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07/2023 ORIENTADORES AUTOR

Departamento de Petrologia e Dr. Francisco José da Silva


Vinícius da Silva Xavier
Geotectônica, UFRRJ Dr. Eduardo Duarte Marques

MAPEAMENTO GEOQUÍMICO POR SEDIMENTOS DE


CORRENTE A SUL DA FAIXA VAZANTE, MINAS
GERAIS: ANÁLISE ESTATÍSTICA UNI, BI E
MULTIVARIADA E DEFINIÇÃO DE BACKGROUND
GEOQUÍMICO
SUMÁRIO
DE
APRESENTAÇÃO Páginas

I Introdução 3

II Revisão Bibliográfica 5

III Área de Estudo 7

IV Materiais e Métodos 11

V Resultados e Discussões 19

VI Conclusão 38
I INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação
• Este estudo faz parte da disciplina Trabalho de Graduação (IA-243) do 10º período da grade curricular.

1.2 Objetivo
• O mapeamento geoquímico como forma de investigação da assinatura geoquímica dos sedimentos de corrente da
região compreendida a sul da Faixa Vazante, Minas Gerais.

1.3 Justificativa
• O entendimento da distribuição e dos processos que atuam sobre os elementos químicos em ambiente
superficial.

• Região rica em diversos bens minerais (zinco, chumbo, ouro, diamante, fosfato).

• Importantes atividades antropogênicas (agropecuária com ênfase para soja).


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I INTRODUÇÃO

1.4 Localização

Sistema de Coordenadas: Datum SIRGAS 2000


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II REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Exploratory Data Analysis (EDA)


• Metodologia proposta por Tukey (1977), Reimann et al. (2008), Carranza (2009), Grunsky, (2010).

• Simplificação na descrição dos dados e visão profunda da sua natureza.

• Através do uso de um conjunto de ferramentas estatísticas descritivas e ferramentas gráficas.

• Descobrir a estrutura dos dados;

• Determinar anomalias e background geoquímico;


• Sugerir e testar hipóteses relativas a eventos geológicos;

• Fornecer subsídios para a interpretação de dados.

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II REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.2 Background Geoquímico
• Conceito inicialmente adotado na prospecção geoquímica como forma de distinguir o enriquecimento de um elemento
químico em zonas mineralizadas das rochas encaixantes.

• Termo em discussão e ganhou uma visão mais abrangente nas ciências ambientais.
Fatores:
• Matriz geológica • Digestão química
• Fração • Análise química

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III ÁREA DE ESTUDO

3.2 Geologia Regional

• A Província Tocantins representa um orógeno de


grandes proporções.

• Sistema de nappes e empurrões com vergência de


oeste para leste contra o Cráton São Francisco.

• Sequências sedimentares e metassedimentares,


intrusões ígneas e sequências Vulcano-sedimentares
proterozoicas

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III ÁREA DE ESTUDO

3.2 Geologia Regional

• A Bacia do São Francisco é Proterozoica e recobre o


Cráton do São Francisco.

• Rochas sedimentares estão sobrepostas por rochas granito-


gnáissicas arqueanas e paleoproterozoicas dos Supergrupos
Rio das Velhas e Minas.

• Grupo Bambuí do Proterozoico e derrames máficos do


Grupo Mata da Corda - depositados a partir da subsidência
do Paleozoico.

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III ÁREA DE ESTUDO

3.2 Geologia Regional

• Dardenne (2000) propõe um modelo evolutivo de quatro


fases para a região:

(I) deposição do Grupo Canastra, em margem passiva;

(II) desenvolvimento do arco magmático a oeste, relacionado à


zona de subducção intra-oceânica e deposição dos grupos
Araxá, durante estágio de expansão oceânica, e Ibiá, em bacia
de retroarco;

(III) início do evento colisional brasiliano, e deposição dos


Grupos Vazante e Bambuí em grande depressão formada no
Front dos cavalgamentos;

(IV) início de novo evento colisional, responsável por


empurrões de baixo ângulo que colocam os Grupos Araxá, Ibiá
e Canastra sobre o Grupo Bambuí.

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III ÁREA DE ESTUDO

3.3 Geologia Local

Sistema de Coordenadas: Datum SIRGAS 2000

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

1 - Amostragem

Serviço Geológico do Brasil (SGB – CPRM)

2 - Análises laboratoriais

SGS - GEOSOL

3 - Análise e Processamento de dados

Autor

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Amostragem

• Foram coletadas 3640 amostras no Projeto


Vazante-Paracatu, onde foram utilizadas para
esse estudo 708 amostras, cobrindo
aproximadamente 9.000 km².

• Composta, trechos retilíneos, de 5 a 10 porções


em raio máximo de 50 metros do ponto definido
por coordenadas.

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

4.2 Análises laboratoriais


SGS - GEOSOL® responsável:

• Tratamento físico como secagem e peneiramento.

• Análise química e emissão de laudos das amostras.

• Secas a 60°C em estufa, peneiradas em malhas com abertura < 80 mesh.

• As polpas peneiradas foram submetidas à pulverização e digestão com


água régia (HCl/HNO3 3:1).

• Submetidas a análise em ICP-OES (elementos maiores)


• ICP-MS (elementos traços) para 50 elementos químicos.

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IV MATERIAIS E MÉTODOS
4.3 Análise e Processamento de dados

• Softwares utilizados: Statistica (StatSoft - versão 14), Microsoft Excel, CoDaPack, ArcGIS;

1) Análise estatística univariada


• Análise do comportamento das distribuições.
• Estruturação e definição dos estimadores.
• Análise da presença de subpopulações.

Através de:
• Histogramas;
• Gráficos de probabilidade normal;
• Box-Plot;
• Sumário estatístico;
• Mapa geoquímicos classificados por percentis.

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IV MATERIAIS E MÉTODOS
4.3 Análise e Processamento de dados
Alguns processos adotados ao início do tratamento:

• Os elementos com baixo grau de detecção (70% do LD) não foram utilizados em análises estatísticas subsequentes.

• As concentrações encontradas nos LDI e LDS do método analítico foram substituídas por LDI/2 e 1,5*LDS, respectivamente, permitindo a
análise dos dados geoquímicos censurados.

• Após esse processamento dos dados brutos, os dados foram log-normalizados para evitar a superestimação dos anomalias positivas e a
subestimação das anomalias negativas

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

4.3 Análise e Processamento de dados

2) Análise estatística bivariada


• gráficos de correlação Spearman e de regressão linear.
• corelograma no app EZCorrGraph, apenas para elementos com coeficiente de variação (r) > 0.70.

3) Análise estatística multivariada


• Transformação dos dados pela razão logarítmica
centrada - CLR e o método de rotação ortogonal Varimax.
• Análise Fatorial realizada com extração dos principais
componentes.
• Determinação da quantidade de fatores: o teste Scree Plot e o
critério Kaiser.

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

4.4 Quantificação do background geoquímico

Tukey's Inner Fence (TIF) X Median Absolute Deviation (MAD)


• Limiar inferior = Q1 - 1,5*AIQ • 𝑀𝐴𝐷 (𝑦) = 1.4826 ∙ 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎𝑖|𝑦𝑖 − 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎𝑗(𝑦𝑗)|
• 𝑚𝑀𝐴𝐷 = 10(𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎(𝑦)± 2 ∙[𝑀𝐴𝐷𝑦])
• Limiar superior = Q3 + 1,5*AIQ
• Anomalia 2ª ordem = Q3 + 3(AIQ)

• Os métodos foram comparados junto aos dados brutos

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IV MATERIAIS E MÉTODOS

4.5 Construção do ambiente SIG

• Software ArcGis 10.6


• Plots das concentrações: 2 mapas
• Mapas de pontos
• Mapas de bacias de proveniência.

Mapas de scores
• Cores quentes - loadings (+)

• Cores frias - loadings (-)

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Sumário Estatístico

• 42 elementos

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.2.1 Distribuição dos elementos maiores

(ppm)
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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.2.1 Distribuição dos elementos maiores

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.2.2 Distribuição dos elementos menores e traços

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.2.2 Distribuição dos elementos menores e traços

23
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.3 Comparação entre métodos de definição de
background

24
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.4 Estatística Bivariada - Análise de correlação Spearman

25
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.4 Estatística Bivariada - Análise de correlação
Spearman

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App EZCorrGraph (Campos & Licht, 2021)
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.4 Estatística Bivariada – Regressão Linear

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5 Estatística Multivariada - Análise Fatorial

Carregamentos significativos (+) > 0,5

Carregamentos significativos (-) < - 0,5

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5 Estatística Multivariada - Análise de Principais Fatores

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.1 Fator 1

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V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.2 Fator 2

31
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.3 Fator 3

32
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.4 Fator 4

33
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.5 Fator 5

34
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.6 Fator 6

35
V RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.5.7 Fator 7

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VI CONCLUSÃO

6.1 - Considerações Finais

• Mapeamento geoquímico fornece informações de forma robusta e eficiente;

• mMAD é uma técnica estatística mais robusta quando se comparada ao TIF para definição de background
geoquímico;

• Os processos e as variações geoquímicas dos elementos têm forte controle exercido pela geologia regional, como os
processos hidrotermais, tais como processos supergênicos;

• Follow up a partir de campanhas com maior densidade amostral e integração dos dados geoquímicos com dados
geofísicos, estruturais e de campo;

• Discutir e comparar os limites legais definidos na resolução ambiental brasileira com os valores de background
propostos neste trabalho por diferentes métodos,
visando principalmente os elementos potencialmente tóxicos (EPT). 37
07/2023 ORIENTADORES AUTOR

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Vinícius da Silva Xavier
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Muito obrigado!

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