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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

SENSORIAMENTO REMOTO DO AMBIENTE


Explorando o nosso mundo de maneira remota

Professores:
John Cunha (CDSA/UFCG)
Lucianna Marques (PPGEC/UEPB) 16-20 DE OUTUBRO 2023
O QUE VAMOS ESTUDAR?

- Definições
- Princípios básicos;
- Vantagens e desvantagens sensoriamento remoto
- Aplicações;
- Tipos de sensores;
- Satélite e Plataformas;
- Processamento de dados;
- Desafios;
- Futuro do Sensoriamento do Remoto;
- Projeto QGIS e orientação para a instalação do
QGIS;
- Plataforma Google Earth Engine.
“Se ONDE é importante para seu
negócio, então Geoprocessamento
é sua
ferramenta de trabalho.”

(CÂMARA; DAVIS, 2001)


DEFINIÇÕES

1. Geoprocessamento ≠ Geotecnologias ≠ Sistema de Informação


Geográfica (SIG)

a) Geoprocessamento

“Conjunto de tecnologias voltadas a coleta, armazenamento e


tratamento de informações espaciais para um objetivo específico”
(INPE)
COLETA

GEOPROCESSAMENTO ARMAZENAMENTO

TRATAMENTO
DEFINIÇÕES

1. Geoprocessamento ≠ Geotecnologias ≠ Sistema de Informação


Geográfica (SIG)

b) Geotecnologias

São as tecnologias voltadas a coleta,


armazenamento e tratamento de
informações espaciais.

- Topografia
- Sensoriamento remoto
- Fotogrametria
- Banco de Dados Geográficos
DEFINIÇÕES

1. Geoprocessamento ≠ Geotecnologias ≠ Sistema de Informação


Geográfica (SIG)
- Cartografia
- Sensoriamento remoto
COLETA
GEOPROCESSAMENTO

- Fotogrametria
- Dados alfanuméricos

ARMAZENAMENTO - Banco de dados

- Modelagem de dados
TRATAMENTO - Geoestatística
- Análise espacial

USO INTEGRADO - SIG


- WebGIS
DEFINIÇÕES

1.1. Geoprocessamento ≠ Geotecnologias ≠ Sistema de Informação


Geográfica (SIG)

c) Sistema de Informação Geográfica É uma das geotecnologias

Software

Metodologias Hardware
SIG
5 Componentes

Recursos
humanos Dados
DEFINIÇÕES

1.1. Geoprocessamento ≠ Geotecnologias ≠ Sistema de Informação


Geográfica (SIG)

c) Sistema de Informação Geográfica É uma das geotecnologias

1854

John Snow (1813 –


1858)
Pai da epidemiologia moderna
Coleta de dados In Situ

- Cientistas observam a natureza, fazem medições, e


depois tentam aceitar ou rejeitar hipóteses referentes
a esses fenômenos.

- Censo - Sensores

Exemplo: IBGE
Exemplo: INMET
Coleta de dados In Situ

- Medição de reflectância espectral

Fonte:
Coleta de dados In Situ

- Quais são as principais fontes de erros na coleta de


dados In Situ?

Quais?
Quais?
Quais?
O que é Sensoriamento Remoto?

???
O que é Sensoriamento Remoto?

A medição ou aquisição de informação de


alguma propriedade de um objeto ou fenômeno,
por um dispositivo de registro sem contato
físico com o objeto ou fenômeno em estudo.
Fotogrametria e Sensoriamento
Remoto

A arte, a ciência e a tecnologia de obter informações


confiáveis sobre objetos físicos e o meio ambiente, por
meio do processo de registro, medição e interpretação
de imagens e representação digital de padrões de
energia derivados de sistemas de sensores sem contato
VERDADE DE CAMPO

Para ter maior valor, os dados de sensoriamento remoto


devem ser calibrados geometricamente (x, y, z) e
radiometricamente para que possam ser comprados uns
com os outros quando obtidos em datas diferentes.

Há outras formas de calibração/comparação?


Fotogrametria e Sensoriamento
Remoto

Um instrumento de sensoriamento
remoto coleta informações sobre
um objeto ou fenômeno dentro do
campo de visão instantâneo (IFOV)
do sistema de sensor sem estar em
contato físico direto com ele. O
instrumento de sensoriamento
remoto pode estar localizado a
apenas alguns metros acima do solo
e / ou a bordo de uma aeronave ou
plataforma de satélite.
Vantagens do Sensoriamento
Remoto

1) O SR não perturba o objeto ou área de interesse


quando registrado de forma passiva a partir da radiação
eletromagnética emitida ou refletida pelo alvo;

2) Coleta sistemática dos dados;

3) Informações biofísicas com registro da localização;

4) As informações coletadas por SR são críticas para


modelos naturais ou sociais.
Limitações do Sensoriamento
Remoto

1) Há limites para fornecer informações ambientais e


sociais.

2) Podem haver erros de especificação de parâmetros da


missão;

3) Os sensores remotos ativos podem ser intrusivos;

4) Os instrumentos de SR podem ser descalibrados;

5) Pode ter alto custo de coleta e análise.


PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.1. Escala

- Relação matemática que existe entre as dimensões reais e aquelas de


representação da realidade em um mapa ou globo.

Escala numérica
- Há dois tipos de escalas

Escala gráfica
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.1. Escala

- Escala numérica
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.2. Escala

- Escala gráfica
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.2. Escala

- Quanto MAIOR o denominador MENOR é a escala


- Quanto menor a escala de observação, maior será o erro
associado.
- Quanto MENOR o denominador MAIOR é a escala
- Maior o detalhamento.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.2. Mapa ≠ Carta ≠ Planta

- Representação plana; e

- Planta é um caso particular de carta.


PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.3. Sistema de Projeção


- Método de minimizar distorções ao representar o globo no mapa.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.4. Sistema de Referência Cartográfico (SRC)


SRC= Datum + Sistema de Coordenadas
- Datum é plural de data Dados.
- Exemplo: WSG84, SAD69, SIRGAS 2000.
- É o modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra ao
nível do mar.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.4. Sistema de Referência Cartográfico (SRC)


- Sistema de Coordenadas Representa a posição de um objeto na terra.

Longitude

Latitude

Unidade Transversa de Mercator


PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.4. Sistema de Referência (Datum e Coordenadas)

Faz diferença o Datum/ Coordenada usados?


PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.4. Sistema de Referência (Datum e Coordenadas)

Como escolher o sistema de coordenadas?


PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.5. Código EPSG (European Petroleum Survey Group)


- Entidade que organizou por meio de códigos numéricos
os Sistemas de Referência de Coordenadas (SRC) do
mundo.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

4.1. Dados Geográficos ≠ Dados Convencionais

Componente espacial

Elementos Básicos
Exemplo:
- Lugar: Expresso por coordenadas
- Diversidade
- Tempo: Horário ou data
- Riqueza
- Atributo: Variável estudada
PRINCÍPIOS BÁSICOS

4.2. Classes de representações


PRINCÍPIOS BÁSICOS

a) Classe vetorial

• Coordenadas em conjunto
formam diferentes tipos de
geometrias:
- Pontos
- Linhas
- Polígonos

• Formato de arquivos:
- Shapefiles
- KML
- GeoPackage
PRINCÍPIOS BÁSICOS

b) Classe matricial (Raster)


20 24 44 24 99

25 43 32 89 99

32 56 99 55 98

53 67 99 49 96

12 79 87 76 91
Espectro Eletromagnético
Processo de interação da REM

Há outros energias envolvidas???


INTERAÇÃO DA REM NA ATMOSFERA
E NA SUPERFÍCIE TERRESTRE
ATMOSFERA TRANSMISSÃO
REFLECTÂNCIA ESPECTRAL PARA
DIFERENTES MATERIAIS
Resolução Radiométrica
Resolução Radiométrica
Resolução Espacial
Resolução Espectral
Resolução Temporal
Qual sensor possui a melhor
resolução?

?
Qual sensor possui a melhor
resolução?
Qual sensor possui a melhor
resolução?
APLICAÇÃO

Edificações

Cobertura vegetal

Dados integrados
APLICAÇÃO
APLICAÇÃO
APLICAÇÃO
APLICAÇÃO
TIPOS DE SENSORES

Sensores Ópticos - Esses sensores capturam informações


visíveis e próximas ao infravermelho da luz e são amplamente
utilizados em imagens de satélite. Eles podem ser classificados em:

Sensoriamento Remoto Óptico Multiespectral: Captura


informações em várias bandas espectrais, como o Landsat e o
Sentinel-2.
Sensoriamento Remoto Óptico Hiperspectral: Captura
informações em muitas bandas espectrais estreitas para análises
mais detalhadas.
TIPOS DE SENSORES

Sensores Infravermelhos - Detectam a radiação infravermelha


emitida pelos objetos. Medem a temperatura da superfície e são
úteis para monitorar mudanças climáticas, detecção de incêndios e
análises de temperatura da água.

Sensores de Radar (Radio Detection and Ranging) - Usam


micro-ondas para penetrar nuvens e fornecer informações sobre a
topografia da superfície, detecção de mudanças e monitoramento
de áreas urbanas.

Sensores de Micro-ondas - Usados principalmente para


observações atmosféricas, medições de umidade do solo e
detecção de mudanças de água subterrânea.
TIPOS DE SENSORES

Sensores de Drones (UAVs) - Pequenas aeronaves não tripuladas


equipadas com vários tipos de sensores, incluindo câmeras,
sensores de imagem multiespectral, sensores LIDAR e sensores
térmicos.

Sensores Hiperspectrais - Coletam informações em muitas


bandas espectrais estreitas, permitindo uma análise mais detalhada
da composição de materiais e vegetação.

Sensores de Gás - Detectam gases atmosféricos e são usados


para monitorar a qualidade do ar e a presença de poluentes.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento de Gases atmosféricos em escala global

Aura (NASA) - O satélite Aura da NASA é parte do programa Earth


Observing System (EOS) e carrega vários instrumentos para
monitorar a composição da atmosfera, incluindo o Ozonosonde e o
Espectrômetro de Medição de Ozônio (OMI) para estudar o ozônio
estratosférico e troposférico.

Envisat (ESA) - Operado pela Agência Espacial Europeia (ESA), o


Envisat era um satélite de observação da Terra que carregava
vários instrumentos, incluindo o Scanning Imaging Absorption
Spectrometer for Atmospheric Chartography (SCIAMACHY) para
medição de gases atmosféricos.

Sentinel-5P (ESA)- Parte do programa Copernicus da ESA, o


Sentinel-5P é um satélite dedicado à medição da composição da
atmosfera, incluindo gases como dióxido de nitrogênio (NO2),
monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e dióxido de enxofre
(SO2).
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento de Gases atmosféricos em escala global

Terra (NASA) - O satélite Terra faz parte do programa Earth


Observing System (EOS) da NASA e carrega o Espectrômetro de
Medição de Ozônio (OMI) para monitoramento da camada de
ozônio e a qualidade do ar.

MetOp (EUMETSAT) - Os satélites MetOp operados pela


EUMETSAT carregam instrumentos que monitoram a composição
da atmosfera, incluindo o Espectrômetro de Rastreamento
Atmosférico (ATSR) e o Espectrômetro de Rastreamento
Ultravioleta/Visível (UVN).

Suomi NPP (NOAA/NASA) - O satélite Suomi National


Polar-orbiting Partnership (NPP) carrega o Espectrômetro de
Sensoriamento Remoto do Ambiente (CERES) e o Espectrômetro
de Ozônio Limb (OMPS) para medir gases atmosféricos e a
radiação solar.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento de Gases atmosféricos em escala global

GOSAT (JAXA) - O satélite GOSAT (Greenhouse Gases Observing


Satellite) da Agência Aeroespacial do Japão é projetado para medir
dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) em todo o mundo.

OCO-2 (NASA) - O Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) é um


satélite da NASA dedicado à medição de dióxido de carbono (CO2)
na atmosfera
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento do clima

GOES (Geostationary Operational Environmental Satellites) - A


série de satélites GOES, operada pela Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA, fornece observações em
tempo real da atmosfera, incluindo imagens de satélite, medições
de temperatura da superfície do mar e monitoramento de
tempestades.

Meteosat - Os satélites Meteosat, operados pela Agência Espacial


Europeia (ESA) e pela EUMETSAT, fornecem observações
meteorológicas na região geostacionária da Europa, África e parte
das Américas.

Himawari - Os satélites Himawari, operados pela Agência


Meteorológica do Japão, fornecem observações meteorológicas
para a região da Ásia e do Pacífico Ocidental.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento do clima

Aqua e Terra (EOS) - Fazem parte do programa Earth Observing


System (EOS) da NASA e carregam vários instrumentos para
monitorar parâmetros ambientais, incluindo temperatura da
superfície do mar, umidade atmosférica, concentrações de gases
de efeito estufa e muito mais.

Sentinel-3 (ESA) - Parte do programa Copernicus da ESA, os


satélites Sentinel-3 monitoram uma série de parâmetros climáticos,
como a temperatura da superfície do mar, o nível do mar e a
cobertura de gelo marinho.

TerraSAR-X: Este é um satélite de observação da Terra operado


pela Alemanha que usa radar de abertura sintética (SAR) para
monitorar mudanças na superfície terrestre, incluindo fenômenos
climáticos.

CryoSat (ESA) - Focado na medição da espessura do gelo


marinho, o CryoSat ajuda a monitorar mudanças no gelo polar e a
contribuir para o entendimento das mudanças climáticas.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento dos Recursos Hídricos

Sentinel-1 (ESA) - Os satélites Sentinel-1, parte do programa


Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA), usam radar de
abertura sintética (SAR) para fornecer imagens de alta resolução da
superfície da Terra, independentemente das condições climáticas.
Isso é valioso para monitorar mudanças no nível da água,
inundações, deslizamentos de terra e uso da terra em áreas de
bacias hidrográficas.

Landsat (NASA/USGS) - Os satélites Landsat fornecem imagens


de alta resolução de água doce, lagos, rios e reservatórios. Eles
são usados para monitorar a extensão e a qualidade da água, bem
como mudanças na cobertura da terra nas áreas circundantes.

MODIS (NASA) - Os sensores MODIS a bordo dos satélites Terra e


Aqua coletam dados sobre a temperatura da superfície da água e a
cobertura de nuvens, o que é valioso para monitorar a temperatura
da superfície da água, a evapotranspiração e a detecção de
eventos climáticos extremos.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento dos Recursos Hídricos

GRACE (NASA/ESA) - A missão GRACE (Gravity Recovery and


Climate Experiment) usa dois satélites em órbita para medir
variações no campo gravitacional da Terra, que podem ser usadas
para monitorar mudanças nos estoques de água subterrânea e o
esgotamento de geleiras.

SMAP (NASA) - O satélite SMAP (Soil Moisture Active Passive)


mede a umidade do solo globalmente, fornecendo informações
críticas para monitorar a umidade do solo, a quantidade de água
disponível para plantas e a previsão de inundações e secas.

TerraSAR-X - Como mencionado anteriormente, este satélite


alemão também usa radar SAR para monitorar inundações e
mudanças no nível da água.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento da conservação e biodiversidade

Landsat (NASA/USGS) - Os satélites Landsat fornecem imagens


de alta resolução da superfície da Terra, permitindo o mapeamento
de habitats naturais, desmatamento, uso da terra e mudanças na
vegetação.

MODIS (NASA) - O sensor MODIS a bordo dos satélites Terra e


Aqua coleta informações sobre a cobertura de vegetação e a saúde
das plantas, fornecendo dados úteis para monitorar ecossistemas
naturais.

Sentinel-2 (ESA) - Os satélites Sentinel-2 fazem parte do programa


Copernicus e oferecem imagens multiespectrais de alta resolução
que são usadas para mapear a cobertura da terra, monitorar o uso
da terra e avaliar a saúde da vegetação.

WorldView (DigitalGlobe): Estes satélites comerciais de alta


resolução permitem o mapeamento detalhado de áreas naturais, a
identificação de espécies ameaçadas e a detecção de atividades
ilegais, como desmatamento.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento da conservação e biodiversidade

RapidEye (Planet) - Esses satélites de observação da Terra


coletam imagens de alta resolução em várias faixas espectrais, que
podem ser usadas para monitorar ecossistemas naturais e
mudanças na vegetação.

IRAS (Infrared Atmospheric Sounder) - Este sensor, a bordo dos


satélites meteorológicos, é usado para monitorar a temperatura da
superfície da água e detectar florescências de algas que podem
afetar a vida marinha.

Ikonos (GeoEye) - Outro satélite comercial de alta resolução,


usado para monitorar a cobertura da terra, identificar áreas de
conservação e identificar mudanças na vegetação.
SATÉLITES E PLATAFORMAS

Monitoramento de derramamento de óleo

Sentinel-1 (ESA) - Os satélites Sentinel-1, parte do programa


Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA), são equipados
com radar de abertura sintética (SAR) que é capaz de detectar óleo
na superfície do mar, independentemente das condições climáticas
ou da iluminação, fornecendo imagens de alta resolução que
permitem rastrear derramamentos de óleo.

Suomi NPP (NOAA/NASA) - O satélite Suomi NPP carrega o


Espectrômetro de Ozônio Limb (OMPS), que pode detectar óleo na
superfície do mar e fornecer informações sobre a concentração de
poluentes na atmosfera.
Moderate-resolution Imaging
Spectroradiometer (MODIS)

Sensor MODIS foi lançado em 1999 a bordo do satélite TERRA


e 2002 a bordo do satélite AQUA. A órbita da Terra ao redor
da Terra é cronometrada para que passe de norte a sul
através do equador pela manhã, enquanto Aqua passa de sul
para norte sobre o equador à tarde. Terra MODIS e Aqua
MODIS estão visualizando toda a superfície da Terra a cada 1 a
2 dias, adquirindo dados em 36 bandas espectrais.

Objetivos:
• Temperatura da superfície (solo e oceano) e detecção de
incêndio;
• Cor do oceano (sedimento, fitoplâncton);
• Mapas da vegetação global e detecção de mudanças;
• Características da nuvem;
• Concentrações de aerossóis;
VARIÁVEIS GEOFÍSICAS PARA CADA BANDA ESPECTRAL
VARIÁVEIS GEOFÍSICAS PARA CADA BANDA ESPECTRAL

Produtos MODIS:
https://modis.gsfc.nasa.gov/data/dataprod/
LANDSAT
Landsat Multispectral Scanner (MSS,
Landsat 1-3)

Resolução temporal de 18 dias


Landsat Thematic Mapper (TM,
Landsat 4-5)

Resolução temporal de 16 dias


LANDSAT Enhanced Thematic Mapper
Plus (ETM+, Landsat 7)

Resolução temporal de 16 dias

Adicional banda pancromática 15 metros de


resolução espacial
Operational Land Imager (OLI) and Thermal
Infrared Sensor (TIRS), (Landsat 8-9)

Resolução
temporal de 16
dias - 8 dias
quando
combinado
Landsat 8 e 9

Produtos Landsat:
https://www.usgs.gov/core-science-systems/nli/landsat/landsat-science-product
Multi-Spectral Instrument (MSI),
(Sentinel 2A e 2B)

A frequência de
revisita de cada
satélite
SENTINEL-2 é
de 10 dias e a
revisita da
constelação
combinada é de
5 dias.

Produtos Sentinel:
https://sentinels.copernicus.eu/web/sentinel/missions/sentinel-2/data-pr
Bandas espectrais do Sentinel e
Landsat
PROCESSAMENTO DE DADOS

Aquisição de Dados - Os dados de satélite são coletados a partir


dos sensores instalados a bordo dos satélites em órbita. Isso envolve
a comunicação entre o satélite e estações terrestres, onde os dados
são transmitidos e armazenados.

Correção Geométrica - A primeira etapa no processamento envolve


a correção geométrica dos dados. Isso é feito para corrigir distorções
na imagem devido à órbita do satélite, à curvatura da Terra e ao
ângulo do sensor. A correção garante que as imagens tenham escala,
orientação e resolução corretas.

Correção Radiométrica - A correção radiométrica é usada para


ajustar o brilho e o contraste das imagens, garantindo que as
medições sejam consistentes e precisas. Isso envolve a remoção de
efeitos atmosféricos, correção de variações de sensibilidade do
sensor e calibração dos valores de pixel.
PROCESSAMENTO DE DADOS

Realce de Imagem - Os dados brutos muitas vezes passam por


processos de realce para melhorar a qualidade da imagem. Isso pode
incluir ajustes de contraste, correção de cores e realce de recursos de
interesse.

Classificação de Imagem - A classificação de imagem é usada para


identificar e separar diferentes tipos de recursos ou materiais na
imagem. Isso pode envolver o uso de algoritmos de aprendizado de
máquina e técnicas de processamento de imagem para classificar
automaticamente áreas de interesse.

Mosaico de Imagens - Em muitos casos, várias imagens de satélite


são combinadas para criar um mosaico que abrange uma área maior.
O mosaico é criado alinhando e sobrepondo imagens adjacentes,
garantindo uma cobertura contínua.
PROCESSAMENTO DE DADOS

Análise de Imagem - A análise de imagem é usada para extrair


informações específicas da imagem, como medição de áreas,
identificação de características geográficas, detecção de mudanças
ao longo do tempo e muito mais.

Georreferenciamento - As imagens são georreferenciadas para que


as coordenadas geográficas sejam atribuídas a cada pixel da
imagem. Isso permite a sobreposição com mapas geográficos e a
análise espacial.

Interpretação e Relatórios - Os resultados da análise de imagem


são interpretados e, em seguida, relatórios ou mapas são gerados
para apresentar as informações obtidas. Isso pode incluir relatórios de
monitoramento ambiental, mapas de uso da terra, avaliações de
recursos naturais e muito mais.
DESAFIOS

Cobertura de nuvens - As nuvens podem obscurecer a visão dos


sensores a bordo de satélites, tornando difícil a aquisição de dados
em regiões com alta cobertura de nuvens. Isso limita a capacidade de
monitorar constantemente certas áreas.

Atmosfera e qualidade do ar - A presença de partículas na


atmosfera, como poeira, fumaça ou poluição, pode afetar a qualidade
dos dados de sensoriamento remoto, tornando necessário corrigir os
efeitos atmosféricos para obter informações precisas.

Resolução espacial e temporal - Nem todos os sensores de satélite


têm a mesma resolução espacial ou temporal, o que significa que
algumas aplicações podem exigir imagens mais detalhadas ou
frequência de observações mais alta do que outras.

Calibração e qualidade dos sensores - A calibração dos sensores é


crítica para garantir que os dados sejam consistentes e confiáveis ao
longo do tempo. Erros de calibração podem afetar a precisão dos
resultados.
DESAFIOS

Sazonalidade - Algumas aplicações, como a agricultura, são


afetadas por sazonalidades e variações climáticas que podem
dificultar a obtenção de dados em determinados momentos.

Resolução espectral - A resolução espectral dos sensores é


importante para a identificação de materiais e a análise da
composição da superfície. Alguns sensores podem não cobrir todas
as faixas espectrais necessárias para determinadas aplicações.

Oclusão topográfica - Montanhas, vales e outras características


topográficas podem criar sombras que impedem a visão clara da
superfície e podem ser desafiadoras para aplicações de
monitoramento.

Acesso a dados - A aquisição e o acesso a dados de sensoriamento


remoto podem ser caros e complicados, e muitos dados podem estar
sob restrições de uso.
DESAFIOS

Capacitação técnica - A análise de dados de sensoriamento remoto


requer conhecimentos técnicos e habilidades de processamento de
imagens. Interpretar os dados de sensoriamento remoto requer
expertise em aplicações específicas.

Integração de dados - Integrar dados de várias fontes, como


imagens de satélite e dados de sensores terrestres, pode ser
complexo e requer sistemas de informação geográfica (SIG) eficazes.

Privacidade e segurança - Questões de privacidade e segurança


podem surgir ao capturar imagens de áreas povoadas ou sensíveis.

Orçamento e financiamento - As missões de satélite e aquisição de


dados de sensoriamento remoto podem ser caras, e a manutenção de
sistemas e equipamentos requer financiamento contínuo.
FUTURO DO SENSORIAMENTO REMOTO

Melhorias na Resolução e Precisão - Os sensores remotos estão se


tornando cada vez mais avançados, proporcionando uma maior
resolução espacial, espectral e temporal.

Integração de Dados - A integração de dados de várias fontes, como


imagens de satélite, sensores terrestres, drones e dados de sensores
de campo, permitirá uma análise mais abrangente e uma visão mais
completa dos sistemas naturais.

Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina - A aplicação de


algoritmos de inteligência artificial e aprendizado de máquina no
processamento e análise de dados de sensoriamento remoto
permitirá a detecção automatizada de padrões e a classificação de
recursos, economizando tempo e recursos.

Micro e Nanossatélites - O desenvolvimento de micro e


nanossatélites permitirá uma maior acessibilidade ao espaço e a
capacidade de realizar missões de sensoriamento remoto mais
especializadas e personalizadas.
FUTURO DO SENSORIAMENTO REMOTO

Monitoramento Global em Tempo Real - O monitoramento em


tempo real de eventos ambientais, como incêndios, inundações,
deslizamentos de terra e poluição, se tornará mais viável com a
disponibilidade de dados frequentes e de alta resolução.

Monitoramento de Mudanças Climáticas - O sensoriamento remoto


desempenhará um papel crucial na monitorização das mudanças
climáticas, incluindo a medição de gases de efeito estufa, o
monitoramento do derretimento de geleiras e o acompanhamento do
aumento do nível do mar.

Monitoramento de Desastres Naturais: A capacidade de detectar e


responder a desastres naturais, como terremotos, tsunamis, erupções
vulcânicas e furacões, melhorará graças a sistemas de sensoriamento
remoto mais avançados.
FUTURO DO SENSORIAMENTO REMOTO

Aplicações em Agricultura e Segurança Alimentar - O


sensoriamento remoto desempenhará um papel fundamental na
agricultura de precisão, permitindo o monitoramento de safras,
previsão de colheitas e a otimização do uso de recursos.

Aplicações em Planejamento Urbano - O sensoriamento remoto


será usado para monitorar o crescimento das cidades, a expansão
urbana, a qualidade do ar e a gestão de recursos urbanos.

Inovações em Sensores - A evolução de sensores, incluindo


sensores hiperespectrais e de radar, permitirá a detecção de uma
variedade mais ampla de recursos e características.

Aplicações em Exploração Espacial - O sensoriamento remoto será


uma ferramenta importante para missões de exploração espacial,
incluindo a busca por água e outros recursos em outros planetas.
PROJETO QGIS
PROJETO QGIS

6.1. Linhas de desenvolvimento do QGIS


PROJETO QGIS

6.1. Linhas de desenvolvimento do QGIS


PROJETO QGIS

6.2. Tipos de instalações


INSTALAÇÃO AVANÇADA DO QGIS

https://qgis.org/pt_BR/site/
GOOGLE EARTH ENGINE (GEE)

Acesso a Dados - O Earth Engine disponibiliza uma grande quantidade


de imagens de satélite e outros dados geoespaciais, incluindo imagens de
satélites como Landsat, Sentinel e MODIS, bem como dados climáticos e
outros tipos de informações relevantes.

Ferramentas de Análise - A plataforma oferece uma variedade de


ferramentas de análise e processamento de dados que permitem realizar
tarefas como classificação de imagens, detecção de mudanças, análises
de séries temporais, modelagem e muito mais.

Escalabilidade - O Google Earth Engine é altamente escalável, o que


significa que você pode processar e analisar grandes volumes de dados
geoespaciais em escala global sem precisar se preocupar com a
infraestrutura de computação.
GOOGLE EARTH ENGINE (GEE)

Programação em JavaScript e Python - Você pode escrever scripts e


programas em JavaScript e Python para realizar análises personalizadas e
automatizadas na plataforma.

Visualização de Dados - A plataforma oferece ferramentas de


visualização que permitem criar mapas interativos e gráficos para
representar os resultados de suas análises.

Colaboração - O Google Earth Engine permite a colaboração em tempo


real e o compartilhamento de dados e scripts com outros usuários.

Aplicações Diversas - A plataforma é usada em uma ampla variedade de


aplicações, incluindo monitoramento florestal, agrícola e ambiental,
previsão de riscos de incêndios, estudos climáticos, modelagem
hidrológica e muito mais.
GOOGLE EARTH ENGINE (GEE)

1) Trends and applications of google earth engine in remote sensing and


earth science research: a bibliometric analysis using scopus database -
Disponível em
https://link.springer.com/article/10.1007/s12145-023-01035-2

2) Google Earth Engine: A Global Analysis and Future Trends - Disponível


em https://doi.org/10.3390/rs15143675

3) What is going on within google earth engine? A systematic review and


meta-analysis - Disponível em https://doi.org/10.1016/j.rsase.2022.100907
GOOGLE EARTH ENGINE (GEE)

Global Surface Water - https://global-surface-water.appspot.com/map

Global Forest Change -


https://glad.earthengine.app/view/global-forest-change

MOL – Map Of Life - https://species.mol.org/species/map/Perdix_dauurica

Global Forest Watch - https://www.globalforestwatch.org/map/

MapBiomas - https://plataforma.brasil.mapbiomas.org/
GOOGLE EARTH ENGINE (GEE)
REFERÊNCIAS

CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (Ed.). Introdução à ciência da


geoinformação. São José dos Campos: INPE, 2001. Disponível em:
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Acesso em: 08 jul. 2020.

INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Introdução ao Geoprocessamento.


Disponível em:
http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/tutorial/introducao_geo.html#:~:text=O%20que%2
0%C3%A9%20geoprocessamento%3F,de%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20Geogr%C3
%A1fica%20(SIG). Acesso em: 08 jul. 2020.

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