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EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
(Departamento Técnico e de Produção do Exército / 1946)
Art. 2º Estabelecer que este Caderno de Instrução entre em vigor na data de sua
publicação.
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CADERNO DE INSTRUÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS NO ÂMBITO
DO EXÉRCITO BRASILEIRO (EB50-CI-04.005)
ÍNDICE DE ASSUNTOS
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CAPÍTULO I - AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.1 Introdução.................................................................................................... 4
1.2 Objetivo........................................................................................................ 4
1.3 Conceitos Básicos........................................................................................ 5
1.4 Planejamento da avaliação.......................................................................... 13
1.5 A importância dos aspectos ambientais na avaliação de imóveis rurais..... 19
1.6 O laudo de avaliação de imóveis rurais – ANEXO A.................................. 20
2.1 Geoinformação............................................................................................. 20
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Continuação do ÍNDICE DE ASSUNTOS
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5.5 Saneamento dos Dados............................................................................... 77
5.6 Campo de Arbítrio........................................................................................ 84
5.7 Intervalo de Confiança (Predição)............................................................... 84
5.8 Grau de Precisão........................................................................................ 85
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO I
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.1 INTRODUÇÃO
1.1.1 A avaliação de imóveis rurais é uma atividade que vem sendo trabalhada por
diferentes profissionais (normalmente os mais habilitados são os Engenheiros Agrônomos
e Florestais e os Agrônomos) e consiste na determinação técnica do valor de um bem ou
de seus rendimentos, gravames, frutos, direitos, seguros ou de um empreendimento para
uma data e um lugar determinado. (Glossário de Terminologia do IBAPE-SP).
1.1.2 O trabalho do engenheiro de avaliação rural é o de identificar, presumir e analisar
todas as informações relevantes e interpretá-las no contexto dos princípios econômicos.
O mesmo deve ser capaz de entender o valor das terras e analisá-las, relacioná-las e
correlacioná-las com a propriedade em foco, desta forma, ele terá um bom perfil de um
avaliador de imóvel rural.
1.1.3 Para a avaliação de propriedades com vocação rural faz-se necessário que o
avaliador tenha amplo conhecimentos de economia agrícola, perspectivas agrícolas
nacionais e internacionais, tendências para valor de terras, entendimento sobre as boas
práticas culturais, mercado de commodities e o lucro originário desta atividade, processo
de produção agrícola e suas colheitas, composição de solos, conservação e manejo do
solo, recursos hídricos, meio ambientes, aspectos fundamentais que envolvem o
financiamento rural e, em especial, os programas governamentais de apoio ao
desenvolvimento rural. Por isso ressalta-se a importância do conhecimento do avaliador
em todos os aspectos que tangem o mundo avaliação de imóveis rurais.
1.2 OBJETIVO
1.2.1 A presente cartilha tem o objetivo de mostrar metodologias que podem ser usadas
na confecção de laudos para imóveis rurais no âmbito do Exército Brasileiro (EB). Tão
logo, sabemos que não são exclusivas, pois outros métodos costumam ser utilizados,
desde que sejam atendidas as exigências das normas que regem o mundo das
avaliações. Sabemos, ainda, que o EB tem sob a sua jurisdição diversos imóveis em
várias regiões do país e que muitos desses imóveis apresentam vocação rural para
arrendamento, ou destinados para um melhor uso, haja vista que o EB cumpre a função
social das terras, como descrito na Constituição Federal de 1988.
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1.2.2 A Constituição Federal de 1988 foi o marco definitivo para garantir o instituto da
função social da propriedade. Dessa forma, o artigo 5º da Carta Magna, que trata dos
direitos e garantias fundamentais do ordenamento nacional, traz em seus incisos XXII e
XXIII, o seguinte:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[…]
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
[…] "
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“I - “Imóvel Rural”, o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização
que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de
planos públicos de valorização, ou quer seja, pela iniciativa privada;
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo
agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a
subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região
e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;
III - "Módulo Rural", a área fixada nos termos do inciso anterior;
IV - "Minifúndio", o imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da propriedade
familiar;
V - "Latifúndio", o imóvel rural que:
a) exceda à dimensão máxima fixada na forma do artigo 46, § 1º "alínea "b", desta Lei,
tendo-se em vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas regionais e o fim a que se
destine;
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou superior à
dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às
possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja,
deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de
empresa rural.
Demétrio (1991), do ponto de vista jurídico, conceitua terra (ou "bem-de-raiz") como
qualquer porção da superfície terrestre sobre o qual podem ser exercidos os direitos de
propriedade que dizem respeito não somente à área da superfície, mas também a coisas
como a cobertura vegetal natural, as construções e outras benfeitorias feitas pelo homem
(plantações, por exemplo).
1.3.2 Ainda conceituando, o autor Demétrio subdivide a terra em: espaço, natureza, fator
de produção, bem de consumo, situação, propriedade e capital, cujas definições são:
- Terra como espaço - espaço cúbico (jazidas minerais) e espaço acima da superfície
(construções e explorações agrícolas);
- Terra como natureza - ambiente natural determinado pelas condições climáticas,
topográficas e edáficas;
- Terra como fator de produção - fonte natural de alimentos, fibras, materiais de
construção, minerais e outras matérias-primas utilizadas na sociedade moderna. Está
estreitamente ligado ao conceito de terra como "bem-de-consumo";
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- Terra como situação - modernamente, grande importância é atribuída ao conceito de
terra como situação, isto é, sua localização em relação e mercados, vias de acesso e
outros aspectos socioeconômicos. Em avaliação de imóveis rurais a situação do imóvel
aparece, em escala de grandeza, logo após a capacidade de uso, na estimativa do valor
das terras;
- Terra como propriedade - tem conotações com os direitos e responsabilidades que
indivíduos ou grupos exercem sobre a posse de uso da terra.
1.3.3 O INCRA, na sua Instrução Normativa 08/93, Anexo II, item 4.1, apresenta o
seguinte conceito de terra nua “Considera-se terra nua a terra com suas acessões
naturais, nos termos dos artigos 43, inciso I, e 64 do Código Civil”.
1.3.4 O antigo Código Civil apresenta a seguinte definição:
"Art. 43. São bens imóveis:
I. O solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo”.
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- nua; e
- cultivada.
1.3.6.1.3 Quanto às benfeitorias:
- produção vegetal (culturas);
- construções (casas, galpões, cercas) e instalações (rede de energia elétrica, rede de
distribuição de água); e
- obras e trabalhos de melhoria das terras.
1.3.6.1.4 Quanto aos recursos naturais:
- florestais;
- hídricos; e
- minerais.
1.3.6.1.5 Quanto aos frutos:
- renda de exploração direta (proprietário/possuidor);
- aluguel;
- arrendamento; e
- parcerias.
1.3.7 DEFINIÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.3.7.1 Não podemos falar de um imóvel rural sem que antes mostremos sua composição.
1.3.7.2 Desta maneira, podemos descrever cada um dos componentes dos imóveis rurais
como mostra a Figura 01.
1.3.7.3 Terra nua: são as terras cultiváveis e em alguns casos as não cultiváveis. Cabe
destacar que o método comparativo direto de dados de mercado é a metodologia
recomendada pela ABNT, na norma brasileira NBR 14.653-3: 2004 (Avaliação de Bens -
Parte 3: Imóveis Rurais) para avaliação de terra nua.
1.3.7.3.1 Alguns fatores influenciam no valor da terra nua, dentre eles a classe de
capacidade de uso e a situação, pois são os dois fatores mais utilizados pelos avaliadores
de imóveis rurais. Os valores também podem variar em função de fatores, tais como:
localização do imóvel, facilidade de acesso, tamanho da propriedade, topografia,
fertilidade, disponibilidade de água, pedregosidade, aptidão agrícola, outros usos
alternativos, mercado imobiliário, etc.
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IMÓVEL RURAL
1.3.7.3.2 Para cálculo do Valor da Terra Nua (VTN) é considerado o valor venal do imóvel
e são subtraídos os valores de benfeitorias, culturas permanentes e investimentos
necessários à produção.
1.3.7.4 Benfeitorias: são as construções e instalações.
1.3.7.4.1 As benfeitorias podem ser do tipo:
- Produtivas: fazem parte do processo produtivo (galpões, silos, armazéns, cercas,
currais, estradas, entre outros). Abrangem todas as inovações introduzidas no imóvel rural
capazes de proporcionar rendimentos, oriundos da venda de seus produtos:
reflorestamentos, pastos cultivados ou melhorados, culturas permanentes, etc.
- Não Produtivas:: relacionadas
relacionada ao capital fundiário auxiliar e abrangem todas as
inovações introduzidas no
no imóvel rural que não proporcionam rendimentos próprios,
embora contribuam para o êxito das explorações. São os chamados melhoramentos
fundiários (trabalhos de conservação do solo, sistemas de irrigação e drenagem, açudes e
outros trabalhos de efeito permanente
permanente ou prolongado, efetuados no próprio solo).
1.3.7.5 Semoventes: definidos como
mo o capital de exploração fixo,
fixo vivo. São os: rebanhos,
gado de leite, de corte, equinos, suínos, caprinos, dentre outros.
1.3.7.6 Recursos naturais: desde que não tenham sido
do considerados junto com a terra
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nua- tudo aquilo que pode ser considerado como dádiva da natureza que se encontra
sobre o solo, fixado ou não a ele, ou mesmo logo abaixo da superfície e que possa ser
extraído para vender ou ser usado na propriedade tais como: matas e capoeiras (madeira
e lenha), pedreiras e cascalheiras, jazidas diversas, nascentes e quedas d'água.
1.3.7.7 Culturas: o avaliador deve fazer breve estudo da região para que possa entender
o contexto das culturas da região. Desta forma, avaliar as características agrícolas com
levantamento dos plantios, fazendo uma relação das culturas existentes e da superfície
ocupada, indicando o grau de produtividade para cada cultura.
1.3.7.8 Máquinas, motores e implementos: também chamado de capital de exploração
fixa, inanimado, abrangem os veículos, tratores, máquinas de beneficiamento, conjunto
moto - bomba, arados, grades, ferramentas e utensílios, arreios, mobiliário e outros.
1.3.7.9 Produtos e materiais diversos: chamados de capital de exploração circulante
incluem os produtos adquiridos no comércio (sementes, mudas, fertilizantes, corretivos,
rações, produtos adquiridos no comércio, produtos fitossanitários, combustíveis e
lubrificantes) ou os produzidos na propriedade e ainda não vendidos como colheitas
pendentes ou armazenadas, estrume e outros.
1.3.7.10 Um imóvel rural terá finalidade avaliatória, nas seguintes condições:
- utilização do imóvel (cultivos agrícolas, pastagens ou reflorestamento);
- raridade desse tipo de imóvel;
- localização (características da região); e
- quantidade de água disponível (topografia e natureza do solo).
1.3.8 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
1.3.8.1 De acordo com a legislação, a avaliação de imóveis rurais consiste na
determinação técnica do preço de mercado do imóvel como um todo, estando aí incluídas
as terras, seus recursos naturais e benfeitorias. No entanto, convém mencionarmos que
os componentes são separados no momento da avaliação.
1.3.8.2 As terras são avaliadas em função de sua capacidade de uso, localização e outros
fatores, porém sem vegetação e sem benfeitorias, dentro do conceito de terra nua.
1.3.8.3 Para um imóvel ser considerado rural, não basta que se situe em área rural ou não
urbana, inclusive, ele pode estar localizado em área urbana e ser considerado rural. Para
tal, basta que seja explorado com finalidades rurais, como: produção de grãos e frutos,
criação de animais, produção de madeira, etc., ou seja, são áreas onde a melhor
alternativa de exploração econômica é qualquer uma das atividades agropecuárias
existentes.
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1.3.8.4 Cabe dizer que é importante que seja consultado o Plano Diretor da
localidade/região em que está inserido o imóvel em estudo. Os imóveis de destinação
rural são aqueles que apresentam como melhor alternativa o seu uso para a exploração
agrícola e agroindustrial, mas não significa que obrigatoriamente estão situados na zona
rural.
1.3.8.5 Quando falamos de metodologia para avaliação de imóveis rurais é recomendado
decompor a avaliação das propriedades rurais em pelo menos dois elementos distintos:
benfeitorias e terra nua. Da mesma forma, é importante que as benfeitorias sejam
separadas em: reprodutivos e não reprodutivos.
1.3.8.6 Entretanto, além destas características intrínsecas das propriedades rurais
citadas, o valor das mesmas é também influenciado por fatores externos, principalmente
relacionados aos acontecimentos do mercado agropecuário em que está inserida a
unidade de produção avaliada.
1.3.8.7 Também é objeto de avaliação de imóvel rural as máquinas e equipamentos, os
veículos, os semoventes, as florestas nativas e os produtos diversos.
1.3.8.8 Desta feita, é conveniente que o avaliador esteja apto a estudar a complexa
estrutura produtiva que engloba diversos elementos que interagem para a expressão
máxima de uma propriedade rural, garantindo assim sua melhor e mais eficiente
capacidade produtiva.
1.3.8.9 Tais elementos podem ser naturais, como: terra; recursos hídricos; recursos
florestais; etc; ou não, como: culturas; construções e edificações; obras e melhorias no
terreno; etc.
1.3.9 Considerações da Lei 5.194/66, Lei 9.636/98, Decreto Lei 9.760/46, NBR 14.653-1 E
3, Resoluções do CONFEA atinente à avaliação de imóveis rurais e IG 10-03, IR 50-13, IR
50-12.
1.3.9.1 A Lei nº 5.194/1966 é responsável por regular o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo.
“Seção IV - Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades.
[…]
Art. 7º- As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do
engenheiro-agrônomo consistem em:
[…]
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e
divulgação técnica.
[…]"
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1.3.9.6.2 Resolução nº 342, 1990 - Discrimina atividades relativas a empreendimentos
agropecuários, florestais, agroindustriais,entre outros:
“Art. 1º - Os empreendimentos agropecuários, florestais, agroindustriais e de
armazenagem, com ou sem utilização de Crédito Rural e Incentivo Fiscal, exigem
a participação efetiva e autoria declarada de profissionais legalmente habilitados,
no concernente ao desempenho das atividades abaixo discriminadas, desde que
exercidas no âmbito de suas atribuições profissionais:
[…]
b) avaliação de quaisquer bens rurais para fins de garantia do empreendimento,
bem como de execução judicial.
[…] "
1.3.9.6.3 Resolução nº 345, 1990 - Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível
Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia.
“Art. 1º - Para os efeitos desta Resolução, define-se:
[…]
c) AVALIAÇÃO é a atividade que envolve a determinação técnica do valor
qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento.
[…]
Art. 2º - Compreendem-se como a atribuição privativa dos Engenheiros em suas
diversas especialidades, dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos
Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas, as vistorias, perícias,
avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis, suas partes
integrantes e pertences, máquinas e instalações industriais, obras e serviços de
utilidade pública, recursos naturais e bens e direitos que, de qualquer forma, para
a sua existência ou utilização, sejam atribuições destas profissões.
Art. 3º - Serão nulas de pleno direito as perícias e avaliações e demais
procedimentos indicados no Art. 2º, quando efetivados por pessoas físicas ou
jurídicas não registradas nos CREAs”.
4ª Etapa Escolha da metodologia e elaboração do laudo (depende dos dados que conseguiu
levantar) = 20 dias
Caso os dados sejam excluídos, conforme metodologia escolhida, e seja necessária a
5ª Etapa busca de mais dados, volta-se à 3ª Etapa (porém, com o prazo reduzido para
aproximadamente 7 dias) e segue-se para a 5ª Etapa (20 dias)
(*) O número de dias dessas etapas podem sofrer alterações e aumentar; isso dependerá da agilidade do
apoio logístico para o avaliador conseguir fazer a vistoria e da disponibilidade de documentos do avaliando.
O trabalho minucioso do avaliador pode ser a chave do sucesso para o seu laudo
de avaliação.
1.4.10 O AVALIANDO
1.4.10.1 É de grande importância que o avaliador disponha de plantas, mapas da região e
solicite ao proprietário do imóvel toda a documentação como, por exemplo: cadeia
dominial, levantamento topográfico, imagens de satélite, históricos de produção, dentre
outras do local em que se encontra o avaliando. Exemplos podem ser observados nas
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Figuras 02 e 03. Além
lém desses dados,
dados é interessante que o avaliador também tenha
disponibilidade para a obtenção dos seguintes
seguintes dados básicos do imóvel:
a. características físicas como fertilidade, drenagem, pedregosidade, topografia, grau
de erosão, permeabilidade, restrições climáticas;
b. situação:
ituação: estradas de acesso, condições de tráfego, distâncias a centros de
referência;
c. produções
roduções vegetais, áreas cultivadas, produtividade,
produtividade, condições fitossanitárias,
estado de conservação dos solos; e
d. mercado
ercado consumidor (oferta e procura).
1.4.10.2 Ainda sobre o bem avaliando,
avaliando é importante que o avaliador tenha em mente que
todas essas características podem sofrer variações em função do local e da época em
que a avaliação está sendo realizada.
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.
FIGURA 03: Levantamento geral de dados do avaliando.
Fonte: DPIMA.
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hídricos, tipos de culturas, instalações, informações socioeconômicas, recursos naturais
e, em especial, a natureza do solo (Figura 04).
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FIGURA 05: - Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Fonte :Ministério do Meio Ambiente
1.4.12.3 Todos os tipos de avaliações são tidos como complexos, pois existem fatores
específicos para cada avaliação, isso dependerá do objetivo proposto e de cada região,
além dos diferentes tipos de exploração e níveis de tecnologia disponibilizados na região.
1.4.12.4 Assim, trabalhos acadêmicos podem ser a melhor saída para que os
Engenheiros Agrônomos se sintam confortáveis e seguros quando forem avaliar um
imóvel rural, pois sabemos que a atipicidade é a palavra que muito define um laudo de
imóveis rurais.
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valoração de bens ambientais. Trouxe consigo inovações e novos conceitos e métodos de
trabalho a serem implementados. Para avaliar a influência do Passivo Ambiental de um
determinado imóvel, deve-se verificar se houve uma degradação do ecossistema
existente.
1.5.4 A valoração de um recurso ambiental pode se dar em função do bem estar que ele
proporciona e nesse item incluem-se os aspectos do ecoturismo, inserindo as visitações,
tal como ocorre em parques e áreas de conservação, que também podem ser calculados
em função do seu potencial uso futuro.
1.5.5 De acordo com o IBAPE/SP: 2016, a atribuição de valor ambiental a uma área
aumentará a percepção popular da importância dos bens e serviços ambientais,
possivelmente contribuindo para as iniciativas de conservação ambiental
CAPÍTULO II
A GEOINFORMAÇÃO NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEL RURAL
2.1 GEOINFORMAÇÃO
2.1.1 Geoinformação é um conhecimento associado a uma referência geográfica – ou
georreferenciado – resultado do processamento de dados espaciais, que se destina a
apoiar o processo decisório. (Manual de Campanha. EB20-MC-10.209. Geoinformação, 1ª
Edição, 2014.)
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conhecimento do terreno.”
terreno (Manual de Campanha. EB20
EB20-MC-10.209.
Geoinformação, 1ª Edição, 2014.)
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FIGURA 08 – Extrato de Termo de Entrega e Recebimento – AD CORPUS
FIGURA 09 – Imóvel
móvel com confrontações descritas por elementos
naturais e artificiais – AD CORPUS
Fonte da imagem:
imagem Instituto Pereira Passos – Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro
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FIGURA 10 – Extrato de Termo de Entrega e Recebimento – AD MENSURAM
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FIGURA 12 – imóvel avaliando com suas parcelas de áreas
Fonte da imagem: Bing Satellite
2.1.2.7 NB: um imóvel de mesma área pode ter seu polígono com diversas conformações.
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FIGURA 14 – Tela de consulta no SIGEF
Fonte: https://sigef.incra.gov.br/consultar/parcelas/.
https://sigef.incra.gov.br/consultar/parcelas/. Acesso
em 05/11/18
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FIGURA 16 – Tela de consulta no BDGEx
Fonte: https://bdgex.eb.mil.br/mediador/. Acesso em
05/11/18
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FIGURA 18 – Tela de acesso aos insumos do IBGE
Fonte:
https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.h
https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.h
tm. Acesso em 15/11/18
OBS: existem
xistem ainda outros insumos que poderão ser acessados conforme a necessidade
de cada avaliação,, inclusive de fontes estadual e municipal.
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dados, o software de Sistema de Informações Geográficas – SIG deverá estar com a
transformação “dinâmica” de coordenadas habilitada.
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FIGURA 22 – Exemplo de mapa pedológico de imóvel rural
2.1.3.2.3 Classificação do
d Relevo
a. A classificação do relevo é feita,
feita, com base nas classes de declividade adotadas pelo
INCRA, por meio de geoprocessamento de dados do Modelo Digital de Elevação – MDE,
disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, através do projeto
TOPODATA, com reamostragem dos pixels do SRTM (do inglês: Shuttle Radar
Topography Mission), de 90m para 30m.
b. O Modelo Digital de
e Elevação – MDE
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FIGURA 24 – Mapa Índice do TOPODATA/INPE
Fonte: http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/.
Acesso em 07/11/18
d. O Mapa de
e Declividade
1) Reprojeção das
as Coordenadas Geográficas para
ara Métricas (Planas UTM)
UTM
a) Para geração do mapa de declividade é necessário
necessári reprojetar as coordenadas
geográficas em planas UTM SIRGAS2000. Para isso,
isso é preciso que se saiba o FUSO
UTM do imóvel avaliando. Uma maneira simples de descobrir o fuso é usando o software
Google Earth.
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21 L
b) No QGIS, acessar
acess o menu: Raster -> Projeções ->
> Reprojetar.
Reprojetar Escolher o arquivo
de entrada (xxxxx_ZN.tiff
.tiff) e de saída (colocar o nome xxxxx_ZN_UTM.tiff);
xxxxx_ZN_UTM o SRC fonte,
EPSG 4326 (WGS84) e o SRC alvo, nesse caso o EPSG 31981 (SIRGAS2000/UTM zone
21S). Selecionar “Nenhum valor de dados”. Habilitar o “Adicionar à tela ao concluir”. Clicar
em OK. Ao final surgirá a tela de “Processo concluído”.
concluído Clicar em OK, OK, Fechar.
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FIGURA 29 – Tela para reprojeção de SRC FIGURA 30 – Tela do processo concluído
3) Classificação da Declividade
a) Classificar o relevo
rele a partir da declividade expressa em porcentagem,
porcentagem segundo o
INCRA, por meio da ferramenta R.RECLASS.
b) Acessar o menu: Processar ->
> Caixa de ferramentas -> buscar o algoritmo
R.RECLASS. Criar uma nova camada com valores de categoria com base na
reclassificação do utilizador de categorias de um raster existente. Escolher o arquivo de
entrada (xxxxx_ZN_Declividade
xxxxx_ZN_Declividade.tiff), o arquivo com as regras de classes de declividade do
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INCRA (Classes_declividade_INCRA.txt).
(Classes_declividade_INCRA.txt) No arquivo de saída (colocar o nome
xxxxx_ZN_Declividade_Classificado
_Classificado.tiff); Run.
d) Agora o mapa classificado terá uma representação mais adequada e dentro dos
valores máximos e mínimos da declividade.
e) Acessar as propriedades do mapa (xxxxx_ZN_Declividade_Classificado
xxxxx_ZN_Declividade_Classificado.tiff). Na
aba Estilo: Renderização da banda -> Tipo de Renderização ->
> Banda simples falsa-cor
falsa -
> Carregar valores de min/Max -> Min/Max ->
> Em Precisão -> Real (mais lento) ->
Carregar -> Cor ->
> escolher a Rampa de cores RdYlGn
R ->
> Inverter -> Modo -> Intervalo
igual -> Classes ->
> colocar conforme a quantidade máxima de classes do mapa -> Aplicar
-> OK.
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f) Para rotular, clicar duas vezes sobre o rótulo e digitar o texto conforme a tabela do
INCRA.
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FIGURA 36 – Exemplo de mapa de relevo de imóvel rural avaliando.
avaliando
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2.1.3.2.5 Recursos Hídricos
Um dos principais recursos naturais a serem levantados é o Recurso Hídrico.
Hídrico A Agência
Nacional das Águas - ANA e/ou seus correspondentes
spondentes estadual e municipal possuem
insumos de hidrografia para essa análise.
CAPÍTULO III
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E RELEVO
37/184
e características externas (declividade, pedregosidade) tais que, a partir dessas, é
possível identificá-los em mapas e classificá-los. (LEPSCH, I.F et al., 2015).
3.1.2 Resumidamente, podemos assim mostrar os constituintes físicos dos solos: a fase
sólida é composta pelos minerais e pela matéria orgânica, geralmente predomina a fração
mineral em relação à fração orgânica; e o espaço poroso é preenchido pela água e pelo
ar.
3.1.3 A Figura 39 apresenta a distribuição volumétrica dos constituintes físicos,
frequentemente encontrada no solo mineral típico sem compactação.
fração mineral
Ar
Água
fração Orgânica
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localização e características econômicas. Nesse sistema, diversas características e
propriedades do meio físico são sintetizadas visando obter grupamentos de terras
similares, com o objetivo de caracterizar a sua máxima capacidade de uso para
agricultura sem o risco de degradação do solo, especialmente no que diz respeito à
erosão.
3.1.8 Na classificação da capacidade de uso da terra, há maior interesse em considerar
grupos de características e de propriedades do que considerá-las isoladamente, visto que
cada classe, subclasse ou unidade de capacidade de uso da terra são usualmente
distinguida das demais por grande número de atributos, sem o que, isoladamente, muitas
delas não seriam obrigatoriamente significantes. A representatividade de qualquer
característica ou propriedade pode depender das demais do conjunto, como a estrutura e
permeabilidade do solo e o risco de erosão.
3.1.9 Quando da avaliação de propriedades rurais, o avaliador terá que observar certas
características físicas que são importantes para a fixação do valor, dentre eles estão os
solos das propriedades.
3.1.10 Os solos em sua maioria são diferentes de acordo com cada região, não sendo
coerente a qualquer profissional determinar com precisão sobre qual tipo de solo está se
referindo. Por isso, se faz necessário utilizar um critério capaz de caracterizar os diversos
tipos de solos num mesmo parâmetro, possibilitando comparação entre diferentes
propriedades, inclusive de diferentes regiões. Em nossos laudos de avaliação foi
escolhido o sistema de classificação em classes de capacidade de uso, que foi
desenvolvido para a conservação do solo, pelo Serviço de Conservação de Solo dos
Estados Unidos, representando um grupamento qualitativo de tipos de solos sem
considerar a localização ou as características econômicas da terra, visando obter classes
homogêneas de terras, com máxima capacidade de uso sem risco de degradação do
solo.
3.1.11 Nos trabalhos de avaliação de imóveis rurais, o critério está baseado no Manual
para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de
Capacidade de Uso. Hierarquicamente, a classificação ocorre em quatro níveis, quatro
níveis categóricos divididos em três grupos (A, B, C), oito classes (I, II, III, IV, V, VI, VII e
VIII), quatro subclasses: “e” de erosão, quanto aos riscos; “s” de solos quanto às
limitações; “a” de água, quanto aos excessos; “c” de clima com relação às limitações; e
diversas unidades de uso (não fazem parte desse estudo). LEPSCH et al (1983)
39/184
apresentam o esquema das classes, subclasses e unidades de capacidade de uso,
conforme as Figuras 40 e 41.
FIGURA 40. Esquema dos grupos, classes e subclasses e unidades de capacidade de uso das terras
(adaptado de PERALTA, 1963).
3.1.12 Vários autores descreveram sobre as Classes de Capacidade de Uso dos Solos,
no presente trabalho mostraremos mais uma descrição para que o avaliador tenha opções
de escolha ao caracterizar o seu solo.
40/184
FIGURA 41: Descrição das Classes de Capacidade de Uso dos Solos de acordo com LEPSH, I. F, et.al.,
1983.
41/184
grupamento de acordo com o uso econômico da terra ou obrigatoriamente com seu valor
de aquisição, mas sim um sistema destinado a promover a conservação dos solos.
Contudo, as classes apresentam um ordenamento decrescente das possibilidades de
aproveitamento mais intensivo do solo, sem o risco de depauperamento intensivo e, por
isso, em uma mesma região em idênticas condições de localização; a terra cuja
capacidade de uso do solo permite a possibilidade de aproveitamento mais intensivo e
propicia ao proprietário maior liberdade de escolha de uso, tem, geralmente, um maior
valor.
3.1.16 Segundo LEPSCH (1983), para a caracterização das classes e subclasses de
capacidade de uso deve-se conhecer:
- As possíveis utilizações que se podem aplicar ao solo (grupos);
- As práticas de controle de erosão e as práticas complementares de melhoramentos
(classes);
- As limitações do solo (subclasses).
3.1.17 Os grupos, do sistema de classificação em classes de capacidade de uso, se
referem às possíveis utilizações que podem ser aplicadas aos solos de cada grupo e
foram divididas em:
- GRUPO A: terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes,
pastagens e / ou reflorestamento e vida silvestre, comporta as classes I, II, III e IV.
- GRUPO B: terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para
pastagens e / ou reflorestamento e / ou vida silvestre, porém cultiváveis em casos de
algumas culturas especiais protetoras do solo, comporta as classes V, VI e VII.
- GRUPO C: terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou
reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou
armazenamento de água, comporta apenas a classe VIII.
3.1.18 As classes de capacidade de uso relacionam a aptidão dos grupos com as
respectivas práticas de controle à erosão, necessárias para a preservação do solo. As
classes foram divididas em oito, designadas por numeral romano, podendo ser assim
resumidas:
- CLASSE I: terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação.
- CLASSE II: terras cultiváveis com problemas simples de conservação.
- CLASSE III: terras cultiváveis com problemas complexos de conservação.
- CLASSE IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com
sérios problemas de conservação.
42/184
- CLASSE V: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, sem
necessidade de práticas especiais de conservação, cultiváveis apenas em casos muito
especiais.
- CLASSE VI: terras adaptadas em geral para pastagens e / ou reflorestamento, com
problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas
culturas permanentes protetoras do solo.
- CLASSE VII: terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento,
com problemas complexos de conservação.
- CLASSE VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo
servir apenas como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, como ambiente para
recreação, ou para fins de armazenamento de água.
3.1.19 E, as limitações do solo, por sua vez, foram divididas em quatro subclasses,
designadas pelas seguintes letras:
- e = pela erosão presente e / ou risco de erosão;
- s = relativas ao solo;
- a (ou w) = por excesso de água;
- c = climáticas.
3.1.20 A natureza da limitação é representada por letras minúsculas, de modo que a
subclasse é representada pelo numeral romano da classe seguido da letra que designa a
limitação (exemplo: IIIe que significa pertencer a classe III e subclasse e, devido à
problema de erosão).
3.1.21 O enquadramento das classes pode ser feito por dois processos: o paramétrico e o
sintético. Basicamente, pode-se dizer que o primeiro, paramétrico, classifica as terras com
base única na limitação mais severa que possui e o segundo, sintético, de acordo com o
somatório dos graus de limitações e aptidões do solo.
3.1.22 Com base no critério paramétrico, MENDES SOBRINHO & YAMANAKA (1966)
sugeriram uma régua para classificação de terras. A principal vantagem deste critério é
que, uma vez estabelecida a tabela, ou chave (o que requer do profissional um processo
subjetivo, mas habilidoso) ela pode ser aplicada de tal forma que diferentes operadores
possam obter resultados consistentes em um mesmo trato de terra.
3.1.23 A seguir, apresentação conforme a Classificação do Manual para Levantamento
Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso
43/184
(1983), um resumo das caracterizações das diferentes classes e subclasses de
capacidade de uso:
3.1.23.1 CLASSE I - são solos que tem poucas restrições quanto à sua utilização, podem
ser cultivados com intensidade, utilizados para pastagens, vegetação campestre, florestas
ou mesmo como reserva para animais silvestres, com mínimos riscos de
depauperamento, sem exigir práticas ou medidas especiais de conservação do solo.
Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com boa retenção de umidade
no perfil e fertilidade de média a alta. São áreas planas ou com declividades muito suaves
(< 2%), sem riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas. Não há
afloramentos de rocha, nem o lençol de água é permanentemente elevado ou qualquer
outra condição que possa prejudicar o uso de máquinas agrícolas. Dependendo de bons
sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas que facilitem a erosão,
como o algodão, milho ou mandioca, plantado em linhas retas, sem perigo apreciável de
erosão acelerada. As práticas comuns de melhoria e manutenção da fertilidade do solo,
inclusive a rotação de culturas e aplicação de corretivos e fertilizantes, devem ser usadas
mesmo nas terras da classe I. Esta classe não admite subclasses.
3.1.23.2 CLASSE II – os solos desta classe possuem algumas limitações que reduzem a
escolha das culturas ou exigem práticas moderadas de conservação, ou seja, apresentam
limitações moderadas para o seu uso. Estão sujeitas a riscos moderados de
depauperamento, mas são terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam
aplicadas práticas simples de conservação do solo, de fácil execução, para produção
segura e permanente de colheitas entre médias e elevadas, de culturas anuais adaptadas
à região. A declividade já pode ser suficiente para provocar enxurradas e erosão. Em
terras planas, podem requerer drenagem, porém sem necessidade de práticas complexas
de manutenção dos drenos. Podem enquadrar-se nessa classe também terras que não
tenham excelente capacidade de retenção de água. Cada uma dessas limitações requer
cuidados especiais, como aração e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultura em
faixas, controle de água, proteção contra enxurradas advindas de glebas vizinhas, além
das práticas comuns referidas para a classe I, como rotações de cultura e aplicações de
corretivos e fertilizantes. A classe II admite as seguintes subclasses:
- subclasse IIe: terras produtivas, com relevo suavemente ondulado, oferecendo ligeiro a
moderado risco de erosão (classe de declive entre 2% e 6%);
- subclasse IIs: terras produtivas, com relevo plano ou suavemente ondulado, com ligeira
limitação pela capacidade de retenção de água, ou baixa saturação de bases (caráter
44/184
distrófico), ou pouca capacidade de retenção de adubos (baixa capacidade de troca
catiônica - CTC);
- subclasse IIa: terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrições de
drenagem ou excesso de água, sem riscos de inundação, mas, uma vez instalado o
sistema de drenos, é de fácil manutenção e, a probabilidade da salinização, pequena;
- subclasse IIc: terras produtivas, praticamente planas ou suavemente onduladas, com
ligeiras limitações climáticas (seca prolongada até três meses).
3.1.23.3 CLASSE III – os solos desta classe possuem severas limitações que reduzem a
escolha dos vegetais ou exigem práticas especiais de conservação, ou ambas, com
severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais. Requerem
medidas intensas e complexas de conservação do solo, a fim de poderem ser cultivadas
segura e permanentemente, com produção média a elevada, de culturas anuais
adaptadas. Esta classe pode apresentar variações (subclasses), de acordo com a
natureza do fator restritivo de uso. Os principais fatores limitantes são: a declividade
(moderado), drenagem deficiente, escassez de água no solo (regiões semi-áridas não
irrigadas) e pedregosidade. Frequentemente, essas limitações restringem muito a escolha
das espécies a serem cultivadas, ou a época do plantio ou operações de preparo e cultivo
do solo. A classe III admite as seguintes subclasses:
- subclasse IIIe: terras com declividades moderadas (classe de declive entre 6% e 12%),
relevo suavemente ondulado a ondulado, com deflúvio rápido, com riscos severos à
erosão sob cultivos intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada e / ou
sulcos superficiais e rasos frequentes, também em terrenos com declives da classe entre
2% e 6% e solos muito erodíveis, como aqueles com mudança textural abrupta;
- subclasse IIIs: terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertilidade
muito baixa (caráter álico) ou limitadas ainda por: profundidade efetiva média, ou
drenagem interna moderada a pobre; ou risco acentuado de salinização, ou dificuldades
de preparo do solo devido à presença de pedras ou argilas expansivas (caráter vértico);
- subclasse IIIa: terras praticamente planas com limitações moderadas por excesso de
água, mas sem riscos frequentes de inundações: a drenagem é possível, mas sua
manutenção é complexa;e
- subclasse IIIc: terras praticamente planas a suavemente onduladas, com moderadas
limitações climáticas, como a escassez de água em regiões semiáridas.
3.1.23.4 CLASSE IV – os solos desta somente são utilizados para lavouras com
limitações muito severas quanto à escolha das culturas, pois os solos necessitam de
45/184
manuseio muito cuidadoso. Estes solos têm riscos ou limitações permanentes muito
severas quando usados para culturas anuais, apresentam declividade de 12% a 20 %. Os
solos podem ter fertilidade natural boa ou razoável, mas não são adequados para cultivos
intensivos e contínuos. Usualmente, devem ser mantidos com pastagens, mas podem ser
suficientemente bons para certos cultivos ocasionais (na proporção de um ano de cultivo
para cada quatro a seis anos de pastagem) ou para algumas culturas anuais, porém com
cuidados muito especiais. Tais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos:
declive íngreme, erosão severa, obstáculos físicos, como pedregosidade ou drenagem
muito deficiente, baixa produtividade, ou outras condições que as tornem impróprias para
o cultivo moto mecanizado regular. Em algumas regiões, onde a escassez de chuvas seja
muito sentida, de tal maneira a não serem seguras as culturas sem irrigação, as terras
deverão ser classificadas na classe IV; são previstas as seguintes subclasses:
- subclasse IVe: terras severamente limitadas por risco de erosão para cultivos intensivos,
geralmente com declividades acentuadas (classe de declive entre 10 e 15%), com
deflúvio muito rápido, podendo apresentar erosão em sulcos superficiais muito frequentes,
em sulcos rasos frequentes ou em sulcos profundos ocasionais; também é o caso de
terrenos com declives da classe entre 5% e 10%, mas com solos muito suscetíveis à
erosão, tais como os Podzólicos com mudança textural abrupta;
- subclasse IVs: solos limitados pela profundidade efetiva rasa, ou apresentando
pedregosidade (30% - 50%), com problemas de motomecanização ou, ainda, com
pequena capacidade de retenção de água aliada a problemas de fertilidade (como no
caso das Areias Quartzosas);
- subclasse IVa: solos úmidos, de difícil drenagem, dificultando trabalhos de
motomecanização e, ainda, com outra limitação adicional, tal como risco de inundação
ocasional, que impede cultivo contínuo; e
- subclasse IVc: terras com limitações climáticas moderadas a severas, ocasionando
períodos prolongados de seca, não sendo possíveis colheitas em anos muito secos, ou
então com risco ocasional de geada.
3.1.23.5 CLASSE V – em geral os solos das classes V a VIII não se prestam à agricultura.
Em face de outros fatores, além dos riscos de erosão, os solos desta classe estão sujeitos
à limitações que comprometem sua utilização. São solos planos, ou com declives muito
suaves, praticamente livres de erosão, mas impróprios para serem explorados com
culturas anuais, e que podem, com segurança, serem apropriados para pastagens,
florestas ou mesmo para algumas culturas permanentes, sem a aplicação de técnicas
46/184
especiais. Embora se apresentando praticamente planos e não sujeitas à erosão, não são
adaptados para exploração com culturas anuais comuns, em razão de impedimentos
permanentes, tais como: muito baixa capacidade de armazenamento de água,
encharcamento (sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática, frequente
risco de inundação, pedregosidade ou afloramento de rochas. Em alguns casos, é
possível o cultivo exclusivo de arroz; mesmo assim, risco de insucesso pelas limitações
advindas principalmente do risco de inundação. O solo, entretanto, tem poucas limitações
de qualquer espécie, para uso em pastagens ou silvicultura. Podem necessitar de alguns
tratos para produções satisfatórias tanto de forragens como de arbustos e árvores.
Entretanto, se tais tratos forem dispensados, não serão sujeitos à erosão acelerada. Por
isso, podem ser usados permanentemente sem práticas especiais de controle de erosão
ou de proteção do solo; são previstas para a classe V as seguintes subclasses:
- subclasse Vs: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo,
podendo apresentar como limitações os seguintes fatores: muito baixa capacidade de
armazenamento de água, drenagem interna muito rápida ou muito lenta, pedregosidade
ou rochosidade intensa e problemas advindos de pequena profundidade efetiva;
- subclasse Va: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo,
severamente limitado por excesso de água, sem possibilidade de drenagem artificial e /
ou risco de inundação frequente, mas que podem ser usadas para pastoreio, pelo menos
em algumas épocas do ano; e
- subclasse Vc: terras planas com limitações climáticas severas, com longos períodos de
seca e / ou risco frequente de geada, neve ou ventos frios.
3.1.23.6 CLASSE VI – solos dessa classe possuem limitações severas que restringem
seu emprego, são terras impróprias para culturas anuais, mas que podem ser usadas
para produção de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas e algumas
permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que adequadamente
manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com
restrições moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que,
mesmo sob esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis de danificação pelos
fatores de depauperamento do solo. Normalmente as limitações que apresentam, são em
razão da declividade excessiva (20% a 40%) ou pequena profundidade do solo, ou
presença de pedras impedindo emprego de máquinas agrícolas. Quando a pluviosidade
da região é adequada para culturas, as limitações da classe VI residem, em geral, na
declividade excessiva, na pequena profundidade do solo ou na pedregosidade. Nas
47/184
regiões semiáridas, a escassez de umidade, muitas vezes, é a principal razão para o
enquadramento da terra na classe VI, que apresenta as seguintes subclasses:
- subclasse VIe: terras que, sob pastagem (ou, eventualmente, com culturas permanentes
protetoras do solo, como por exemplo: seringueira, cacau ou banana), são medianamente
suscetíveis à erosão, com relevo ondulado e declividades acentuadas (classe de declive
entre 10% e 15%, ou entre 5% e 10% para solos muito erodíveis), propiciando deflúvio
moderado a severo; dificuldades severas de motomecanização, pelas condições
topográficas, com risco de erosão que pode chegar a muito severo; presença de erosão
em sulcos rasos muito frequentes ou sulcos profundos frequentes;
- subclasse VIs: terras constituídas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30% -
50%) e/ou rochas expostas na superfície. Outra condição que pode caracterizá-las é a
pequena produtividade dos solos, como no caso das Areias Quartzosas em terrenos não
planos;
- subclasse VIa: solos muito úmidos, com pequenas ou nulas possibilidades de drenagem
artificial, acarretando problemas à motomecanização, agravados por certa suscetibilidade
à erosão ou recebimento de depósitos erosivos oriundos de áreas vizinhas; e
- subclasse VIc: terras com limitações climáticas muito severas, a ocasionar seca
edafológica muito prolongada que impeça o cultivo mesmo das plantas perenes mais
adaptadas.
3.1.23.7 CLASSE VII – os solos dessa classe possuem severas limitações que restringem
seu uso, além de serem impróprias para culturas anuais, apresentam severas limitações,
mesmo para certas culturas permanentes protetoras do solo, pastagens e florestas.
Sendo altamente suscetíveis de danificação, exigem severas restrições de uso, com
práticas especiais. Normalmente, são muito íngremes, erodidos, pedregosos ou com
solos muito rasos, ou ainda com deficiência de água muito grande. Os cuidados
necessários a eles são semelhantes aos aplicáveis à classe VI, com as diferença de
poder ser necessário maior número de práticas conservacionistas, ou que estas tenham
que ser mais intensivas, a fim de prevenir ou diminuir os danos por erosão. Requerem
cuidados extremos para controle da erosão. Seu uso, tanto para pastoreio como para
produção de madeira, requer sempre cuidados especiais. Suas subclasses são as
seguintes:
- subclasse VIIe: terras com limitações severas para outras atividades que não florestas,
com risco de erosão muito severo, apresentando declividades muito acentuadas (mais de
48/184
40% de declividade), propiciando deflúvios muito rápidos ou impedindo a
motomecanização; presença de erosão em sulcos muito profundos, muito frequentes;
- subclasse VIIs: terras pedregosas (mais de 50% de pedregosidade), com associações
rochosas, solos rasos a muito rasos ou, ainda, com agravante de serem constituídas por
solos de baixa capacidade de retenção de água; e
- subclasse VIIc: terras com limitações climáticas muito severas, a exemplo das terras
situadas em regiões semiáridas, em locais onde a irrigação seria imprescindível, mas é
impraticável.
3.1.23.8 CLASSE VIII – nessa classe estão incluídos todos os solos que não podem ser
utilizados para qualquer tipo de produção vegetal de valor comercial. Prestam-se apenas
para proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou
armazenamento de água em açudes. Consistem, em geral, em áreas extremamente
áridas, ou acidentadas, ou pedregosas, ou encharcadas (sem possibilidade de pastoreio
ou drenagem artificial), ou severamente erodidas ou encostas rochosas, ou, ainda dunas
arenosas. Inclui-se aí a maior parte dos terrenos de mangues e de pântanos e terras
muito áridas, que não se prestam para pastoreio. São possíveis as seguintes subclasses:
- subclasse VIIIe: terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentuados e
deflúvios muito rápidos, a expor os solos a alto risco de erosão inclusive a eólica, como é
o caso das dunas costeiras; presença de processos erosivos muito severos, inclusive
voçorocas;
- subclasse VIIIs: terras constituídas por solos muito rasos e / ou com tantas pedras a
afloramentos de rocha, que impossibilitem plantio e colheita de essências florestais;
- subclasse VIIIa: terras planas permanentemente encharcadas, como banhados ou
pântanos, sem possibilidade de drenagem ou apresentando problemas sérios de
fertilidade, se drenados, como no caso dos solos Tiomórficos;e
- subclasse VIIIc: terras com limitações climáticas muito severas, como as das áreas
áridas, que não se prestam mesmo ao pastoreio ocasional.
Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que não possibilitam o
desenvolvimento de vegetação: são áreas denominadas como tipos de terreno. Entre
elas, enquadram-se os afloramentos contínuos de rochas, areias de praias, áreas
escavadas pelo homem, etc.
3.1.23.9 Tendo em vista que os laudos de avaliação feitos no EB são, em sua maioria,
para arrendamento, então não é necessário chegarmos ao detalhamento de subclasse, já
que um procedimento ainda pouco usual em avaliações de imóveis rurais e, também,
49/184
pelas dificuldades encontradas pelos avaliadores, pois sabemos da complexidade de uma
classificação, em especial, quando nos deparamos com áreas muito grandes em
diferentes regiões.
3.1.23.10 Destaca-se então, a importância de classificar apenas em classe de capacidade
de uso. Fica evidente que o valor da terra nua deve estar diretamente relacionado com o
aproveitamento permitido e a liberdade de uso que ela propicia ao proprietário. Isto
significa que, quanto maior o grau de aproveitamento, quanto mais intensivo e quanto
maior a gama de uso que o solo permite, maior deve ser o valor deste, em contrapartida,
quanto menor a liberdade, provavelmente, menor o seu valor.
3.1.23.11 A Figura 42 mostra exatamente que a classe de capacidade de uso I permite
qualquer tipo de uso sem limitações, enquanto que a classe de capacidade de uso VIII
não permite nenhum uso comercial e, ainda, possui severas limitações ao uso do solo.
50/184
3.1.23.13 O somatório das interpretações do levantamento fisco, literaturas consultadas e
os efeitos do clima, limitações de uso, capacidade produtiva, manejo e uso do solo nos
ajudaram a chegar com certa precisão a Classe de Capacidade de Uso. Destaca-se a
importância do livro do Dr. Hélio do Prado (Pedologia Fácil aplicações em solos tropicais),
utilizado para obter informações seguras.
3.1.23.14 Por isso, é indispensável que o avaliador faça uma inspeção pessoal da
propriedade e da região. Observamos com o trabalho que, para as interpretações do
avaliador, o solo não é o único fator ambiental considerado, necessita-se de analisar o
clima, a vegetação, declividade, cobertura vegetal, hidrologia e fatores socioeconômicos.
3.1.23.15 O ideal é que o avaliador tenha em mente sempre o seu propósito para que as
suas interpretações sejam de acordo com a vistoria realizada, de modo a atender suas
necessidades.
3.1.23.16 Para fins de arrendamento, o levantamento do meio físico, consulta a literatura,
clima e limitações de uso podem ajudar ao avaliador a chegar com certa precisão a
Classe de Capacidade de Uso.
3.1.23.17 Ainda sobre a obtenção das Classes de Capacidade de Uso dos Solos,
encontra-se no Anexo B o modelo de como é possível verificar as classes de um solo
conforme o livro do Dr. Helio do Prado. No exemplo, o livro mostra os passos a serem
seguidos: 1º - Mapa pedológico, 2º Mapa de declividade e com somatório desses dois
mapas será possível obter o Mapa de Capacidade de Uso do Solo.
51/184
3.2.3 As limitações ou problemas de manejo do solo são avaliados em função dos fatores
condicionadores do uso agrícola, definidos e caracterizados de acordo com critérios e
especificações técnicas adotadas no Manual para levantamento utilitário do meio físico e
classificação de terras no Sistema de Capacidade e Uso (Lepsch, 1991) e pelas normas
do Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos (EMBRAPA, 1988),
como descrito a seguir:
3.2.3.1 Fertilidade
O enquadramento das classes de fertilidade do solo devem ser baseadas nas análises
físicas e químicas do solo, além das literaturas dos órgãos oficiais da região.
3.2.3.2 Profundidade Efetiva
Refere-se aos níveis que as raízes das plantas conseguem penetrar livremente no solo,
sem encontrar obstáculos físicos e sendo capaz de absorver água e nutrientes. De
acordo com EMBRAPA (1999) e Lepsch (1991) serão considerados os seguintes níveis
de profundidade efetiva:
- Muito Profundo: a camada livre do solo tem profundidade superior a 2m.
- Profundo: a camada livre do solo tem profundidade entre 2m e 1m.
- Pouco Profundo: a camada livre do solo tem espessura variando entre 1m e 0,5m.
- Raso: a camada livre do solo possui espessura entre 0,5m e 0,25m.
- Muito Raso: a camada livre do solo tem espessura menor que 0,25m.
Classe Profundidade (m)
Muito Profundo > 2,00
Profundo 1,00 – 2,00
Pouco Profundo 0,50 – 1,00
Raso 0,25 - 0,50
Muito raso < 0,25
QUADRO 1: Classes de Profundidade Efetiva.
Fonte: Adaptado da Embrapa (1999) e Lepsch (1991).
52/184
b. Fortemente drenado: a água é removida rapidamente do solo; os solos com esta classe
de drenagem são muito porosos, de textura média a arenosa e bem permeáveis.
c. Acentuadamente drenado: a água é removida rapidamente do solo; os solos com esta
classe de drenagem são normalmente de textura arenosa a média, porém sempre muito
porosos e bem permeáveis.
d.Bem drenado: a água é removida do solo com facilidade, porém não rapidamente; os
solos com esta classe de drenagem comumente apresentam textura argilosa ou média,
não ocorrendo normalmente mosqueados de redução. Quando presente, o mosqueado é
profundo, localizando-se a mais de 150cm de profundidade e também a mais de 30cm do
topo do horizonte B ou do horizonte C se não existir B.
e. Moderadamente drenado: a água é removida do solo um tanto lentamente, de modo
que o perfi l permanece molhado por uma pequena, porém significativa parte do tempo.
Os solos com esta classe de drenagem comumente apresentam uma camada de
permeabilidade lenta no solum ou imediatamente abaixo dele. O lençol freático acha-se
imediatamente abaixo do solum ou afetando a parte inferior do horizonte B, por adição de
água através de translocação lateral interna ou alguma combinação dessas condições.
Podem apresentar mosqueados de redução na parte inferior do B, ou no topo deste,
associado à diferença textural acentuada entre A e B a qual se relaciona com condição
epiáquica.
f. Imperfeitamente drenado: a água é removida do solo lentamente, de tal modo que este
permanece molhado por período significativo, mas não durante a maior parte do ano. Os
solos com esta classe de drenagem comumente apresentam uma camada de
permeabilidade lenta no solum, lençol freático alto, adição de água através de
translocação lateral interna ou alguma combinação destas condições. Normalmente
apresentam algum mosqueado de redução no perfi l, notando-se na parte baixa indícios
de gleização.
g. Mal drenado: A água é removida tão lentamente do solo que este permanece molhado
por uma grande parte do ano. O lençol freático comumente está à superfície ou próximo,
durante uma considerável parte do ano. As condições de má drenagem são devidas ao
Lençol freático elevado, camada lentamente permeável no perfi l, adição de água através
de translocação lateral interna ou alguma combinação destas condições. É frequente a
ocorrência de mosqueado no perfi l e características de gleização.
h. Muito mal drenado: a água é removida do solo tão lentamente que o lençol freático
permanece à superfície ou próximo dela durante a maior parte do ano. Solos com
53/184
drenagem desta classe usualmente ocupam áreas planas ou depressões, onde há,
frequentemente, estagnação de água. Via de regra, são solos com gleização e
comumente horizonte turfoso pelo menos superficial.
3.2.3.4 Deflúvio Superficial
Trata da drenagem externa do solo, ou da habilidade de remoção pela superfície da água
recebida pelo solo. O deflúvio é representado pelas enxurradas e é referido em termos da
quantidade (volume) e velocidade destas. As situações desejáveis, quando se apresenta
o deflúvio superficial são: pequena quantidade e movimentação vagarosa pela superfície
do solo. O deflúvio está caracterizado de acordo com as seguintes classes:
a. Deflúvio muito lento: a água deixa a superfície do solo com movimento muito lento, em
virtude da presença de baixo gradiente, ou penetra e é transmitida em profundidade do
solo muito rapidamente. Estas condições ocorrem normalmente em terrenos planos ou
em terras de textura grosseira, com drenagem interna excessiva.
b. Deflúvio lento: a água deixa a superfície do solo com movimento lento, em virtude da
presença de baixo gradiente, ou penetra e é transmitida em profundidade no solo
rapidamente. Estas condições ocorrem normalmente em terrenos planos ou levemente
ondulados ou em terras de textura moderadamente grosseira, dotadas de boa drenagem
interna.
c. Deflúvio moderado: a água deixa a superfície do solo com velocidade que condiciona a
infiltração a quantidades moderadas. As perdas por deflúvio não afetam seriamente o
suprimento de água disponível no solo. Sob cultivos, os solos podem apresentar ligeira a
moderada erosão, proveniente do deflúvio.
d. Deflúvio rápido: grande porção de água que atinge a superfície do solo se perde por
deflúvio, enquanto pequena porção desta penetra no solo. Estes solos normalmente
declivosos possuem baixa capacidade de infiltração. Os perigos de erosão são
normalmente grandes.
e. Deflúvio muito rápido: uma porção muito grande da água que atinge a superfície do
solo é perdida por drenagem superficial na forma de enxurrada. Estes solos normalmente
possuem rampas muito inclinadas e os perigos de erosão são muito grandes.
3.2.3.5 Pedregosidade
A ocorrência de pedras na superfície do solo pode interferir nas operações agrícolas
mecanizadas. O critério para a avaliação da pedregosidade é a percentagem da área
coberta por pedras, descritas conforme QUADRO II a seguir:
54/184
Classe % da Área de Área Recoberta
Recobrimento
3.2.3.7 Declividade
As declividades de cada gleba são enquadradas dentro de determinados intervalos de
declividade, os quais definem as classes. O quadro IV apresenta as classes de
declividade com limites rígidos, cuja adoção é recomendada para os casos em que não se
dispõe de dados sobre a erosividade e a erodibilidade.
55/184
3.2.3.8 Erosão
Expressa o grau de desagregação e o arrastamento das partículas constituintes do solo,
pela ação da água em movimento resultante da precipitação. No campo, o técnico deverá
identificar e plotar no mapa suas principais formas de ocorrência, representadas pela
erosão laminar, em sulcos, voçorocas e acumulações encontradas.
a. Erosão laminar: é caracterizada pela espessura do horizonte A, devendo ser avaliada,
segundo os seguintes graus de limitação (Quadro V).
Classes de Erosão Laminar Espessura do Horizonte “A”
Não Aparente > 25cm de espessura
Laminar Ligeira >15cm<25cm
Laminar Moderada >5cm<15cm
Laminar Severa <5cm
Laminar Muito Severa sem horizonte A
QUADRO 5: Classes de erosão laminar
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.
56/184
3.2.3.9 Seca Edafológica
3.2.3.9.1 Este fator refere-se exclusivamente ao clima do solo. Ocorre em regiões cuja
estação seca ultrapassa quatro meses, mas normalmente só em locais bem drenados.
Solos situados em várzeas mesmo em regiões semiáridas podem não apresentar esse
fator, devido às condições ótimas de captação e retenção da água das chuvas e/ou pouca
profundidade do lençol freático. O balanço hídrico é um elemento que poderá auxiliar na
sua identificação. A seca prolongada, como fator limitante da terra, expressa a escassez
de água na região ocupada pelas raízes das plantas cultivadas, sendo consequência
tanto das propriedades do perfil do solo como do clima reinante da região.
3.2.3.9.2 Portanto, o balanço hídrico, elaborado a partir dos parâmetros climáticos, auxilia
na avaliação da quantidade de água presente no perfil dos solos em diferentes períodos
do ano, indicando a ocorrência ou não deste fator limitante da terra. Devem ser utilizados
os seguintes parâmetros do índice xerotérmico para caracterizar a seca edafológica
(Quadro 06).
Classe Parâmetros
Ligeira Terras localizadas em regiões com ligeira
limitação climática, que permitam o cultivo
de culturas anuais adaptadas, com
colheitas seguras e permanentes.
Curta Terras localizadas em regiões com
moderada limitação climática, que
permitam o cultivo de culturas anuais
adaptadas, com colheitas seguras e
permanentes.
Média Terras localizadas em regiões com risco
ocasional de seca prolongada em anos
muito secos, sendo necessária a irrigação.
Longa Terras localizadas em regiões com seca
muito prolongada que impeça o cultivo,
sendo imprescindível a irrigação.
Muito Longa Terras localizadas em regiões com seca
muito prolongada que impeça o cultivo,
sendo imprescindível a irrigação, esta,
porém , impraticável.
QUADRO 06 Parâmetros para caracterização da seca edafológica.
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.
3.2.3.10 Textura
3.2.3.10.1 O termo textura é empregado especificamente para a composição
granulométrica do solo (fração menor que 2mm de diâmetro). Normalmente expressa a
distribuição percentual das suas várias partículas constituintes, separadas por tamanho.
57/184
Fração Diâmetro (mm)
Argila < 0,002
Silte 0,002 - < 0,05
Areia fina 0,05 - < 0,2
Areia grossa 0,2 - < 2
QUADRO 07: Composição granulométrica do solo.
Fonte: Adaptado de LEPSCH, 1991.
58/184
3.3 CRITÉRIOS E OU VARIÁVEIS EMPREGADOS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
RURAIS
3.3.1 Como sabemos, para a avaliação de imóveis rurais é necessário que o avaliador
determine o valor de mercado do imóvel rural por meio do tratamento técnico dos
atributos dos elementos comparáveis, constituintes de uma amostra. Para isso, usamos
alguns critérios e ou variáveis que corroboram para transformar a propriedade amostral ou
avalianda em um elemento comparável, principalmente com outros elementos da mesma
região geoeconômica. Seguem alguns critérios e ou variáveis (Figura 44):
Situação/Acesso
Recursos Naturais
Imóvel Rural
Dimensão da área
Benfeitorias
59/184
estabelecer um valor relativo a cada classe de capacidade de uso, em ordem decrescente
às limitações de explorações rurais, capazes de refletir, com apreciável margem de
segurança a renda máxima possível da terra em cada uma das classes de capacidade de
uso dos solos.
3.3.3.2 Em consequência, o Engenheiro Agrônomo MENDES SOBRINHO (1966),
apresentou a Tabela 01 abaixo para mostrar o valor relativo à produção de arroz em
porcentagem.
TABELA 01: Capacidade de uso do solo e valor relativo de cada classe de capacidade de uso do
solo
60/184
TABELA 02: Valores médios percentuais em função das classes de capacidade e uso do solo.
Fonte: França (1983).
3.3.3.6 Uma das razões para as diferenças entre os diversos autores, segundo o
professor FRANÇA (1983), é a não consideração, por nenhum destes, das naturezas das
limitações, ou seja, das Subclasses de Capacidade de Uso. Outra razão seriam as
condições regionais próprias de cada estudo.
3.3.4 SITUAÇÃO/ACESSO
3.3.4.1 Situação ou localização é o segundo item mais comum que também exerce
influência significativa no valor da terra nua. A localização de um imóvel rural refere-se,
principalmente, à qualidade dos acessos e à proximidade dos mercados consumidores
dos produtos explorados LIMA (2005).
3.3.4.2 Da mesma forma que foi feita para a classe de capacidade de uso, diversos
autores estudaram o efeito da situação no rendimento líquido das culturas e este estudo
forma a base, atualmente, para a determinação dos fatores de situação.
3.3.4.3 As escalas de valores das terras com as vias de acesso são apresentadas na
Tabela 03, organizada pelo Engenheiro Hélio de Caires (1978), e sintetiza a solução
proposta pelo Engenheiro Octávio T. Mendes Sobrinho.
61/184
TABELA 03: Escala de valores de terras segundo a situação e viabilidade de circulação.
Fonte: Caires, 1978.
3.3.4.4 Atualmente, existe uma nova tabela de caracterização da situação do imóvel rural,
desenvolvida pelos técnicos do INCRA, em vigência desde 2007. Nesta tabela, os
técnicos do INCRA incorporaram ao elemento tipo de acesso, a questão do acesso fluvial,
muito importante em regiões mais remotas do país, muitas vezes sem nenhum tipo de
estrada Tabela 04.
62/184
TABELA 04: Situação do imóvel em relação à localização e acesso.
Fonte: INCRA (2007), Módulo III – Avaliação de Imóveis Rurais, adaptado de KOSMA (1986).
3.3.4.5 Assim, analisando-se as tabelas, pode-se concluir que o item a ser observado com
maior cuidado é o tipo de acesso, vindo num segundo plano à distância e a praticabilidade
destes acessos.
3.3.4.6 Desta forma, a classe de capacidade de uso e a situação podem ser consideradas
como as principais variáveis determinantes do valor da terra nua de um imóvel rural,
podendo então, relacioná-las num único quadro de dupla entrada. O Engenheiro
Agrônomo KOZMA (1984), baseando-se nos estudos de MENDES SOBRINHO (1966),
montou uma nova tabela, fazendo essa relação. (Classes de Capacidade de Uso com a
situação da propriedade, resultando disto, coeficientes para cada tipo de solo e situação).
3.3.4.7 Com isto, depois de determinado o valor da relação de uma CLASSE versus
determinada SITUAÇÃO de solo, por uma simples multiplicação, pode-se determinar o
índice agronômico (IA), que expressa o valor de uma determinada combinação de classe
da capacidade de uso e situação.
63/184
TABELA 05 - Fatores de ponderação na obtenção do valor das terras rústicas segundo a classe de
capacidade de uso e situação segundo KOZMA, 1984.
Fonte: KOZAMA, 1984.
TABELA 06: Fatores de ponderação na obtenção do valor das terras considerando a classe de
capacidade de uso e situação.
Fonte: INCRA (2006) – Módulo III – Avaliação de Imóveis Rurais, adaptado de FRANÇA (1983) e
citado por LIMA (2005).
64/184
3.3.4.10 Devemos sempre lembrar que estas tabelas, como já demonstrado, têm valores
diferentes, dependendo da região e da época em que foram realizadas, ou seja, não se
recomenda a adoção de nenhuma das tabelas listadas neste trabalho sem que antes seja
feita uma verificação prévia com dados de mercado, plenamente justificada, de que a
mesma retrata o funcionamento do mercado de terras agrícolas da região.
3.3.4.11 Da mesma forma, esta classificação de solos por capacidade de uso não implica
necessariamente a ocorrência de todas as classes em todas as regiões deste País, sendo
perfeitamente possível criar-se uma equação das classes apenas com aquelas mapeadas
no local analisado.
3.3.5 NOTA AGRONÔMICA (NA)
3.3.5.1 A Nota Agronômica é utilizada como um dos principais fatores na avaliação de
imóveis rurais. É um indicador do potencial de uso da propriedade, seja ela a avalianda ou
uma amostra, pois relaciona as áreas de cada classe de capacidade de uso dos solos da
propriedade com uma determinada nota agronômica (NA).
3.3.5.2 A nota agronômica (NA) é o fator resultante da combinação da classe de
capacidade de uso e da situação, podendo ser encontrado em qualquer uma das diversas
tabelas de homogeneização existentes. É de fundamental importância executar uma
criteriosa escolha da tabela de fator de ponderação a ser utilizada, pois o resultado final,
valor da terra nua (VTN), é diretamente afetado por esta decisão.
3.3.5.3 É importante destacar que antes de calcular a nota agronômica (NA) de qualquer
propriedade deve-se primeiramente efetuar uma visita ao imóvel para estabelecer quais
são as classes de capacidade de uso da propriedade, além de determinar qual a área de
cada uma destas classes.
3.3.5.4 Como bem definido no livro do Dr. Hélio do Prado, a composição da Capacidade
de Uso das Terras é obtida pelo mapa pedológico somado ao mapa de declividade.
3.3.5.5 De acordo com a Tabela 03 de “Escala de Valores de Terras Segundo a Situação
e a Viabilidade de Circulação,” do Eng. Octávio T. Mendes Sobrinho, o valor da escala em
porcentagem é obtido através da qualidade do acesso (situação) ao imóvel versus a
viabilidade de circulação.
3.3.5.6 Para o cálculo da Nota Agronômica utiliza-se o somatório do produto entre o
percentual de cada classe de capacidade de uso das terras existente no imóvel rural pelo
seu correspondente índice de correção indicado.
65/184
3.3.5.7 Observa-se que a nota agronômica é obtida pela conjunção de dois fatores de
homogeneização (terra x localização). Portanto, o avaliador poderá optar pela utilização
dos fatores conjugados (expressos na nota agronômica) ou isolados.
Valendo-se da fórmula da média ponderada pode-se determinar qual a nota agronômica
(NA) da propriedade.
3.3.5.8 Segue exemplo de cálculo para NA, retirado do Manual de Obtenção e Terras do
INCRA.
CAPÍTULO IV
PLANEJAMENTO E LEVANTAMENTO AMOSTRAL / DADOS
66/184
4.1.2 Com base nestas definições, é perceptível a importância de uma coleta de dados de
mercado bem feita, pois dela dependerá todo o resultado do valor do laudo de avaliação
de imóvel rural.
4.1.3 Diferentemente de imóveis urbanos, a quantidade de dados de imóveis rurais no
mercado anunciados é muito reduzida, principalmente quando se fala em valores de
arrendamento, tanto para pecuária quanto para agricultura. Por este motivo, destaca-se a
relevância em se planejar e dispor de um bom tempo para pesquisa e esgotar todas as
possibilidades de fontes de dados disponíveis na região, evitando assim a possibilidade
de retrabalho nesta fase de busca de informações (julga-se uma das fases que se deve
gastar mais tempo contabilizado no cronograma de elaboração de um laudo de avaliação
de imóvel rural).
4.1.4 Ratificando o que acabou de ser abordado sobre a coleta de dados, a ABNT NBR
14.653-1 traz a seguinte orientação:
“É recomendável que seja planejada com antecedência, tendo em vista: as
características do bem avaliando, disponibilidade de recursos, informações e
pesquisas anteriores, plantas e documentos, prazo de execução dos serviços,
enfim, tudo que possa esclarecer aspectos relevantes para a avaliação.”
67/184
(EMATER), Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural
(EMPAER), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Universidades, etc.
4.2.4 Apesar de aparentemente parecer que há uma grande quantidade de fonte de
informações, na coleta em campo nota-se que a quantidade de elementos que se
consegue levantar não é tão ampla. Por este motivo, um ponto a ser observado para a
coleta das informações (dados de imóveis rurais) é o fato da União ter acesso gratuito aos
documentos registrados em cartório de imóveis, conforme o Decreto-Lei nº 1.537, de 13
de abril de 1977, que isenta do pagamento de custas e emolumentos a prática de
quaisquer atos, pelos Ofícios e Cartórios de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e
Documentos e de Notas, relativos às solicitações feitas pela União.
"Art. 1º É isenta a União do pagamento de custas e emolumentos aos Ofícios e
Cartórios de Registro de Imóveis, com relação às transcrições, inscrições,
averbações e fornecimento de certidões relativas a quaisquer imóveis de sua
propriedade ou de seu interesse, ou que por ela venham a ser adquiridos.”
68/184
Na pesquisa para estimativa do valor de mercado, o que se pretende é a composição de
uma amostra representativa de dados de imóveis com características, tanto quanto
possível, semelhantes as do avaliando, usando-se toda a evidência disponível. Essa
etapa deve iniciar-se pela caracterização e delimitação do mercado em análise, com o
auxílio de teorias e conceitos existentes ou hipóteses advindas de experiências adquiridas
pelo avaliador sobre a formação do valor.
4.2.8 A estratégia de pesquisa refere-se à abrangência da amostragem e às técnicas a
serem utilizadas na coleta e análise dos dados, tais como a seleção e abordagem de
fontes de informação, além da escolha do tipo de análise (quantitativa ou qualitativa) e a
elaboração dos respectivos instrumentos para a coleta de dados (fichas, planilhas,
roteiros de entrevistas, entre outros).
4.2.9 No uso de dados que contenham opiniões subjetivas do informante, recomenda-se:
4.2.9.1 visitar cada imóvel tomado como referência, com o intuito de verificar todas as
informações de interesse;
4.2.9.2 atentar para os aspectos qualitativos e quantitativos; e
4.2.9.3 confrontar as informações das partes envolvidas, de forma a conferir maior
confiabilidade aos dados coletados.
4.2.10 Os dados de mercado devem ter suas características descritas pelo engenheiro de
avaliações até o grau de detalhamento que permita compará-los com o bem avaliando, de
acordo com as exigências dos graus de precisão e de fundamentação.
69/184
em muitas vezes não possuem o endereço completo ou mesmo correto do imóvel, ou que
não está devidamente cadastrado na base de sistema do INCRA, impossibilitando a
confirmação de sua localização, a dificuldade de contatar corretores dispostos a te
mostrar a propriedade (uma vez que não há interesse na negociação), dificuldade de
acesso por meio dos proprietários dos imóveis, inacessibilidade das estradas de acesso
ao imóvel (impossibilidade de trafegabilidade em todo período do ano, falta de
manutenção das vias de acesso ou acesso restrito por passagem interna a outras
propriedades particulares), veículo apropriado para utilização na vistoria (muitos lugares
precisam ser um veículo com tração 4x4), recurso financeiro para bancar os custos da
vistoria, todos esses fatores podem prejudicar significativamente o tempo do andamento e
a execução da avaliação.
4.3.3 Recomenda-se que o avaliador trabalhe com um GPS nessa fase de campo (coleta
de dados na região e vistoria dos imóveis – avaliando e dados de mercado); ele deve
deixá-lo ligado desde a saída para campo até o término do dia de trabalho, e registrar os
pontos relevantes por onde o avaliador passou, como as imobiliárias e locais de busca da
informação dos dados de mercado; nas vistorias às áreas de alteração de bioma,
identificação de recurso natural expressivo, passivo ambiental, alguma informação
considerável na trajetória do acesso aos imóveis que deva ser mencionada, dentre outros
aspectos que o avaliador julgar importante registrar no laudo de avaliação.
4.3.4 Juntamente com os pontos, é interessante que o avaliador anexe uma foto dos
registros observados, identificando o motivo de se destacar esse ponto, assim como
também anexar no laudo todo o trajeto feito na vistoria do avaliando, nas coletas de dados
e nas vistorias dos dados (caso haja necessidade). Encontra-se no Anexo C um exemplo
de mapa com o trajeto e os pontos relevantes e seus registros.
70/184
setor imobiliário avaliará o valor que o mercado local pratica para (arrendar ou vender,
depende da finalidade do laudo) a absorção do imóvel.
4.4.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA DE OPINIÃO
4.4.3.1 O ideal para a elaboração de uma pesquisa de opinião é produzir mais de um tipo
de imóvel paradigma, de forma que um dos imóveis seja a descrição do próprio avaliando,
e de preferência pelo menos mais dois que tenham alguma característica diferente do
avaliando que possa identificar qual atributo agrega ou desagrega valor ao imóvel, de
forma que se defina o justo valor de mercado do bem.
4.4.3.2 Após a elaboração das fichas de pesquisa de opinião, o avaliador deve coletar as
opiniões de profissionais que trabalhem diretamente com o setor imobiliário rural na
região onde o avaliando está inserido ou em regiões que tenham características
geoeconômicas semelhantes (mesma atividade econômica), preferencialmente de mesma
malha viária, sobre influência do mesmo centro consumidor e mesmo clima do bem
avaliando (essas regiões encontram-se geralmente caracterizadas por mapas elaboradas
pelo INCRA), desta forma cada fonte (profissional) responderá o valor que acredita ser
praticado na região para cada tipo de paradigma diferente criado e essa pesquisa deve
ser respondida por uma gama diversificada de fontes. No Anexo D encontra-se um
modelo de coleta de opinião de preços de imóveis rurais.
71/184
4.5.3 Após padronizar os diversos parâmetros descritos deve-se unificar a unidade de
valor que será considerada no laudo, alguns dados podem vir com a descrição em sacas
de produção por medida de área por ano (ex: KG de saca de soja/ha/ano), ou pelo valor
total em moeda vigente (ex: R$/ha), ou por unidade de produção animal por unidade de
área por ano (@ de boi/QS/ano), dentre outras definições de valor. Para este ajuste,
pode-se utilizar uma pesquisa da média de valor da atividade praticada no mercado
regional no mês em que se coletaram os dados, essa média deve ser retirada de fontes
confiáveis e diversificadas, de posse das informações necessárias faz-se a média dos
valores encontrados praticados transformando todos os valores dos dados em unidades
passíveis de comparação.
4.5.4 No que diz respeito ao valor, o item 7.7.1.2 da NBR 14.653-3 descreve que nos
casos de transformação de pagamento parcelado ou a prazo de um dado de mercado
para preço à vista, esta deve ser realizada com a adoção de uma taxa de desconto,
efetiva, líquida e representativa da média praticada pelo mercado, à data correspondente
a esse dado, discriminando a fonte.
CAPÍTULO V
METODOLOGIA RECOMENDADA PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
72/184
gama menor de dados de mercado efetivamente utilizados e possui fontes seguras de
estudo dos fatores relevantes para a composição do valor do imóvel.
5.1.3 A metodologia descrita neste caderno já existe, porém é direcionada para a
finalidade de venda (alienação); não se encontrou laudos de avaliação de imóveis rurais
pelo método comparativo direto de dados de mercado para a finalidade Arrendamento,
modalidade muito utilizada internamente nos imóveis jurisdicionados ao Exército Brasileiro
(EB). Por este motivo, fez-se necessária a criação de uma metodologia adaptada, que
atendesse todas as legislações e regulamentos externos e internos à Força, mas que
fosse compatível com a realidade diferenciada do mercado geral externo.
5.1.4 O método comparativo direto de dados de mercado não é a única metodologia que
pode ser utilizada para a avaliação dos imóveis rurais jurisdicionados ao EB, e caso o
avaliador julgue que outra metodologia seja mais apropriada para elaboração do laudo de
avaliação deve ser utilizado conforme sua escolha e justificado no corpo do laudo,
seguindo todos os preceitos das normas e legislações referentes ao tema de avaliação de
imóveis rurais.
5.1.5 Será apresentado resumidamente o que se entende por método comparativo direto
de dados de mercado, que é a metodologia que equipara os atributos de cada dado de
mercado coletado, de forma direta por meio de um tratamento técnico, com o objeto da
avaliação.
5.1.6 Essa comparação é feita através do levantamento das diversas características
(variáveis) que diferenciam um imóvel de outro, onde o avaliador deve ter conhecimento
suficiente para transformá-las em parâmetros numéricos passíveis de comparação com
menor grau de subjetividade possível.
5.1.7 O método comparativo direto de dados de mercado está bem fundamentado e
explicado no “Caderno de Instrução para Avaliação de Imóveis da União: Teoria e Prática”
da DPIMA, e pode ser consultado caso haja dúvidas em relação às definições da
metodologia. Abordaremos a seguir as diferenças aplicáveis à avaliação de imóveis rurais
e suas peculiaridades normativas.
73/184
entidades técnicas regionais reconhecidas, revisadas e especificar a região para a qual
são aplicáveis. Especifica também que a qualidade da amostra deve estar assegurada
quanto à identificação dos dados de mercado e das fontes, quantidade de dados de
mercado para enquadramento quanto à fundamentação e à semelhança com o avaliando,
além de descrever outras observações contidas no Anexo B da NBR 14.653-3.
5.2.2 No caso de utilização de Fatores de Homogeneização, recomenda-se que a
determinação destes tenha origem em estudos fundamentados estatisticamente e envolva
variáveis, como por exemplo, escalas de fatores de classes de capacidade de uso, fatores
de situação e recursos hídricos. Os dados básicos devem ser obtidos na mesma região
geoeconômica onde está localizado o imóvel avaliando e tratados conforme anexo B da
NBR 14.653-3.
5.2.3 Encontra-se no Manual de Avaliações de Imóveis do Patrimônio da União em seu
item 11.5. procedimentos para a aplicação do tratamento dos dados por fatores,
considerações sobre a utilização do procedimento, sobre os dados de mercado e sua
pontuação em relação às tabelas de fundamentação e precisão conforme a NBR 14.653-
3.
5.2.4 Para se escolher as variáveis, o avaliador tem que contar com sua experiência e
conhecimento da região. Serão sugeridas algumas das variáveis utilizadas e já
mencionadas no caderno que podem ser utilizadas como fatores, desde que atendam aos
preceitos da NBR 14.653-3, tais como:
- área;
- localização;
- culturas;
- recursos naturais;
- construções, instalações e edificações;
- terras;
- rebanhos; e
- máquinas.
5.2.5 Serão abordadas neste caderno as características que se apresentaram mais
significativas para os laudos de avaliação de imóveis rurais testados, além de serem as
mais indicadas nas diversas literaturas consultadas durante a elaboração do trabalho.
5.2.5.1 Fator de Elasticidade (fonte)
5.2.5.1.1 Relação média entre o valor transacionado e o valor ofertado, observada no
mercado imobiliário do qual faz parte o bem avaliando. Domingos afirma em seu livro que
74/184
este fator para imóveis rurais pode variar entre 20% a 40% a mais no valor médio dos
imóveis, dependendo da quantidade de ofertas na região. Para se considerar essa
variação o avaliador deve apresentar em seu laudo de avaliação um estudo
mercadológico que autentique o fato no mercado local.
5.2.5.1.2 Conforme o Manual de Obtenção de Terras e Perícia Judicial do INCRA e a
apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais dos Eng. Demétro e
Andrade, este distingue os valores dos dados de mercado obtidos, diferenciando-os entre
Ofertas, Negócios Realizados e Pesquisa de Opinião. Desta forma são considerados os
Negócios Realizados e as Pesquisas de Opinião como 100% do valor e as Ofertas são
consideradas como 90% do valor do imóvel, pois é considerado que 10% do valor total do
imóvel anunciado corresponde à margem de negociação entre o preço pedido e o
efetivamente transacionado.
5.2.5.1.3 Rossi em seu livro sobre avaliação de imóveis rurais recomenda que as opiniões
sejam solicitadas para imóveis, e não para terra nua, assemelhando a informação a uma
oferta. O avaliador deve atentar para essa recomendação, porém em casos onde não se
encontre dados ofertados ou negociados de terras, é possível a utilização destas
pesquisas e sugere-se utilizar com seu valor integral, não considerando-o como oferta,
pois para se considerar que em cima do valor opinado pelo profissional da área de
imóveis rurais há uma margem de negociação, será necessário que o avaliador faça um
estudo provando que é um índice verídico praticado na região.
5.2.5.2 Nota Agronômica
5.2.5.2.1 Como já exposto no caderno, a NA é um índice calculado de cada dado de
mercado e do avaliando, que leva em consideração quatro características (variáveis) de
cada imóvel. Este índice é utilizado como um dos principais fatores para a avaliação de
imóveis rurais.
Nota Agronômica (NA) = Capacidade de Uso (C.U) x Situação
5.2.5.2.2 Conforme descrito no livro de Prado, a composição da Capacidade de uso das
terras é obtida pelo mapa pedológico versus mapa de declividade.
5.2.5.2.3 De acordo com a Tabela de “Escala de Valores de Terras Segundo a Situação e
a Viabilidade de Circulação” do Eng. Octávio T. Mendes Sobrinho, o valor da escala em
porcentagem é obtido através da qualidade do acesso (situação) ao imóvel versus a
viabilidade de circulação.
75/184
5.3 DADOS SEMELHANTES
5.3.1 A primeira consideração a se fazer para que os dados sejam semelhantes é
descartar as propriedades que tenham atividades econômicas divergentes à do avaliando.
Após essa seleção, aplica-se o que se encontra na letra B1.2.1 no Anexo B da NBR
14.653-3:
“para a utilização deste tratamento, considera-se como dado de mercado com
atributos semelhantes aqueles em que cada um dos fatores de homogeneização,
calculados em relação ao avaliando, estejam contidos entre 0,50 a 1,50 para o
grau I de fundamentação ou entre 0,80 e 1,20 para graus II ou III de
fundamentação.”
Ou seja:
Grau de Fundamentação I
Fator mínimo dados = Fator avaliando * 0,50
Fator máximo dados = Fator avaliando * 1,50
Grau de Fundamentação II e III
Fator mínimo dados = Fator avaliando * 0,80
Fator máximo dados = Fator avaliando * 1,20
[VTI × (1 − fe )] − Vb
VTN =
At
Onde:
VTN = Valor da Terra Nua (R$/ha);
VTI = Valor Total do Imóvel;
fe = Fator de Elasticidade (para imóveis ofertados e negociados);
Vb = Valor da Benfeitoria; e
At = Área Total.
5.4.3 VALOR DA TERRA NUA INDEXADO
5.4.3.1 Após a realização das etapas anteriores: cálculo da nota agronômica, verificação
dos dados semelhantes, cálculo do valor da terra nua e todas as etapas de preparação
76/184
dos dados, o avaliador encontra-se apto a proceder à homogeneização do conjunto
amostral.
5.4.3.2 O resultado final destas etapas deve ser uma tabela ou figura contendo no mínimo
as seguintes informações: identificação do elemento, nota agronômica e valor da terra
nua, também pode incluir a nota agronômica da propriedade avalianda. Encontra-se no
Anexo E o modelo de tabela de informações dos imóveis rurais.
5.4.3.3 Estas informações são as necessárias para proceder à homogeneização do
conjunto amostral, que consiste na transposição de um provável valor determinado pela
amostra ao imóvel avaliando, resultando numa nova informação, denominada valor da
terra nua indexado (VTN indexado).
5.4.3.4 Adota-se um procedimento simples, para relacionar o valor da terra nua da
propriedade amostral com a determinação do valor da terra nua da propriedade avalianda,
onde a nota agronômica dos elementos é que possibilita a comparação.
5.4.3.5 Assim, cria-se para a propriedade avalianda um conjunto de valores denominados
de valor de terra nua indexado (VTN indexado), que será a base para o saneamento, ou
tratamento estatístico do conjunto amostral. A equação que se utiliza para isto está
descrita a seguir:
Onde:
= Valor da Terra Nua “ajustado”;
VTN indexado
VTN amostra = Valor da Terra Nua do dado;
NAav = Nota Agronômica do avaliando; e
= Nota Agronômica do dado.
NAamostra
77/184
onde se procuram elementos integrantes da amostragem que possuam desvios
acentuados em relação à média, procedimento através do qual se torna mais homogêneo
e confiável os dados saneados.
5.5.3 O saneamento destes dados poderá ser feito segundo quatro critérios, sendo que a
adoção de um ou outro critério dependerá dos objetivos e da metodologia utilizada na
coleta de dados. São critérios utilizados e aceitos para o saneamento amostral:
- critério da Média aritmética;
- critério do Desvio-padrão;
- critério de Chauvenet; e
- critério de Arley.
5.5.4 É importante enfatizar que os critérios de saneamento sempre devem ser aplicados
sobre os dados homogeneizados, nunca se deve aplicar um método de saneamento
sobre um conjunto de dados já saneado por qualquer outro critério.
5.5.5 Todo o conteúdo de explicação dos cálculos dos Critérios de Saneamento (itens
5.5.1 a 5.5.4 deste caderno) foram tirados da apostila de “Engenharia de Avaliações
Aplicadas a Imóveis Rurais” do Prof. Valdemar Antônio Demétro e Prof. Luis Augusto C.
Moura Andrade e foram descritos abaixo em sua íntegra.
5.5.6 CRITÉRIO DA MÉDIA ARITMÉTICA
5.5.6.1 Este critério consiste na definição de um limite inferior e outro superior para a
variação dos dados amostrais, devendo-se desconsiderar os valores que não se
encontram contidos neste intervalo estabelecido, que são dados considerados
discrepantes.
5.5.6.2 Descrição das etapas de cálculo:
5.5.6.2.1 Cálculo da média aritmética do conjunto amostral:
Onde:
xi = valor de um dado amostral;
n = número de elementos do conjunto amostral;
= média aritmética simples; e
xs = desvio-padrão.
78/184
5.5.6.2.3 Cálculo dos limites inferior e superior:
A definição dos limites leva em conta a média aritmética da amostra multiplicada por um
coeficiente de variação de 30% (trinta por cento) para menos e para mais.
Onde:
Liminf. = limite inferior do intervalo;
Limsup. = limite superior do intervalo; e
x = média aritmética simples.
Onde:
Liminf. = limite inferior do intervalo;
Limsup. = limite superior do intervalo;
= média aritmética simples; e
sx= desvio-padrão.
79/184
um novo conjunto amostral saneado, onde se calcula a média aritmética saneada ( s) e o
desvio-padrão saneado (ss), caso existir dados eliminados.
5.5.7.3 Assim como para o critério da média, este critério também é aplicado uma única
vez, sempre sobre os dados homogeneizados. Nunca se aplica qualquer critério de
saneamento sobre dados já saneados, sempre sobre os dados homogeneizados.
5.5.8 CRITÉRIO DE CHAUVENET
5.5.8.1 Neste critério, os limites são substituídos pelo cálculo do valor do d/s amostragem,
onde d representa a diferença entre o valor do VTNindexado de um elemento da amostra (xi)
e a média ( x
), expresso em valores absolutos (módulo), divididos pelo desvio-padrão (s),
para em seguida compará-lo com um “d/s crítico” tabelado.
Onde:
d/s = d/s;
xi = valor do elemento analisado;
x = média aritmética do conjunto amostral; e
s = desvio-padrão do conjunto amostral.
5.5.8.2 Neste método existe um pequeno macete que pode ser aplicado, trata-se do
cálculo de apenas o d/sinferior e o d/ssuperior. Neste caso o valor do elemento utilizado para
calcular o d/sinferior corresponde ao elemento que apresenta o menor valor do VTNindexado,
enquanto para o d/ssuperior utilizamos o elemento de maior valor do conjunto amostral.
5.5.8.3 Após a determinação dos limites inferior e superior, deve-se encontrar o valor do
d/scrítico, que é tabelado e varia em função do número de elementos do conjunto amostral
(n), conforme tabela a seguir.
80/184
5.5.8.4 No caso do número de elementos não constar na tabela de Chauvenet, calcular o
valor do d/scrítico por interpolação e achar o valor correspondente à quantidade de
elementos da amostra utilizada. Conforme Figura 46:
81/184
5.5.9 CRITÉRIO DE ARLEY
5.5.9.1 O critério de Arley possui a mesma metodologia do critério de Chauvenet, sendo o
termo d/s substituído por r. Assim, como no critério anterior, o valor de comparação “rcrítico”
é tabelado e para encontrá-lo deve-se proceder ao exame em uma tabela de dupla
entrada, em função de V (grau de liberdade) e α (nível).
5.5.9.2 O cálculo do r é idêntico ao cálculo do d/s, inclusive quanto à validade da dica
fornecida para o critério de Chauvenet.
Onde:
rinf. = limite inferior;
rsup. = limite superior;
xi = valor do elemento analisado;
= média aritmética do conjunto amostral; e
sx = desvio padrão do conjunto amostral.
TABELA 08 - Nível de α
Fonte: Apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais. Demétro & Andrade (2011).
82/184
TABELA 09 - Critério de Arley - “r” crítico
Fonte: Apostila de engenharia de avaliações aplicadas a imóveis rurais. Demétro &
Andrade (2011).
5.5.9.5 Assim como para o critério de Chauvenet, o teste é específico para cada
elemento, sendo usual testar as extremidades, ou seja, o maior e o menor elemento, caso
estes sejam inferiores ao rcrítico tabelado, não há necessidade de eliminar nenhum
elemento da amostragem, entretanto caso sejam maiores, deve-se eliminar ambos os
elementos, ou apenas o que for maior, preservando o de valor inferior.
5.5.9.6 Caso ocorra a eliminação de algum elemento, deve-se proceder a um novo
saneamento do conjunto amostral restante, pois este critério estabelece que sejam feitos
tantos procedimentos de saneamento até que não seja eliminada mais nenhuma amostra
após o procedimento de saneamento.
83/184
5.5.9.7 Igualmente ao critério anterior, no término do processo de saneamento deve-se
calcular a nova média saneada ( x s) e o novo desvio-padrão saneado (ss) do conjunto
amostral final.
Onde:
CA = campo de arbítrio; e
x san = média saneada.
Onde:
I.C.[µ] = intervalo de confiança para a média populacional ou verdadeira;
x s = média saneada;
t = percentil da distribuição de Student, com grau de liberdade (V = n-1) e 80% de confiança;
ss = desvio padrão saneado; e
ns = número de elementos do conjunto saneado.
84/184
5.7.4 Isto significa que com um coeficiente de confiança de 80% de certeza esse intervalo
calculado contém a média populacional ou verdadeira.
5.7.5 O valor de t, ou percentil da distribuição de Student, pode ser encontrada na tabela
a seguir, sendo estabelecido pela norma que devemos trabalhar com o nível de confiança
de 80%.
85/184
Grau de Precisão deve ser verificado na tabela que se encontra na NBR 14.653-3 e
indicado no laudo de avaliação (demonstrado no próximo capítulo).
5.8.2 Fórmula para o cálculo do Grau de Precisão:
ICsup . − ICinf .
Onde: GP =
x
GP = Grau de Precisão;
x = Média saneada.
Onde:
VTNavalianda = valor da terra nua da propriedade avalianda;
= média aritmética do conjunto amostral; e
x
At = área total da propriedade avalianda.
86/184
Onde:
Vfavalianda = valor final da propriedade avalianda;
VTN = valor da terra nua;
ΣVb = valor das benfeitorias; e
Vtpassivo = valor total dos passivos existentes para a propriedade avalianda.
87/184
CAPÍTULO VI
CRITÉRIOS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO RURAL
88/184
TABELA 11 – Tabela 2 da NBR 14.653-3 Pontuação para Fundamentação
"[...]
9.2.1 Os laudos de avaliação são classificados quanto à fundamentação nos graus
indicados na tabela 1, de acordo com a soma dos pontos em função das
informações apresentadas.
[...]"
89/184
TABELA 12 – Tabela 1 da NBR 14.653-3 Classificação de Fundamentação
90/184
TABELA 13 – Tabela 3 da NBR 14.653-3 Grau de Precisão
6.2.5 O avaliador pode utilizar desse recurso desde que consiga uma justificativa que
comprove o valor de relação entre venda e locação no mercado. O cálculo do índice
utilizado e sua fonte devem estar fundamentados adequadamente dentro do laudo de
avaliação.
6.2.6 De acordo com a IN, o conceito de locação é “contrato na qual o proprietário cede a
terceiros a posse de um imóvel para fins de utilização residencial ou comercial, por certo
tempo, mediante o pagamento de uma quantia mensal denominada aluguel.”. Isto posto,
se a finalidade definida conforme as Instruções do EB forem equivalentes à descrição na
Instrução Normativa da SPU, pode-se valer deste procedimento.
91/184
6.2.7 Conforme o Art. 47 o laudo de avaliação dos arrendamentos são obrigatórios.
“Os valores das locações e arrendamentos deverão ser fixados de acordo com o
mercado imobiliário local, por meio de laudo de avaliação.
§1º Para avaliação das locações de bens deverá ser utilizado o método
comparativo direto de dados de mercado locativo.
§2º Para avaliação dos arrendamentos de bens poderá ser utilizado o método da
renda.
§3º Mediante justificativa do avaliador poderá ser adotada outra metodologia
prevista na NBR 14.653 e suas partes.”
6.2.8 A IN permite que seja utilizada outra metodologia caso haja a exploração
agropecuária da terra:
“Art. 48 no caso de locações ou arrendamentos de imóveis rurais da União para
atividades agropecuárias, a avaliação poderá ser feita com base na renda, através
de pesquisa atualizada de preços obtidos pelas cotações da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária- EMBRAPA, Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural - EMATER ou outros órgãos especializados no assunto.”
6.2.9 O estudo de avaliação imobiliária pelo método da renda para imóveis rurais ainda
não foi explorado por ter uma série de implicações e levantamentos dos quais não fazem
parte do cunho comum das atividades exercidas no EB, porém é uma alternativa viável
prevista em norma que pode ser explorada.
CAPÍTULO VII
CONSIDERAÇÕES FINAIS
92/184
7.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
7.2.1 Dependendo da atividade que será exercida no avaliando, não se encontra no
mercado local dados compatíveis para comparação;
7.2.2 Imobiliárias que não possuem a informação de arrendamento de imóvel (em alguns
lugares essas informações são cobradas);
7.2.3 O valor dos contratos disponibilizados nos cartórios nem sempre são os valores
reais praticados;
7.2.4 O endereço registrado nos contratos dos dados coletados não são completos e a
vistoria dos mesmos é mais difícil, muitas vezes para se chegar a um imóvel é necessário
passar por dentro de outros imóveis e, chegando no avaliando, o proprietário não permite
a entrada do avaliador;
7.2.5 As informações encontradas nos contratos para pesquisa no Sistema de Gestão
Fundiária (SIGEF) muitas vezes não estão corretas;
7.2.6 Apoio logístico e financeiro para realização das vistorias (avaliando e dados) com
viatura, combustível e diárias;
7.2.7 Equipamento e operador para vistoria do imóvel via aérea (Drone);e
7.2.8 A norma 14.653-3 será atualizada e diminuirá para 50% a quantidade de pesquisa
de opinião que poderá ser utilizada no modelo adotado, o que prejudicaria ainda mais os
laudos de avaliação rural com finalidade de arrendamento, pela falta de dados
disponíveis.
93/184
avaliador conhece a região, facilita o trabalho otimizando seu tempo em caracterização do
imóvel e busca de dados de mercado, trazendo mais segurança para qualidade do laudo
apresentado;
7.3.4 Não foi encontrado profissional que faça laudos de avaliação de imóvel rural com a
finalidade arrendamento, todos encontrados elaboravam laudo de avaliação de imóvel
rural para venda (finalidade mais fácil de conseguir dados para comparação), por este
motivo foi difícil encontrar algo que norteasse a metodologia a ser utilizada e que melhor
se adequasse à região;
7.3.5 Grande dificuldade de acesso para a vistoria dos dados; e
7.3.6 Equívoco - no laudo de Amambai usamos o termo Nota Agronômica. mas na
verdade deveríamos ter usado o termo Classe de Capacidade do Uso do Solo, que foi o
fator utilizado para elaboração do laudo. Como não havia a informação da situação de
todos os dados amostrais, não foi possível utilizar a NA. com fator para o cálculo do valor
do laudo.
94/184
ANEXO A
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
Nome da OM por extenso
(Denominação Histórica da OM)
ÁREA DO IMÓVEL:
NOCAD – XXXX,XX m²
FINALIDADE:
NOCAD
Mínimo = R$ XXX,XX
Médio = R$ XXX,XX
Máximo = R$ XXX,XX
95/184
ANEXO A
Cidade UF
Objetivo da Avaliação
Finalidade da Avaliação
Solicitante
Responsável Administrativo
_____________assinatura____________
NOME AVALIADOR – POSTO
FORMAÇÃO – CREA
96/184
Continuação do ANEXO A
1. IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE
2. FINALIDADE DO LAUDO
Fornecer ao solicitante o valor referente ao arrendamento dos imóveis para exploração pecuária, conforme
os preços contemporâneos praticados no mercado local.
3. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
O objetivo da avaliação é calcular, através do método comparativo direto de dados de mercado com
tratamento por fatores, os valores mínimos, médios e máximos referentes ao arrendamento do imóvel em
questão para exploração pecuária. (texto sugerido)
97/184
Continuação do ANEXO A
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-MT), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal
(IAGRO), Universidade do Estado do Mato Grosso (UEMT), cartórios de imóveis, imobiliárias, escritórios de
contabilidade e corretores de gado.
Os valores encontrados nos contratos de arrendamento adquiridos nos Cartórios de Imóveis e que foram
usados como dados coletados encontram-se em diferentes unidades indexadas a formas de negociação
locais, tais como arrobas de boi, o que exigiu dos avaliadores atenção a transformações em real como
moeda de referência. É necessária a leitura minuciosa de contratos, uma vez que pontos como o número
máximo de cabeças de gado por hectare devem ser obedecidos a fim de que a área seja manejada de
modo a não causar o desgaste/esgotamento do solo.
98/184
Continuação do ANEXO A
6.10 BENFEITORIAS
Descrever as que serão afetadas.
7. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA
O presente trabalho foi elaborado de acordo com as normas abaixo descritas:
NBR 14.653-1/2001 - Avaliação de Bens. Parte 1: Procedimentos Gerais.
NBR 14.653-2/2011 - Avaliação de Bens. Parte 2: Imóveis Urbanos.
NBR 14.653-3/2004 - Avaliação de Bens. Parte 3: Imóveis Rurais.
IN SPU Nº 5, de 28 de novembro de 2018.
Além disso, foi utilizado como referencial teórico:
LIMA, M. R. C. Avaliação de propriedades rurais: manual básico. 3 ed., Ed. LEUD, 2011.
MARTINS, D. M. Imóveis rurais: Como classificar e avaliar propriedades rurais. 1 ed., Ed. Aprender fácil,
2014.
SANTOS, H.G et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3 ed.rev. amp. - Brasília, DF: Embrapa,
2013. 353p.
LEPSCH, I. F et al. Manual para levantamento utilitário e classificação de terras no sistema de capacidade
de uso - Viçosa, MG: SBCS, 2015. 170p.
PRADO, HÉLIO do. Pedologia fácil:aplicações em solos tropicais / Hélio do Prado, 5 ed, Piracicaba: O
Autor, 2016. 271p.
Manual de Obtenção de Terras e Perícias Judicial. Aprovado pela Norma de Execução INCRA / DT n º52,
de 25 de outubro de 2006.
DEMÉTRO, V.A. & ANDRADE, L.A.C.M. Engenharia de Avaliações Aplicadas a Imóveis Rurais. Piracicaba,
2011.
Caderno de instrução para a avaliação de imóveis da união: teoria e prática. 2017. MINISTÉRIO DA
DEFESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO/DIRETORIA
DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO E MEIO AMBIENTE.
8. DIAGNÓSTICO DE MERCADO
8.1 PESQUISA
Foram coletados dados em várias fontes no município de Amambai/MS:
Sindicato Rural;
Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão rural (AGRAER);
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER);
Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão rural (EMPAER);
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO);
Universidades de Agronomia;
99/184
Continuação do ANEXO A
Cartórios de imóveis;
Imobiliárias;
Escritórios de Contabilidade; e
Corretores de animais.
Para o levantamento das variáveis, foram consideradas características que influenciam o valor de
comercialização em relação às áreas a serem ofertadas em contratos de arrendamento para exploração
pecuária na região de Amambai, conforme indicado na Ficha de Vistoria e nas Fichas de Pesquisa de
Opinião constantes no ANEXO III. No ANEXO IV, são apresentados os dados coletados, enquanto uma
tabela resumo dos dados consta no ANEXO V.
9.METODOLOGIA APLICADA
9.1 MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE DADOS DE MERCADO
Foi utilizado o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado (MCDDM) aplicando o tratamento por
fatores. Vale ressaltar que a inexistência de dados sólidos suficientemente semelhantes ao avaliando para a
finalidade de arrendamento foi efetivamente um óbice, o que obrigou a equipe de avaliadores a buscar
informações de imóveis em municípios próximos a Amambai/MS, atentando às peculiaridades inerentes aos
seus respectivos locais. Com tal procedimento, visando a atingir um maior grau de objetividade, reduzindo a
subjetividade ao máximo, obteve-se o valor por hectare ao ano (R$/ha/ano) a ser ofertado para o
arrendamento do imóvel em questão para exploração pecuária.
100/184
Continuação do ANEXO A
dado, pois relaciona as áreas de cada classe de capacidade de uso dos solos e sua respectiva área dentro
da própria propriedade. Esta variável foi escolhida, pois, conforme o livro de “Avaliação de Propriedades
Rurais”, 3ª Edição do Marcelo Rossi de Camargo Lima, é considerado um dos principais fatores que
influenciam diretamente no valor do imóvel rural, e aplicados os valores de cada classe da tabela de
capacidade de uso do solo (segundo Mendes Sobrinho, descrito no mesmo livro) é possível se aferir um
valor de comparação correlacionado diretamente aos valores das propriedades, atendendo assim o que
indica o anexo B da Norma ABNT 14.653-3.
Para este laudo de avaliação, foi utilizada a CCU conforme o mapa de solos fornecido pela EMBRAPA e o
relevo pelas imagens de altimetria fornecidas pelo INPE e transformadas em linhas de declividade no QGis,
conforme orientações descritas no manual de Elaboração de Mapas Temáticos no Quantum GIS do INCRA.
101/184
Continuação do ANEXO A
FOTO
102/184
Continuação do ANEXO A
103/184
Continuação do ANEXO A
9.6.2 HOMOGENEIZAÇÃO
Conforme a letra B1.2.2 no Anexo B da NBR 14.653-3, o preço homogeneizado de cada dado amostral,
resultado da aplicação de todos os fatores de homogeneização, deve estar contido no intervalo de 0,50 a
1,50, em relação ao preço observado no mercado.
Para a homogeneização dos dados é necessário calcular o Valor de Terra Nua da amostra, este cálculo se
dá pela fórmula:
[VTI × (1 − fe )] − Vb
VTN =
At
Onde:
VTN – Valor da Terra Nua;
VTI – Valor Total do Imóvel;
104/184
Continuação do ANEXO A
VTNamostra
– Valor da Terra Nua do dado;
NAav
– Nota Agronômica do avaliando; e
NAamostra
– Nota Agronômica do dado.
De acordo com os cálculos efetuados para os imóveis, obtivemos as seguintes tabelas:
105/184
Continuação do ANEXO A
9.6.2.1.1 Média
Fórmula para o cálculo da média:
n
∑x i
x= i =1
n
106/184
Continuação do ANEXO A
Onde:
x - Média;
n
∑x
i =1
i
- Somatório dos valores dos imóveis coletados; e
n – Quantidade de dados coletados.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;
2) calcular o intervalo de variação dos dados, sabendo que o critério da média, aceita uma variação dos
dados ([Lim. inf. ;Lim. sup.]) em torno do valor central da estimativa (média), de mais ou menos 30 por
cento;
Liminf . = x × 0,70
Limsup . = x × 1,30
Onde:
Liminf .
– Limite inferior;
Limsup .
– Limite superior; e
x – média calculada.
3) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor indexado das amostras com o
intervalo, toda vez que o valor for inferior ou superior aos limites do intervalo o dado é discrepante
(eliminado), sempre que estiver dentro do intervalo, o dado é válido; e
4) Se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do
conjunto saneado.
No caso dos avaliandos, neste critério, dos valores da amostra, somente 13 dados conseguiram
ficar entre o intervalo de valor calculado para o Imóvel NOCAD, conforme mostra as tabelas abaixo:
107/184
Continuação do ANEXO A
∑ (x − x )
n
2
i
s= i =1
n −1
Onde:
s – desvio padrão;
xi
– valor da terra nua do dado;
x – média;
∑ (x )
n
2
i −x
i =1 – somatório da diferença entre os valores de terra nua dos dados e a média calculada elevado
ao quadrado; e
n – quantidade de dados.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;
108/184
Continuação do ANEXO A
2) calcular o intervalo de variação dos dados, sabendo que o critério do desvio-padrão, aceita uma variação
dos dados ([Lim. inf. ;Lim. sup.]) em torno do valor central da estimativa (média), de mais ou menos o
desvio-padrão;
Liminf . = x − s
Limsup . = x + s
Onde:
Liminf .
– Limite inferior;
Limsup .
– Limite superior;
x – média calculada; e
s – desvio padrão do dado.
3) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor indexado das amostras com o intervalo,
toda vez que o valor for inferior ou superior aos limites do intervalo o dado é discrepante (eliminado),
sempre que estiver dentro do intervalo, o dado é válido; e
4) se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do
conjunto saneado.
109/184
Continuação do ANEXO A
No caso dos avaliandos, neste critério, 16 dados conseguiram passar pelo intervalo para o Imóvel, conforme
mostra as tabelas abaixo:
9.6.2.1.3 Chauvenet
Fórmula para o cálculo do critério de Chauvenet:
xi − x
d/s=
s
Onde:
d / s – critério de Chauvenet;
xi
– valor da terra nua do dado;
x – média; e
s – desvio padrão.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
110/184
Continuação do ANEXO A
9.6.2.1.4 Arley
A Fórmula para o cálculo do critério de Arley:
xi − x
r=
s
111/184
Continuação do ANEXO A
Onde:
r – critério de Arley;
xi
– valor da terra nua do dado;
x – média; e
s – desvio padrão.
Para utilização deste critério deve-se seguir os devidos passos abaixo:
1) calcular a média, o desvio-padrão e o número de elementos do conjunto semelhante;
2) calcular o coeficiente de Arley (r) para cada um dos elementos amostrais;
3) buscar na tabela de Arley o valor do nível de significância (α) dado em função do número de elementos
(n). Na tabela 20, com o α e o grau de liberdade (V=n-2) encontrar o coeficiente r crítico;
4) REGRA DO SANEAMENTO DO CRITÉRIO: comparar o valor do r crítico com o valor do r calculado,
sempre que o valor calculado for maior do que o crítico o dado está eliminado, caso seja menor ou igual o
dado é válido;
5) se houver dados eliminados, recalcular a nova média, desvio-padrão e número de elementos do conjunto
saneado; e
6) havendo dados eliminados reaplicar novamente o critério, até que não haja mais eliminação de dados.
No caso do imóvel MS 09-0001, todos os 21 dados de mercado passaram pelo critério, conforme pode-se
observar nas tabela abaixo:
112/184
Continuação do ANEXO A
(
CAsup . = x san. × 1,10 )
Onde:
CAinf .
– Campo de Arbítrio inferior;
CAsup .
– Campo de Arbítrio superior; e
113/184
Continuação do ANEXO A
Imóvel NOCAD
s
I .C.[µ ] = x san. ± t × s
ns
Onde:
Imóvel NOCAD
114/184
Continuação do ANEXO A
115/184
Continuação do ANEXO A
5
Critério adotado para Como variável, NBR
Por caderno de
5 avaliar produções Conforme em 10.3 conforme 14.653-3
preços item
vegetais anexo A
9.2.3.9
Apresentação do Laudo,
6 Completo Simplificado 16
conforme seção 11
Utilização do método Tratamento científico, Tratamento por
Outros
7 comparativo direto de conforme 7.7.3 e fatores, conforme 12
tratamentos
dados de mercado anexo A em 7.7.2 e anexo B
Fotográfica 0
Identificação de dados Coordenadas Roteiro de acesso
8
amostrais geodésicas ou ou croqui de 2
geográficas localização
Documentação do Fotográfica
avaliando que permita Coordenadas
9 Croqui de 8
sua identificação e geodésicas ou
localização
localização geográficas
Certidão dominial
Documentação do atualizada
imóvel avaliando Levantamento
10 Levantamento 4
apresentada pelo topográfico
topográfico
contratante refere-se a planimétrico de
planimétrico
acordo com as normas
SOMATÓRIO 85
116/184
Continuação do ANEXO A
117/184
Continuação do ANEXO A
_____________assinatura____________
NOME AVALIADOR – POSTO
FORMAÇÃO–CREA
118/184
Continuação do ANEXO A
Anexo I
119/184
Continuação do ANEXO A
Anexo II
120/184
Continuação do ANEXO A
Anexo III
DADOS DA MOSTRA
121/184
Continuação do ANEXO A
Anexo III
DADO 01
Nº PLN ORIGINAL - 1
PROPRIEDADE
Nº INCRA
Nº MATRÍCULA
MUNICÍPIO
VOCAÇÃO
ÁREA TOTAL
ÁREA ARRENDADA
PERÍODO DO CONTRATO
CLASSES DE SOLO
NA
VALOR UNITÁRIO (HA/ANO)
VALOR TOTAL (ANO)
DADO UTILIZADO
122/184
Continuação do ANEXO A
Anexo III
AMOSTRA
VARIÁVEIS VARIÁVEL
INDEPENDENTES DEPENDENTE DATA DA PESQUISA
Item PROPRIEDADE REGISTRO FONTE VOCAÇÃO MUNICÍPIO
VALOR TOTAL
ÁREA (m²) NA
(R$/ANO)
1 FAZ. SÃO SEBASTIÃO 4 1047,000 55,797 35.000,00 7/01/18 A 17/01/18
2 FAZ. MANANCIAL 4 545,000 75,000 27.000,00 7/01/18 A 17/01/18
3 FAZ. SÃO LUIZ 4 1437,617 - 223.200,75 7/01/18 A 17/01/18
4 FAZ. SANGA MOROTIN 3 146,540 79,619 137.505,63 7/01/18 A 17/01/18
5 FAZ. SOL NASCENTE 4 621,001 - 99.600,00 7/01/18 A 17/01/18
6 MS 09-0001 4 230,000 73,700 19.607,04 7/01/18 A 17/01/18
7 FAZ. IMBÚ 3 1823,000 - 186.000,00 7/01/18 A 17/01/18
8 4 57,953
FAZ MONTE SION 2274,000 18.770,61 7/01/18 A 17/01/18
240,00
9 S/ÁREA
ASTETE (CONTABILIDADE) 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
300,00
10 S/ÁREA
ASTETE (CONTABILIDADE) 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
234,81
11 S/ÁREA
NELSON JARA 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
234,81
12 S/ÁREA
NELSON JARA 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
180,00
13 S/ÁREA
HUMBERTO PEREIRA CHAVES 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
312,00
14 S/ÁREA
ADIB RESENDE 4 PESQ. OP. ANO/HA 7/01/18 A 17/01/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores
123/186
Continuação do ANEXO A
Anexo III
360,00
15 S/ÁREA
ADIB RESENDE 4 PESQ. OP. ANO/HÁ 7/01/18 A 17/01/18
4/06/2018 A
*16 75,000
SÍTIO NOVA ESPERANÇA 4 74,000 22.160,00 8/06/18
4/06/2018 A
17 55,000
FAZ. SANGA PRETA PARTE II 4 47,440 3.600,00 8/06/18
4/06/2018 A
18 -
FAZ. SANTO ANTÔNIO 4 157,300 30.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
19 60,889
FAZ. STA MARIA 8 ANOS 3 171,820 84.512,19 8/06/18
4/06/2018 A
20 57,091
FAZ. STA MARIA 6 ANOS 3 484,000 296.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
21 58,144
FAZ. STA MARIA 8 ANOS 3 321,860 90.814,30 8/06/18
4/06/2018 A
22 75,000
FAZ. MUNDO NOVO, PARTE C2 4 484,000 88.339,22 8/06/18
4/06/2018 A
23 -
FAZ. SANTA CLARA 4 1860,800 192.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
24 75,000
FAZ. AGROPECUÁRIA CRIOULO 4 1185,800 703.200,00 8/06/18
4/06/2018 A
25 -
FAZ. BOM RECREIO 4 60,000 10.800,00 8/06/18
4/06/2018 A
26 -
FAZ. ESMERALDA 4 291,916 547.861,38 8/06/18
4/06/2018 A
27 65,365
FAZ. PALMEIRA PARTE 2 3 358,000 340.898,51 8/06/18
4/06/2018 A
28 -
FAZ. RETIRO DO SOSSEGO 4 900,000 126.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
29 -
FAZ. SÃO CARLOS 4 350,000 98.532,00 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores
124/184
Continuação do ANEXO A
Anexo III
4/06/2018 A
30 75,000
FAZ. SERTÃOZINHO 3 4312,000 22.974.336,00 8/06/18
4/06/2018 A
31 -
CHÁCARA 38 3 5,000 5.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
32 75,000
LAGOA DOURADA 4 100,000 20.400,00 8/06/18
4/06/2018 A
*33 55,000
FAZ. PALMEIRA I 4 50,000 12.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
*34 55,000
FAZ. PALMEIRA 6 120,000 24.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
35 -
FAZ. SAPUCAIA 4 120,000 109.480,00 8/06/18
4/06/2018 A
36 -
FAZ. OURO VERDE 6 208,923 40.000,00 8/06/18
4/06/2018 A
*37 73,262
SAMUEL PARESA FILHO 4 275,620 51.959,88 8/06/18
4/06/2018 A
*38 73,262
SÉRGIO COSTA CURTA 4 275,620 57.880,20 8/06/18
4/06/2018 A
*39 73,262
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 275,620 62.841,36 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*40 73,262
NETO 4 275,620 66.148,80 8/06/18
4/06/2018 A
*41 73,262
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 4 275,620 82.686,00 8/06/18
4/06/2018 A
*42 62,292
SÉRGIO COSTA CURTA 4 15,533 4.605,45 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*43 62,292
NETO 4 15,533 4.605,45 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores
125/184
Continuação do ANEXO A
Anexo III
4/06/2018 A
*44 62,292
SAMUEL PARESA FILHO 4 15,533 4.605,45 8/06/18
4/06/2018 A
45 62,292
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 15,533 6.908,18 8/06/18
4/06/2018 A
46 62,292
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 4 15,533 8.324,81 8/06/18
4/06/2018 A
47 62,292
SAMUEL PARESA FILHO 3 15,533 12.895,26 8/06/18
4/06/2018 A
48 62,292
CICERO ANTONIO DOS SANTOS 3 15,533 13.969,87 8/06/18
4/06/2018 A
49 62,292
ROGÉRIO ORTONCELLI 3 15,533 37.856,80 8/06/18
4/06/2018 A
*50 61,039
SÉRGIO COSTA CURTA 4 66,796 14.027,16 8/06/18
4/06/2018 A
*51 61,039
ROGÉRIO ORTONCELLI 4 66,796 15.229,49 8/06/18
4/06/2018 A
*52 61,039
SAMUEL PARESA FILHO 4 66,796 15.229,49 8/06/18
DONEVILLE PEREIRA DOS SANTOS 4/06/2018 A
*53 61,039
NETO 4 66,796 16.031,04 8/06/18
* Dados que foram utilizados no Modelo de homogeneização de fatores
126/184
Continuação do ANEXO A
Anexo IV
127/184
Continuação do ANEXO A
Anexo V
128/184
Continuação do ANEXO A
Anexo VI
129/184
ANEXO B
130/184
ANEXO C
131/184
ANEXO D
FICHA DE VISTORIA
Nº
PROPRIEDADE
FONTE (CONTATO)
ENDEREÇO
DATA PESQUISA
BENFEITORIAS (qtd)
CASA PRINCIPAL (dic)
CASA SECUNDÁRIA (dic)
MANGUEIRA (dic)
GALPÃO/SILO/ARMAZÉM
(dic)
CERCA (dic)
SIST IRRIGAÇÃO (dic)
ENERGIA ELÉTRICA (dic)
RELEVO (cod aloc)
ACESSO (km)
VIABILIDADE DE
CIRCULAÇÃO (cod aloc)
POSSIBILIDADE DE
RECURSOS HÍDRICOS
(dicotomica)
TIPO DE PASTO
(dicotômica - formado?)
usar se for o caso
RECURSOS NATURAIS
(cod aloc) tirar
FONTE DOS DADOS
(cod aloc)
VOCAÇÃO (cod aloc)
ÁREA TOTAL (ha)
NOTA AGRONÕMICA (num)
ÍNDI
ÁREA1 CLASSE1 ÁREA2 CLASSE2 ÁREA3 CLASSE3 ÁREA4 CLASSE4 CE
VALOR (QTD)
FOTO
132/184
ANEXO E
133/184
ANEXO F
PESQUISA DE OPINIÃO
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
Caro(a) Senhor(a),
2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Localiza-se em área rural do município de Amambai-MS. Tem seu acesso
principal a partir do centro de Amambai, seguindo-se por 7,0 Km pela rodovia MS-386 (Estrada Pará Iguatemi) até o
entroncamento com a rodovia MS-289. Segue-se essa rodovia por mais 3,7 Km até a estrada de acesso ao imóvel. Daí, por
mais 600 metros, até a entrada principal do imóvel. Qualidade do Acesso: Muito Bom.
3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos,
friáveis e de fácil preparo.
Solos: Latossolo vermelho (Classe LRa2) com fertilidade de média a alta e Latossolo vermelho distrófico (Classe LEa11)
com fertilidade de média a alta.
4. AGUADAS:
O córrego Pontei é limite nordeste da propriedade.
5. USO ATUAL:
6. BENFEITORIAS:
Estradas internas são parte em leito natural e parte com revestimento primário. Possui cercamento com 5 fios e mourões de
madeira tratada.
Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________
Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________
Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________
________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR.
PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________
OBS: utilizou-se como referência 251,675 ha com Classe III de solo e com
declividade de 5%, o restante dos 23,945 ha com Classe IV de solo e com
declividade de 10%.
134/184
Continuação do ANEXO F
PESQUISA DE OPINIÃO
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
Caro(a) Senhor(a),
CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL
2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Imóvel MS 09-0002, localiza-se em área rural do município de Amambai-MS.
Tem seu acesso principal a partir do centro de Amambai, seguindo-se por 3,5 Km pela rodovia MS-386 (Estrada Pará
Iguatemi) até o entroncamento com a rua Duque de Caxias. Segue-se essa rua por mais 1,3 Km até um corredor público.
Daí, por mais 1,7 km, até a entrada principal do imóvel, entre as chácaras 249 e 251. Qualidade do Acesso: Muito Bom.
3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos,
friáveis e de fácil preparo.
Solos: Latossolo vermelho (Classe LRd7) com fertilidade de média a alta e Latossolo vermelho distrófico (Classe LEa11)
com fertilidade de média a alta.
4. AGUADAS:
O córrego Panduí secciona o imóvel, na porção noroeste, em duas parcelas.
5. USO ATUAL:
6. BENFEITORIAS:
Possui cercamento com 5 fios e mourões de madeira tratada.
Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________
Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________
Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________
________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR
PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________
OBS: utilizou-se como referência 5,663 ha com Classe III de solo e com
declividade de 5%, o restante dos 9,87 ha com Classe IV de solo e com
declividade de 10%.
135/184
Continuação do ANEXO F
PESQUISA DE OPINIÃO
IMAGEM 03: Ficha de pesquisa de opinião para um imóvel paradigma de 66,796 ha.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
Caro(a) Senhor(a),
2. DISTÂNCIA, LOCALIZAÇÃO E ACESSO: Localiza-se em área rural do município de Coronel Sapucaia-MS. Tem seu
acesso principal a partir do centro (prefeitura) de Cel Sapucaia, seguindo em direção à Amambai por 3,3 Km pela rodovia
MS-289, vira-se a direita na estrada de acesso não pavimentada por 1,1 Km onde se encontra a porteira de acesso da área
a ser arrendada. Qualidade do Acesso: Ótimo.
3. TERRENO:
Relevo: Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 5%, o
que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis e de fácil preparo. Vegetação de
diferentes tamanhos com pastagens não formadas e características de vegetação nativa.
Solos: Neossolo Quartzarênico (Classe AQa1) com baixa disponibilidade de nutrientes, excesso de alumínio e Argissolo
Vermelho-Amarelo (Classe PEe4) com baixa disponibilidade de nutrientes e excesso de alumínio.
4. AGUADAS:
Possui dois pontos de nascente, com cursos d´água aparentemente permanente e uma pequena contenção.
5. USO ATUAL:
6. BENFEITORIAS:
Estradas internas são em leito natural. Possui cercamento externo com 5 fios e mourões de madeira não tratada.
Nome do colaborador:________________________________________CPF:______________________
Endereço:_____________________________________________Nº______Bairro:__________________
Cidade/UF:_______________________________________________Fone:(____)_______________
________________________________________________
ASSINATURA DO COLABORADOR.
PESQUISADORES:____________________________ e ______________________________
136/184
ANEXO G
137/184
ANEXO H
138/184
Continuação do ANEXO H
139/184
Continuação do ANEXO H
140/184
Continuação do ANEXO H
141/184
Continuação do ANEXO H
142/184
Continuação do ANEXO H
143/184
Continuação do ANEXO H
144/184
Continuação do ANEXO H
145/184
Continuação do ANEXO H
146/184
Continuação do ANEXO H
147/184
Continuação do ANEXO H
148/184
Continuação do ANEXO H
149/184
Continuação do ANEXO H
150/184
Continuação do ANEXO H
151/184
Continuação do ANEXO H
152/184
Continuação do ANEXO H
153/184
Continuação do ANEXO H
154/184
APÊNDICE AO ANEXO H
Line1:
n_dados = CInt(ComboBox3.Value)
'***********************************************************************************************
Dim i, r As Integer
i=0
For i = 0 To n_dados - 1
k1(i) = Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(i + 6, 20).Value
Next
155/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
r=0
MsgBox "Os valores das notas agronômicas dos meus dados são: " & vbNewLine & msg1
'***********************************************************************************************
Dim p, n, l As Integer
Dim c As Single
c = Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(5, 20).Value
156/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
End If
Condition1:
For p = 0 Ton_dados - 1
If k1(p) > 0.8 * c And k1(p) < 1.2 * c Then k2(p) = k1(p) Else k2(p) = 0
Next
Condition2:
For n = LBound(k2) To UBound(k2) - 1
If k2(n) > 0 Then
msg2 = msg2 & "Dado: " & n + 1 &vbNewLine
Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(n + 6, 21).Value = "Dado
semelhante"
Else: Application.Workbooks("Fat_Rur_DPIMA.xlsm").Worksheets("NA").Cells(n + 6,
21).Value = "Dado nãosemelhante"
End If
Next n
'n = 0
'i = 0
157/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
158/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
'vFind = 0
'i = 0
'For q = 0 To k3.count
'If k3.Item(q) = vFind Then
'k3.Remove (q)
'End If
'Next q
'Next i
'if you get here, vFind was not in the array. Set to null
'WhereInArray = Null
'End Function
'***********************************************************************************************
'Critério da Média
159/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
n=0
soma_m = 0
'MsgBox msg3
'MsgBox soma_m
n=0
contagem = 0
160/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
n=0
TextBox99.Value = msg_media
161/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
n=0
contagem1 = 0
TextBox98.Value = contagem1
n=0
soma_res = 0
162/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
'***********************************************************************************************
'Critério do Desvio Padrão
'Criação de array auxiliar (k5)
n=0
n=0
163/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
soma2 = 0
n=0
contagem2 = 0
n=0
soma_res2 = 0
164/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
n=0
TextBox94.Value = msg_desvpad
n=0
n=0
165/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
contagem3 = 0
TextBox93.Value = contagem3
n=0
soma_res3 = 0
166/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
'***********************************************************************************************
'Critério de Chauvenet
'Possível otimização: criação de arrays auxiliares redimensionados a cada iteração
n=0
i=1
contagem4 = 0
n=0
soma4 = 0
167/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
Next n
n=0
n=0
contagem4 = 0
n=0
soma_res4 = 0
168/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
ds = Application.WorksheetFunction.VLookup(contagem4,
Worksheets("Chauvenet").Range("A2:B43"), 2, False)
n=0
i=0
contador = contador + 1
Loop
TextBox103.Value = contagem4
TextBox100.Value = contador
169/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
TextBox104.Value = msg_chauvenet
'***********************************************************************************************
'Critério de Arley
'Possível otimização: criação de arrays auxiliares redimensionados a cada iteração
n=0
i=1
contagem5 = 0
170/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
soma5 = 0
n=0
n=0
contagem5 = 0
n=0
soma_res5 = 0
171/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
172/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
n=0
i=0
contador1 = contador1 + 1
Loop
TextBox108.Value = contagem5
173/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
TextBox105.Value = contador1
n=0
TextBox109.Value = msg_arley
'***********************************************************************************************
'Escolha do melhor critério
174/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
ic_med = media1
TextBox12.Value = ic_med
End If
ic_med = media3
175/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
End If
ic_med = media4
TextBox12.Value = ic_med
176/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
End If
ic_med = media5
177/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
End If
178/184
Continuação do APÊNDICE AO ANEXO H
LastLine:
End Sub
REFERÊNCIAS
179/184
Continuação das REFERÊNCIAS
180/184
Continuação das REFERÊNCIAS
FRANÇA, G. V., Estudo agro técnico e a avaliação das terras da fazenda São
Sebastião município de Santa Cruz das Palmeiras, estado de São Paulo –
Levantamento de solos, capacidade de uso e valor relativo das terras.
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo.
Piracicaba/SP, 1983.
181/184
Continuação das REFERÊNCIAS
LEPSCH, I. F.; BELLINAZZI JR., R.; BERTOLINI, D.; ESPÍNDOLA, C. R., Manual para
levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema
de capacidade de uso. SBCS, P. 175. 4ª Aproximação. Campinas, 1991.
182/184
Continuação das REFERÊNCIAS
MARTINS, D. M., Imóveis rurais: Como classificar e avaliar propriedades rurais. Ed.
Aprenda Fácil. Viçosa/MG, 2014.
183/184
Continuação das REFERÊNCIAS
184/184