse IIc: terras produtivas, praticamente planas ou suavemente onduladas, com
ligeiras limitações climáticas (seca prolongada até três meses).
3.1.23.3 CLASSE III – os solos desta classe possuem severas limitações que reduzem a
escolha dos vegetais ou exigem práticas especiais de conservação, ou ambas, com
severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais. Requerem
medidas intensas e complexas de conservação do solo, a fim de poderem ser cultivadas
segura e permanentemente, com produção média a elevada, de culturas anuais
adaptadas. Esta classe pode apresentar variações (subclasses), de acordo com a
natureza do fator restritivo de uso. Os principais fatores limitantes são: a declividade
(moderado), drenagem deficiente, escassez de água no solo (regiões semi-áridas não
irrigadas) e pedregosidade. Frequentemente, essas limitações restringem muito a escolha
das espécies a serem cultivadas, ou a época do plantio ou operações de preparo e cultivo
do solo. A classe III admite as seguintes subclasses:
- subclasse IIIe: terras com declividades moderadas (classe de declive entre 6% e 12%),
relevo suavemente ondulado a ondulado, com deflúvio rápido, com riscos severos à
erosão sob cultivos intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada e / ou
sulcos superficiais e rasos frequentes, também em terrenos com declives da classe entre
2% e 6% e solos muito erodíveis, como aqueles com mudança textural abrupta;
- subclasse IIIs: terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertilidade
muito baixa (caráter álico) ou limitadas ainda por: profundidade efetiva média, ou
drenagem interna moderada a pobre; ou risco acentuado de salinização, ou dificuldades
de preparo do solo devido à presença de pedras ou argilas expansivas (caráter vértico);
- subclasse IIIa: terras praticamente planas com limitações moderadas por excesso de
água, mas sem riscos frequentes de inundações: a drenagem é possível, mas sua
manutenção é complexa;e
- subclasse IIIc: terras praticamente planas a suavemente onduladas, com moderadas
limitações climáticas, como a escassez de água em regiões semiáridas.
3.1.23.4 CLASSE IV – os solos desta somente são utilizados para lavouras com
limitações muito severas quanto à escolha das culturas, pois os solos necessitam de
45/184
manuseio muito cuidadoso. Estes solos têm riscos ou limitações permanentes muito
severas quando usados para culturas anuais, apresentam declividade de 12% a 20 %. Os
solos podem ter fertilidade natural boa ou razoável, mas não são adequados para cultivos
intensivos e contínuos. Usualmente, devem ser mantidos com pastagens, mas podem ser
suficientemente bons para certos cultivos ocasionais (na proporção de um ano de cultivo
para cada quatro a seis anos de pastagem) ou para algumas culturas anuais, porém com
cuidados muito especiais. Tais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos:
declive íngreme, erosão severa, obstáculos físicos, como pedregosidade ou drenagem
muito deficiente, baixa produtividade, ou outras condições que as tornem impróprias para
o cultivo moto mecanizado regular. Em algumas regiões, onde a escassez de chuvas seja
muito sentida, de tal maneira a não serem seguras as culturas sem irrigação, as terras
deverão ser classificadas na classe IV; são previstas as seguintes subclasses:
- subclasse IVe: terras severamente limitadas por risco de erosão para cultivos intensivos,
geralmente com declividades acentuadas (classe de declive entre 10 e 15%), com
deflúvio muito rápido, podendo apresentar erosão em sulcos superficiais muito frequentes,
em sulcos rasos frequentes ou em sulcos profundos ocasionais; também é o caso de
terrenos com declives da classe entre 5% e 10%, mas com solos muito suscetíveis à
erosão, tais como os Podzólicos com mudança textural abrupta;
- subclasse IVs: solos limitados pela profundidade efetiva rasa, ou apresentando
pedregosidade (30% - 50%), com problemas de motomecanização ou, ainda, com
pequena capacidade de retenção de água aliada a problemas de fertilidade (como no
caso das Areias Quartzosas);
- subclasse IVa: solos úmidos, de difícil drenagem, dificultando trabalhos de
motomecanização e, ainda, com outra limitação adicional, tal como risco de inundação
ocasional, que impede cultivo contínuo; e
- subclasse IVc: terras com limitações climáticas moderadas a severas, ocasionando
períodos prolongados de seca, não sendo possíveis colheitas em anos muito secos, ou
então com risco ocasional de geada.
3.1.23.5 CLASSE V – em geral os solos das classes V a VIII não se prestam à agricultura.
Em face de outros fatores, além dos riscos de erosão, os solos desta classe estão sujeitos
à limitações que comprometem sua utilização. São solos planos, ou com declives muito
suaves, praticamente livres de erosão, mas impróprios para serem explorados com
culturas anuais, e que podem, com segurança, serem apropriados para pastagens,
florestas ou mesmo para algumas culturas permanentes, sem a aplicação de técnicas
46/184
especiais. Embora se apresentando praticamente planos e não sujeitas à erosão, não são
adaptados para exploração com culturas anuais comuns, em razão de impedimentos
permanentes, tais como: muito baixa capacidade de armazenamento de água,
encharcamento (sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática, frequente
risco de inundação, pedregosidade ou afloramento de rochas. Em alguns casos, é
possível o cultivo exclusivo de arroz; mesmo assim, risco de insucesso pelas limitações
advindas principalmente do risco de inundação. O solo, entretanto, tem poucas limitações
de qualquer espécie, para uso em pastagens ou silvicultura. Podem necessitar de alguns
tratos para produções satisfatórias tanto de forragens como de arbustos e árvores.
Entretanto, se tais tratos forem dispensados, não serão sujeitos à erosão acelerada. Por
isso, podem ser usados permanentemente sem práticas especiais de controle de erosão
ou de proteção do solo; são previstas para a classe V as seguintes subclasses:
- subclasse Vs: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo,
podendo apresentar como limitações os seguintes fatores: muito baixa capacidade de
armazenamento de água, drenagem interna muito rápida ou muito lenta, pedregosidade
ou rochosidade intensa e problemas advindos de pequena profundidade efetiva;
- subclasse Va: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo,
severamente limitado por excesso de água, sem possibilidade de drenagem artificial e /
ou risco de inundação frequente, mas que podem ser usadas para pastoreio, pelo menos
em algumas épocas do ano; e
- subclasse Vc: terras planas com limitações climáticas severas, com longos períodos de
seca e / ou risco frequente de geada, neve ou ventos frios.
3.1.23.6 CLASSE VI – solos dessa classe possuem limitações severas que restringem
seu emprego, são terras impróprias para culturas anuais, mas que podem ser usadas
para produção de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas e algumas
permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que adequadamente
manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com
restrições moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que,
mesmo sob esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis de danificação pelos
fatores de depauperamento do solo. Normalmente as limitações que apresentam, são em
razão da declividade excessiva (20% a 40%) ou pequena profundidade do solo, ou
presença de pedras impedindo emprego de máquinas agrícolas. Quando a pluviosidade
da região é adequada para culturas, as limitações da classe VI residem, em geral, na
declividade excessiva, na pequena profundidade do solo ou na pedregosidade. Nas
47/184
regiões semiáridas, a escassez de umidade, muitas vezes, é a principal razão para o
enquadramento da terra na classe VI, que apresenta as seguintes subclasses:
- subclasse VIe: terras que, sob pastagem (ou, eventualmente, com culturas permanentes
protetoras do solo, como por exemplo: seringueira, cacau ou banana), são medianamente
suscetíveis à erosão, com relevo ondulado e declividades acentuadas (classe de declive
entre 10% e 15%, ou entre 5% e 10% para solos muito erodíveis), propiciando deflúvio
moderado a severo; dificuldades severas de motomecanização, pelas condições
topográficas, com risco de erosão que pode chegar a muito severo; presença de erosão
em sulcos rasos muito frequentes ou sulcos profundos frequentes;
- subclasse VIs: terras constituídas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30% -
50%) e/ou rochas expostas na superfície. Outra condição que pode caracterizá-las é a
pequena produtividade dos solos, como no caso das Areias Quartzosas em terrenos não
planos;
- subclasse VIa: solos muito úmidos, com pequenas ou nulas possibilidades de drenagem
artificial, acarretando problemas à motomecanização, agravados por certa suscetibilidade
à erosão ou recebimento de depósitos erosivos oriundos de áreas vizinhas; e
- subclasse VIc: terras com limitações climáticas muito severas, a ocasionar seca
edafológica muito prolongada que impeça o cultivo mesmo das plantas perenes mais
adaptadas.
3.1.23.7 CLASSE VII – os solos dessa classe possuem severas limitações que restringem
seu uso, além de serem impróprias para culturas anuais, apresentam severas limitações,
mesmo para certas culturas permanentes protetoras do solo, pastagens e florestas.
Sendo altamente suscetíveis de danificação, exigem severas restrições de uso, com
práticas especiais. Normalmente, são muito íngremes, erodidos, pedregosos ou com
solos muito rasos, ou ainda com deficiência de água muito grande. Os cuidados
necessários a eles são semelhantes aos aplicáveis à classe VI, com as diferença de
poder ser necessário maior número de práticas conservacionistas, ou que estas tenham
que ser mais intensivas, a fim de prevenir ou diminuir os danos por erosão. Requerem
cuidados extremos para controle da erosão. Seu uso, tanto para pastoreio como para
produção de madeira, requer sempre cuidados especiais. Suas subclasses são as
seguintes:
- subclasse VIIe: terras com limitações severas para outras atividades que não florestas,
com risco de erosão muito severo, apresentando declividades muito acentuadas (mais de

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40% de declividade), propiciando deflúvios muito rápidos ou impedindo a
motomecanização; presença de erosão em sulcos muito profundos, muito frequentes;
- subclasse VIIs: terras pedregosas (mais de 50% de pedregosidade), com associações
rochosas, solos rasos a muito rasos ou, ainda, com agravante de serem constituídas por
solos de baixa capacidade de retenção de água; e
- subclasse VIIc: terras com limitações climáticas muito severas, a exemplo das terras
situadas em regiões semiáridas, em locais onde a irrigação seria imprescindível, mas é
impraticável.
3.1.23.8 CLASSE VIII – nessa classe estão incluídos todos os solos que não podem ser
utilizados para qualquer tipo de produção vegetal de valor comercial. Prestam-se apenas
para proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou
armazenamento de água em açudes. Consistem, em geral, em áreas extremamente
áridas, ou acidentadas, ou pedregosas, ou encharcadas (sem possibilidade de pastoreio
ou drenagem artificial), ou severamente erodidas ou encostas rochosas, ou, ainda dunas
arenosas. Inclui-se aí a maior parte dos terrenos de mangues e de pântanos e terras
muito áridas, que não se prestam para pastoreio. São possíveis as seguintes subclasses:
- subclasse VIIIe: terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentuados e
deflúvios muito rápidos, a expor os solos a alto risco de erosão inclusive a eólica, como é
o caso das dunas costeiras; presença de processos erosivos muito severos, inclusive
voçorocas;
- subclasse VIIIs: terras constituídas por solos muito rasos e / ou com tantas pedras a
afloramentos de rocha, que impossibilitem plantio e colheita de essências florestais;
- subclasse VIIIa: terras planas permanentemente encharcadas, como banhados ou
pântanos, sem possibilidade de drenagem ou apresentando problemas sérios de
fertilidade, se drenados, como no caso dos solos Tiomórficos;e
- subclasse VIIIc: terras com limitações climáticas muito severas, como as das áreas
áridas, que não se prestam mesmo ao pastoreio ocasional.
Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que não possibilitam o
desenvolvimento de vegetação: são áreas denominadas como tipos de terreno. Entre
elas, enquadram-se os afloramentos contínuos de rochas, areias de praias, áreas
escavadas pelo homem, etc.
3.1.23.9 Tendo em vista que os laudos de avaliação feitos no EB são, em sua maioria,
para arrendamento, então não é necessário chegarmos ao detalhamento de subclasse, já
que um procedimento ainda pouco usual em avaliações de imóveis rurais e, também,
49/184
pelas dificuldades encontradas pelos avaliadores, pois sabemos da complexidade de uma
classificação, em especial, quando nos deparamos com áreas muito grandes em
diferentes regiões.
3.1.23.10 Destaca-se então, a importância de classificar apenas em classe de capacidade
de uso. Fica evidente que o valor da terra nua deve estar diretamente relacionado com o
aproveitamento permitido e a liberdade de uso que ela propicia ao proprietário. Isto
significa que, quanto maior o grau de aproveitamento, quanto mais intensivo e quanto
maior a gama de uso que o solo permite, maior deve ser o valor deste, em contrapartida,
quanto menor a liberdade, provavelmente, menor o seu valor.
3.1.23.11 A Figura 42 mostra exatamente que a classe de capacidade de uso I permite
qualquer tipo de uso sem limitações, enquanto que a classe de capacidade de uso VIII
não permite nenhum uso comercial e, ainda, possui severas limitações ao uso do solo.

FIGURA 42: Classificação em Classes de Capacidade de Uso.

3.1.23.12 A equipe de avaliadores utilizou uma variedade de ferramentas tecnológicas


como Sistemas de Informações Geográficas (SIG´s), uma gama de informação em
shapefile, Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA – Drone) para as fotos, Sistema de
Posicionamento Global (GPS) para vistoria. A aplicação destes instrumentos auxiliam nos
trabalhos de classificação dos solos em classes de capacidade de uso, principalmente em
relação aos dados de mercado que não foram possíveis de serem vistoriados. Os
sistemas de informações geográficas (SIG’s) foram em busca desses conhecimentos
aliados à interpretação do levantamento físico, que deve ser realizada no momento da
vistoria (no caso do imóvel avaliando, obrigatória; e, dos dados de mercado, quando
possível) e que comprovam as características regionais.

50/184
3.1.23.13 O somatório das interpretações do levantamento fisco, literaturas consultadas e
os efeitos do clima, limitações de uso, capacidade produtiva, manejo e uso do solo nos
ajudaram a chegar com certa precisão a Classe de Capacidade de Uso. Destaca-se a
importância do livro do Dr. Hélio do Prado (Pedologia Fácil aplicações em solos tropicais),
utilizado para obter informações seguras.
3.1.23.14 Por isso, é indispensável que o avaliador faça uma inspeção pessoal da
propriedade e da região. Observamos com o trabalho que, para as interpretações do
avaliador, o solo não é o único fator ambiental considerado, necessita-se de analisar o
clima, a vegetação, declividade, cobertura vegetal, hidrologia e fatores socioeconômicos.
3.1.23.15 O ideal é que o avaliador tenha em mente sempre o seu propósito para que as
suas interpretações sejam de acordo com a vistoria realizada, de modo a atender suas
necessidades.
3.1.23.16 Para fins de arrendamento, o levantamento do meio físico, consulta a literatura,
clima e limitações de uso podem ajudar ao avaliador a chegar com certa precisão a
Classe de Capacidade de Uso.
3.1.23.17 Ainda sobre a obtenção das Classes de Capacidade de Uso dos Solos,
encontra-se no Anexo B o modelo de como é possível verificar as classes de um solo
conforme o livro do Dr. Helio do Prado. No exemplo, o livro mostra os passos a serem
seguidos: 1º - Mapa pedológico, 2º Mapa de declividade e com somatório desses dois
mapas será possível obter o Mapa de Capacidade de Uso do Solo.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES CONDICIONADORES DO USO AGRÍCOLA


3.2.1 Alguns aspectos das terras devem ser considerados importantes, tais como:
profundidade efetiva, textura, permeabilidade do solo, declive, erosão e fatores
específicos, limitantes ao uso da terra, por permitirem inferir outras propriedades como:
erodibilidade, produtividade, deflúvio, etc.
3.2.2 Quando falamos de utilização agrícola, as características que mais são relevantes
são o relevo, o grau e o risco de salinização ou alcalinização e a pedregosidade.
Quando estamos construindo uma classe de capacidade de uso as diferenças entre as
áreas ocorrem segundo as limitações ou problemas de manejo, representados pelo solo,
em graus semelhantes. As diferenças entre as áreas serão dadas pelas diferenças
existentes para as classes de capacidade de uso.

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3.2.3 As limitações ou problemas de manejo do solo são avaliados em função dos fatores
condicionadores do uso agrícola, definidos e caracterizados de acordo com critérios e
especificações técnicas adotadas no Manual para levantamento utilitário do meio físico e
classificação de terras no Sistema de Capacidade e Uso (Lepsch, 1991) e pelas normas
do Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos (EMBRAPA, 1988),
como descrito a seguir:
3.2.3.1 Fertilidade
O enquadramento das classes de fertilidade do solo devem ser baseadas nas análises
físicas e químicas do solo, além das literaturas dos órgãos oficiais da região.
3.2.3.2 Profundidade Efetiva
Refere-se aos níveis que as raízes das plantas conseguem penetrar livremente no solo,
sem encontrar obstáculos físicos e sendo capaz de absorver água e nutrientes. De
acordo com EMBRAPA (1999) e Lepsch (1991) serão considerados os seguintes níveis
de profundidade efetiva:
- Muito Profundo: a camada livre do solo tem profundidade superior a 2m.
- Profundo: a camada livre do solo tem profundidade entre 2m e 1m.
- Pouco Profundo: a camada livre do solo tem espessura variando entre 1m e 0,5m.
- Raso: a camada livre do solo possui espessura entre 0,5m e 0,25m.
- Muito Raso: a camada livre do solo tem espessura menor que 0,25m.
Classe Profundidade (m)
Muito Profundo > 2,00
Profundo 1,00 – 2,00
Pouco Profundo 0,50 – 1,00
Raso 0,25 - 0,50
Muito raso < 0,25
QUADRO 1: Classes de Profundidade Efetiva.
Fonte: Adaptado da Embrapa (1999) e Lepsch (1991).

3.2.3.3 Drenagem Interna


3.2.3.3.1 As classes de drenagem referem-se à quantidade e rapidez com que a água
recebida pelo solo infiltra e escoa superficialmente, afetando as condições hídricas do
solo.
3.2.3.3.2 De acordo com as normas usadas pelo Serviço Nacional de Levantamento e
Conservação de Solos (EMBRAPA, 1988), distinguem-se as seguintes classes de
drenagem:
a. Excessivamente drenado: a água é removida do solo muito rapidamente; os solos com
estas classes de drenagem são de textura arenosa.

52/184
b. Fortemente drenado: a água é removida rapidamente do solo; os solos com esta classe
de drenagem são muito porosos, de textura média a arenosa e bem permeáveis.
c. Acentuadamente drenado: a água é removida rapidamente do solo; os solos com esta
classe de drenagem são normalmente de textura arenosa a média, porém sempre muito
porosos e bem permeáveis.
d.Bem drenado: a água é removida do solo com facilidade, porém não rapidamente; os
solos com esta classe de drenagem comumente apresentam textura argilosa ou média,
não ocorrendo normalmente mosqueados de redução. Quando presente, o mosqueado é
profundo, localizando-se a mais de 150cm de profundidade e também a mais de 30cm do
topo do horizonte B ou do horizonte C se não existir B.
e. Moderadamente drenado: a água é removida do solo um tanto lentamente, de modo
que o perfi l permanece molhado por uma pequena, porém significativa parte do tempo.
Os solos com esta classe de drenagem comumente apresentam uma camada de
permeabilidade lenta no solum ou imediatamente abaixo dele. O lençol freático acha-se
imediatamente abaixo do solum ou afetando a parte inferior do horizonte B, por adição de
água através de translocação lateral interna ou alguma combinação dessas condições.
Podem apresentar mosqueados de redução na parte inferior do B, ou no topo deste,
associado à diferença textural acentuada entre A e B a qual se relaciona com condição
epiáquica.
f. Imperfeitamente drenado: a água é removida do solo lentamente, de tal modo que este
permanece molhado por período significativo, mas não durante a maior parte do ano. Os
solos com esta classe de drenagem comumente apresentam uma camada de
permeabilidade lenta no solum, lençol freático alto, adição de água através de
translocação lateral interna ou alguma combinação destas condições. Normalmente
apresentam algum mosqueado de redução no perfi l, notando-se na parte baixa indícios
de gleização.
g. Mal drenado: A água é removida tão lentamente do solo que este permanece molhado
por uma grande parte do ano. O lençol freático comumente está à superfície ou próximo,
durante uma considerável parte do ano. As condições de má drenagem são devidas ao
Lençol freático elevado, camada lentamente permeável no perfi l, adição de água através
de translocação lateral interna ou alguma combinação destas condições. É frequente a
ocorrência de mosqueado no perfi l e características de gleização.
h. Muito mal drenado: a água é removida do solo tão lentamente que o lençol freático
permanece à superfície ou próximo dela durante a maior parte do ano. Solos com
53/184
drenagem desta classe usualmente ocupam áreas planas ou depressões, onde há,
frequentemente, estagnação de água. Via de regra, são solos com gleização e
comumente horizonte turfoso pelo menos superficial.
3.2.3.4 Deflúvio Superficial
Trata da drenagem externa do solo, ou da habilidade de remoção pela superfície da água
recebida pelo solo. O deflúvio é representado pelas enxurradas e é referido em termos da
quantidade (volume) e velocidade destas. As situações desejáveis, quando se apresenta
o deflúvio superficial são: pequena quantidade e movimentação vagarosa pela superfície
do solo. O deflúvio está caracterizado de acordo com as seguintes classes:
a. Deflúvio muito lento: a água deixa a superfície do solo com movimento muito lento, em
virtude da presença de baixo gradiente, ou penetra e é transmitida em profundidade do
solo muito rapidamente. Estas condições ocorrem normalmente em terrenos planos ou
em terras de textura grosseira, com drenagem interna excessiva.
b. Deflúvio lento: a água deixa a superfície do solo com movimento lento, em virtude da
presença de baixo gradiente, ou penetra e é transmitida em profundidade no solo
rapidamente. Estas condições ocorrem normalmente em terrenos planos ou levemente
ondulados ou em terras de textura moderadamente grosseira, dotadas de boa drenagem
interna.
c. Deflúvio moderado: a água deixa a superfície do solo com velocidade que condiciona a
infiltração a quantidades moderadas. As perdas por deflúvio não afetam seriamente o
suprimento de água disponível no solo. Sob cultivos, os solos podem apresentar ligeira a
moderada erosão, proveniente do deflúvio.
d. Deflúvio rápido: grande porção de água que atinge a superfície do solo se perde por
deflúvio, enquanto pequena porção desta penetra no solo. Estes solos normalmente
declivosos possuem baixa capacidade de infiltração. Os perigos de erosão são
normalmente grandes.
e. Deflúvio muito rápido: uma porção muito grande da água que atinge a superfície do
solo é perdida por drenagem superficial na forma de enxurrada. Estes solos normalmente
possuem rampas muito inclinadas e os perigos de erosão são muito grandes.
3.2.3.5 Pedregosidade
A ocorrência de pedras na superfície do solo pode interferir nas operações agrícolas
mecanizadas. O critério para a avaliação da pedregosidade é a percentagem da área
coberta por pedras, descritas conforme QUADRO II a seguir:

54/184
Classe % da Área de Área Recoberta
Recobrimento

1. Ligeiramente Pedregoso <1 < 100 m2/ha


2. Moderadamente 1 – 10 100 a 1000 m2/ha
Pedregoso
3. Pedregoso 10 – 30 1000 a 3000 m2/ha
4. Muito Pedregoso 30 - 50 3000 a 5000 m2/ha
5. Extremamente > 50 > 5000 m2/ha
Pedregoso
QUADRO 2: Classes de Pedregosidade.
Fonte: Adaptado de Ribeiro & Campos (1999).

3.2.3.6 Risco de Inundações


O risco das inundações é avaliado em função de dois critérios: freqüência e duração,
caracterizados segundo o QUADRO III, abaixo:
Frequência Intervalo Provável de Recorrência
Ocasional >5
Frequente 1-5
Muito Frequente Anualmente
Duração Dias
Curta <2
Média 2 - 30
Longa > 30
QUADRO 3: Riscos de Inundações
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1999.

3.2.3.7 Declividade
As declividades de cada gleba são enquadradas dentro de determinados intervalos de
declividade, os quais definem as classes. O quadro IV apresenta as classes de
declividade com limites rígidos, cuja adoção é recomendada para os casos em que não se
dispõe de dados sobre a erosividade e a erodibilidade.

Classe de Relevo Classes de Declividade (%)


Plano 0-2
Suave ondulado 2-5
Moderadamente Ondulado 5-10
Ondulado 10-15
Forte Ondulado 15-45
Montanhoso 45-70
Escarpado > 70
QUADRO 4: Classificação do Relevo
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.

55/184
3.2.3.8 Erosão
Expressa o grau de desagregação e o arrastamento das partículas constituintes do solo,
pela ação da água em movimento resultante da precipitação. No campo, o técnico deverá
identificar e plotar no mapa suas principais formas de ocorrência, representadas pela
erosão laminar, em sulcos, voçorocas e acumulações encontradas.
a. Erosão laminar: é caracterizada pela espessura do horizonte A, devendo ser avaliada,
segundo os seguintes graus de limitação (Quadro V).
Classes de Erosão Laminar Espessura do Horizonte “A”
Não Aparente > 25cm de espessura
Laminar Ligeira >15cm<25cm
Laminar Moderada >5cm<15cm
Laminar Severa <5cm
Laminar Muito Severa sem horizonte A
QUADRO 5: Classes de erosão laminar
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.

b. Erosão em sulco: é caracterizada pela frequência e profundidade dos sulcos.


Para caracterização destas formas são observados os seguintes parâmetros:
- sulcos ocasionais, com distância entre eles superior a 30m;
- sulcos frequentes, com distância entre eles menor que 30m, porém ocupando menos de
75% ou ¾ de área do imóvel;
- sulcos muito frequentes, com distância entre eles menor que 30m, porém ocupando
mais de 75% ou ¾ da área do imóvel;
- sulcos rasos, cruzáveis por máquinas agrícolas, desfazendo-se facilmente no preparo
normal do solo;
- sulcos médios, cruzáveis por máquinas agrícolas, porém não desaparecem com o
preparo normal do solo;
- sulcos profundos, não cruzáveis por máquinas agrícolas, não atingindo o horizonte C; e
- sulcos muito profundos, não cruzáveis por máquinas agrícolas, atingindo o horizonte C.
c. Voçorocas: representam sulcos muito profundos, que não podem ser cruzados por
máquinas agrícolas e que já atingiram o horizonte C.
Devem ser avaliadas, as seguintes formas de acumulações:
1) Deposição de colúvio (material sem caráter prejudicial);
2) Deposição prejudicial de areias, seixos, etc.

56/184
3.2.3.9 Seca Edafológica
3.2.3.9.1 Este fator refere-se exclusivamente ao clima do solo. Ocorre em regiões cuja
estação seca ultrapassa quatro meses, mas normalmente só em locais bem drenados.
Solos situados em várzeas mesmo em regiões semiáridas podem não apresentar esse
fator, devido às condições ótimas de captação e retenção da água das chuvas e/ou pouca
profundidade do lençol freático. O balanço hídrico é um elemento que poderá auxiliar na
sua identificação. A seca prolongada, como fator limitante da terra, expressa a escassez
de água na região ocupada pelas raízes das plantas cultivadas, sendo consequência
tanto das propriedades do perfil do solo como do clima reinante da região.
3.2.3.9.2 Portanto, o balanço hídrico, elaborado a partir dos parâmetros climáticos, auxilia
na avaliação da quantidade de água presente no perfil dos solos em diferentes períodos
do ano, indicando a ocorrência ou não deste fator limitante da terra. Devem ser utilizados
os seguintes parâmetros do índice xerotérmico para caracterizar a seca edafológica
(Quadro 06).
Classe Parâmetros
Ligeira Terras localizadas em regiões com ligeira
limitação climática, que permitam o cultivo
de culturas anuais adaptadas, com
colheitas seguras e permanentes.
Curta Terras localizadas em regiões com
moderada limitação climática, que
permitam o cultivo de culturas anuais
adaptadas, com colheitas seguras e
permanentes.
Média Terras localizadas em regiões com risco
ocasional de seca prolongada em anos
muito secos, sendo necessária a irrigação.
Longa Terras localizadas em regiões com seca
muito prolongada que impeça o cultivo,
sendo imprescindível a irrigação.
Muito Longa Terras localizadas em regiões com seca
muito prolongada que impeça o cultivo,
sendo imprescindível a irrigação, esta,
porém , impraticável.
QUADRO 06 Parâmetros para caracterização da seca edafológica.
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.

3.2.3.10 Textura
3.2.3.10.1 O termo textura é empregado especificamente para a composição
granulométrica do solo (fração menor que 2mm de diâmetro). Normalmente expressa a
distribuição percentual das suas várias partículas constituintes, separadas por tamanho.

57/184
Fração Diâmetro (mm)
Argila < 0,002
Silte 0,002 - < 0,05
Areia fina 0,05 - < 0,2
Areia grossa 0,2 - < 2
QUADRO 07: Composição granulométrica do solo.
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.

3.2.3.10.2 De acordo com os conteúdos de areia, silte e argila, estimados em campo ou


determinados com análises de laboratório, são caracterizadas então as seguintes classes
de textura: areia, silte, argila, areia-franca, franco, francoargiloarenosa, franco-argilosa,
franco-arenosa, argiloarenosa, muito argilosa, argilossiltosa, franco-argilossiltosa e franco-
siltosa. A seguir, é apresentado o triângulo para classificação textural de solos. Figura 43

FIGURA 43 : Composição granulométrica do solo


Fonte: USDA, citado por LEPSCH, 1991.

3.2.3.10.3 No Anexo C apresentaremos os FATORES DETERMINANTES DAS CLASSES


DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS para a classificação dos solos (Manual de
Obtenção de Terras e Perícia Judicial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária - INCRA).

58/184
3.3 CRITÉRIOS E OU VARIÁVEIS EMPREGADOS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
RURAIS
3.3.1 Como sabemos, para a avaliação de imóveis rurais é necessário que o avaliador
determine o valor de mercado do imóvel rural por meio do tratamento técnico dos
atributos dos elementos comparáveis, constituintes de uma amostra. Para isso, usamos
alguns critérios e ou variáveis que corroboram para transformar a propriedade amostral ou
avalianda em um elemento comparável, principalmente com outros elementos da mesma
região geoeconômica. Seguem alguns critérios e ou variáveis (Figura 44):

Classe de Capacidade de Uso dos


Solos

Situação/Acesso

Terra Nua Nota Agronômica (NA)

Recursos Naturais
Imóvel Rural
Dimensão da área

Benfeitorias

FIGURA 44: Critérios e ou variáveis para avaliação de imóveis rurais.


Fonte: DPIMA.

3.3.2 Iremos enfatizar no presente trabalho os seguintes critérios: classe de capacidade


de uso dos solos, situação/acesso e nota agronômica. A escolha desses critérios é
exclusiva do avaliador e será de acordo com a região e conforme as facilidades e /ou
dificuldades encontrada por ele para obter os dados. Nas literaturas aqui evidenciadas é
possível encontrar outros parâmetros e fatores que poderão ser usados desde que
referenciados no laudo.
3.3.3 CLASSE DE CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS
3.3.3.1 As diferentes denominações regionais dos solos não permitem a qualquer
profissional determinar com precisão sobre qual tipo de solo está se referindo. Por isso,
profissionais atuantes na área de conservação dos solos realizaram trabalhos procurando

59/184
estabelecer um valor relativo a cada classe de capacidade de uso, em ordem decrescente
às limitações de explorações rurais, capazes de refletir, com apreciável margem de
segurança a renda máxima possível da terra em cada uma das classes de capacidade de
uso dos solos.
3.3.3.2 Em consequência, o Engenheiro Agrônomo MENDES SOBRINHO (1966),
apresentou a Tabela 01 abaixo para mostrar o valor relativo à produção de arroz em
porcentagem.

TABELA 01: Capacidade de uso do solo e valor relativo de cada classe de capacidade de uso do
solo

3.3.3.3 O valor da terra está diretamente relacionado com o aproveitamento permitido e a


liberdade de uso que propicia ao proprietário. Isso quer dizer que quanto maior o grau de
aproveitamento da área, em relação à intensidade e variabilidade de utilização do solo,
maior o seu valor. (FRANÇA & DEMÉTRIO, 1995).
3.3.3.4 Ressalta-se que o sistema de classes de capacidade de uso foi desenvolvido para
orientar a metodologia de conservação do solo e da utilização do mesmo, elementos
orientativos para o planejamento do uso da terra.
3.3.3.5 De acordo com França (1983), diversos autores procederam aos mesmos cálculos
em outras regiões, obtendo valores diversos como apresentado na Tabela 02.

60/184
TABELA 02: Valores médios percentuais em função das classes de capacidade e uso do solo.
Fonte: França (1983).

3.3.3.6 Uma das razões para as diferenças entre os diversos autores, segundo o
professor FRANÇA (1983), é a não consideração, por nenhum destes, das naturezas das
limitações, ou seja, das Subclasses de Capacidade de Uso. Outra razão seriam as
condições regionais próprias de cada estudo.
3.3.4 SITUAÇÃO/ACESSO
3.3.4.1 Situação ou localização é o segundo item mais comum que também exerce
influência significativa no valor da terra nua. A localização de um imóvel rural refere-se,
principalmente, à qualidade dos acessos e à proximidade dos mercados consumidores
dos produtos explorados LIMA (2005).
3.3.4.2 Da mesma forma que foi feita para a classe de capacidade de uso, diversos
autores estudaram o efeito da situação no rendimento líquido das culturas e este estudo
forma a base, atualmente, para a determinação dos fatores de situação.
3.3.4.3 As escalas de valores das terras com as vias de acesso são apresentadas na
Tabela 03, organizada pelo Engenheiro Hélio de Caires (1978), e sintetiza a solução
proposta pelo Engenheiro Octávio T. Mendes Sobrinho.

61/184
TABELA 03: Escala de valores de terras segundo a situação e viabilidade de circulação.
Fonte: Caires, 1978.

3.3.4.4 Atualmente, existe uma nova tabela de caracterização da situação do imóvel rural,
desenvolvida pelos técnicos do INCRA, em vigência desde 2007. Nesta tabela, os
técnicos do INCRA incorporaram ao elemento tipo de acesso, a questão do acesso fluvial,
muito importante em regiões mais remotas do país, muitas vezes sem nenhum tipo de
estrada Tabela 04.

62/184
TABELA 04: Situação do imóvel em relação à localização e acesso.
Fonte: INCRA (2007), Módulo III – Avaliação de Imóveis Rurais, adaptado de KOSMA (1986).

3.3.4.5 Assim, analisando-se as tabelas, pode-se concluir que o item a ser observado com
maior cuidado é o tipo de acesso, vindo num segundo plano à distância e a praticabilidade
destes acessos.
3.3.4.6 Desta forma, a classe de capacidade de uso e a situação podem ser consideradas
como as principais variáveis determinantes do valor da terra nua de um imóvel rural,
podendo então, relacioná-las num único quadro de dupla entrada. O Engenheiro
Agrônomo KOZMA (1984), baseando-se nos estudos de MENDES SOBRINHO (1966),
montou uma nova tabela, fazendo essa relação. (Classes de Capacidade de Uso com a
situação da propriedade, resultando disto, coeficientes para cada tipo de solo e situação).
3.3.4.7 Com isto, depois de determinado o valor da relação de uma CLASSE versus
determinada SITUAÇÃO de solo, por uma simples multiplicação, pode-se determinar o
índice agronômico (IA), que expressa o valor de uma determinada combinação de classe
da capacidade de uso e situação.

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TABELA 05 - Fatores de ponderação na obtenção do valor das terras rústicas segundo a classe de
capacidade de uso e situação segundo KOZMA, 1984.
Fonte: KOZAMA, 1984.

3.3.4.8 Da mesma maneira podemos utilizar a tabela do INCRA - Instituto Nacional de


Colonização e Reforma Agrária/ 2006 Tabela 06.

TABELA 06: Fatores de ponderação na obtenção do valor das terras considerando a classe de
capacidade de uso e situação.
Fonte: INCRA (2006) – Módulo III – Avaliação de Imóveis Rurais, adaptado de FRANÇA (1983) e
citado por LIMA (2005).

3.3.4.9 Com base nas tabelas apresentadas, o trabalho do Engenheiro de Avaliações


torna-se mais rápido e fácil, uma vez que determinada ou conhecida a classe de
capacidade de uso dos solos e a sua situação, quanto ao tipo de acesso, determina-se o
coeficiente ou o valor unitário básico para uma determinada condição, este valor
denominamos a partir de agora como nota agronômica (NA).

64/184
3.3.4.10 Devemos sempre lembrar que estas tabelas, como já demonstrado, têm valores
diferentes, dependendo da região e da época em que foram realizadas, ou seja, não se
recomenda a adoção de nenhuma das tabelas listadas neste trabalho sem que antes seja
feita uma verificação prévia com dados de mercado, plenamente justificada, de que a
mesma retrata o funcionamento do mercado de terras agrícolas da região.
3.3.4.11 Da mesma forma, esta classificação de solos por capacidade de uso não implica
necessariamente a ocorrência de todas as classes em todas as regiões deste País, sendo
perfeitamente possível criar-se uma equação das classes apenas com aquelas mapeadas
no local analisado.
3.3.5 NOTA AGRONÔMICA (NA)
3.3.5.1 A Nota Agronômica é utilizada como um dos principais fatores na avaliação de
imóveis rurais. É um indicador do potencial de uso da propriedade, seja ela a avalianda ou
uma amostra, pois relaciona as áreas de cada classe de capacidade de uso dos solos da
propriedade com uma determinada nota agronômica (NA).
3.3.5.2 A nota agronômica (NA) é o fator resultante da combinação da classe de
capacidade de uso e da situação, podendo ser encontrado em qualquer uma das diversas
tabelas de homogeneização existentes. É de fundamental importância executar uma
criteriosa escolha da tabela de fator de ponderação a ser utilizada, pois o resultado final,
valor da terra nua (VTN), é diretamente afetado por esta decisão.
3.3.5.3 É importante destacar que antes de calcular a nota agronômica (NA) de qualquer
propriedade deve-se primeiramente efetuar uma visita ao imóvel para estabelecer quais
são as classes de capacidade de uso da propriedade, além de determinar qual a área de
cada uma destas classes.
3.3.5.4 Como bem definido no livro do Dr. Hélio do Prado, a composição da Capacidade
de Uso das Terras é obtida pelo mapa pedológico somado ao mapa de declividade.
3.3.5.5 De acordo com a Tabela 03 de “Escala de Valores de Terras Segundo a Situação
e a Viabilidade de Circulação,” do Eng. Octávio T. Mendes Sobrinho, o valor da escala em
porcentagem é obtido através da qualidade do acesso (situação) ao imóvel versus a
viabilidade de circulação.
3.3.5.6 Para o cálculo da Nota Agronômica utiliza-se o somatório do produto entre o
percentual de cada classe de capacidade de uso das terras existente no imóvel rural pelo
seu correspondente índice de correção indicado.

65/184
3.3.5.7 Observa-se que a nota agronômica é obtida pela conjunção de dois fatores de
homogeneização (terra x localização). Portanto, o avaliador poderá optar pela utilização
dos fatores conjugados (expressos na nota agronômica) ou isolados.
Valendo-se da fórmula da média ponderada pode-se determinar qual a nota agronômica
(NA) da propriedade.
3.3.5.8 Segue exemplo de cálculo para NA, retirado do Manual de Obtenção e Terras do
INCRA.

FIGURA 45: Matriz localização e acesso x capacidade de uso.

3.3.5.9 Exemplo de cálculo da nota agronômica:


Localização e acesso do Imóvel: REGULAR
Classes de capacidade de uso do imóvel:
classe III – 20%; classe IV – 35%; classe VI – 45%

NA= (0,488 x 0,20) + (0,376 x 0,35) + (0,232 x 0,45)


NA= 0,334

CAPÍTULO IV
PLANEJAMENTO E LEVANTAMENTO AMOSTRAL / DADOS

4.1 PESQUISA AMOSTRAL DE DADOS DE MERCADO


4.1.1 Conforme definições da NBR 14.653-1:2001:
4.1.1.1 Amostra: conjunto de dados de mercado representativos de uma população.
4.1.1.2 Pesquisa: conjunto de atividades de investigação, coleta, seleção,
processamento, análise e interpretação de resultados sobre dados de mercado.
4.1.1.3 Dado de mercado: conjunto de informações coletadas no mercado relacionadas a
um determinado bem.

66/184
4.1.2 Com base nestas definições, é perceptível a importância de uma coleta de dados de
mercado bem feita, pois dela dependerá todo o resultado do valor do laudo de avaliação
de imóvel rural.
4.1.3 Diferentemente de imóveis urbanos, a quantidade de dados de imóveis rurais no
mercado anunciados é muito reduzida, principalmente quando se fala em valores de
arrendamento, tanto para pecuária quanto para agricultura. Por este motivo, destaca-se a
relevância em se planejar e dispor de um bom tempo para pesquisa e esgotar todas as
possibilidades de fontes de dados disponíveis na região, evitando assim a possibilidade
de retrabalho nesta fase de busca de informações (julga-se uma das fases que se deve
gastar mais tempo contabilizado no cronograma de elaboração de um laudo de avaliação
de imóvel rural).
4.1.4 Ratificando o que acabou de ser abordado sobre a coleta de dados, a ABNT NBR
14.653-1 traz a seguinte orientação:
“É recomendável que seja planejada com antecedência, tendo em vista: as
características do bem avaliando, disponibilidade de recursos, informações e
pesquisas anteriores, plantas e documentos, prazo de execução dos serviços,
enfim, tudo que possa esclarecer aspectos relevantes para a avaliação.”

4.1.5 Definitivamente, uma das principais dificuldades na execução de uma avaliação de


imóveis é a fase de coleta de dados, de forma que se os dados não forem os mais
coerentes possíveis, todas as demais etapas ficam comprometidas.

4.2 BANCO DE DADOS


4.2.1 A ABNT NBR 14.653 - Parte 2, nos itens 5.2.1.1 e 5.2.1.3, estabelece algumas
recomendações relevantes explicitadas abaixo.
4.2.2 A pesquisa de mercado é o pilar da avaliação e nela serão coletados os elementos
que subsidiarão a modelagem do mercado.
4.2.3 As fontes utilizadas são principalmente: empresas imobiliárias, corretores
especializados, anúncios de jornais, internet, banco de dados existente, visita ao campo,
construtores, incorporadores, compradores, vendedores, investidores, bancos oficiais,
bancos de crédito imobiliário, prefeituras, companhias de habilitação, órgãos de
planejamento urbano, cartório de registros de imóveis, escritórios de contabilidade,
corretores de animais, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),
Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agência de Desenvolvimento
Agrário e Extensão rural (AGRAER), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

67/184
(EMATER), Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural
(EMPAER), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Universidades, etc.
4.2.4 Apesar de aparentemente parecer que há uma grande quantidade de fonte de
informações, na coleta em campo nota-se que a quantidade de elementos que se
consegue levantar não é tão ampla. Por este motivo, um ponto a ser observado para a
coleta das informações (dados de imóveis rurais) é o fato da União ter acesso gratuito aos
documentos registrados em cartório de imóveis, conforme o Decreto-Lei nº 1.537, de 13
de abril de 1977, que isenta do pagamento de custas e emolumentos a prática de
quaisquer atos, pelos Ofícios e Cartórios de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e
Documentos e de Notas, relativos às solicitações feitas pela União.
"Art. 1º É isenta a União do pagamento de custas e emolumentos aos Ofícios e
Cartórios de Registro de Imóveis, com relação às transcrições, inscrições,
averbações e fornecimento de certidões relativas a quaisquer imóveis de sua
propriedade ou de seu interesse, ou que por ela venham a ser adquiridos.”

4.2.5 O pedido da documentação poderá ser feito através da elaboração de um ofício


simples de solicitação dos contratos em nome do EB direcionado ao Cartório. Ao coletar
dados de mercado registrados em Cartório de Registro de Imóveis, o avaliador deve
atentar ao fato de que muitos dos contratos são registrados meramente para efeito de
respaldos legais e não possuem valor real da transação (geralmente contratos feitos entre
familiares) e esses valores não podem ser considerados como dados dentro de sua
amostra, pois influenciará no resultado e não retratará o valor real e justo praticado no
mercado.
4.2.6 Recomenda-se que a coleta de dados seja planejada com antecedência, levando
em consideração as características do bem avaliando, a disponibilidade de recursos, as
informações e pesquisas anteriores, as plantas e documentos, o prazo de execução dos
serviços, enfim, tudo o que possa esclarecer os aspectos relevantes para a avaliação.
Seguindo o descrito na IN Nº 05 da SPU, o banco de dados de mercado deve ser
contemporâneo a data do laudo de avaliação de imóvel com atributos mais semelhantes
possíveis aos do bem avaliando, identificando e diversificando as fontes de informação.
Deve-se identificar e descrever todas as características relevantes dos dados de mercado
coletados.
4.2.7 Na coleta de dados de mercado relativos a ofertas, é recomendável buscar
informações sobre o tempo de exposição no mercado e, no caso de transações, verificar
a forma de pagamento praticada e a data em que ocorreram.

68/184
Na pesquisa para estimativa do valor de mercado, o que se pretende é a composição de
uma amostra representativa de dados de imóveis com características, tanto quanto
possível, semelhantes as do avaliando, usando-se toda a evidência disponível. Essa
etapa deve iniciar-se pela caracterização e delimitação do mercado em análise, com o
auxílio de teorias e conceitos existentes ou hipóteses advindas de experiências adquiridas
pelo avaliador sobre a formação do valor.
4.2.8 A estratégia de pesquisa refere-se à abrangência da amostragem e às técnicas a
serem utilizadas na coleta e análise dos dados, tais como a seleção e abordagem de
fontes de informação, além da escolha do tipo de análise (quantitativa ou qualitativa) e a
elaboração dos respectivos instrumentos para a coleta de dados (fichas, planilhas,
roteiros de entrevistas, entre outros).
4.2.9 No uso de dados que contenham opiniões subjetivas do informante, recomenda-se:
4.2.9.1 visitar cada imóvel tomado como referência, com o intuito de verificar todas as
informações de interesse;
4.2.9.2 atentar para os aspectos qualitativos e quantitativos; e
4.2.9.3 confrontar as informações das partes envolvidas, de forma a conferir maior
confiabilidade aos dados coletados.
4.2.10 Os dados de mercado devem ter suas características descritas pelo engenheiro de
avaliações até o grau de detalhamento que permita compará-los com o bem avaliando, de
acordo com as exigências dos graus de precisão e de fundamentação.

4.3 VISTORIA DOS DADOS COLETADOS


4.3.1 É de suma importância que o avaliador elabore uma “Ficha de Vistoria” que facilitará
o seu trabalho de coleta de dados, realizando anotações relevantes para o tratamento dos
dados, onde coletará as informações que acredite influenciar diretamente no valor do
imóvel (que serão possivelmente utilizadas como as variáveis). Ao levar sua ficha de
vistoria a campo, se possível, usar um material de anotação que seja resistente ao
intemperismo, para que não haja a possibilidade de perda de informações e gere um
retrabalho. No Anexo B encontra-se um modelo de ficha de vistoria.
4.3.2 A fase de vistoria dos dados de mercado coletados também deve ser planejada visto
que existem dificuldades de visitar um determinado imóvel pertencente à amostra. Essa
questão se potencializa quando se fala em imóvel rural, pois há uma maior complexidade
diante da falta de informação contida nos anúncios, contratos e pesquisas coletadas que

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em muitas vezes não possuem o endereço completo ou mesmo correto do imóvel, ou que
não está devidamente cadastrado na base de sistema do INCRA, impossibilitando a
confirmação de sua localização, a dificuldade de contatar corretores dispostos a te
mostrar a propriedade (uma vez que não há interesse na negociação), dificuldade de
acesso por meio dos proprietários dos imóveis, inacessibilidade das estradas de acesso
ao imóvel (impossibilidade de trafegabilidade em todo período do ano, falta de
manutenção das vias de acesso ou acesso restrito por passagem interna a outras
propriedades particulares), veículo apropriado para utilização na vistoria (muitos lugares
precisam ser um veículo com tração 4x4), recurso financeiro para bancar os custos da
vistoria, todos esses fatores podem prejudicar significativamente o tempo do andamento e
a execução da avaliação.
4.3.3 Recomenda-se que o avaliador trabalhe com um GPS nessa fase de campo (coleta
de dados na região e vistoria dos imóveis – avaliando e dados de mercado); ele deve
deixá-lo ligado desde a saída para campo até o término do dia de trabalho, e registrar os
pontos relevantes por onde o avaliador passou, como as imobiliárias e locais de busca da
informação dos dados de mercado; nas vistorias às áreas de alteração de bioma,
identificação de recurso natural expressivo, passivo ambiental, alguma informação
considerável na trajetória do acesso aos imóveis que deva ser mencionada, dentre outros
aspectos que o avaliador julgar importante registrar no laudo de avaliação.
4.3.4 Juntamente com os pontos, é interessante que o avaliador anexe uma foto dos
registros observados, identificando o motivo de se destacar esse ponto, assim como
também anexar no laudo todo o trajeto feito na vistoria do avaliando, nas coletas de dados
e nas vistorias dos dados (caso haja necessidade). Encontra-se no Anexo C um exemplo
de mapa com o trajeto e os pontos relevantes e seus registros.

4.4 PESQUISA DE OPINIÃO


4.4.1 A pesquisa de opinião é uma sondagem que indica as opiniões de uma determinada
população analisada, através de perguntas para uma fatia deste grupo. Para o caso de
pesquisa de opinião de imóvel rural para utilização como um dado é considerada a
opinião de engenheiros de avaliação ligados ao setor imobiliário rural ou de profissionais
também ligados ao setor imobiliário rural.
4.4.2 A pesquisa de opinião se dá através da criação de uma ficha que descreve os
atributos ligados a um determinado imóvel paradigma, em que o profissional ligado ao

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setor imobiliário avaliará o valor que o mercado local pratica para (arrendar ou vender,
depende da finalidade do laudo) a absorção do imóvel.
4.4.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA DE OPINIÃO
4.4.3.1 O ideal para a elaboração de uma pesquisa de opinião é produzir mais de um tipo
de imóvel paradigma, de forma que um dos imóveis seja a descrição do próprio avaliando,
e de preferência pelo menos mais dois que tenham alguma característica diferente do
avaliando que possa identificar qual atributo agrega ou desagrega valor ao imóvel, de
forma que se defina o justo valor de mercado do bem.
4.4.3.2 Após a elaboração das fichas de pesquisa de opinião, o avaliador deve coletar as
opiniões de profissionais que trabalhem diretamente com o setor imobiliário rural na
região onde o avaliando está inserido ou em regiões que tenham características
geoeconômicas semelhantes (mesma atividade econômica), preferencialmente de mesma
malha viária, sobre influência do mesmo centro consumidor e mesmo clima do bem
avaliando (essas regiões encontram-se geralmente caracterizadas por mapas elaboradas
pelo INCRA), desta forma cada fonte (profissional) responderá o valor que acredita ser
praticado na região para cada tipo de paradigma diferente criado e essa pesquisa deve
ser respondida por uma gama diversificada de fontes. No Anexo D encontra-se um
modelo de coleta de opinião de preços de imóveis rurais.

4.5 O TRATAMENTO DOS DADOS DE UMA AMOSTRA – PADRONIZAÇÃO DOS


DADOS COLETADOS
4.5.1 Como as fontes de informação para a formação do banco de dados do laudo de
avaliação são muito diversificadas, deve-se uniformizar a unidade de medida a ser
analisada para comparação dos valores encontrados. Como os contratos de transações
imobiliárias não seguem um padrão, seu formato possui informações das formas mais
distintas possíveis, então faz-se necessário, antes da utilização destes dados, criar uma
planilha que contenha o resumo das informações mais importantes julgada pelo avaliador
(que possivelmente serão suas variáveis).
4.5.2 Destaca-se algumas observações importantes que influenciam diretamente no valor
do contrato a ser considerado e necessitam ser uniformizados como: o período de
duração do contrato, a unidade de medida de área utilizada, a destinação do imóvel, a
área efetivamente arrendada, dentre outras informações.

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4.5.3 Após padronizar os diversos parâmetros descritos deve-se unificar a unidade de
valor que será considerada no laudo, alguns dados podem vir com a descrição em sacas
de produção por medida de área por ano (ex: KG de saca de soja/ha/ano), ou pelo valor
total em moeda vigente (ex: R$/ha), ou por unidade de produção animal por unidade de
área por ano (@ de boi/QS/ano), dentre outras definições de valor. Para este ajuste,
pode-se utilizar uma pesquisa da média de valor da atividade praticada no mercado
regional no mês em que se coletaram os dados, essa média deve ser retirada de fontes
confiáveis e diversificadas, de posse das informações necessárias faz-se a média dos
valores encontrados praticados transformando todos os valores dos dados em unidades
passíveis de comparação.
4.5.4 No que diz respeito ao valor, o item 7.7.1.2 da NBR 14.653-3 descreve que nos
casos de transformação de pagamento parcelado ou a prazo de um dado de mercado
para preço à vista, esta deve ser realizada com a adoção de uma taxa de desconto,
efetiva, líquida e representativa da média praticada pelo mercado, à data correspondente
a esse dado, discriminando a fonte.

CAPÍTULO V
METODOLOGIA RECOMENDADA PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS

5.1 AVALIAÇÃO DE TERRAS COM USO DO MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE


DADOS DE MERCADO (VENDA E ARRENDAMENTO)
5.1.1 A NBR 14.653 parte 3 referencia as metodologias descritas na parte 1 da mesma
norma para a avaliação de imóveis rurais, ficando compreendido que podem ser utilizadas
diversas metodologias para se calcular o valor de um laudo de avaliação, desde que
compatível com a natureza do bem avaliando, a finalidade da avaliação e os dados de
mercado disponíveis. Porém o mais recomendado para a identificação do valor de
mercado, sempre que possível, é utilizar o Método Comparativo Direto de Dados de
Mercado e esse será o enfoque deste caderno.
5.1.2 Para avaliação de imóveis rurais, diferentemente de imóveis urbanos, como a
quantidade de dados coletados é mais restrita, utiliza-se em vez do tratamento científico o
tratamento por fatores. Este tratamento possibilita que o trabalho se desenvolva com uma

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gama menor de dados de mercado efetivamente utilizados e possui fontes seguras de
estudo dos fatores relevantes para a composição do valor do imóvel.
5.1.3 A metodologia descrita neste caderno já existe, porém é direcionada para a
finalidade de venda (alienação); não se encontrou laudos de avaliação de imóveis rurais
pelo método comparativo direto de dados de mercado para a finalidade Arrendamento,
modalidade muito utilizada internamente nos imóveis jurisdicionados ao Exército Brasileiro
(EB). Por este motivo, fez-se necessária a criação de uma metodologia adaptada, que
atendesse todas as legislações e regulamentos externos e internos à Força, mas que
fosse compatível com a realidade diferenciada do mercado geral externo.
5.1.4 O método comparativo direto de dados de mercado não é a única metodologia que
pode ser utilizada para a avaliação dos imóveis rurais jurisdicionados ao EB, e caso o
avaliador julgue que outra metodologia seja mais apropriada para elaboração do laudo de
avaliação deve ser utilizado conforme sua escolha e justificado no corpo do laudo,
seguindo todos os preceitos das normas e legislações referentes ao tema de avaliação de
imóveis rurais.
5.1.5 Será apresentado resumidamente o que se entende por método comparativo direto
de dados de mercado, que é a metodologia que equipara os atributos de cada dado de
mercado coletado, de forma direta por meio de um tratamento técnico, com o objeto da
avaliação.
5.1.6 Essa comparação é feita através do levantamento das diversas características
(variáveis) que diferenciam um imóvel de outro, onde o avaliador deve ter conhecimento
suficiente para transformá-las em parâmetros numéricos passíveis de comparação com
menor grau de subjetividade possível.
5.1.7 O método comparativo direto de dados de mercado está bem fundamentado e
explicado no “Caderno de Instrução para Avaliação de Imóveis da União: Teoria e Prática”
da DPIMA, e pode ser consultado caso haja dúvidas em relação às definições da
metodologia. Abordaremos a seguir as diferenças aplicáveis à avaliação de imóveis rurais
e suas peculiaridades normativas.

5.2 TRATAMENTO POR FATORES


5.2.1 A NBR 14.653-3 em seu item 7.7.2 descreve sobre as considerações no tratamento
dos dados por fatores que devem ser observadas na elaboração do laudo de avaliação,
como o caso dos fatores utilizados que devem ser indicados periodicamente por

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entidades técnicas regionais reconhecidas, revisadas e especificar a região para a qual
são aplicáveis. Especifica também que a qualidade da amostra deve estar assegurada
quanto à identificação dos dados de mercado e das fontes, quantidade de dados de
mercado para enquadramento quanto à fundamentação e à semelhança com o avaliando,
além de descrever outras observações contidas no Anexo B da NBR 14.653-3.
5.2.2 No caso de utilização de Fatores de Homogeneização, recomenda-se que a
determinação destes tenha origem em estudos fundamentados estatisticamente e envolva
variáveis, como por exemplo, escalas de fatores de classes de capacidade de uso, fatores
de situação e recursos hídricos. Os dados básicos devem ser obtidos na mesma região
geoeconômica onde está localizado o imóvel avaliando e tratados conforme anexo B da
NBR 14.653-3.
5.2.3 Encontra-se no Manual de Avaliações de Imóveis do Patrimônio da União em seu
item 11.5. procedimentos para a aplicação do tratamento dos dados por fatores,
considerações sobre a utilização do procedimento, sobre os dados de mercado e sua
pontuação em relação às tabelas de fundamentação e precisão conforme a NBR 14.653-
3.
5.2.4 Para se escolher as variáveis, o avaliador tem que contar com sua experiência e
conhecimento da região. Serão sugeridas algumas das variáveis utilizadas e já
mencionadas no caderno que podem ser utilizadas como fatores, desde que atendam aos
preceitos da NBR 14.653-3, tais como:
- área;
- localização;
- culturas;
- recursos naturais;
- construções, instalações e edificações;
- terras;
- rebanhos; e
- máquinas.
5.2.5 Serão abordadas neste caderno as características que se apresentaram mais
significativas para os laudos de avaliação de imóveis rurais testados, além de serem as
mais indicadas nas diversas literaturas consultadas durante a elaboração do trabalho.
5.2.5.1 Fator de Elasticidade (fonte)
5.2.5.1.1 Relação média entre o valor transacionado e o valor ofertado, observada no
mercado imobiliário do qual faz parte o bem avaliando. Domingos afirma em seu livro que
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este fator para imóveis rurais pode variar entre 20% a 40% a mais no valor médio dos
imóveis, dependendo da quantidade de ofertas na região. Para se considerar essa
variação o avaliador deve apresentar em seu laudo de avaliação um estudo
mercadológico que autentique o fato no mercado local.
5.2.5.1.2 Conforme o Manual de Obtenção de Terras e Perícia Judicial do INCRA e a
apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais dos Eng. Demétro e
Andrade, este distingue os valores dos dados de mercado obtidos, diferenciando-os entre
Ofertas, Negócios Realizados e Pesquisa de Opinião. Desta forma são considerados os
Negócios Realizados e as Pesquisas de Opinião como 100% do valor e as Ofertas são
consideradas como 90% do valor do imóvel, pois é considerado que 10% do valor total do
imóvel anunciado corresponde à margem de negociação entre o preço pedido e o
efetivamente transacionado.
5.2.5.1.3 Rossi em seu livro sobre avaliação de imóveis rurais recomenda que as opiniões
sejam solicitadas para imóveis, e não para terra nua, assemelhando a informação a uma
oferta. O avaliador deve atentar para essa recomendação, porém em casos onde não se
encontre dados ofertados ou negociados de terras, é possível a utilização destas
pesquisas e sugere-se utilizar com seu valor integral, não considerando-o como oferta,
pois para se considerar que em cima do valor opinado pelo profissional da área de
imóveis rurais há uma margem de negociação, será necessário que o avaliador faça um
estudo provando que é um índice verídico praticado na região.
5.2.5.2 Nota Agronômica
5.2.5.2.1 Como já exposto no caderno, a NA é um índice calculado de cada dado de
mercado e do avaliando, que leva em consideração quatro características (variáveis) de
cada imóvel. Este índice é utilizado como um dos principais fatores para a avaliação de
imóveis rurais.
Nota Agronômica (NA) = Capacidade de Uso (C.U) x Situação
5.2.5.2.2 Conforme descrito no livro de Prado, a composição da Capacidade de uso das
terras é obtida pelo mapa pedológico versus mapa de declividade.
5.2.5.2.3 De acordo com a Tabela de “Escala de Valores de Terras Segundo a Situação e
a Viabilidade de Circulação” do Eng. Octávio T. Mendes Sobrinho, o valor da escala em
porcentagem é obtido através da qualidade do acesso (situação) ao imóvel versus a
viabilidade de circulação.

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5.3 DADOS SEMELHANTES
5.3.1 A primeira consideração a se fazer para que os dados sejam semelhantes é
descartar as propriedades que tenham atividades econômicas divergentes à do avaliando.
Após essa seleção, aplica-se o que se encontra na letra B1.2.1 no Anexo B da NBR
14.653-3:
“para a utilização deste tratamento, considera-se como dado de mercado com
atributos semelhantes aqueles em que cada um dos fatores de homogeneização,
calculados em relação ao avaliando, estejam contidos entre 0,50 a 1,50 para o
grau I de fundamentação ou entre 0,80 e 1,20 para graus II ou III de
fundamentação.”
Ou seja:
Grau de Fundamentação I
Fator mínimo dados = Fator avaliando * 0,50
Fator máximo dados = Fator avaliando * 1,50
Grau de Fundamentação II e III
Fator mínimo dados = Fator avaliando * 0,80
Fator máximo dados = Fator avaliando * 1,20

5.4 HOMOGENEIZAÇÃO DOS DADOS


5.4.1 Conforme a letra B1.2.2 no Anexo B da NBR 14.653-3, o preço homogeneizado de
cada dado amostral, resultado da aplicação de todos os fatores de homogeneização, deve
estar contido no intervalo de 0,50 a 1,50, em relação ao preço observado no mercado.
5.4.2 VALOR DA TERRA NUA
Para a homogeneização dos dados é necessário calcular o Valor de Terra Nua da
amostra, este cálculo se dá pela fórmula:

 [VTI × (1 − fe )] − Vb 
VTN =  
 At 
Onde:
VTN = Valor da Terra Nua (R$/ha);
VTI = Valor Total do Imóvel;
fe = Fator de Elasticidade (para imóveis ofertados e negociados);
Vb = Valor da Benfeitoria; e
At = Área Total.
5.4.3 VALOR DA TERRA NUA INDEXADO
5.4.3.1 Após a realização das etapas anteriores: cálculo da nota agronômica, verificação
dos dados semelhantes, cálculo do valor da terra nua e todas as etapas de preparação

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dos dados, o avaliador encontra-se apto a proceder à homogeneização do conjunto
amostral.
5.4.3.2 O resultado final destas etapas deve ser uma tabela ou figura contendo no mínimo
as seguintes informações: identificação do elemento, nota agronômica e valor da terra
nua, também pode incluir a nota agronômica da propriedade avalianda. Encontra-se no
Anexo E o modelo de tabela de informações dos imóveis rurais.
5.4.3.3 Estas informações são as necessárias para proceder à homogeneização do
conjunto amostral, que consiste na transposição de um provável valor determinado pela
amostra ao imóvel avaliando, resultando numa nova informação, denominada valor da
terra nua indexado (VTN indexado).
5.4.3.4 Adota-se um procedimento simples, para relacionar o valor da terra nua da
propriedade amostral com a determinação do valor da terra nua da propriedade avalianda,
onde a nota agronômica dos elementos é que possibilita a comparação.
5.4.3.5 Assim, cria-se para a propriedade avalianda um conjunto de valores denominados
de valor de terra nua indexado (VTN indexado), que será a base para o saneamento, ou
tratamento estatístico do conjunto amostral. A equação que se utiliza para isto está
descrita a seguir:

 (VTN amostra × NAav ) 


VTN indexado =  
 NAamostra 

Onde:
= Valor da Terra Nua “ajustado”;
VTN indexado
VTN amostra = Valor da Terra Nua do dado;
NAav = Nota Agronômica do avaliando; e
= Nota Agronômica do dado.
NAamostra

5.5 SANEAMENTO DOS DADOS


5.5.1 De Acordo com a letra B.1.3 do Anexo B da NBR 14.653-3, após a
homogeneização, devem ser utilizados critérios estatísticos consagrados de eliminação
de dados discrepantes, para o saneamento da amostra.
5.5.2 Conforme Demétro e Andrade, o saneamento amostral é a etapa designada como
eliminação de dados suspeitos, representa a operação, dentro dos cálculos estatísticos,

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onde se procuram elementos integrantes da amostragem que possuam desvios
acentuados em relação à média, procedimento através do qual se torna mais homogêneo
e confiável os dados saneados.
5.5.3 O saneamento destes dados poderá ser feito segundo quatro critérios, sendo que a
adoção de um ou outro critério dependerá dos objetivos e da metodologia utilizada na
coleta de dados. São critérios utilizados e aceitos para o saneamento amostral:
- critério da Média aritmética;
- critério do Desvio-padrão;
- critério de Chauvenet; e
- critério de Arley.
5.5.4 É importante enfatizar que os critérios de saneamento sempre devem ser aplicados
sobre os dados homogeneizados, nunca se deve aplicar um método de saneamento
sobre um conjunto de dados já saneado por qualquer outro critério.
5.5.5 Todo o conteúdo de explicação dos cálculos dos Critérios de Saneamento (itens
5.5.1 a 5.5.4 deste caderno) foram tirados da apostila de “Engenharia de Avaliações
Aplicadas a Imóveis Rurais” do Prof. Valdemar Antônio Demétro e Prof. Luis Augusto C.
Moura Andrade e foram descritos abaixo em sua íntegra.
5.5.6 CRITÉRIO DA MÉDIA ARITMÉTICA
5.5.6.1 Este critério consiste na definição de um limite inferior e outro superior para a
variação dos dados amostrais, devendo-se desconsiderar os valores que não se
encontram contidos neste intervalo estabelecido, que são dados considerados
discrepantes.
5.5.6.2 Descrição das etapas de cálculo:
5.5.6.2.1 Cálculo da média aritmética do conjunto amostral:

5.5.6.2.2 Cálculo do desvio padrão do conjunto amostral:

Onde:
xi = valor de um dado amostral;
n = número de elementos do conjunto amostral;
= média aritmética simples; e
xs = desvio-padrão.

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5.5.6.2.3 Cálculo dos limites inferior e superior:
A definição dos limites leva em conta a média aritmética da amostra multiplicada por um
coeficiente de variação de 30% (trinta por cento) para menos e para mais.

Onde:
Liminf. = limite inferior do intervalo;
Limsup. = limite superior do intervalo; e
x = média aritmética simples.

5.5.6.2.4 Saneamento dos dados amostrais:


Após a determinação dos limites, utiliza-se como critério de saneamento a eliminação de
todos os elementos que se encontrarem fora deste intervalo, ou seja, trinta por cento
acima ou abaixo da média são excluídos durante o processo de saneamento.
5.5.6.2.5 Cálculo da nova média aritmética e do novo desvio padrão.
5.5.6.2.6 Quando existir elementos amostrais eliminados, deve-se proceder ao cálculo da
nova média aritmética e do novo desvio-padrão.
5.5.6.2.7 Ao final do procedimento, obtém-se um novo conjunto amostral, denominado de
saneado, com uma média aritmética, denominada média saneada ( x s) e um desvio-
padrão, também denominado de desvio-padrão saneado (ss).
5.5.6.2.8 Este procedimento é aplicado uma única vez, ou seja, possui somente uma
operação de saneamento, não podendo ser repetido.
5.5.7 CRITÉRIO DO DESVIO PADRÃO
5.5.7.1 Este critério diferencia-se do anterior no seguinte aspecto, para a determinação
dos limites, inferior e superior, calculam-se os mesmos pela subtração ou adição do
desvio-padrão do valor da média aritmética do conjunto amostral, conforme as equações
a seguir:

Onde:
Liminf. = limite inferior do intervalo;
Limsup. = limite superior do intervalo;
= média aritmética simples; e
sx= desvio-padrão.

5.5.7.2 Toda a memória de cálculo restante do critério é igual ao do critério da média, ou


x
seja, após verificação dos elementos que estão abaixo e/ou acima dos limites, obtém-se

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um novo conjunto amostral saneado, onde se calcula a média aritmética saneada ( s) e o
desvio-padrão saneado (ss), caso existir dados eliminados.
5.5.7.3 Assim como para o critério da média, este critério também é aplicado uma única
vez, sempre sobre os dados homogeneizados. Nunca se aplica qualquer critério de
saneamento sobre dados já saneados, sempre sobre os dados homogeneizados.
5.5.8 CRITÉRIO DE CHAUVENET
5.5.8.1 Neste critério, os limites são substituídos pelo cálculo do valor do d/s amostragem,
onde d representa a diferença entre o valor do VTNindexado de um elemento da amostra (xi)
e a média ( x
), expresso em valores absolutos (módulo), divididos pelo desvio-padrão (s),
para em seguida compará-lo com um “d/s crítico” tabelado.
Onde:
d/s = d/s;
xi = valor do elemento analisado;
x = média aritmética do conjunto amostral; e
s = desvio-padrão do conjunto amostral.
5.5.8.2 Neste método existe um pequeno macete que pode ser aplicado, trata-se do
cálculo de apenas o d/sinferior e o d/ssuperior. Neste caso o valor do elemento utilizado para
calcular o d/sinferior corresponde ao elemento que apresenta o menor valor do VTNindexado,
enquanto para o d/ssuperior utilizamos o elemento de maior valor do conjunto amostral.
5.5.8.3 Após a determinação dos limites inferior e superior, deve-se encontrar o valor do
d/scrítico, que é tabelado e varia em função do número de elementos do conjunto amostral
(n), conforme tabela a seguir.

TABELA 07 - d/s crítico do critério de Chauvenet


Fonte: Apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais. Demétro & Andrade (2011).

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5.5.8.4 No caso do número de elementos não constar na tabela de Chauvenet, calcular o
valor do d/scrítico por interpolação e achar o valor correspondente à quantidade de
elementos da amostra utilizada. Conforme Figura 46:

FIGURA 46: Cálculo do valor do d/s crítico por interpolação

5.5.8.5 O saneamento neste método ocorre através da comparação com os valores


calculados de d/s, quer sejam apenas inferior e superior ou todos, com o valor do d/scrítico,
serão eliminados todos os dados cujo resultado seja superior ao valor tabelado, se for
menor ou igual ao valor tabelado não há necessidade de expurgar nenhum elemento do
conjunto amostral.
5.5.8.6 Nesta metodologia deve-se fazer um novo procedimento de saneamento caso
tenha ocorrido a eliminação de qualquer dado do conjunto amostral, pois o critério
estabelece que sejam feitos tantos procedimentos de saneamento quantos forem
necessários até não houver mais dados eliminados.
5.5.8.7 Ao término de cada etapa do processo de saneamento deve-se calcular a nova
média aritmética ( x s) e o novo desvio-padrão (ss) do conjunto amostral restante. Na
etapa final, ou última verificação, estes dados passam a ser denominados de saneados.
5.5.8.8 Este método apresenta algumas diferenças em relação aos outros dois métodos
apresentados, primeiramente quanto à forma de determinação dos seus valores limites,
inferior e superior, que não formam um intervalo, depois quanto à forma de determinação
dos dados expurgados, agora feito por meio da comparação dos valores calculados com
um valor tabelado e, finalmente, que este método deve ser reaplicado sempre que houver
dados eliminados, até que estes cessem e não seja mais necessária a operação de
saneamento.

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5.5.9 CRITÉRIO DE ARLEY
5.5.9.1 O critério de Arley possui a mesma metodologia do critério de Chauvenet, sendo o
termo d/s substituído por r. Assim, como no critério anterior, o valor de comparação “rcrítico”
é tabelado e para encontrá-lo deve-se proceder ao exame em uma tabela de dupla
entrada, em função de V (grau de liberdade) e α (nível).
5.5.9.2 O cálculo do r é idêntico ao cálculo do d/s, inclusive quanto à validade da dica
fornecida para o critério de Chauvenet.

Onde:
rinf. = limite inferior;
rsup. = limite superior;
xi = valor do elemento analisado;
= média aritmética do conjunto amostral; e
sx = desvio padrão do conjunto amostral.

5.5.9.3 Para encontrar o rcrítico na tabela, deve ser determinado o V e o α do conjunto


amostral, sendo o V = graus de liberdade. Especificamente para o critério de Arley o grau
de liberdade (V) é calculado da seguinte forma: V=n-2.
5.5.9.4 Com o dado número de elementos (n) encontramos na tabela 19 o valor de α,
depois na tabela seguinte, 20, com o α e o V é só localizar o valor do rcrítico.

TABELA 08 - Nível de α
Fonte: Apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais. Demétro & Andrade (2011).

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TABELA 09 - Critério de Arley - “r” crítico
Fonte: Apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais. Demétro &
Andrade (2011).

5.5.9.5 Assim como para o critério de Chauvenet, o teste é específico para cada
elemento, sendo usual testar as extremidades, ou seja, o maior e o menor elemento, caso
estes sejam inferiores ao rcrítico tabelado, não há necessidade de eliminar nenhum
elemento da amostragem, entretanto caso sejam maiores, deve-se eliminar ambos os
elementos, ou apenas o que for maior, preservando o de valor inferior.
5.5.9.6 Caso ocorra a eliminação de algum elemento, deve-se proceder a um novo
saneamento do conjunto amostral restante, pois este critério estabelece que sejam feitos
tantos procedimentos de saneamento até que não seja eliminada mais nenhuma amostra
após o procedimento de saneamento.

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5.5.9.7 Igualmente ao critério anterior, no término do processo de saneamento deve-se
calcular a nova média saneada ( x s) e o novo desvio-padrão saneado (ss) do conjunto
amostral final.

5.6 CAMPO DE ARBÍTRIO


5.6.1 Conforme descrito na letra B.4 do Anexo B da NBR 14.653-3, o campo de arbítrio
corresponde ao intervalo compreendido entre o valor máximo e mínimo dos preços
homogeneizados efetivamente utilizados no tratamento, limitado a 10% em torno do valor
calculado. Em nosso modelo o campo de arbítrio, é apresentado na tabela a seguir:

Onde:
CA = campo de arbítrio; e
x san = média saneada.

5.7 INTERVALO DE CONFIANÇA (PREDIÇÃO)


5.7.1 O alicerce do trabalho de avaliação é a pesquisa consistente, que permita um
tratamento estatístico do conjunto amostral que ofereça aos avaliadores a segurança de
que o valor por ele adotado esteja dentro do intervalo de confiança, ou do campo de
arbítrio.
5.7.2 De acordo com o item 3.40 da NBR 14.653-2, o intervalo de confiança corresponde
ao intervalo de valores dentro do qual está contido o parâmetro populacional com
determinada confiança.
5.7.3 O intervalo de confiança (IC) representa o intervalo de variação dos dados amostrais
em torno da média, obtido por meio da subtração ou adição do erro padrão da média,
multiplicado por um coeficiente de probabilidade, que pode ser resumido na seguinte
equação:

Onde:
I.C.[µ] = intervalo de confiança para a média populacional ou verdadeira;
x s = média saneada;
t = percentil da distribuição de Student, com grau de liberdade (V = n-1) e 80% de confiança;
ss = desvio padrão saneado; e
ns = número de elementos do conjunto saneado.

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5.7.4 Isto significa que com um coeficiente de confiança de 80% de certeza esse intervalo
calculado contém a média populacional ou verdadeira.
5.7.5 O valor de t, ou percentil da distribuição de Student, pode ser encontrada na tabela
a seguir, sendo estabelecido pela norma que devemos trabalhar com o nível de confiança
de 80%.

TABELA 10 - Valores do percentil da Distribuição de


Student
Fonte: Apostila de engenharia de avaliações
aplicadas a imóveis rurais. Demétro & Andrade
(2011).

5.8 GRAU DE PRECISÃO


5.8.1 O intervalo de confiança passa a ser utilizado para estabelecer o grau de precisão
do trabalho e o campo de arbítrio para inferir um provável valor da propriedade avalianda,
que pode variar dentro de certas condições, na faixa calculada para o campo de arbítrio,
mas na realidade, essa decisão do avaliador não deve ser aleatória, e sim fundamentada
nos elementos de que ele dispõe ao realizar o trabalho da avaliação. Após calculado o

85/184
Grau de Precisão deve ser verificado na tabela que se encontra na NBR 14.653-3 e
indicado no laudo de avaliação (demonstrado no próximo capítulo).
5.8.2 Fórmula para o cálculo do Grau de Precisão:

ICsup . − ICinf .
Onde: GP =
x
GP = Grau de Precisão;

ICsup . = Intervalo de Confiança superior;


ICinf . = Intervalo de Confiança inferior; e

x = Média saneada.

5.9 VALOR TOTAL DO IMÓVEL RURAL / AVALIANDO


5.9.1 Após a conclusão do saneamento dos dados amostrais, por qualquer um dos
critérios apresentados, parte-se para definir o valor da propriedade avalianda.
5.9.2 Quando finalizada a aplicação de qualquer um dos critérios de saneamento, o
avaliador tem que calcular o valor da nova média saneada e do novo desvio-padrão
saneado, resultado obtido somente com os dados resultantes do saneamento amostral.
5.9.3 Em avaliações de bens, pelo método comparativo de dados de mercado, o avaliador
sempre busca elementos para o conjunto amostral o mais semelhantes possível ao
avaliando, desta forma busca-se o conjunto amostral mais homogêneo, que é justamente
aquele conjunto resultante do critério que apresentar o menor valor de desvio-padrão
saneado.
5.9.4 Para avaliar o valor da terra nua da propriedade avalianda, deve-se multiplicar a sua
x
área (ha) pelo valor da média saneada ( s), conforme equação a seguir:

Onde:
VTNavalianda = valor da terra nua da propriedade avalianda;
= média aritmética do conjunto amostral; e
x
At = área total da propriedade avalianda.

5.9.5 Para o cálculo da final da propriedade avalianda, deve-se considerar a fórmula


abaixo:

86/184
Onde:
Vfavalianda = valor final da propriedade avalianda;
VTN = valor da terra nua;
ΣVb = valor das benfeitorias; e
Vtpassivo = valor total dos passivos existentes para a propriedade avalianda.

5.9.6 Esta fórmula leva em consideração a avaliação do que se considera como


benfeitorias, sejam elas reprodutivas (ex: pastos, culturas anuais, etc) ou não reprodutivas
(edificações, sistemas de irrigação, etc). Geralmente os imóveis do EB não possuem tais
benfeitorias agregadas aos processos (principalmente os de finalidade de arrendamento),
por este motivo não será abordado o assunto neste caderno, porém como referência para
consulta complementar, indica-se os capítulos de 8 a 14 da apostila de “Engenharia de
Avaliações Aplicadas a Imóveis Rurais” do Prof. Valdemar Antônio Demétro e Prof. Luis
Augusto C. Moura Andrade.

5.10 DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA PARA TRATAMENTO DOS DADOS POR


HOMOGENEIZAÇÃO DE FATORES
Informações acerca da ferramenta desenvolvida para homogeneização e saneamento
amostrais encontram-se no Anexo H e em seu Apêndice.

5.11 TRATAMENTO POR INFERÊNCIA ESTATÍSTICA


Pela dificuldade encontrada na coleta de uma quantidade significativa de dados de
mercado efetivamente utilizados para laudo de avaliação de imóveis rurais, a inferência
estatística é menos comum, mas caso o avaliador defina que será a melhor metodologia a
ser aplicada para o laudo, pode-se seguir a descrição e a explicação desta metodologia
através do “Caderno de Instrução para Avaliação de Imóveis da União: Teoria e Prática”
da DPIMA, pois a metodologia e sua aplicação, neste caso, são iguais às utilizadas para
as avaliações em imóveis urbanos.

87/184
CAPÍTULO VI
CRITÉRIOS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO RURAL

6.1 ABNT NBR 14.653-3


6.1.1 A Norma Brasileira que norteia o desenvolvimento do trabalho de laudo de avaliação
para imóveis rurais é a NBR 14.653 parte 3. Será abordado a seguir a forma de cálculo
para enquadramento do laudo de avaliação de imóvel rural no Grau de Fundamentação e
Precisão, itens que devem compor o laudo de avaliação de imóveis conforme a IN nº 05
da SPU.
6.1.2 QUANTO AO GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO
Conforme orientações da NBR 14.653 parte 3, temos:
" [...]
9.2.2 Esta pontuação é obtida segundo a tabela 2, quando a finalidade for a
avaliação do imóvel rural como um todo, utilizando-se o método comparativo direto
de dados de mercado, conjugado ou não com os métodos de custo e da
capitalização da renda.
[...]
9.2.2.2 O engenheiro de avaliações deve enquadrar seu trabalho em cada item da
tabela 2. A soma dos pontos obtidos nos dez itens deve ser utilizada para conferir
o grau de fundamentação conforme a tabela 1, observadas as restrições de 9.2.3.
[...]"

88/184
TABELA 11 – Tabela 2 da NBR 14.653-3 Pontuação para Fundamentação

"[...]
9.2.1 Os laudos de avaliação são classificados quanto à fundamentação nos graus
indicados na tabela 1, de acordo com a soma dos pontos em função das
informações apresentadas.
[...]"

89/184
TABELA 12 – Tabela 1 da NBR 14.653-3 Classificação de Fundamentação

6.1.3 OBSERVAÇÕES REFERENTES À TABELA DE GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO


Serão destacados alguns pontos da NBR 14.653-3, que devem ser observados antes do
fechamento do Grau de Fundamentação do laudo de avaliação, são eles os itens:
" [...]
9.2.3 Observações referentes à tabela 2 estão descritas de 9.2.3.1 a 9.2.3.10
[...]
9.2.3.1 No item 1, se houver maioria de opiniões, fica caracterizado o grau I.
[...]
9.2.3.3 São obrigatórios em qualquer grau:
[...]
d) No mínimo três dados de mercado, efetivamente utilizados.
[...]
9.2.3.5 É obrigatório nos graus II e III o seguinte:
[...]
b) No mínimo 5 dados de mercado efetivamente utilizados.
[...]
9.2.3.6 É condição para o enquadramento no grau III:
[...]
c) Utilização efetiva de no mínimo 3 (k+1) dados de mercado.
d) Não haver extrapolação.
[...]
9.2.3.9 Na inexistência de produções vegetais, construções ou instalações ou
quando estas não forem objeto da avaliação, deve ser atribuído o valor máximo
nos itens 4 e 5 da tabela 2 para não penalizar o enquadramento na tabela 1.
9.2.3.10 Para determinação da pontuação, os valores na horizontal não são
cumulativos e a soma é realizada apenas na vertical.
[...]"

6.1.4 QUANTO AO GRAU DE PRECISÃO


De acordo com a NBR 14.653-3 item 9.3 Quanto à precisão:
“As avaliações de imóveis rurais serão especificadas quanto à precisão no caso
em que for utilizado exclusivamente o método comparativo direto de dados de
mercado, conforme a tabela 3.”

90/184
TABELA 13 – Tabela 3 da NBR 14.653-3 Grau de Precisão

6.2 INSTRUÇÃO NORMATIVA DA SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO Nº 05,


DE 28 NOV 18
6.2.1 A Instrução Normativa dispõe sobre as orientações quanto à avaliação de bens
imóveis da União ou de seu interesse, bem como os parâmetros técnicos avaliatórios para
cobrança pela utilização desses bens à luz dos diversos instrumentos de incorporação,
manutenção e destinação dos imóveis na base patrimonial da União.
6.2.3 Serão ressaltados alguns pontos de interesse direto para a elaboração de laudo de
avaliação de imóvel rural, isso não isenta o avaliador de seguir as demais prescrições
contidas na IN.
6.2.4 Laudos de avaliação elaborados pelo corpo técnico do EB devem ser sempre na
modalidade completa, conforme Art. 13 § 2º "Os laudos de avaliação deverão ser
entregues na sua modalidade completa, conforme NBR 14.653, de modo que a entrega
de laudos na modalidade simplificada, deverão ser devidamente justificado.”
No Art. 22 da referida IN possibilita que:
“Quando não for possível a elaboração de laudo de avaliação de valor locativo
pelo método comparativo direto, poderá ser elaborada avaliação com o valor da
venda, e a partir do resultado obtido, se extrair o valor de locação, como um
percentual devidamente justificado.”

6.2.5 O avaliador pode utilizar desse recurso desde que consiga uma justificativa que
comprove o valor de relação entre venda e locação no mercado. O cálculo do índice
utilizado e sua fonte devem estar fundamentados adequadamente dentro do laudo de
avaliação.
6.2.6 De acordo com a IN, o conceito de locação é “contrato na qual o proprietário cede a
terceiros a posse de um imóvel para fins de utilização residencial ou comercial, por certo
tempo, mediante o pagamento de uma quantia mensal denominada aluguel.”. Isto posto,
se a finalidade definida conforme as Instruções do EB forem equivalentes à descrição na
Instrução Normativa da SPU, pode-se valer deste procedimento.

91/184
6.2.7 Conforme o Art. 47 o laudo de avaliação dos arrendamentos são obrigatórios.
“Os valores das locações e arrendamentos deverão ser fixados de acordo com o
mercado imobiliário local, por meio de laudo de avaliação.
§1º Para avaliação das locações de bens deverá ser utilizado o método
comparativo direto de dados de mercado locativo.
§2º Para avaliação dos arrendamentos de bens poderá ser utilizado o método da
renda.
§3º Mediante justificativa do avaliador poderá ser adotada outra metodologia
prevista na NBR 14.653 e suas partes.”

6.2.8 A IN permite que seja utilizada outra metodologia caso haja a exploração
agropecuária da terra:
“Art. 48 no caso de locações ou arrendamentos de imóveis rurais da União para
atividades agropecuárias, a avaliação poderá ser feita com base na renda, através
de pesquisa atualizada de preços obtidos pelas cotações da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária- EMBRAPA, Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural - EMATER ou outros órgãos especializados no assunto.”

6.2.9 O estudo de avaliação imobiliária pelo método da renda para imóveis rurais ainda
não foi explorado por ter uma série de implicações e levantamentos dos quais não fazem
parte do cunho comum das atividades exercidas no EB, porém é uma alternativa viável
prevista em norma que pode ser explorada.

CAPÍTULO VII
CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1 ELABORAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO


7.1.1 Na elaboração das estratégias de avaliação, o Engenheiro de Avaliação de imóveis
rurais deve identificar, presumir e analisar todas as informações relevantes e interpretá-
las visando os princípios econômicos, aplicando as técnicas recomendadas que
resultaram na estimativa do melhor valor.
7.1.2 Cabe ao avaliador o entendimento sobre a rede de influência do valor da terra e as
análises com as propriedades em estudo, identificando assim a importância do trabalho
de um profissional devidamente capacitado e habilitado para elaborar um laudo de
avaliação de imóvel rural.

92/184
7.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
7.2.1 Dependendo da atividade que será exercida no avaliando, não se encontra no
mercado local dados compatíveis para comparação;
7.2.2 Imobiliárias que não possuem a informação de arrendamento de imóvel (em alguns
lugares essas informações são cobradas);
7.2.3 O valor dos contratos disponibilizados nos cartórios nem sempre são os valores
reais praticados;
7.2.4 O endereço registrado nos contratos dos dados coletados não são completos e a
vistoria dos mesmos é mais difícil, muitas vezes para se chegar a um imóvel é necessário
passar por dentro de outros imóveis e, chegando no avaliando, o proprietário não permite
a entrada do avaliador;
7.2.5 As informações encontradas nos contratos para pesquisa no Sistema de Gestão
Fundiária (SIGEF) muitas vezes não estão corretas;
7.2.6 Apoio logístico e financeiro para realização das vistorias (avaliando e dados) com
viatura, combustível e diárias;
7.2.7 Equipamento e operador para vistoria do imóvel via aérea (Drone);e
7.2.8 A norma 14.653-3 será atualizada e diminuirá para 50% a quantidade de pesquisa
de opinião que poderá ser utilizada no modelo adotado, o que prejudicaria ainda mais os
laudos de avaliação rural com finalidade de arrendamento, pela falta de dados
disponíveis.

7.3 LIÇÕES APRENDIDAS


7.3.1 Coletar a maior quantidade de dados possíveis que expressem a realidade praticada
no mercado local, na primeira vistoria não foi possível pois o dimensionamento dos dias
gastos para cada etapa do laudo não foi suficiente para se conseguir a quantidade
adequada para aplicação no laudo;
7.3.2 A disponibilidade de dados são insuficientes (OFERTA/NEGÓCIO REALIZADO), a
pesquisa de mercado foi realizada anteriormente a capacitação dos avaliadores com o
curso de avaliação de imóveis rurais, que foi de extrema importância e agregou
conhecimento para conseguir coletar dados de Pesquisa de Opinião direcionada,
aumentando o leque de dados de mercado coletados;
7.3.3 O Avaliador tem de conhecer a região – Ex: o INCRA aplica profissionais das
regiões nos respectivos trabalhos de avaliação. Como em imóveis urbanos, quando o

93/184
avaliador conhece a região, facilita o trabalho otimizando seu tempo em caracterização do
imóvel e busca de dados de mercado, trazendo mais segurança para qualidade do laudo
apresentado;
7.3.4 Não foi encontrado profissional que faça laudos de avaliação de imóvel rural com a
finalidade arrendamento, todos encontrados elaboravam laudo de avaliação de imóvel
rural para venda (finalidade mais fácil de conseguir dados para comparação), por este
motivo foi difícil encontrar algo que norteasse a metodologia a ser utilizada e que melhor
se adequasse à região;
7.3.5 Grande dificuldade de acesso para a vistoria dos dados; e
7.3.6 Equívoco - no laudo de Amambai usamos o termo Nota Agronômica. mas na
verdade deveríamos ter usado o termo Classe de Capacidade do Uso do Solo, que foi o
fator utilizado para elaboração do laudo. Como não havia a informação da situação de
todos os dados amostrais, não foi possível utilizar a NA. com fator para o cálculo do valor
do laudo.

94/184
ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
Nome da OM por extenso
(Denominação Histórica da OM)

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX –


Nome da OM (por extenso)
Sigla da OM

Imóvel NOCAD - MUNICÍPIO / ESTADO

ÁREA DO IMÓVEL:
NOCAD – XXXX,XX m²

FINALIDADE:
NOCAD
Mínimo = R$ XXX,XX
Médio = R$ XXX,XX
Máximo = R$ XXX,XX

95/184
ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

LAUDO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEL RURAL RESUMO


Endereço do imóvel

Cidade UF

Objetivo da Avaliação

Finalidade da Avaliação

Solicitante

Responsável Administrativo

Tipo de Imóvel Área do Imóvel


RURAL
Metodologia Especificação
Método Comparativo Direto de Dados de (fundamentação/precisão)
Mercado com Tratamento por Fatores
Pressupostos e Ressalvas

Finalidade (Valor Total Imóvel NOCAD):


MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO
R$ XXX,XX R$ XXX,XX R$ XXX,XX
Responsável Técnico CPF Formação CREA
POSTO/NOME

LOCAL, ___ de _____________ de 20____.

_____________assinatura____________
NOME AVALIADOR – POSTO
FORMAÇÃO – CREA

96/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

1. IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE

2. FINALIDADE DO LAUDO
Fornecer ao solicitante o valor referente ao arrendamento dos imóveis para exploração pecuária, conforme
os preços contemporâneos praticados no mercado local.

3. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
O objetivo da avaliação é calcular, através do método comparativo direto de dados de mercado com
tratamento por fatores, os valores mínimos, médios e máximos referentes ao arrendamento do imóvel em
questão para exploração pecuária. (texto sugerido)

4. PRESSUPOSTOS, RESSALVAS E FATORES LIMITANTES


O laudo atende a todas as condições impostas pela metodologia empregada que afetam as análises,
opiniões e suas conclusões. O Método Comparativo Direto de Dados de Mercado (MCDDM), também
conhecido como método direto ou sintético se baseia-se na comparação direta do imóvel avaliando com
outros imóveis ofertados e negociados no mercado e dados baseados em imóvel paradigma procedendo às
correções das diferenças entre eles, visto que não existem imóveis iguais.
Para o MCDDM foi utilizada a homogeneização por fatores que é usada para transformar a propriedade
avalianda em um elemento comparável a amostra, principalmente com outros elementos da mesma região
geoeconômica. Esse método foi escolhido, pois os avaliadores encontraram grande dificuldade em obter
dados de mercado para arrendamento que fossem similares ao avaliando, o que reduziu muito a amostra, e
após ser saneada resultou em uma maioria de pesquisas de opinião referente a um imóvel paradigma.
Conforme o item A.2.1 da NBR 14.653-3 é ressaltada a necessidade de se observar os seus pressupostos
básicos como a independência e inexistência de pontos atípicos na utilização de modelos de regressão; a
utilização de uma amostra compreendida em sua maior parte por pesquisa de opinião não atende a este
item, pois como o imóvel paradigma é um modelo único não se possui uma heterogeneidade para conseguir
um cálculo significativo por inferência estatística, o que já não ocorre na utilização do cálculo por
homogeneização de fatores que é utilizado para amostras o mais homogêneas possível.
Feita esta análise conclui-se que a forma mais justa de se calcular o valor do imóvel é a aplicação de
homogeneização por fatores para a elaboração do presente laudo.
Os avaliadores inspecionaram pessoalmente os imóveis avaliandos, sendo o laudo elaborado com estrita
observância dos postulados constantes do Código de Ética Profissional e de acordo com o previsto na NBR
14653-3 Imóveis Rurais.
Para a pesquisa de dados foram consultadas diversas fontes: Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores
Rurais, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão rural (AGRAER), Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural (EMATER), Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural
(EMPAER), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-MS), Instituto

97/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-MT), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal
(IAGRO), Universidade do Estado do Mato Grosso (UEMT), cartórios de imóveis, imobiliárias, escritórios de
contabilidade e corretores de gado.
Os valores encontrados nos contratos de arrendamento adquiridos nos Cartórios de Imóveis e que foram
usados como dados coletados encontram-se em diferentes unidades indexadas a formas de negociação
locais, tais como arrobas de boi, o que exigiu dos avaliadores atenção a transformações em real como
moeda de referência. É necessária a leitura minuciosa de contratos, uma vez que pontos como o número
máximo de cabeças de gado por hectare devem ser obedecidos a fim de que a área seja manejada de
modo a não causar o desgaste/esgotamento do solo.

5. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL AVALIANDO (imóvel jurisdicionado ao Exército


Brasileiro)
5.1 PROPRIETÁRIO
OM responsável pelo Imóvel (NOCAD)
5.2 DATA DA VISTORIA
___/____/______
5.3 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO
Descrever as principais características da região que sejam relevantes para o conhecimento e ambientação
do leitor do laudo de avaliação. Caso seja necessário inserir Mapas que descrevam sua macro localização.
5.4 LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL
Endereço do imóvel com imagem se possível do OPUS com a localização.
5.5 DESTINAÇÃO
Indicar a destinação do imóvel, para que ele será utilizado, qual finalidade e objetivo específico.

6. CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL AVALIANDO


6.1 ÁREA DO IMÓVEL:
6.2 VEGETAÇÃO
6.3 RELEVO
6.4 CLIMA
6.5 RECURSOS HÍDRICOS
6.6 AGRICULTURA E PECUÁRIA
6.7 SOLOS
6.8 CLASSIFICAÇÃO DA CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS
6.9 ACESSIBILIDADE

98/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

6.10 BENFEITORIAS
Descrever as que serão afetadas.

7. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA
O presente trabalho foi elaborado de acordo com as normas abaixo descritas:
NBR 14.653-1/2001 - Avaliação de Bens. Parte 1: Procedimentos Gerais.
NBR 14.653-2/2011 - Avaliação de Bens. Parte 2: Imóveis Urbanos.
NBR 14.653-3/2004 - Avaliação de Bens. Parte 3: Imóveis Rurais.
IN SPU Nº 5, de 28 de novembro de 2018.
Além disso, foi utilizado como referencial teórico:
LIMA, M. R. C. Avaliação de propriedades rurais: manual básico. 3 ed., Ed. LEUD, 2011.
MARTINS, D. M. Imóveis rurais: Como classificar e avaliar propriedades rurais. 1 ed., Ed. Aprender fácil,
2014.
SANTOS, H.G et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3 ed.rev. amp. - Brasília, DF: Embrapa,
2013. 353p.
LEPSCH, I. F et al. Manual para levantamento utilitário e classificação de terras no sistema de capacidade
de uso - Viçosa, MG: SBCS, 2015. 170p.
PRADO, HÉLIO do. Pedologia fácil:aplicações em solos tropicais / Hélio do Prado, 5 ed, Piracicaba: O
Autor, 2016. 271p.
Manual de Obtenção de Terras e Perícias Judicial. Aprovado pela Norma de Execução INCRA / DT n º52,
de 25 de outubro de 2006.
DEMÉTRO, V.A. & ANDRADE, L.A.C.M. Engenharia de Avaliações Aplicadas a Imóveis Rurais. Piracicaba,
2011.
Caderno de instrução para a avaliação de imóveis da união: teoria e prática. 2017. MINISTÉRIO DA
DEFESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO/DIRETORIA
DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE.

8. DIAGNÓSTICO DE MERCADO
8.1 PESQUISA
Foram coletados dados em várias fontes no município de Amambai/MS:
Sindicato Rural;
Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão rural (AGRAER);
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER);
Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural (EMPAER);
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO);
Universidades de Agronomia;

99/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Cartórios de imóveis;
Imobiliárias;
Escritórios de Contabilidade; e
Corretores de animais.
Para o levantamento das variáveis, foram consideradas características que influenciam o valor de
comercialização em relação às áreas a serem ofertadas em contratos de arrendamento para exploração
pecuária na região de Amambai, conforme indicado na Ficha de Vistoria e nas Fichas de Pesquisa de
Opinião constantes no ANEXO III. No ANEXO IV, são apresentados os dados coletados, enquanto uma
tabela resumo dos dados consta no ANEXO V.

9.METODOLOGIA APLICADA
9.1 MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE DADOS DE MERCADO
Foi utilizado o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado (MCDDM) aplicando o tratamento por
fatores. Vale ressaltar que a inexistência de dados sólidos suficientemente semelhantes ao avaliando para a
finalidade de arrendamento foi efetivamente um óbice, o que obrigou a equipe de avaliadores a buscar
informações de imóveis em municípios próximos a Amambai/MS, atentando às peculiaridades inerentes aos
seus respectivos locais. Com tal procedimento, visando a atingir um maior grau de objetividade, reduzindo a
subjetividade ao máximo, obteve-se o valor por hectare ao ano (R$/ha/ano) a ser ofertado para o
arrendamento do imóvel em questão para exploração pecuária.

9.2 TRATAMENTO POR FATORES


Procurou-se aplicar a inferência estatística com mais variáveis (Valor, NA e área) para o cálculo do valor de
arrendamento do imóvel, porém não se conseguiu atingir os parâmetros mínimos exigidos pela NBR
14.653-3 e a IN Nº 02 da SPU. Pelo motivo apresentado, somado a dificuldade de conseguir dados de
mercado para comparação com os avaliandos, que têm a finalidade de arrendamento, a única alternativa
seguindo as normas foi a utilização do MCDDM com tratamento por fatores.
Conforme a ABNT NBR 14.653-3, os fatores a serem utilizados neste trabalho devem ser indicados
periodicamente pelas entidades técnicas regionais reconhecidas, revisados e devem especificar claramente
a região para a qual são aplicáveis. Alternativamente, podem ser adotados fatores de homogeneização
medidos no mercado, desde que o estudo de mercado específico que lhes deu origem seja anexado ao
laudo de avaliação.

9.3 IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES UTILIZADOS NO MODELO


Para que os objetivos do presente Laudo de Avaliação fossem alcançados, foram utilizados os fatores
descritos abaixo:
Valor do arrendamento - variável dependente;
Nota Agronômica (NA) - variável independente, composta por 2 características (classe de capacidade de
uso do solo, CCU, e relevo), que analisadas em conjunto compõem uma característica de valor numérico
quantitativo.
A nota agronômica (NA) é um indicador do potencial de uso da propriedade, seja ela a avalianda ou um

100/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

dado, pois relaciona as áreas de cada classe de capacidade de uso dos solos e sua respectiva área dentro
da própria propriedade. Esta variável foi escolhida, pois, conforme o livro de “Avaliação de Propriedades
Rurais”, 3ª Edição do Marcelo Rossi de Camargo Lima, é considerado um dos principais fatores que
influenciam diretamente no valor do imóvel rural, e aplicados os valores de cada classe da tabela de
capacidade de uso do solo (segundo Mendes Sobrinho, descrito no mesmo livro) é possível se aferir um
valor de comparação correlacionado diretamente aos valores das propriedades, atendendo assim o que
indica o anexo B da Norma ABNT 14.653-3.
Para este laudo de avaliação, foi utilizada a CCU conforme o mapa de solos fornecido pela EMBRAPA e o
relevo pelas imagens de altimetria fornecidas pelo INPE e transformadas em linhas de declividade no QGis,
conforme orientações descritas no manual de Elaboração de Mapas Temáticos no Quantum GIS do INCRA.

9.4 LEVANTAMENTO DE DADOS DE MERCADO


A diligência realizada resultou em XX (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx) referências entre dados de mercado e
pesquisas de opinião (conforme ANEXOS IV e V) como formadores da amostra. Porém, em uma análise
prévia, foi necessário excluir XX dados que poderiam influenciar a amostra de uma forma a não retratar a
realidade do mercado para o imóvel avaliando em questão.
Fora essa triagem, conforme a metodologia aplicada, foram eliminados nos critérios de saneamento mais
alguns dados dentro dos quais se encontram as pesquisas de opiniões e negócios realizados, sobrando
somente XX dados de mercado efetivamente utilizados para o cálculo do valor do imóvel NOCAD no critério
da Média. A Figura 08 ilustra a dispersão física entre alguns dados coletados e os avaliandos. Os demais
dados não foram apresentados no mapa por se tratarem de imóveis paradigmas e pela dificuldade de
determinação precisa de suas localizações, não foram obtidas as coordenadas.
Figura 08 - Mapa de Situação de Alguns Dados Coletados.

101/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.5 FATORES DOS IMÓVEIS AVALIANDO


A descrição dos fatores levantados para serem considerados no modelo, lançadas para os imóveis
avaliando, consta na Tabela 01:
Tabela 01 - Fatores de NOCAD

PROPRIEDADE
ENDEREÇO
BENFEITORIAS (qtd)
CASA PRINCIPAL (dic)
CASA SECUNDÁRIA (dic)
MANGUEIRA (dic)
GALPÃO/SILO/ARMAZÉM
(dic)
CERCA (dic)
SIST IRRIGAÇÃO (dic)
ENERGIA ELÉTRICA (dic)
RELEVO (cód aloc)
ACESSO (km)
VIABILIDADE DE
CIRCULAÇÃO (cód aloc)
POSSIBILIDADE DE
RECURSOS HÍDRICOS
(dicotômica)
TIPO DE PASTO (dicotômica
- formado?) usar se for o
caso
VOCAÇÃO (cód aloc)
ÁREA TOTAL (ha)
ÁREA ARRENDÁVEL (ha)
NOTA AGRONÕMICA (num)
CLASSE ÁREA CLASSE ÁREA CLASSE ÁREA CLASSE
ÁREA1 ÍNDICE
1 2 2 3 3 4 4

FOTO

102/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.6 TRATAMENTO DOS DADOS


9.6.1 SEMELHANTES
Conforme a letra B1.2.1 no Anexo B da NBR 14.653-3, para a utilização deste tratamento, considera-se
como dado de mercado com atributos semelhantes aqueles em que cada um dos fatores de
homogeneização, calculados em relação ao avaliando, estejam contidos entre 0,50 a 1,50 para o grau I de
fundamentação ou entre 0,80 e 1,20 para graus II ou III de fundamentação.
NA mínimo dados = NA avaliando * 0,80
NA máximo dados = NA avaliando * 1,20
Em relação à variável utilizada NA, foi efetuado o cálculo abaixo, tendo em vista almejar-se graus II ou III de
fundamentação:
NOCAD
NA mínimo dados = 73,700 * 0,80 = 58,960
NA máximo dados = 73,700 * 1,20 = 88,440
Desta forma, todos os dados passaram para o Grau de fundamentação II entre o intervalo calculado,
conforme mostrado nas Figuras 09 e 10. As células coloridas em amarelo indicam os dados com atividade
agrícola e as células coloridas em verde claro contêm os dados localizados fora do município de
MUNICÍPIO/UF.

103/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.6.2 HOMOGENEIZAÇÃO
Conforme a letra B1.2.2 no Anexo B da NBR 14.653-3, o preço homogeneizado de cada dado amostral,
resultado da aplicação de todos os fatores de homogeneização, deve estar contido no intervalo de 0,50 a
1,50, em relação ao preço observado no mercado.
Para a homogeneização dos dados é necessário calcular o Valor de Terra Nua da amostra, este cálculo se
dá pela fórmula:

 [VTI × (1 − fe )] − Vb 
VTN =  
 At 
Onde:
VTN – Valor da Terra Nua;
VTI – Valor Total do Imóvel;

104/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

fe - Fator de Elasticidade (para imóveis ofertados e negociados);


Vb – Valor da Benfeitoria; e
At – Área Total.
Após obter o VTN, calcula-se o VTN indexado que seria a “correção” do valor do dado caso ele tivesse
todas as características iguais ao do avaliando, este cálculo se dá pela fórmula abaixo:

 (VTN amostra × NAav ) 


VTN indexado =  
 NAamostra 
Onde:
VTN indexado
– Valor da Terra Nua “ajustado”;

VTNamostra
– Valor da Terra Nua do dado;
NAav
– Nota Agronômica do avaliando; e
NAamostra
– Nota Agronômica do dado.
De acordo com os cálculos efetuados para os imóveis, obtivemos as seguintes tabelas:

105/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.6.2.1 Critério de Saneamento De Dados


De Acordo com a letra B.1.3 do Anexo B da NBR 14.653-3, após a homogeneização, devem ser utilizados
critérios estatísticos consagrados de eliminação de dados discrepantes, para o saneamento da amostra.
Imóvel NOCAD
Foram aplicados 4 critérios de saneamento de dados consagrados (Média, Desvio Padrão, Chauvenet e
Arley), dentre eles, foi escolhido o critério da Média por gerar a amostra com o menor valor de desvio
padrão, como pode ser verificado na tabela abaixo:

9.6.2.1.1 Média
Fórmula para o cálculo da média:
n

∑x i
x= i =1
n

106/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Onde:

x - Média;
n

∑x
i =1
i
- Somatório dos valores dos imóveis coletados; e
n – Quantidade de dados coletados.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;
2) calcular o intervalo de variação dos dados, sabendo que o critério da média, aceita uma variação dos
dados ([Lim. inf. ;Lim. sup.]) em torno do valor central da estimativa (média), de mais ou menos 30 por
cento;
Liminf . = x × 0,70

Limsup . = x × 1,30
Onde:
Liminf .
– Limite inferior;
Limsup .
– Limite superior; e

x – média calculada.
3) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor indexado das amostras com o
intervalo, toda vez que o valor for inferior ou superior aos limites do intervalo o dado é discrepante
(eliminado), sempre que estiver dentro do intervalo, o dado é válido; e
4) Se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do
conjunto saneado.
No caso dos avaliandos, neste critério, dos valores da amostra, somente 13 dados conseguiram
ficar entre o intervalo de valor calculado para o Imóvel NOCAD, conforme mostra as tabelas abaixo:

107/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.6.2.1.2 Desvio Padrão

∑ (x − x )
n
2
i
s= i =1
n −1
Onde:
s – desvio padrão;

xi
– valor da terra nua do dado;

x – média;

∑ (x )
n
2
i −x
i =1 – somatório da diferença entre os valores de terra nua dos dados e a média calculada elevado
ao quadrado; e
n – quantidade de dados.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;

108/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

2) calcular o intervalo de variação dos dados, sabendo que o critério do desvio-padrão, aceita uma variação
dos dados ([Lim. inf. ;Lim. sup.]) em torno do valor central da estimativa (média), de mais ou menos o
desvio-padrão;

Liminf . = x − s

Limsup . = x + s
Onde:
Liminf .
– Limite inferior;
Limsup .
– Limite superior;

x – média calculada; e
s – desvio padrão do dado.
3) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor indexado das amostras com o intervalo,
toda vez que o valor for inferior ou superior aos limites do intervalo o dado é discrepante (eliminado),
sempre que estiver dentro do intervalo, o dado é válido; e
4) se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do
conjunto saneado.

109/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

No caso dos avaliandos, neste critério, 16 dados conseguiram passar pelo intervalo para o Imóvel, conforme
mostra as tabelas abaixo:

9.6.2.1.3 Chauvenet
Fórmula para o cálculo do critério de Chauvenet:
 xi − x 
d/s= 
 s 
 

Onde:
d / s – critério de Chauvenet;

xi
– valor da terra nua do dado;

x – média; e
s – desvio padrão.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:

110/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;


2) calcular o coeficiente de Chauvenet (d/s) para cada um dos elementos amostrais;
3) buscar na tabela de Chauvenet o valor do coeficiente de d/s crítico, dado em função do número de
elementos (n);
4) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor do d/s crítico com o valor do d/s calculado,
sempre que o valor calculado for maior do que o crítico o dado está eliminado, caso seja menor ou igual o
dado é válido;
5) se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do conjunto
saneado; e
6) havendo dados eliminados reaplicar novamente o critério, até que não haja mais eliminação de dados.
No caso do imóvel, sobraram 19 dados de mercado que passaram pelo critério, conforme pode-se observar
nas tabela abaixo:

9.6.2.1.4 Arley
A Fórmula para o cálculo do critério de Arley:

 xi − x 
r= 
 s 
 

111/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Onde:
r – critério de Arley;
xi
– valor da terra nua do dado;

x – média; e
s – desvio padrão.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;
2) calcular o coeficiente de Arley (r) para cada um dos elementos amostrais;
3) buscar na tabela de Arley o valor do nível de significância (α) dado em função do número de elementos
(n). Na tabela 20, com o α e o grau de liberdade (V=n-2) encontrar o coeficiente r crítico;
4) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor do r crítico com o valor do r calculado,
sempre que o valor calculado for maior do que o crítico o dado está eliminado, caso seja menor ou igual o
dado é válido;
5) se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do conjunto
saneado; e
6) havendo dados eliminados reaplicar novamente o critério, até que não haja mais eliminação de dados.
No caso do imóvel MS 09-0001, todos os 21 dados de mercado passaram pelo critério, conforme pode-se
observar nas tabela abaixo:

112/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.6.3 ANÁLISE DO CAMPO DE ARBÍTRIO:


Conforme descrito na letra B.4 do Anexo B da NBR 14.653-3, o campo de arbítrio corresponde ao intervalo
compreendido entre o valor máximo e mínimo dos preços homogeneizados efetivamente utilizados no
tratamento, limitado a 10% em torno do valor calculado. Em nosso modelo o campo de arbítrio, é
apresentado na tabela a seguir:

CAinf . = ( x san. × 0,90)

(
CAsup . = x san. × 1,10 )
Onde:
CAinf .
– Campo de Arbítrio inferior;
CAsup .
– Campo de Arbítrio superior; e

x san. – média saneada.

113/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Imóvel NOCAD

9.6.4 INTERVALO DE PREDIÇÃO:


De acordo com o item 3.40 da NBR 14.653-2, o intervalo de confiança corresponde ao intervalo de valores
dentro do qual está contido o parâmetro populacional com determinada confiança, no caso do laudo
calculada conforme equação abaixo:

   s  
I .C.[µ ] =  x san. ± t ×  s  
   ns  

Onde:

I .C .[µ ] – Intervalo de Confiança;

x san. – média saneada;


t – d/s ou r crítico (tabelado);
ss
– desvio padrão saneada; e
ns
– quantidade de dados saneado.

Imóvel NOCAD

114/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.7 ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO


Na especificação da avaliação foi determinado o grau de fundamentação e de precisão do modelo utilizado.
9.7.1 GRAUS DE FUNDAMENTAÇÃO NO CASO DE UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE
REGRESSÃO LINEAR
TABELA 06: Graus de fundamentação segundo os procedimentos indicados no item 9.2.
da NBR 14.653-3/2011.(Exemplo)
Para determinação da pontuação, os valores na
Especificações das
Item horizontal não são cumulativos Pontuação
avaliações de imóveis rurais
Condição Condição Condição
Número de dados de
≥ 3(k+1) e no
1 mercado efetivamente ≥5 18
mínimo 5
utilizados
Qualidade dos dados
colhidos no mercado de Minoria ou
2 Todos Maioria 15
mesma exploração, Ausência
conforme 5.1.2
Visita dos dados de mercado Minoria ou
3 Todos Maioria 0
por engenheiro de avaliações Ausência
Custo de Custo de
Como variável, 5
Critério adotado para avaliar reedição por reedição por
4 conforme NBR 14.653-3
construções e instalações planilha caderno de item 9.2.3.9
Anexo A
específica preços

115/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

5
Critério adotado para Como variável, NBR
Por caderno de
5 avaliar produções Conforme em 10.3 conforme 14.653-3
preços item
vegetais anexo A
9.2.3.9
Apresentação do Laudo,
6 Completo Simplificado 16
conforme seção 11
Utilização do método Tratamento científico, Tratamento por
Outros
7 comparativo direto de conforme 7.7.3 e fatores, conforme 12
tratamentos
dados de mercado anexo A em 7.7.2 e anexo B
Fotográfica 0
Identificação de dados Coordenadas Roteiro de acesso
8
amostrais geodésicas ou ou croqui de 2
geográficas localização
Documentação do Fotográfica
avaliando que permita Coordenadas
9 Croqui de 8
sua identificação e geodésicas ou
localização
localização geográficas
Certidão dominial
Documentação do atualizada
imóvel avaliando Levantamento
10 Levantamento 4
apresentada pelo topográfico
topográfico
contratante refere-se a planimétrico de
planimétrico
acordo com as normas
SOMATÓRIO 85

9.7.2 ENQUADRAMENTO DO LAUDO SEGUNDO A FUNDAMENTAÇÃO


Para o enquadramento do laudo segundo o seu grau de fundamentação, foram obtidos 85 pontos.
De acordo com a tabela 1, no item 9.2.1. da NBR 14.653-3, o somatório de pontos atingido se enquadra no
Grau III de fundamentação, porém como a maior parte dos dados é composta por pesquisa de opinião o
item 9.2.3.1 da norma citada amarra o laudo a GRAU I de fundamentação.

116/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

9.7.3 GRAU DE PRECISÃO PARA MODELO DE REGRESSÃO LINEAR


A amplitude do intervalo de confiança em torno do valor central da estimativa foi de 12,05% para o imóvel,
desta forma, obtido o GRAU III para a estimativa do valor no caso de utilização de tratamento por fatores.
Imóvel NOCAD

10. RESULTADO DA AVALIAÇÃO E SUA DATA DE REFERÊNCIA


Grau de fundamentação obtido: I.
Grau de precisão para regressão linear obtido: III.
Data de referência: XX de XXXX de XXXX.
11. CONCLUSÃO
De acordo com a metodologia adotada neste trabalho, pode-se afirmar que os valores mínimos, médios e
máximos para o arrendamento dos imóveis para exploração pecuária, correspondem a:
Imóvel NOCAD
VALOR MÍNIMO DE OFERTA: R$ 268,49 / ha / ano x 230,00 ha = R$ 61.752,93 /ano.
VALOR MÉDIO DE OFERTA: R$ 285,71 / ha / ano x 230,00 ha = R$ 65.713,02 / ano.
VALOR MÁXIMO DE OFERTA: R$ 302,93 / ha / ano x 230,00 ha = R$ 69.673,11 / ano.
Cabe ressaltar que os imóveis em questão tem uma situação muito boa (localização e acesso aos imóveis),
que não foi considerada no modelo de cálculo por falta de informação dos dados de mercado utilizados na
amostra, mas que não pode ser desconsiderada na escolha do valor do arrendamento.
Vale frisar que os valores unitários apontados consideraram uma proporção real entre a NA encontrada na
área de 230,00 ha para o imóvel. Portanto, caso haja alteração na área arrendável, os valores unitários
devem sofrer alterações.

117/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

12. QUALIFICAÇÃO LEGAL COMPLETA DO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL


PELA AVALIAÇÃO:
NOME AVALIADOR – POSTO
FORMAÇÃO - CREA
13. ANEXOS
ANEXO I - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO E MAPAS DO IMÓVEL AVALIADO
ANEXO II – MODELO DE FICHA DE VISTORIA / PESQUISA DE OPINIÃO
ANEXO III - DADOS DA MOSTRA
ANEXO IV – TABELA DE VALORES CHAUVENET / ARLEY
ANEXO V – DOCUMENTAÇÃO DOS AVALIANDOS
ANEXO VI – DOCUMENTAÇÃO DOS DADOS DA AMOSTRA

LOCAL, ___ de _____________ de 20____.

_____________assinatura____________
NOME AVALIADOR – POSTO
FORMAÇÃO–CREA

118/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo I

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO E MAPAS DO


IMÓVEL AVALIADO

119/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo II

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

MODELO DE FICHA DE VISTORIA / PESQUISA DE


OPINIÃO

120/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

DADOS DA MOSTRA

121/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

DADO 01

Nº PLN ORIGINAL - 1
PROPRIEDADE
Nº INCRA
Nº MATRÍCULA
MUNICÍPIO
VOCAÇÃO
ÁREA TOTAL
ÁREA ARRENDADA
PERÍODO DO CONTRATO
CLASSES DE SOLO
NA
VALOR UNITÁRIO (HA/ANO)
VALOR TOTAL (ANO)
DADO UTILIZADO

122/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

AMOSTRA
VARIÁVEIS VARIÁVEL
INDEPENDENTES DEPENDENTE DATA DA PESQUISA
Item PROPRIEDADE REGISTRO FONTE VOCAÇÃO MUNICÍPIO
VALOR TOTAL
ÁREA (m²) NA
(R$/ANO)
1 FAZ. SÃO SEBASTIÃO 4 1047,000 55,797 35.000,00 7/01/18 A 17/01/18
2 FAZ. MANANCIAL 4 545,000 75,000 27.000,00 7/01/18 A 17/01/18
3 FAZ. SÃO LUIZ 4 1437,617 - 223.200,75 7/01/18 A 17/01/18
4 FAZ. SANGA MOROTIN 3 146,540 79,619 137.505,63 7/01/18 A 17/01/18
5 FAZ. SOL NASCENTE 4 621,001 - 99.600,00 7/01/18 A 17/01/18
6 MS 09-0001 4 230,000 73,700 19.607,04 7/01/18 A 17/01/18
7 FAZ. IMBÚ 3 1823,000 - 186.000,00 7/01/18 A 17/01/18
8 4 57,953
FAZ MONTE SION 2274,000 18.770,61 7/01/18 A 17/01/18
240,00
9 S/ÁREA
ASTETE (CONTABILIDADE) 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
300,00
10 S/ÁREA
ASTETE (CONTABILIDADE) 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
234,81
11 S/ÁREA
NELSON JARA 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
234,81
12 S/ÁREA
NELSON JARA 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
180,00
13 S/ÁREA
HUMBERTO PEREIRA CHAVES 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
312,00
14 S/ÁREA
ADIB RESENDE 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores

123/186
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

360,00
15 S/ÁREA
ADIB RESENDE 4 PESQ. OP. ANO/HÁ 7/01/18 A 17/01/18
4/06/2018 A
*16 75,000
SÍTIO NOVA ESPERANÇA 4 74,000 22.160,00 8/06/18
4/06/2018 A
17 55,000
FAZ. SANGA PRETA PARTE II 4 47,440 3.600,00 8/06/18
4/06/2018 A
18 -
FAZ. SANTO ANTÔNIO 4 157,300 30.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
19 60,889
FAZ. STA MARIA 8 ANOS 3 171,820 84.512,19 8/06/18
4/06/2018 A
20 57,091
FAZ. STA MARIA 6 ANOS 3 484,000 296.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
21 58,144
FAZ. STA MARIA 8 ANOS 3 321,860 90.814,30 8/06/18
4/06/2018 A
22 75,000
FAZ. MUNDO NOVO, PARTE C2 4 484,000 88.339,22 8/06/18
4/06/2018 A
23 -
FAZ. SANTA CLARA 4 1860,800 192.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
24 75,000
FAZ. AGROPECUÁRIA CRIOULO 4 1185,800 703.200,00 8/06/18
4/06/2018 A
25 -
FAZ. BOM RECREIO 4 60,000 10.800,00 8/06/18
4/06/2018 A
26 -
FAZ. ESMERALDA 4 291,916 547.861,38 8/06/18
4/06/2018 A
27 65,365
FAZ. PALMEIRA PARTE 2 3 358,000 340.898,51 8/06/18
4/06/2018 A
28 -
FAZ. RETIRO DO SOSSEGO 4 900,000 126.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
29 -
FAZ. SÃO CARLOS 4 350,000 98.532,00 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores

124/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

4/06/2018 A
30 75,000
FAZ. SERTÃOZINHO 3 4312,000 22.974.336,00 8/06/18
4/06/2018 A
31 -
CHÁCARA 38 3 5,000 5.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
32 75,000
LAGOA DOURADA 4 100,000 20.400,00 8/06/18
4/06/2018 A
*33 55,000
FAZ. PALMEIRA I 4 50,000 12.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
*34 55,000
FAZ. PALMEIRA 6 120,000 24.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
35 -
FAZ. SAPUCAIA 4 120,000 109.480,00 8/06/18
4/06/2018 A
36 -
FAZ. OURO VERDE 6 208,923 40.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
*37 73,262
SAMUEL PARESA FILHO 4 275,620 51.959,88 8/06/18
4/06/2018 A
*38 73,262
SÉRGIO COSTA CURTA 4 275,620 57.880,20 8/06/18
4/06/2018 A
*39 73,262
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 275,620 62.841,36 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*40 73,262
NETO 4 275,620 66.148,80 8/06/18
4/06/2018 A
*41 73,262
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 4 275,620 82.686,00 8/06/18
4/06/2018 A
*42 62,292
SÉRGIO COSTA CURTA 4 15,533 4.605,45 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*43 62,292
NETO 4 15,533 4.605,45 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores

125/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo III

4/06/2018 A
*44 62,292
SAMUEL PARESA FILHO 4 15,533 4.605,45 8/06/18
4/06/2018 A
45 62,292
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 15,533 6.908,18 8/06/18
4/06/2018 A
46 62,292
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 4 15,533 8.324,81 8/06/18
4/06/2018 A
47 62,292
SAMUEL PARESA FILHO 3 15,533 12.895,26 8/06/18
4/06/2018 A
48 62,292
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 3 15,533 13.969,87 8/06/18
4/06/2018 A
49 62,292
ROGÉRIO ORTONCELLI 3 15,533 37.856,80 8/06/18
4/06/2018 A
*50 61,039
SÉRGIO COSTA CURTA 4 66,796 14.027,16 8/06/18
4/06/2018 A
*51 61,039
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 66,796 15.229,49 8/06/18
4/06/2018 A
*52 61,039
SAMUEL PARESA FILHO 4 66,796 15.229,49 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*53 61,039
NETO 4 66,796 16.031,04 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores

126/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo IV

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

TABELA DE VALORES CHAUVENET / ARLEY

127/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo V

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

DOCUMENTAÇÃO DOS AVALIANDOS

128/184
Continuação do ANEXO A

MODELO DE LAUDO DE AVALIAÇÃO RURAL

Anexo VI

LAUDO DE AVALIAÇÃO Nº XXX/XXXX – OM

DOCUMENTAÇÃO DOS DADOS DA AMOSTRA

129/184
ANEXO B

CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS

130/184
ANEXO C

FATORES PARA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

131/184
ANEXO D

FICHA DE VISTORIA


PROPRIEDADE
FONTE (CONTATO)
ENDEREÇO
DATA PESQUISA
BENFEITORIAS (qtd)
CASA PRINCIPAL (dic)
CASA SECUNDÁRIA (dic)
MANGUEIRA (dic)
GALPÃO/SILO/ARMAZÉM
(dic)
CERCA (dic)
SIST IRRIGAÇÃO (dic)
ENERGIA ELÉTRICA (dic)
RELEVO (cod aloc)
ACESSO (km)
VIABILIDADE DE
CIRCULAÇÃO (cod aloc)
POSSIBILIDADE DE
RECURSOS HÍDRICOS
(dicotomica)
TIPO DE PASTO
(dicotômica - formado?)
usar se for o caso
RECURSOS NATURAIS
(cod aloc) tirar
FONTE DOS DADOS
(cod aloc)
VOCAÇÃO (cod aloc)
ÁREA TOTAL (ha)
NOTA AGRONÕMICA (num)
ÍNDI
ÁREA1 CLASSE1 ÁREA2 CLASSE2 ÁREA3 CLASSE3 ÁREA4 CLASSE4 CE

VALOR (QTD)
FOTO

132/184
ANEXO E

MAPA COM O TRAJETO E OS PONTOS RELEVANTES E SEUS REGISTROS.

P 007 - 28°23'9.74"S; 54°57'35.78"O P 004 - 28°23'9.02"S; 54°57'26.84"O

P 009 - 28°23'16.90"S; 54°57'32.21"O P 013 - 28°23'14.85"S; 54°57'12.50"O

133/184
ANEXO F

PESQUISA DE OPINIÃO

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO


DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE

INFORMAÇÃO SOBRE PREÇO DE IMÓVEL RURAL - OPINIÃO

SOL./DPIMA/EB Nº ____/ __. Em,______de ________________ de 20__.

Caro(a) Senhor(a),

Tendo em vista a instrução de Processo em tramitação no 17º Regimento de Cavalaria


Mecanizado (17º RC Mec) em Amambai/MS, visando o arrendamento para fins agropecuários de um imóvel rural no
município de Amambai/MS, solicitamos a sua valiosa contribuição no sentido de fornecer a estes avaliadores, sua
abalizada opinião, quanto ao valor de arrendamento de terras, no mercado imobiliário local, direcionando-a a um
determinado imóvel do qual, descrevemos abaixo, as características gerais, que poderão ajudá-lo na formulação de sua
opinião:
CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL

1. ÁREA TOTAL: 275,62 hectares ou 2.756.254,00 m².

2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Localiza-se em área rural do município de Amambai-MS. Tem seu acesso
principal a partir do centro de Amambai, seguindo-se por 7,0 Km pela rodovia MS-386 (Estrada Pará Iguatemi) até o
entroncamento com a rodovia MS-289. Segue-se essa rodovia por mais 3,7 Km até a estrada de acesso ao imóvel. Daí, por
mais 600 metros, até a entrada principal do imóvel. Qualidade do Acesso: Muito Bom.

3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos,
friáveis e de fácil preparo.
Solos: Latossolo vermelho (Classe LRa2) com fertilidade de média a alta e Latossolo vermelho distrófico (Classe LEa11)
com fertilidade de média a alta.

4. AGUADAS:
O córrego Pontei é limite nordeste da propriedade.

5. USO ATUAL:

Descrição Área (ha) Percentagem (%)


Pastagem 47,1204 17,10
Pastagem nativa 136,6947 49,59
Área de Preservação Permanente (margens 0,0000 0,00
de rios e topos de morros, nascentes,
manguezal, linha de cumeada)
Área não arrendável 91,8103 33,31
Total 275,6254 100

6. BENFEITORIAS:
Estradas internas são parte em leito natural e parte com revestimento primário. Possui cercamento com 5 fios e mourões de
madeira tratada.

Atendendo a esta solicitação, ou seja, ARRENDAMENTO DE TERRAS PARA FINS


AGROPECUÁRIOS, informo que o preço hoje praticado no mercado imobiliário na nossa região, nas condições do imóvel
acima descrito, para pagamento à vista, seria:

R$ ________________ por hectare (1ha = 10.000 m²)

Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________

Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________

Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________

________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR.

PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________

OBS: utilizou-se como referência 251,675 ha com Classe III de solo e com
declividade de 5%, o restante dos 23,945 ha com Classe IV de solo e com
declividade de 10%.

134/184
Continuação do ANEXO F

PESQUISA DE OPINIÃO

IMAGEM 02: Ficha de pesquisa de opiniãopara um imóvel paradigma de 15,3515 ha.

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO


DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE

INFORMAÇÃO SOBRE PREÇO DE IMÓVEL RURAL - OPINIÃO

SOL./DPIMA/EB Nº ____/ __. Em,______de ________________ de 20__.

Caro(a) Senhor(a),

Tendo em vista a instrução de Processo em tramitação no 17º Regimento de Cavalaria


Mecanizado (17º RC Mec) em Amambai/MS, visando o arrendamento para fins agropecuários de um imóvel rural no
município de Amambai/MS, solicitamos a sua valiosa contribuição no sentido de fornecer a estes avaliadores, sua
abalizada opinião, quanto ao valor de ARRENDAMENTO DE TERRAS, no mercado imobiliário local, direcionando-a a um
determinado imóvel do qual, descrevemos abaixo, as características gerais, que poderão ajudá-lo na formulação de sua
opinião:

CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL

1. ÁREA TOTAL: 15,3515 hectares ou 153.515,00 m².

2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Imóvel MS 09-0002, localiza-se em área rural do município de Amambai-MS.
Tem seu acesso principal a partir do centro de Amambai, seguindo-se por 3,5 Km pela rodovia MS-386 (Estrada Pará
Iguatemi) até o entroncamento com a rua Duque de Caxias. Segue-se essa rua por mais 1,3 Km até um corredor público.
Daí, por mais 1,7 km, até a entrada principal do imóvel, entre as chácaras 249 e 251. Qualidade do Acesso: Muito Bom.

3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos,
friáveis e de fácil preparo.
Solos: Latossolo vermelho (Classe LRd7) com fertilidade de média a alta e Latossolo vermelho distrófico (Classe LEa11)
com fertilidade de média a alta.

4. AGUADAS:
O córrego Panduí secciona o imóvel, na porção noroeste, em duas parcelas.

5. USO ATUAL:

Descrição Área (ha) Percentagem (%)


Pastagem 12,0917 78,76
Pastagem nativa 1,7418 11,35
Área de Preservação Permanente (margens 1,5180 9,89
de rios e topos de morros, nascentes,
manguezal, linha de cumeada)
Área não arrendável 0,000 0,00
Total 15,3515 100

6. BENFEITORIAS:
Possui cercamento com 5 fios e mourões de madeira tratada.

Atendendo a esta solicitação, ou seja, ARRENDAMENTO DE TERRAS PARA FINS


AGROPECUÁRIOS, informo que o preço hoje praticado no mercado imobiliário na nossa região, nas condições do imóvel
acima descrito, para pagamento à vista, seria:

R$ ________________ por hectare (1ha = 10.000 m²)

Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________

Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________

Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________

________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR

PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________

OBS: utilizou-se como referência 5,663 ha com Classe III de solo e com
declividade de 5%, o restante dos 9,87 ha com Classe IV de solo e com
declividade de 10%.

135/184
Continuação do ANEXO F

PESQUISA DE OPINIÃO

IMAGEM 03: Ficha de pesquisa de opinião para um imóvel paradigma de 66,796 ha.

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO


DIRETORIA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE

INFORMAÇÃO SOBRE PREÇO DE IMÓVEL RURAL - OPINIÃO

SOL./DPIMA/EB Nº ____/ __. Em,______de ________________ de 20__.

Caro(a) Senhor(a),

Tendo em vista a instrução de Processo em tramitação no 17º Regimento de Cavalaria


Mecanizado (17º RC Mec) em Amambai/MS, visando o arrendamento para fins agropecuários de um imóvel rural no
município de Coronel Sapucaia/MS, solicitamos a sua valiosa contribuição no sentido de fornecer a estes avaliadores, sua
abalizada opinião, quanto ao valor de arrendamento de terras, no mercado imobiliário local, direcionando-a a um
determinado imóvel do qual, descrevemos abaixo, as características gerais, que poderão ajudá-lo na formulação de sua
opinião:
CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL

1. ÁREA TOTAL: 66,796 hectares ou 667.962,68 m².

2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Localiza-se em área rural do município de Coronel Sapucaia-MS. Tem seu
acesso principal a partir do centro (prefeitura) de Cel Sapucaia, seguindo em direção à Amambai por 3,3 Km pela rodovia
MS-289, vira-se a direita na estrada de acesso não pavimentada por 1,1 Km onde se encontra a porteira de acesso da área
a ser arrendada. Qualidade do Acesso: Ótimo.

3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 5%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis e de fácil preparo. Vegetação de
diferentes tamanhos com pastagens não formadas e características de vegetação nativa.
Solos: Neossolo Quartzarênico (Classe AQa1) com baixa disponibilidade de nutrientes, excesso de alumínio e Argissolo
Vermelho-Amarelo (Classe PEe4) com baixa disponibilidade de nutrientes e excesso de alumínio.

4. AGUADAS:
Possui dois pontos de nascente, com cursos d´água aparentemente permanente e uma pequena contenção.

5. USO ATUAL:

Descrição Área (ha) Percentagem (%)


Pastagem nativa 667.703,981 99,962
Área de Preservação Permanente (margens 202,053 0,030
de rios e topos de morros, nascentes,
manguezal, linha de cumeada)
Área não arrendável 56,646 0,008
Total 667.962,68 100

6. BENFEITORIAS:
Estradas internas são em leito natural. Possui cercamento externo com 5 fios e mourões de madeira não tratada.

Atendendo a esta solicitação, ou seja, ARRENDAMENTO DE TERRAS PARA FINS


AGROPECUÁRIOS, informo que o preço hoje praticado no mercado imobiliário na nossa região, nas condições do imóvel
acima descrito, para pagamento à vista, seria:

R$ ________________ por hectare (1ha = 10.000 m²)

Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________

Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________

Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________

________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR.

PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________

OBS: utilizou-se como referência 10,084 ha com Classe II de solo


e com declividade de 5%, o restante dos 56,712 ha com Classe IV
de solo e com declividade de 5%.

136/184
ANEXO G

MODELO DE TABELA DE INFORMAÇÕES DOS IMÓVEIS RURAIS.

137/184
ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

Após tentativas de realização de dois laudos de avaliação de imóveis rurais com


finalidade de arrendamento fazendo uso de fatores, os integrantes da Assessoria de
Apoio para Assuntos Técnicos da DPIMA enxergaram como importante a automatização
dos processos de homogeneização e saneamento amostrais, de acordo com critérios
estatísticos consagrados: critérios da média, do desvio padrão, de Chauvenet e de Arley
sendo os dois últimos iterativos.
As motivações principais para o desenvolvimento da ferramenta foram a redução do
tempo de execução de laudos de avaliação de imóveis rurais por fatores e a diminuição
das possibilidades de erros grosseiros, como de digitação, por parte dos avaliadores.
Denominou-se a ferramenta de "FATIRPIMA" (Fatores em Imóveis Rurais da
DPIMA), com código de programação escrito em Visual Basic for Applications (VBA).
Este tutorial tem como finalidade auxiliar na execução de um exemplo prático
utilizando o FATIRPIMA. Vale ressaltar que o imóvel avaliando objeto de estudo é fictício
e que a ferramenta encontra-se em fase de testes para posterior validação.
Como o código foi escrito em VBA, o qual necessita de um dos aplicativos do pacote
Microsoft Office como base, é possível que, futuramente, haja transposição para a
linguagem Java e interface em PrimeFaces, a fim de que seja possível sua comunicação
com o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (SIGPIMA).
Para cálculo da Nota Agronômica, a ferramenta utiliza a tabela de fatores da
seguinte fonte: INCRA (2006) - Módulo III - Avaliação de Imóveis Rurais, adaptado de
França (1983) e citado por Lima (2005).
A versão alfa, de teste, suporta até 20 dados de mercado coletados, podendo cada
um deles, assim como o próprio avaliando, conter 5 (cinco) parcelas de área com classes
de capacidade de uso (CCU) diferentes.
O Apêndice a este anexo contém o código da ferramenta em teste. A ideia central é
que otimizações possam ser a ele incorporadas através de críticas e sugestões.

138/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

Gleba 1 Gleba 2 Gleba 3 Gleba 4


Elemento Tipo de Negócio Situação ÁreaTotal (ha)
CCU Área (ha) CCU Área (ha) CCU Área (ha) CCU Área (ha)
AVALIANDO Avaliando Ótima II 22,26 VIII 13,21 35,47
1 Realizado Boa II 105,48 VI 86,73 V 9,79 VIII 10 212,00
2 Opinião Ótima II 22,26 VIII 13,21 35,47
3 Oferta Ótima II 133 VI 5 VIII 22 160,00
4 Oferta Boa II 45 VIII 5 50,00
5 Opinião Ótima II 22,26 VIII 13,21 35,47
6 Oferta Boa VI 152 VIII 37 189,00
7 Realizado Regular VI 72 VIII 30 102,00
8 Realizado Regular II 71 VIII 18 89,00
9 Opinião Ótima II 22,26 VIII 13,21 35,47

139/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

140/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

141/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

142/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

143/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

144/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

145/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

146/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

147/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

148/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

149/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

150/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

151/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

152/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

153/184
Continuação do ANEXO H

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA FATIRPIMA (VERSÃO ALFA)

154/184
APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

Private Sub CommandButton2_Click()

'Tratamento Estatístico de Dados de Mercado


'Aplicação: Avaliação de Imóveis Rurais
'Autor: José Nilo - 1º Ten QEM FC
'Data: 25/11/2018

Dim n_dados As Integer

If ComboBox3.Value = "N" Then MsgBox "Selecionar o número de dados!"

If ComboBox3.Value = "N" Then GoToLastLine Else GoTo Line1

Line1:
n_dados = CInt(ComboBox3.Value)

'***********************************************************************************************

Dim i, r As Integer

ReDim k1(n_dados) As Single


Dim msg1 As String

i=0

For i = 0 To n_dados - 1
k1(i) = Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(i + 6, 20).Value
Next

155/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

MsgBox "Carregados " & UBound(k1) & " itens"

r=0

For r = LBound(k1) To UBound(k1) - 1


msg1 = msg1 & "Dado " & r + 1 & ": " & Format(k1(r), "0.000") & vbNewLine
Next r

MsgBox "Os valores das notas agronômicas dos meus dados são: " & vbNewLine & msg1

'***********************************************************************************************
Dim p, n, l As Integer
Dim c As Single

ReDim k2(n_dados), k3(n_dados) As Double


'Dim k3 As New Collection
Dim msg2 As String
n=0
p=0

c = Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(5, 20).Value

If ComboBox19.Value = "N" Then MsgBox "Selecionar o grau de fundamentação desejado"

If ComboBox19.Value = "I" Then


For p = 0 Ton_dados - 1
If k1(p) > 0.5 * c And k1(p) < 1.5 * c Then k2(p) = k1(p) Else k2(p) = 0
Next

156/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

End If

If ComboBox19.Value = "II" Or ComboBox19.Value = "III" Then GoTo Condition1 Else GoTo


Condition2

Condition1:
For p = 0 Ton_dados - 1
If k1(p) > 0.8 * c And k1(p) < 1.2 * c Then k2(p) = k1(p) Else k2(p) = 0
Next

Condition2:
For n = LBound(k2) To UBound(k2) - 1
If k2(n) > 0 Then
msg2 = msg2 & "Dado: " & n + 1 &vbNewLine
Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(n + 6, 21).Value = "Dado
semelhante"
Else: Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(n + 6,
21).Value = "Dado nãosemelhante"
End If
Next n

MsgBox "Os seguintes dados são semelhantes ao avaliando (considerando o GF especificado):


" & vbNewLine & msg2
TextBox114 = msg2

'n = 0
'i = 0

'For n = LBound(k2) To UBound(k2) - 1

157/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

'If k2(n) > 0 Then


'i = i + 1
'Else: i = 1
'End If
'Next n

'ReDim k3(n_dados) As Double

n=0

For n = LBound(k2) To UBound(k2) - 1


If k2(n) > 0 Then
k3(n) = Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(n + 6, 26).Value
Else: k3(n) = 0
End If
Next n

'For Each Item In k2


'k3.Add Item
'Next Item

'For Each Item In k3


'If k3.Item(i) = 0 Then
'k3.Removei
'i = i - 1
'End If
'i = i + 1
'Next Item

158/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

'Dim pos, val As Integer


'val = 0

'pos = Application.Match(val, k2, False)

'Private Function WhereInCollection(k As Collection, vFind As Variant) As Variant


'DEVELOPER: (wellsr.com)
'DESCRIPTION: Function to check where a value is in a collection
'Dim q As Long
'Dim vFind As Variant

'vFind = 0
'i = 0

'For q = 0 To k3.count
'If k3.Item(q) = vFind Then
'k3.Remove (q)
'End If
'Next q

'Next i
'if you get here, vFind was not in the array. Set to null
'WhereInArray = Null
'End Function

'***********************************************************************************************
'Critério da Média

159/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

'Criação de array auxiliar (k4)

ReDim k4(n_dados) As Double


Dim soma_m, soma_m1, contagem, contagem1, media, media1, soma_res, desvpad1, cv_med As
Double
Dim msg3, msg_media As String

n=0

For n = LBound(k3) To UBound(k3) - 1


k4(n) = k3(n)
Next n

n=0
soma_m = 0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


soma_m = soma_m + k4(n)
'msg3 = msg3 & "Valor Unitário Homogeneizado (R$/ha) " & n + 1 & ": " & Format(k3(n),
"0.00") & vbNewLine
Next n

'MsgBox msg3

'MsgBox soma_m

n=0
contagem = 0

160/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


If k4(n) > 0 Then
contagem = contagem + 1
Else: contagem = contagem
End If
Next n

media = soma_m / contagem

n=0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


If k4(n) < 0.7 * media Or k4(n) > 1.3 * media Then
k4(n) = 0
Else: k4(n) = k4(n)
End If
Next n

n=0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


If k4(n) > 0 Then
msg_media = msg_media& "Dado "& n + 1 &vbNewLine
Else: msg_media = msg_media
End If
Next n

TextBox99.Value = msg_media

161/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

n=0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


soma_m1 = soma_m1 + k4(n)
Next n

n=0
contagem1 = 0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


If k4(n) > 0 Then
contagem1 = contagem1 + 1
Else: contagem1 = contagem1
End If
Next n

TextBox98.Value = contagem1

media1 = soma_m1 / contagem1

TextBox97.Value = Format(media1, "0.00")


TextBox116.Value = Format(media1, "0.00")

n=0
soma_res = 0

For n = LBound(k4) To UBound(k4) - 1


If k4(n) > 0 Then
soma_res = soma_res + (k4(n) - media1) ^ 2

162/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

Else: soma_res = soma_res


End If
Next n

desvpad1 = (soma_res / (contagem1 - 1)) ^ (1 / 2)

TextBox96.Value = Format(desvpad1, "0.00")


TextBox123.Value = Format(desvpad1, "0.00")

cv_med = desvpad1 / media1


TextBox127.Value = Format(cv_med, "0.00%")

'***********************************************************************************************
'Critério do Desvio Padrão
'Criação de array auxiliar (k5)

ReDim k5(n_dados) As Double


Dim soma2, soma3, contagem2, contagem3, media2, media3, soma_res2, soma_res3, desvpad2,
desvpad3, cv_desv As Double
Dim msg_desvpad As String

n=0

For n = LBound(k3) To UBound(k3) - 1


k5(n) = k3(n)
Next n

n=0

163/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

soma2 = 0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


soma2 = soma2 + k5(n)
'msg3 = msg3 & "Valor Unitário Homogeneizado (R$/ha) " & n + 1 & ": " & Format(k3(n),
"0.00") & vbNewLine
Next n

n=0
contagem2 = 0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) > 0 Then
contagem2 = contagem2 + 1
Else: contagem2 = contagem2
End If
Next n

media2 = soma2 / contagem2

n=0
soma_res2 = 0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) > 0 Then
soma_res2 = soma_res2 + (k5(n) - media2) ^ 2
Else: soma_res2 = soma_res2
End If
Next n

164/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

desvpad2 = (soma_res2 / (contagem2 - 1)) ^ (1 / 2)

n=0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) < (media2 - desvpad2) Or k5(n) > (media2 + desvpad2) Then
k5(n) = 0
Else: k5(n) = k5(n)
End If
Next n

n=0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) > 0 Then
msg_desvpad = msg_desvpad& "Dado "& n + 1 &vbNewLine
Else: msg_desvpad = msg_desvpad
End If
Next n

TextBox94.Value = msg_desvpad

n=0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


soma3 = soma3 + k5(n)
Next n

n=0

165/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

contagem3 = 0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) > 0 Then
contagem3 = contagem3 + 1
Else: contagem3 = contagem3
End If
Next n

TextBox93.Value = contagem3

media3 = soma3 / contagem3

TextBox92.Value = Format(media3, "0.00")


TextBox117.Value = Format(media3, "0.00")

n=0
soma_res3 = 0

For n = LBound(k5) To UBound(k5) - 1


If k5(n) > 0 Then
soma_res3 = soma_res3 + (k5(n) - media3) ^ 2
Else: soma_res3 = soma_res3
End If
Next n

desvpad3 = (soma_res3 / (contagem3 - 1)) ^ (1 / 2)

TextBox91.Value = Format(desvpad3, "0.00")

166/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

TextBox122.Value = Format(desvpad3, "0.00")

cv_desv = desvpad3 / media3


TextBox126.Value = Format(cv_desv, "0.00%")

'***********************************************************************************************
'Critério de Chauvenet
'Possível otimização: criação de arrays auxiliares redimensionados a cada iteração

ReDim k6(n_dados) As Double


Dim soma4, contagem4, media4, soma_res4, desvpad4, ds, cv_chau As Double
Dim msg_chauvenet As String
Dim contador As Integer

n=0
i=1
contagem4 = 0

For n = LBound(k3) To UBound(k3) - 1


k6(n) = k3(n)
Next n

Do While i <> (n_dados - contagem4)

n=0
soma4 = 0

For n = LBound(k6) To UBound(k6) - 1


soma4 = soma4 + k6(n)

167/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

Next n

n=0

n=0
contagem4 = 0

For n = LBound(k6) To UBound(k6) - 1


If k6(n) > 0 Then
contagem4 = contagem4 + 1
Else: contagem4 = contagem4
End If
Next n

media4 = soma4 / contagem4

n=0
soma_res4 = 0

For n = LBound(k6) To UBound(k6) - 1


If k6(n) > 0 Then
soma_res4 = soma_res4 + (k6(n) - media4) ^ 2
Else: soma_res4 = soma_res4
End If
Next n

desvpad4 = (soma_res4 / (contagem4 - 1)) ^ (1 / 2)

168/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

ds = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem4,
Worksheets("Chauvenet").Range("A2:B43"), 2, False)

n=0
i=0

For n = LBound(k6) To UBound(k6) - 1


If (Abs(k6(n) - media4) / desvpad4) > ds Then
k6(n) = 0
i=i+1
Else: k6(n) = k6(n)
End If
Next n

contador = contador + 1

Loop

TextBox103.Value = contagem4

TextBox102.Value = Format(media4, "0.00")


TextBox118.Value = Format(media4, "0.00")

TextBox101.Value = Format(desvpad4, "0.00")


TextBox121.Value = Format(desvpad4, "0.00")

TextBox100.Value = contador

cv_chau = desvpad4 / media4

169/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

TextBox125.Value = Format(cv_chau, "0.00%")

n=0

For n = LBound(k6) To UBound(k6) - 1


If k6(n) > 0 Then
msg_chauvenet = msg_chauvenet& "Dado "& n + 1 &vbNewLine
Else: msg_chauvenet = msg_chauvenet
End If
Next n

TextBox104.Value = msg_chauvenet

'***********************************************************************************************
'Critério de Arley
'Possível otimização: criação de arrays auxiliares redimensionados a cada iteração

ReDim k7(n_dados) As Double


Dim soma5, contagem5, media5, soma_res5, desvpad5, rc, cv_arley As Double
Dim msg_arley As String
Dim contador1 As Integer

n=0
i=1
contagem5 = 0

For n = LBound(k3) To UBound(k3) - 1


k7(n) = k3(n)
Next n

170/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

Do While i <> (n_dados - contagem5)

n=0
soma5 = 0

For n = LBound(k7) To UBound(k7) - 1


soma5 = soma5 + k7(n)
Next n

n=0

n=0
contagem5 = 0

For n = LBound(k7) To UBound(k7) - 1


If k7(n) > 0 Then
contagem5 = contagem5 + 1
Else: contagem5 = contagem5
End If
Next n

media5 = soma5 / contagem5

n=0
soma_res5 = 0

For n = LBound(k7) To UBound(k7) - 1


If k7(n) > 0 Then
soma_res5 = soma_res5 + (k7(n) - media5) ^ 2

171/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

Else: soma_res5 = soma_res5


End If
Next n

desvpad5 = (soma_res5 / (contagem5 - 1)) ^ (1 / 2)

If 1 <= contagem5 And contagem5 <= 5 Then


'rc = Application.WorksheetFunction.index(Worksheets("Arley").Range("B2:E35"),
Application.WorksheetFunction.Match(contagem5 - 2, Worksheets("Arley").Range("A2:A35"), 0),
Worksheets("Arley").Range("B1"), 1)
rc = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem5 - 2,
Worksheets("Arley").Range("A2:B35"), 2, False)
End If

If 6 <= contagem5 And contagem5 <= 10 Then


'rc = Application.WorksheetFunction.index(Worksheets("Arley").Range("B2:E35"),
Application.WorksheetFunction.Match(contagem5 - 2, Worksheets("Arley").Range("A2:A35"), 0),
Worksheets("Arley").Range("C1"), 1)
rc = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem5 - 2,
Worksheets("Arley").Range("D2:E35"), 2, False)
End If

If 11 <= contagem5 And contagem5 <= 50 Then


'rc = Application.WorksheetFunction.index(Worksheets("Arley").Range("B2:E35"),
Application.WorksheetFunction.Match(contagem5 - 2, Worksheets("Arley").Range("A2:A35"), 0),
Worksheets("Arley").Range("D1"), 1)
rc = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem5 - 2,
Worksheets("Arley").Range("G2:H35"), 2, False)
End If

172/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

If 51 <= contagem5 And contagem5 <= 100 Then


'rc = Application.WorksheetFunction.index(Worksheets("Arley").Range("B2:E35"),
Application.WorksheetFunction.Match(contagem5 - 2, Worksheets("Arley").Range("A2:A35"), 0),
Worksheets("Arley").Range("E1"), 1)
rc = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem5 - 2,
Worksheets("Arley").Range("J2:K35"), 2, False)
End If

n=0
i=0

For n = LBound(k7) To UBound(k7) - 1


If (Abs(k7(n) - media5) / desvpad5) >rc Then
k7(n) = 0
i=i+1
Else: k7(n) = k7(n)
End If
Next n

contador1 = contador1 + 1

Loop

TextBox108.Value = contagem5

TextBox107.Value = Format(media5, "0.00")


TextBox119.Value = Format(media5, "0.00")

TextBox106.Value = Format(desvpad5, "0.00")

173/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

TextBox120.Value = Format(desvpad5, "0.00")

TextBox105.Value = contador1

cv_arley = desvpad5 / media5


TextBox124.Value = Format(cv_arley, "0.00%")

n=0

For n = LBound(k7) To UBound(k7) - 1


If k7(n) > 0 Then
msg_arley = msg_arley& "Dado "& n + 1 &vbNewLine
Else: msg_arley = msg_arley
End If
Next n

TextBox109.Value = msg_arley

'***********************************************************************************************
'Escolha do melhor critério

Dim desv_min, ic_med, ic_min, ic_max, t_student, amp As Double


Dim gp As String

desv_min = Application.WorksheetFunction.Min(desvpad1, desvpad3, desvpad4, desvpad5)

If desvpad1 = desv_min Then


MsgBox "O critério com o menor desvio padrão final é o Critério da Média"

174/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

ic_med = media1

TextBox12.Value = ic_med

t_student = Application.WorksheetFunction.TInv(1 / 5, contagem1 - 1)

ic_min = media1 - t_student * desvpad1 / ((contagem1) ^ (1 / 2))


TextBox83 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox85 = Format((ic_min - ic_med) / ic_med * 100, "0.00")

ic_max = media1 + t_student * desvpad1 / ((contagem1) ^ (1 / 2))


TextBox11 = Format(ic_max, "0.00")
TextBox84 = Format((ic_max - ic_med) / ic_med * 100, "+0.00")

If ((ic_max - ic_med) / ic_med) < 0.1 Then


TextBox110 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox111 = Format(ic_max, "0.00")
Else: TextBox110 = Format(ic_med * 0.9, "0.00") And TextBox111 = Format(ic_med * 1.1,
"0.00")
End If

End If

If desvpad3 = desv_min Then


MsgBox "O critério com o menor desvio padrão final é o Critério do Desvio Padrão"

ic_med = media3

TextBox12.Value = Format(ic_med, "0.00")

175/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

t_student = Application.WorksheetFunction.TInv(1 / 5, contagem3 - 1)

ic_min = media3 - t_student * desvpad3 / ((contagem3) ^ (1 / 2))


TextBox83 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox85 = Format((ic_min - ic_med) / ic_med * 100, "0.00")

ic_max = media3 + t_student * desvpad3 / ((contagem3) ^ (1 / 2))


TextBox11 = Format(ic_max, "0.00")
TextBox84 = Format((ic_max - ic_med) / ic_med * 100, "+0.00")

If ((ic_max - ic_med) / ic_med) < 0.1 Then


TextBox110 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox111 = Format(ic_max, "0.00")
Else: TextBox110 = Format(ic_med * 0.9, "0.00") And TextBox111 = Format(ic_med * 1.1,
"0.00")
End If

End If

If desvpad4 = desv_min Then


MsgBox "O critério com o menor desvio padrão final é o Critério de Chauvenet"

ic_med = media4

TextBox12.Value = ic_med

t_student = Application.WorksheetFunction.TInv(1 / 5, contagem4 - 1)

ic_min = media4 - t_student * desvpad4 / ((contagem4) ^ (1 / 2))

176/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

TextBox83 = Format(ic_min, "0.00")


TextBox85 = Format((ic_min - ic_med) / ic_med * 100, "0.00")

ic_max = media4 + t_student * desvpad4 / ((contagem4) ^ (1 / 2))


TextBox11 = Format(ic_max, "0.00")
TextBox84 = Format((ic_max - ic_med) / ic_med * 100, "+0.00")

If ((ic_max - ic_med) / ic_med) < 0.1 Then


TextBox110 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox111 = Format(ic_max, "0.00")
Else: TextBox110 = Format(ic_med * 0.9, "0.00") And TextBox111 = Format(ic_med * 1.1,
"0.00")
End If

End If

If desvpad5 = desv_min Then


MsgBox "O critério com o menor desvio padrão final é o Critério de Arley"

ic_med = media5

TextBox12.Value = Format(ic_med, "0.00")

t_student = Application.WorksheetFunction.TInv(1 / 5, contagem5 - 1)

ic_min = media5 - t_student * desvpad5 / ((contagem5) ^ (1 / 2))


TextBox83 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox85 = Format((ic_min - ic_med) / ic_med * 100, "0.00")

177/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

ic_max = media5 + t_student * desvpad5 / ((contagem5) ^ (1 / 2))


TextBox11 = Format(ic_max, "0.00")
TextBox84 = Format((ic_max - ic_med) / ic_med * 100, "+0.00")

If ((ic_max - ic_med) / ic_med) < 0.1 Then


TextBox110 = Format(ic_min, "0.00")
TextBox111 = Format(ic_max, "0.00")
Else: TextBox110 = Format(ic_med * 0.9, "0.00") And TextBox111 = Format(ic_med * 1.1,
"0.00")
End If

End If

TextBox89 = Format(ic_med * 1.1, "0.00")


TextBox87 = Format(ic_med * 0.9, "0.00")

amp = 2 * (ic_max - ic_med) / ic_med

If amp <= 0.3 Then


gp = "III"
End If

If 0.3 < amp And amp <= 0.5 Then


gp = "II"
End If

If 0.5 < amp Then


gp = "I"
End If

178/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H

CÓDIGO DA FERRAMENTA FATIRPIMA EM VBA (VERSÃO ALFA DE TESTE)

TextBox113.Value = Format(amp, "0.00%")


TextBox112.Value = gp

LastLine:

End Sub

REFERÊNCIAS

ANDRADE, L.A.C.M.; DEMÉTRO, V.A., Apostila: Engenharia de avaliações aplicadas


a imóveis rurais. Pracicaba/SP, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.653: Avaliação de bens,


Parte 1: Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro/RJ, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.653: Avaliação de bens,


Parte 2: Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro/RJ, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.653: Avaliação de bens,


Parte 3: Imóveis Rurais. Rio de Janeiro/RJ, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.653: Avaliação de bens,


Parte 6: Recursos Naturais. Rio de Janeiro/RJ, 2008.

BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil, de


05 de outubro de 1988. TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, TÍTULO VII - Da
Ordem Econômica e Financeira CAPÍTULO I - Dos Princípios Gerais da
Atividade Econômica CAPÍTULO III - Da Política Agrícola e Fundiária e da
Reforma Agrária e TÍTULO VIII - Da Ordem Social.

179/184
Continuação das REFERÊNCIAS

_______. Presidência da República Decreto nº 59.566, de 14 de novembro de 1966.


Regulamenta as Seções I, II e III do Capítulo IV do Título III da Lei nº 4.504, de
30 de novembro de 1964, Estatuto da Terra, o Capítulo III da Lei nº 4.947, de 6
de abril de 1966, e dá outras providências.

_______. Presidência da República. Decreto - Lei nº 9.760, de 5 de setembro de 1946.


Dispõe sobre os bens imóveis da União e dá outras providências.

_______. Presidência da República Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964. Dispõe


sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências.

_______. Presidência da República Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de1966. Regula o


exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá
outras providências.

_______. Presidência da República Lei nº 5.869, de 11 de janeiro 1973. Código de


Processo Civil, com as alterações introduzidas pelas Leis nº 8.455, de
24/8/1992, 8.952, de 13/12/1994, e 10.358, de 27/12/2001.

_______. Presidência da República Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. Institui a


“Anotação de Responsabilidade Técnica“ na prestação de serviços de
engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de
Assistência Profissional; e dá outras providências.

_______. Presidência da República. Lei nº 8.629 de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe


sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma
agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.

_______. Presidência da República. Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998. Dispõe sobre a


regularização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de
domínio da União, altera dispositivos dos Decretos-Leis nos 9.760, de 05 de
setembro de 1946, e 2.398, de 21 de dezembro de 1987, regulamenta o § 2o do
art. 49 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras
providências.

_______. Presidência da República. Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. Altera


dispositos das Leis nº 4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro
de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979,
9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências. Brasília, 2001.

180/184
Continuação das REFERÊNCIAS

_______. Presidência da República. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o


Código Civil.

_______. Presidência da República. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre


a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nº 6.938, de 31 de agosto de
1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de
2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de
abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá
outras providências. Brasília, 2012.

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução nº 218, de 29 de


junho de 1973. Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais
da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

_______. Resolução nº 342, de 11 de maio de 1990. Discrimina atividades relativas a


empreendimentos agropecuários, florestais, agroindustriais e de armazenagem
com ou sem utilização de Crédito Rural ou Incentivo Fiscal, que implicam a
participação efetiva e autoria declarada de profissionais legalmente habilitados.

_______. Resolução nº 345, de 27 de julho de 1990. Dispõe quanto ao exercício por


profissional de Nível Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e
Perícias de Engenharia.

DEMÉTRIO, V. A., Novas diretrizes para avaliação de imóveis rurais. Congresso de


Avaliações e Perícias do Instituto de Avaliações e Perícias. Águas de São
Pedro/SP, 1991.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA. Manual de


métodos de análises de solo. P. 212. Rio de Janeiro, 1997.

_______. Sistema brasileiro de classificação de solos. P. 412. Brasília, 1999.

FRANÇA, G. V., Estudo agro técnico e a avaliação das terras da fazenda São
Sebastião município de Santa Cruz das Palmeiras, estado de São Paulo –
Levantamento de solos, capacidade de uso e valor relativo das terras.
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo.
Piracicaba/SP, 1983.

181/184
Continuação das REFERÊNCIAS

FUNCTION, VISUAL BASIC FOR APPLICATIONS. Disponível em:


<https://docs.microsoft.com/en-us/office/vba/language/reference/functions-
visual-basic-for-applications> Acesso em: 20 de outubro de 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO E PERÍCIA DE ENGENHARIA, Anais do X


congresso brasileiro de engenharia de avaliações e perícias. Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias do Rio Grande do Sul, Vários Trabalhos.
Porto Alegre/RS, 1999.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas Nacional do Brasil.


4ª Edição. Rio de Janeiro, 2002.

_______. Manual técnico de pedologia. Manuais Técnicos em Geociências. P. 316. 2ª


Edição. Rio de Janeiro, 2007.

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