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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO


CURSO DE GEOLOGIA

SABRINA RAMOS

TRABALHO DE MINERAIS DE MINÉRIO


DIAMANTINA

SÃO LEOPOLDO
2018
Sabrina Ramos

TRABALHO DE MINERAIS DE MINÉRIO:

Trabalho apresentado para a disciplina


Tópicos Especiais em Geociências III, pelo
Curso de Geologia da Universidade do
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS,
ministrada pela professora Andrea Sander.

São Leopoldo
2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 REVISÃO SOBRE OS MATERIAIS E MÉTODOS .................................................. 4
3 MAPA DE LOCALIZAÇÃO ...................................................................................... 5
4 DESCRIÇÃO DOS MINERAIS ................................................................................. 7
4.1 Hematita ............................................................................................................... 7
4.2 Hidróxido.............................................................................................................. 7
4.3 Ilmenita ................................................................................................................. 8
4.4 MicaXisto.............................................................................................................. 9
4.5 Topázio ................................................................................................................. 9
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 13
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1 INTRODUÇÃO

Minerais de Minério são os elementos ligados quimicamente a outros, ou não,


metálicos, ou não, concentrados nos depósitos minerais. Podem ser utilizados como
matéria prima na obtenção de um ou mais elementos úteis.
O presente trabalho irá mostrar descrições dos minerais encontrados em uma
bateia realizada pelos alunos na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS,
juntamente com o acompanhamento da professora. Será mostrado uma pequena
definição sobre o método concentrado de bateia, uma descrição completa da amostra
em questão juntamente com sua mineralogia e morfologia dos grãos e por fim será
feito uma discussão dos resultados obtidos na área de coleta vs o concentrado da
bateia realizada.
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2 REVISÃO SOBRE OS MATERIAIS E MÉTODOS

Para a revisão dos materiais e métodos do concentrado de bateia,


primeiramente foram coletados sedimentos de diversas a áreas, a área do trabalho
em questão é em Diamantina – Minas Gerais. Realizamos a bateia do sedimento
coletado no laguinho próximo a biblioteca UNISINOS, e seguindo disso deixamos os
minerais mais pesados que se encontraram no fundo da bateia passar secagem em
laboratório, após isso a amostra foi quarteada, fizemos a retirada dos minerais
magnéticos com o auxílio de um imã, a amostra passou pela separação densimétrica
na estufa utilizando bromofórmio de densidade 2,89.
A partir da separação dos minerais pesados, deixamos secando novamente e
por fim realizamos a descrição dos minerais contidos na amostragem.
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3 LOCALIZAÇÃO

A Serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa localizada no Planalto


Atlântico, estendendo-se pelos estados de Minas Gerais e Bahia. Seus terrenos são
do Proterozoico e contém jazidas de ferro, manganês, bauxita e ouro.
A coleta dos sedimentos foi feita na Serra do Espinhaço em Minas Gerais, a
Serra do Espinhaço é um grande divisor hidrográfico interposto sobre as bacias do
centro-leste brasileiro e a do rio São Francisco – constitui, em Minas Gerais, um
conjunto de terras altas, com forma de bumerangue de direção geral norte-sul e
convexidade orientada para oeste. A denominação “serra” esconde, no entanto, uma
realidade fisiografia que seria melhor definida pelo termo “planalto”.
Foi plotado um ponto de coleta no mapa da Geologia Local e a partir disto foi
possível localizar que o sedimento coletado encontra-se em uma área com influência
das seguintes Formações: Sopa-Brumadinho (arenito-metaconglomerado), São João
da Chapada (quartzito), ambos pertencem ao Grupo Diamantina porção inferior do
Supergrupo Espinhaço, e Costa Sena (xisto) unidade do topo do Supergrupo Rio
Paraúna de Fogaça et al. (1984), ao nordeste a complexa geologia do Pré-Cambriano
na Região da Serra do Espinhaço Meridional que é marcada por domínios de evolução
diversos. Estes serão abordados mais especificamente na discussão final.
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Figura 1 – Mapa de Localização

Fonte: Mapa da área de estudo elaborado pelo autor (2018).


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4 DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Neste irem será feita a descrição dos minerais encontrados após todo o
processo de separação dos mesmos.

4.1 Hematita

O mineral possui coloração preta a cinza escuro, a cor do traço vermelho-


sangue, o brilho apresentado nas amostras é metálico, de hábito tabular, os grãos
apresentaram tamanhos variando de 5,5 a 6,6 mm (areia grossa), sua dureza é de 5,5
a 6,5, sua tenacidade é frágil, fraturas irregulares a clivagem estava ausente, mas
geralmente apresenta-se de forma irregular, foi observado oxidação. Figura 2

Figura 2 - Imagem do mineral de Hematita

Fonte: Foto tirada pelo autor (2018).

4.2 Hidróxido

O mineral possui coloração castanho escuro, e não tem uma forma definida,
sua densidade é de 3,5 a 4,3 e o mineral possuí dureza que varia de 5 a 5,5, o brilho
observado é resinoso, e sua clivagem é ausente, o tamanho dos grãos é de 2 a 3 mm,
e tem bom arredondamento. Figura 3
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Figura 3 – Imagem do mineral de Hidróxido

Fonte: Foto tirada pelo autor (2018).

4.3 Ilmenita

O mineral apresenta coloração preta, e cor do traço preto-acastanhado, o brilho


visível é submetálico, com hábito lamelar, o grão apresenta tamanho de 1 mm e sua
dureza varia de 5 a 8, sua tenacidade é leve e o mineral é resistente a corrosão, é
visível algumas fraturas conchoidais e a clivagem é pouco visível (quase nada). Foi
encontrado um único mineral de Ilmenita na amostragem em questão. Figura 4

Figura 4 – Imagem do mineral de Ilmenita

Fonte: Foto tirada pelo autor (2018).


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4.4 MicaXisto

O mineral possui coloração esbranquiçada puxando para amarelo, seu hábito


é tabular, o tamanho dos grãos varia de 1 a 2,5 mm, suas clivagens são pouco visíveis,
e possui arredondamento sub à anguloso. Figura 5

Figura 5 – Imagem do mineral MicaXisto

Fonte: Foto tirada pelo autor (2018).

4.5 Topázio

O topázio apresenta coloração incolor (sujo), sua forma é subédrica, de brilho


vítreo mas pode variar para róseo em alguns grãos, os planos de clivagem quando
aparentes são perfeitas, apresenta bastante fratura, o tamanho dos grãos variam de
1 a 2 mm (areia grossa), possui dureza 8 e densidade que varia de 3,2 a 3,6. Figura
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Figura 6 – Imagem do mineral Topázio

Fonte: Foto pelo autor (2018)


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5 DISCUSSÃO

A Hematita ocorre em rochas ígneas, metamórficas, sedimentares, como por


exemplo em granitos, sienitos, traquitos, andesitos hematita, quartzitos e ambientes
hidrotermais. A Ilmenita é um mineral de magnetismo fraco encontrado em rochas
metamórficas e intrusões geológicas de rochas ígneas, especialmente gabros e
noritos. Os Micaxistos são rochas metamórficas de xistosidade acentuada e é uma
rocha dura, formada essencialmente, por quartzo e mica (muscovita e/ou biotita),
podendo conter fesldspato, e alguns aglomerados provenientes do cimento, granadas,
estaurolita, silimanita e anfibólio, elas provém de rochas argilosas e são formadas por
metamorfismo regional. O Topázio ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta
temperatura e em cavidades existentes em rochas ácidas como granito e riolito e pode
ser encontrado em associação com fluorita e cassiterita.
O Grupo Costa Sena está representado da base para o topo, pelas Formações
Barão de Guaicuí, composta por xistos quartzosos e micáceos, e Bandeirinha,
constituída por quartzitos com lentes de metaconglomerados. O mapeamento
sistemático da sequência de xistos em uma de suas principais áreas de ocorrência
(região de Gouveia e daí para norte) tem mostrado que a concepção de que esses
litotipos constituem uma unidade geotectônica particular, posicionada no final do
Arqueano ou início do Proterozóico é em função do conhecimento atual. Constata-se,
naquela formação que seria a Formação Barão de Guaicuí, na área referida, uma
marcante predominância de xistos quartzosos e micáceos. Esse fato é bastante
evidente quando a deformação atuou sobre o embasamento gnáissico, gerando tipos
petrográficos que variam de filonitos a promilonitos, em muitos casos com
preservação completa ou parcial da mineralogia primária.
O início da deposição da Formação Sopa-Brumadinho é marcado pela
passagem de quartzitos de granulação média a grossa, da Formação São José da
Chapada, a quartzitos finos e micáceos com estratificações de filitos e metassilitos de
espessura centimétrica a métrica – sugerindo a existência de um rápido evento
transgressivo com instalação de um ambiente marinho raso. Para o topo, os quartzitos
apresentam granulação variável de fina a grossa, com cruzadas tabulares e
acanaladas de baixo ângulo e, localmente, intercalações filíticas. É frequente nos
quartzitos a ocorrência de lentes de metaconglomerado e quartzo, em matriz arenosa,
muitas vezes diamantífera. A tipologia e arranjo litológico, bem como a associação de
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estruturas sedimentares, sugerem deposição mais continental, do tipo fluvial braided.


Leques aluviais desenvolvem-se simultaneamente, relacionados ao avanço do fluvial.
Metaconglomerados com seicos subarredondados e angulosos de quartzo, quartzito
e, subordinadamente, filito, suportados por uma matriz ora quartzítica de granulação
muito fina, ora filítica, registram os fluxos de detritos associados. Intercalações
lenticulares de quartzitos mostrando intervalos com estratificação finning up podem
ocorrer. Lateralmente, em direção às porções mais distais dos leques individuais, os
detritos grossos passam lateral e verticalmente a quartzitos cada vez mais finos, os
quais podem gradar a filitos.
O conhecimento regional da Formação São João da Chapada permite boa
caracterização sedimentológica da unidade. Os litotipos predominantes são quartzitos
finos até grossos, com intercalalções filíticas de ordem centimétrica a métrica. É
comum a ocorrência de lentes de metaconglomerados e/ou metabrechas, com seixos
principalmente de quartzito e quartzo de veio em matriz quartzosa, as vezes micácea.
Associados aos metassedimentos descritos, ocorrem intercalações de filito hemaftico,
uma rocha meta-vulcânica pouco conhecida que registra a ocorrência de um
magmatismo sin-sedimentar de natureza recorrente bastante intensa durante a
deposição da Formação São João da Chapada, mas contemporâneo inclusive à
sedimentação da Formação Sopa-Brumadinho. As estruturas primárias observáveis
nos quartzitos são estratificações plano-paralelas, cruzadas tabulares e acanaladas,
normalmente de baixo ângulo, que podem atingir de três a cinco metros, e marcas
onduladas de cristas retas. As características descritas registram um contexto
dominante de deposição fluvial do tipo braided (segundo Garcia & Uhlein 1987). A
abundância de areia fina na sequência, especialmente na região de Diamantina,
sugere depósitos mais distais do sistema fluvial, com ocorrência de porções com
retrabalhamento marinho.

Sendo assim, podemos concluir que os quartzos presentes na amostra podem


ser provenientes dos veios de quartzo e dos quartzitos encontrados na área de coleta,
a hematita pode estar associada com veios hematíticos ou quartzito mais férrico que
é encontrado na área, já o micaxisto está associado com as rochas xistosas que se
encontram na área de coleta, e o hidróxido não foi concluído a que pode estar
associado por não termos a certeza se era férrico ou não.
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REFERÊNCIAS

http://sites.poli.usp.br/geologiaemetalurgia/Revistas/Edi%C3%A7%C3%A3o%
204/artigo4.6.pdf <acesso em 22/06/2018>

http://ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/11832 <acesso em 22/06/2018>


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