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AULA 10

Professor Matheus Ruas


E-mail: ruas91@gmail.com
ESTUDO DIRIGIDO

Professor Matheus Ruas


E-mail: ruas91@gmail.com
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Métodos de Exploração do Subsolo


Os principais métodos empregados para a
exploração do subsolo podem ser classificados nos
seguintes grupos:
1. Grupo 1 - Método de exploração com retirada de
amostras
2. Grupo 2 – Método de exploração com ensaios in
loco
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Métodos de Exploração do Subsolo


Métodos de exploração com retirada de amostras
1. Abertura de poços de exploração: Escavação de
poços de exploração ou escavação de trincheiras.
2. Execução de sondagens: Sondagens a trado, a
percussão (muito utilizada em fundações), rotativa
(p/maciços resistentes, sondagem mista.
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Métodos de Exploração do Subsolo


Métodos de exploração com ensaios in loco
1. Auscultação
2. Ensaio de Cone e Piezocone
3. Ensaio de bombeamento e de “tubo aberto”
4. Vane Test
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Métodos de Exploração do Subsolo


Métodos de exploração com ensaios in loco
5. Medida de Pressão Neutra
6. Prova de Carga
7. Medida de Recalque
8. Ensaios Geofísicos (não há perfuração do solo)
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Processos de Investigação
Objetivos
• Conhecimento adequado do solo;
• Descrição, Classificação e origem geológica dos
elementos;
• Estratigrafia e distribuição geológica/geotécnica das
camadas;
• Estimativa da espessura das camadas de solo e/ou
rochas;
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Processos de Investigação
Objetivos
• Obtenção da resistência da camada investigada;
• Posição do Nível d’água;
• Identificação e classificação do solo (amostragem ou
análise in loco);
• Avaliação das propriedades de Engenharia (Ensaios
de laboratório ou em campo);
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Processos de Investigação
Objetivos
• Obtenção da resistência da camada investigada;
• Posição do Nível d’água;
• Identificação e classificação do solo (amostragem ou
análise in loco);
• Avaliação das propriedades de Engenharia (Ensaios
de laboratório ou em campo);
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Processos de Investigação
Informações necessárias para o início da prospecção
• Área, profundidade e espessura de cada camada de
solo;
• Compacidade das areias e consistência das argilas;
• Profundidade do NA (analisar a ocorrência de
“artesianismo”)
• Coleta de amostras para quantificação da
compressibilidade, permeabilidade e resistência;
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Sondagens – Parâmetros iniciais


Quantidade de furos:
ÁREA Nº DE FUROS
<200 2
200 a 400 3
400 a 600 3
600 a 800 4
800 a 1000 5
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Sondagens – Parâmetros iniciais


Quantidade de furos:
ÁREA Nº DE FUROS
1000 a 1200 6
1200 a 1600 7
1600 a 1800 8
1800 a 2200 9
2200 a 2600 Critério do Projetista
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Sondagens – Parâmetros iniciais


A distância entre furos de sondagem deve ser de 15 a
25 metros, deve-se evitar que os mesmos fiquem na
mesma reta, deve-se, de preferência, executá-los nas
áreas limites de estudo.
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Sondagens – Parâmetros iniciais

Fonte: Google Imagens


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Sondagens – Parâmetros iniciais

• Realização até a profundidade onde não ocorrerá


solicitação das cargas estruturais;
• Sondagem onde há maior concentração de carga;
• Não realizar a execução em planos do mesmo corte
• Nunca realizar apenas um furo de prospecção
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Poços e Trincheiras

• Poços: possuem seções circulares, com dimensões


inferiores e profundidade maior comparado as
trincheiras, porém, as dimensões mínimas devem
garantir o acesso de um operário.
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Poços e Trincheiras

• Trincheiras: possuem seções retangulares, com


dimensões superiores e profundidade inferiores
comparado aos poços, popularmente conhecidas
como valas.
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Poços e Trincheiras
• Permitem a observação da estratificação das camadas
do solo estudado;
• Permitem a tomada de amostras indeformadas para
caracterização do solo e determinação dos parâmetros
de resistência;
• Escavações manuais geralmente não escoradas;
• Pode ser realizada até o encontro do NA ou até onde
houver estabilidade do solo
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Sondagem a trado
Método de investigação geotécnica que utiliza um tipo
de amostrador de solo com lâminas cortantes, podendo
ser espiraladas ou convexas, cuja finalidade é coletar
amostras deformadas do solo em estudo, sua
profundidade, N.A. e estratificação das camadas do
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Sondagem a trado
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Sondagem a trado

Características da sondagem a trado:


• Executadas com trados mecânicos ou manuais;
• Baixo custo-benefício;
• Alguns equipamentos não exigem mão-de-obra
especializada;
• Profundidade limitada ao N.A.;
• Permite a retirada de amostras deformadas
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Sondagem a trado

Características da sondagem a trado:


• Coleta informações somente sobre o tipo de solo
atravessado pelo equipamento, onde, deve-se
colocar o solo retirado no chão (geralmente
coberto por uma lona) para realização de uma
análise do material;
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Standard Penetration Test - SPT


A sondagem a percussão é um método de investigação
de solo cuja perfuração é realizada por um trado ou por
intermédio de lavagem, onde há a cravação de um
amostrador para a captação de índices de resistência à
penetração, obtenção de amostras , determinação do
N.A., e execução de vários ensaios in situ, podendo
também determinar o torque necessário para que a
amostra se rompa.
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Standard Penetration Test - SPT


Objetivos:
• Determinar os tipos de solos em suas respectivas
profundidades de ocorrência;
• Determinar o fator “N” (Índie de resitência à
penetração do amostrador) a cada metro;
• Determinar o posicionamento do N.A. (quando
houver);
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Standard Penetration Test - SPT


Vantagens no seu uso:
• Método capaz de determinar o posicionamento do
N.A.;
• O furo pode ser revestido caso apresente-se estável;
• Determina o tipo de solo de acordo com a
profundidade;
• Mede a resistência à penetração do solo
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Standard Penetration Test - SPT

Vantagens no seu uso:


• Baixo custo;
• Fácil execução;
• Pode ser realizado em locais de difícil acesso;
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Standard Penetration Test - SPT

Desvantagens no seu uso:


• Não ultrapassam matacões e blocos de rocha;
• Podem ser interrompidos por pedregulhos ou solos
rijos;
• Obtem somente amostras deformadas;
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
1. Delimitação dos pontos;
2. Montar e posicionar o cavalete de quatro pernas de
acordo com a etapa 1;
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
3. Perfurar com auxílio de um trado cavadeira o
primeiro metro de profundidade;
4. Recolher e acondicionar uma amostra
representativa do solo (AMOSTRA ZERO);
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
5. Apoiar o amostrador acoplado na haste do tripé no
fundo do furo aberto;
6. Apoiar o martelo sem bater e anotar a penetração
(caso houver);
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
7. Erguer o martelo de 65kg com auxílio das cordas e
roldanas até a altura de 75cm e deixá-lo cair em
queda livre;
8. Repetir até a penetração dos 45cm do amostrador;
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
9. Contar o número de quedas do martelo necessárias
para a cravação de cada seguimento de 15cm do
total de 45cm do amostrador;
10. Recolher e acondicionar a amostra contida;
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Standard Penetration Test - SPT

Roteiro de execução:
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Standard Penetration Test - SPT


Roteiro de execução:
11. Repetir o procedimento com perfuração a trado
helicoidal ou perfuração com auxílio de circulação
de água;

12. Atingido o segundo metro, repetir o processo até a


profundidade pré-estabelecida;
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Standard Penetration Test - SPT


Roteiro de execução:
OBS: Caso o N.A. seja encontrado durante a sondagem,
deve-se utilizar o processo de perfuração por circulação
de água. A pressão da água e os movimentos de rotação
fazem com que o trépano rompa a estrutura do solo,
solo este que misturado com a água volta a superfície e
é despejado na caixa d’água.
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Standard Penetration Test - SPT


Roteiro de execução:
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Standard Penetration Test - SPT


 
Cálculo da profundidade:
Com relação à profundidade, não é possível definir
regras gerais, devendo, em cada caso atender à
natureza do terreno e da obra. De modo geral, sugere-
se que a profundidade média das sondagens satisfaça a
condição:
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Standard Penetration Test - SPT


Cálculo da profundidade:
Onde:
D = Profundidade mínima de sondagem (m)
B = Menor dimensão da fundação (m)
P = Pressão média na base da fundação (Kg/cm²)
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Standard Penetration Test - SPT


Exemplo de relatório de sondagem:
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Sondagens Rotativas
Método de investigação que consiste no uso de um
conjunto motomecanizado à perfuração de maciços
rochosos e obtenção de amostras de materiais rochosos
com formato cilíndricos.
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Sondagens Rotativas
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Sondagens Mistas
Consiste em método de investigação conjunta,
percussão + rotativa, ou seja, o início à percussão em
todo solo penetrável e rotativa em todo trecho em
rocha.
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Ensaio de Cone – Cone Penetration Test - CPT


O ensaio consiste basicamente na cravação em baixa
velocidade (2cm/s) de uma haste com ponta cônica, a
partir daí mede-se a resistência encotrada na ponta e a
resistência por atrito lateral (medições a cada 2cm).
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Ensaio de Cone – Cone Penetration Test - CPT


• Dados fornecidos pelo ensaio: Resistência de Ponta,
Atrito Lateral e Poro Pressão;
• Através da razão entre o atrito lateral e a resistência
de ponta pode-se determinar a tipologia do solo
atravessado (Ábaco);
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Vantagens do uso do Ensaio CPT


1. Cravação quase estática;
2. Precisão que possibilita maior confiabilidade
3. Medição da poro pressão;
4. Rapidez na execução e agilidade dos resultados;
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Desvantagens do uso do Ensaio CPT


1. Exigência de mão-de-obra qualificada;
2. O terreno deve garantir as condições mínimas para
instalação do equipamento;
3. Necessita de uma equipe gerida por um Engenheiro
Geotécnico;
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Representação do Ensaio CPT


Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Ensaio de Palheta – Vane Test


Este método é empregado tradicionalmente para a
determinação da resistência ao cisalhamento não
drenado (Su) das argilas moles.
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Ensaio de Palheta – Vane Test


O ensaio consiste na análise da palheta cruciforme a
uma velocidade de rotação padrão em profundidades
pré-definidas. Onde, obtém-se a resistência não
drenada do solo através da Torque e Rotação
apresentados no ensaio.
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Croqui do ensaio de Palheta – Vane Test


Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Vantagens no uso do Ensaio de Palheta


1. Repetibilidade
2. Equipamentos simples
3. Fácil Interpretação
4. Medidas de uma grandeza física
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Desvantagens no uso do Ensaio de Palheta


1. Ensaio relativamente lento
2. Resistência não-drenada é um parâmetro complexo
3. Recomenda-se ensaios de laboratório
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Ensaio Dilatométrico - DMT


O Ensaio DMT estima o módulo de elasticidade das
camadas de solo prospectadas.
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Execução do DMT
• Crava-se uma ponteira metálica no solo com
interrupções a cada 20cm;
• Nestas interrupções é introduzido gás nitrogênio que
expande a membrana metálica da ponteira contra o
terreno
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Execução do DMT
• Dessa expansão, registram-se em um manômetro
de precisão duas leituras
1. Quando a dilatação do nitrogênio vence o esforço
de compressão do terreno;
2. Quando a dilatação atinge uma deformação de
1,1mm.
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Ensaio Pressiométrico - PMT


O ensaio tem como objetivo estimar o módulo de
elasticidade das camadas de solo prospectadas.
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Execução do Ensaio Pressiométrico - PMT


• O ensaio consiste na inserção em um pré-furo de
sonda pressiométrica e deformação radial de
membrana por meio de inserção de gás hidrogênio.
• As medidas de deformações captadas pelo
equipamento são visualizadas através do painel de
controle
• O painel de controle mede as variações de
pressões/volumes ocorridos com a deformação do solo
Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Resumo dos ensaios:


Mecânica dos solos II: Investigações Geotécnicas

Resumo dos ensaios:


SPT CPT PMT DMT VANE
CARACTERÍSTICAS

TEST
QUALQUER, QUALQUER, QUALQUER, QUALQUER, ARGILOSO
SOLO MELHOR MELHOR MESMO MELHOR MOLE
ARENOSO* ARENOSO* SOLOS ARENOSO
DUROS*

DADOS N, RESISTÊNCIA VARIAÇÃO DE VARIAÇÃO DE TORQUE


OBTIDOS COLETA DE DE PONTA, VOLUME X VOLUME X
ATRITO
AMOSTRAS, LATERAL PRESSÃO PRESSÃO
E APLICADA APLICADA
N.A PORO
PRESSÃO
MECÂNICA DOS SOLOS II
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS

Professor Matheus Ruas


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Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Introdução
Compactação dos solos consiste em aplicar uma
técnica de melhoria do terreno, onde o solo é
densificado através de um esforço de compactação
externo.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Justificativa do uso da compactação


• Aplicação de melhorias para retirada do solo no
estado fofo de lançamento puro e simples
executado em obras de terraplanagem
• Visa produzir um material homogêneo
• Reduz a porosidade/índice de vazios
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Justificativa do uso da compactação


• Melhora o contato entre os grãos
• Eleva a resistência do solo
• Diminui a deformabilidade
• Reduz a permeabilidade
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

ENTÃO:
O tipo de obra e de solo disponível vão ditar o
processo de compactação a ser empregado, a
umidade em que o solo deve se encontrar na ocasião
e a densidade a ser atingida, com o objetivo de
reduzir futuros recalques, aumentar a rigidez e a
resistência do solo e consequentemente reduzir a
permeabilidade do mesmo.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Compactação dos solos


Influência da energia de compactação
Os parâmetros densidade seca e umidade ótima
obtidos no ensaio de Proctor Normal não são índices
físicos o solo. Esses parâmetros dependem da energia
de compactação aplicada. Quando não houver
referência à energia do ensaio, subentende-se que a tal
energia foi adotada com a intenção de corresponder a
um certo efeito de compactação desejado.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Compactação dos solos


Influência da energia de compactação
Tendo em vista as tais análises, concluímos que com
a aplicação de uma maior energia de compactação a
amostra apresentará uma maior densidade seca
máxima e uma menor umidade ótima. Então, a curva
de compactação deslocará para a esquerda e para
cima.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Compactação dos solos


15,5

Energia
15,0 modificada

Massa Específica Aparente Seca (kN/m³)


14,5

Energia
14,0
intermediária

13,5

Energia
normal
13,0

12,5

12,0
20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42
Umidade (%)
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Energia de Compactação
 
EC =
Onde:
M: massa do soquete
H: altura de queda do soquete
Ng: número de golpes por camada
Nc: número de camadas
V: volume de solo compactado
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Energia de Compactação - CORRIGIDO

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26

5
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Equipamentos de campo
IMP.: Os valores de pesos específicos secos
máximos obtidos são fundamentalmente obtidos
em função do tipo de solo, da quantidade de
água utilizada e da energia de compactação
aplicada pelo equipamento utilizado, a qual
depende do tipo, peso do equipamento e
número de passadas sucessivas aplicadas.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Equipamentos de campo
A energia de compactação em campo pode ser
aplicada de três formas diferentes, que são elas:
• Por meio de esforços de pressão;
• Impacto e vibração;
• Combinação dos métodos
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Equipamentos de campo
Categoria dos equipamentos de compactação:
• Soquetes mecânicos
• Rolos estáticos;
• Rolos vibratórios;
• Caminhões pipa (controle de umidade)
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Escolha dos equipamentos de compactação:
PÉ-DE-CARNEIRO COM PÉ-DE-CARNEIRO ROLO VIBRATÓRIO COMPACTADOR
ROLO VIBRATÓRIO COM GRADE PÉ-DE-CARNEIRO COM ROLO
COMPACTADOR NIVELADORA C/ ROLO VIB. EMBORRACHADO

IMPACTO PRESSÃO VIBRAÇÃO AMASSAMENTO

CASCALHO RUIM NÃO UTIL. BOM MUITO BOM

AREIA RUIM NÃO UTIL. EXCELENTE BOM

SILTE BOM BOM RUIM EXCELENTE

ARGILA EXCELENTE MUITO BOM NÃO UTIL. BOM


Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Cuidados a serem tomados:
• Determinar o peso específico do solo em
campo e comparar com os resultados obtidos
em laboratório;
• Grau de compactação deverá ser superior a
95%;
• O não cumprimento dos cuidados resultará
em uma nova compactação;
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Aterros experimentais
Cuidados a serem tomados:
Solo Permeabilidade Suporte da Base para Expansível Dificuldade de
fundação Pavimentação Compactação

Cascalho Muito Alta Excelente Excelente Não Muito Fácil

Areia Média Boa Boa Não Fácil

Silte Média Baixa Ruim Ruim Pouco Pouca

Argila Nenhuma* Moderada Pobre Difícil Muito Difícil

Orgânico Baixa Muito Ruim Inaceitável Pouco Muito Difícil


Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


O índice de suporte Califórnia ou California
Bearing Ratio representa a capacidade de
suporte do solo se comparada a resistência à
penetração de uma haste de cinco centímetros
de diâmetro em uma camada de pedra britada,
considerada como padrão (CBR = 100%).
• Índice de suporte Califórnia (CBR)
• Expansão (E)
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


O ensaio consiste em determinar a pressão
necessária para produzir uma penetração de um
pistão num corpo de prova de solo, e a pressão
necessária para produzir a mesma penetração
numa mistura padrão de brita estabilizada
granulometricamente (relação expressa em
porcentagem).
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


O ensaio pode ser realizado de duas formas:
1. Molda-se um corpo de prova com o teor de
umidade próximo ao ótimo (determinado
previamente em ensaios de compactação).
2. Molda-se corpos de prova para o ensaio de
compactação (teores de umidades
crescentes), posteriormente realiza-se o
ensaio de penetração.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Etapas de ensaio:
1. Ensaio de Compactação;
2. Ensaio de expansão;
3. Determinação do índice suporte (CBR);

OBS: Nos ensaios de compactação obter a


densidade máxima e umidade ótima para 3
energias de compactação!
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Equipamento:
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Nota:
Embora as condições do ensaio CBR não
sejam as mesmas das obras, não se pode
esquecer que a resistência à penetração
considerada no ensaio é uma medida de
resistência de cisalhamento do matéria,
parâmetro utilizado para calcular a estabilidade
do mesmo.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Determinação da expansão:
• O extensômetro e a haste do disco perfurado
devem ser ajustados de maneira que a leitura
inicial seja 1,00 mm, para que possa ser
acusada uma retração caso ocorra;
• Após os 4 dias de imersão, realizasse a leitura
final da expansão;
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Ensaio de Penetração:
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Ensaio de Penetração:
CBR: relação entre a carga necessária para
deformação de 0,1’’ ou 0,2’’ do material ensaiado
e a carga obtida para a pedra britada: 70 e 105
Kgf/cm², respectivamente. Adotar maior valor!!!
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Origem dos valores do ensaio Californiano?
O valor CBR = 100% corresponde a 70,31
Kgf/cm² em um C.P submetido a 0,1’’ (2,54mm)
de penetração, com solo com características
friccionais, mistura granular estabilizada,
tamanho máximo de 1’’ (25,4 mm) de excelente
comportamento em estradas, segundo estudos.
Valor este, analogamente relacionado 0,2’’.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Comparativo CBR - Proctor
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Após o solo ser
preparado e ter sido
verificada a umidade
que o mesmo se
encontra, realizar a
Inclusão de água
para obtenção da
umidade de ensaio.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Montagem do
equipamento e
colocação da 1°
camada de solo.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Aplicação do número
de golpes necessário
na 1° camada..
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Retirada de solo
para obtenção da
umidade em que a 1°
camada foi moldada
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Realização da
escarificação da
camada para
aumento da
superfície de contato
entre as diferentes
camadas.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Colocação das
demais camadas
obedecendo a
mesma sequencia de
ensaio.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Compactação da
última camada com o
auxílio de anel
extensor.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Retirada do excesso
do solo da última
camada.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Após final da
compactação, retirar
o cilíndro espaçador,
virar em 180° o CP e
pesar o conjunto,
cilindro/solo
compactado.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Preparação para
imersão.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Preparação para
imersão.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Imersão por 4 dias
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Equipamento
utilizado para o
ensaio de
resistência.
Mecânica dos solos II: Compactação dos solos

Ensaio Califórnia (California Bearing Ratio – CBR)


Realização do
ensaio de
resistência, após os
4 dias de imersão
em água.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Fluxo bi e tridimensionais
Fluxo bidimensional ocorre quando as partículas
de água seguem caminhos curvos, mas contidos
em planos paralelos. Como exemplo podemos
citar a percolação pelas fundações de uma
barragem.
Quando as particulas de água deslocam-se em
qualquer direção o fluxo é chamado de
tridimensional.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Fluxo bi e tridimensionais
Fluxo bidimensional
Fluxo segue caminhos em planos paralelos
Ocorrência em obras lineares. Ex: Barragens.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Fluxo bi e tridimensionais
Fluxo tridimensional:
Fluxo de água em qualquer direção.
Ex: Migração da água para um poço e barragens
naturais em vales fechados.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Estudo da percolação com redes de fluxo


• As redes de fluxo representam o caminho
percorrido pela água e a correspondente
dissipação de carga.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Estudo da percolação com redes de fluxo


Definições:
• Linhas de fluxo: são linhas espaçadas
igualmente que determinam canais de fluxo de
igual vazão!
• Linhas equipotenciais: são regiões que possuem
o mesmo potencial e linhas de igual carga total!
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Estudo da percolação com redes de fluxo


Definições:
Nf : Número de canais de fluxo
Nd: Número de faixas de perda de potencial
Dimensões de um quadrado genérico:
B: largura do canal de fluxo
L: distância entre equipotenciais
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Estudo da percolação com redes de fluxo


Definições:
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Estudo da percolação com redes de fluxo


Formulário:
• Perda de carga por potencial (∆h)
∆h = h/Nd
• Gradiente (i):
i = ∆h/L
• Vazão por elemento (q)
q = k. B.h/(LxNd) p/ quadrado .’. q = k.h/Nd
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Estudo da percolação com redes de fluxo


Formulário:
• Vazão total (Q)
Q = k.h.Nf/Nd
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Estudo da percolação com redes de fluxo


Exemplo 1: Pela rede de fluxo
Carga total: Carga altimétrica + Carga piezométrica
+ Carga cínética (Bernoulli)
Carga Altimétrica: é simplesmente a diferença de
cota entre o ponto considerado e qualquer cota
definida como referência
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Estudo da percolação com redes de fluxo


Exemplo 1:
Carga piezométrica: é a presão neutra no ponto,
expressa em altura de coluna d’água.
Carga cinética: Nos problemas de percolação de
água nos solos, a carga cinética é
praticamente desprezível, pois as velocidade
são muito baixas.
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Estudo da percolação com redes de fluxo


Percolação sob estacas-prancha
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Percolação sob estacas prancha (pranchada)


• Podemos observar que, na representação de
uma percolação por estaca pranchada, as redes
de fluxo se diferenciam das apresentadas em
um permeâmetro curvo.
• Os canais de fluxo possuem espessuras
variáveis ao longo de seu desenvolvimento
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


• A seção para a percolação da água por baixo da
pranchada é menor comparada a seção de
infiltração da água.
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Constatações:
• Ao longo de um canal de fluxo a velocidade da
água é variável.
• Sabemos que o canal possui constante vazão,
quando o canal se estreita acarretará em um
aumento de velocidade do fluxo.
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Constatações:
• A relação entre linhas de fluxo e
equipotenciais se mantém constante.
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Análise do fluxo entre equipotenciais:
• As linhas equipoteniais e as de fluxo se
interceptam perpendicularmente, e em cada
figura formada a distância média entre
equipotenciais deve ser da mesma ordem de
grandeza da distância média entre as linhas de
fluxo.
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Traçado da rede de fluxo:
• As superfícies horizontais do terreno, montante e
jusante, são consideradas equipotenciais;
• O contato impermeável do solo com o substrato é
uma linha de fluxo;
• O contorno do diafragma impermeável é também
considerado uma linha de fluxo;
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Traçado da rede de fluxo:
• Procurar sempre traçar redes de forma
semelhante e com seções quadradas;
• As linhas de fluxo tendem a iniciar e finalizar
normais, ou seja, perpendiculares às
equipotenciais;
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Exemplo de traçado da rede de fluxo:
Mecânica dos solos II: Fluxo Bidimensional

Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Fenômeno da areia movediça:
• É um fenômeno natural que se forma quando
um grande fluxo de água preenche espaços
existentes sobre finas partículas de areia que se
encontram soltas.
• A sua ocorrência dá-se quando finas e soltas
partículas de areia são submetidas a um fluxo
ascendente de água.
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Percolação sob estacas prancha (pranchada)


Fenômeno da areia movediça:
• Esse fenômeno pode ocorrer em qualquer tipo
de solo granular.
• Então, se a pressão efetiva for negativa ou
igual a 0, significa que não há pressão e nem
contato entre os grãos do solo que podem se
mover livremente como um fluido.
• Pef = ρ.g.h ≤ 0
Mecânica dos solos II

Muito obrigado pela atenção!

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