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Pesquisa Mineral I (EM-04)

Universidade do Estado de Minas Gerais

Prof(a): Maisa de Almeida Cota


Atividade 10 – Prospecção Aluvionar
Valor: 10 pontos
Aula Assíncrona: presença de 4 aulas.

Aluno: Rafael Fernando Rodrigues de Souza

Leitura do Artigo “Prospecção aluvionar aplicada a alguns minerais


gemológicos de Minas Gerais: diamante, crisoberilo e topázio” por Mário Luiz de
Sá C. Chaves, Joachim Karfunkel, Adolfo Baeta de Medeiros e Ricardo Scholz.

Questionário:

1. Qual é a técnica exploratória utilizada?

R:A técnica de exploração utilizada é a exploração aluvial.

2. Quais são os minerais pesquisados/prospectados?

R:O estudo se concentrou em três minerais de gema, diamantes, esmeraldas


douradas e topázio.

3. Descrever a metodologia utilizada para análise dos minerais.

R:Neste estudo utilizaram a prospecção aluvionar, que é um método que se


baseia fundamentalmente na lavagem, peneiramento e bateiamento de
sedimentos acumulados nos cursos fluviais. A partir de concentrados de bateia,
os minerais densos são separados e analisados segundo as características
texturais, as proporções relativas e a ocorrência em área. Tem por fim a
obtenção de um resíduo mineral pesado, de sedimentos inconsolidados.
Objetivando futuras comparações, a mesma quantidade de material deve ser
coletada nos pontos de amostragem (Cassedanne,1972). No estudo em
questão, em cada ponto, 20 litros de aluvião foram amostrados e lavados, para
retirada do material e, logo após, peneirados a 2mm (com determinação à vista
desarmada dos grãos mais grossos) e o resíduo fino foi concentrado em bateia.
O pó mineral resultante, ou "fundo-de-bateia", foi utilizado para posterior estudo
qualitativo e semi quantitativo. Em laboratório, esses minerais foram novamente
peneirados e a fração entre 0,25-0,50mm foi submetida a tratamento com
bromofórmio (d=2,89) para eliminação do material leve. As distintas populações
foram separadas com lupa binocular, sendo os minerais de identificação
duvidosa estudados por microssonda eletrônica. No tratamento estatístico
dessas populações, utilizou-se a seguinte convenção de percentagens.

4. Conforme o mapa da figura 1, qual é a área de estudo?

R:Áreas onde foram desenvolvidos os trabalhos de prospecção aluvionar no


centro-nordeste de Minas Gerais. 1) Alto/Médio Rio Jequitinhonha, 2) Ribeirão
Santa Cruz e Rio Marambaia e 3) Ribeirão Maracujá.

5. Descreva os principais elementos que foram utilizados na


construção do mapa geológico (figura 2).

R:A fim de construir o mapa geológico, a forma com dados de feições geológicas
é usada para demonstração, de modo a distinguir a classificação dos tipos de
rocha (granito, rocha Charoniki, complexo Gnassic-Migmatic) para identificar
contato geológico, mapa de forma Características da estrada usadas para
reconhecimento de estradas e criação de pontos para identificar locais de
amostra (quando cada colocação for devidamente identificada e os pontos
puderem ser criados, use sistemas de posicionamento como GPS para coletar
coordenadas com precisão) usam escala, legenda, norte, grade de localização
e possível O programa de geoprocessamento usado.

6. O tipo de amostragem empregado nesta prospecção aluvionar?

R:Nos depósitos aluvionares do rio Jequitinhonha, deu-se preferência às


amostragens dos rejeitos de garimpos, mais ricos em minerais pesados. Como
em geral as áreas de garimpagem envolvem trechos extensos ao longo da
drenagem, em cada ponto o material foi sempre coletado em dois ou até em
cinco locais diferentes. Nas amostragens, efetuadas ao longo dos rios Santa
Cruz e Marambaia verificaram-se minerais pesados com diferentes graus de
arredondamento (mesmo os da mesma espécie), indicando processos de
reciclagem, porém as espécies não apresentaram diferenças significativas entre
si nos diversos pontos. No rio Maracujá a amostragem, foram realizadas em seis
pontos ao longo da drenagem, e indicou a presença de topázio, comum na
cabeceira, diminuindo progressivamente em direção aos outros pontos.

7. Quais são os litotipos no Ribeirão Santa Cruz e no Rio Marambaia?

R:Ao longo dos rios Santa Cruz e Marambaia, analisaram-se que embora as
zonas pegmatíticas mineralizadas nessa região terem sido em grande parte
erodidas, o crisoberilo ocorre em depósitos economicamente importantes em
muitas áreas, pois numerosos afluentes drenaram ou drenam as suas (paleo)
áreas-fontes. Essa proximidade relativa da (s) fonte (s) écorroborada pela
existência comum de topázio (incolor/azul), inclusive em seixos rolados, além de
outros minerais "frágeis", como xenotímio e outros fosfatos.

8. O que os minerais pesados encontrados representam neste estudo?

R:Na região, o conhecimento dos minerais pesados teve como principal objetivo
a caracterização de granadas supostamente relacionáveis a intrusões
ultrabásicas, conforme aceito por diversos geólogos prospectores que atuam na
serra do Espinhaço. Essa suposição não foi confirmada, pois as granadas
estudadas apresentam quimismo incompatível com rochas ultrabásicas (25
grãos em WDS-Microssonda Eletrônica resultaram ser almandinas, de origem
ácida).
9. Através dos dados obtidos, quais são as inferências quanto a
formação dos depósitos dos minerais pesquisados?

R:Os dados obtidos sobre a distribuição dos minerais estudados trouxeram


importantes deduções a respeito da formação dos depósitos onde se encontram.
Dessa maneira, as propriedades físicas e químicas particulares do diamante, tais
como dureza inigualável e alta estabilidade química (que o fazem resistir aos
processos intempéricos e metamórficos), permitem que esse mineral sobreviva
continuamente ao longo do registro geológico. Entretanto existe uma sistemática
redução no tamanho médio dos cristais a partir de sua área-fonte, como
resultado do transporte fluvial. Tal redução no tamanho, porém, é acompanhada
pela melhoria gemológica dos diamantes, visto que os tipos de qualidade inferior
são destruídos.

10. O que representa a taxa de dispersão dos minerais?

R:O estudo procurou demonstrar que, principalmente em função de suas


propriedades físico-químicas, cada mineral vai possuir a sua "taxa de dispersão"
própria e que o conhecimento dessa taxa pode definir critérios para a pesquisa
aluvionar. Assim, corroborando outros estudos, o diamante é registrado em
locais onde inexistem rochas-fontes, o crisoberilo pode apresentar fontes
longínquas e o topázio só ocorre em sítios com área-fonte próxima. A
prospecção enfocando bens gemológicos em regiões onde suas ocorrências são
bem conhecidas, é uma técnica de grande utilidade, não só visando determinar
a distribuição espacial da mineralização, como também, em províncias minerais
onde achados "casuais" são frequentes, para ser aplicada na busca sistemática
de novos depósitos. Deve-se, ainda, salientar que a mesma técnica pode
também servir na cubagem dos depósitos, bastando o adensamento da malha
dos pontos de amostragem de campo.

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