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Estruturas Pedagógicas

Direção-Geral dos Estabelecimentos


Área disciplinar de Biologia e Geologia
Escolares Ano letivo 2020/2021
Direção de Serviços da Região Centro

Para conhecimento do interior da Terra é preciso efectuar muitas observações e consequentes estudos.
Sabe-se que a Terra tem, em média, 6.400 Km de raio e, portanto, um estudo directo não poderá ir além
de pequenas profundidades.

De facto, para além das milhares de sondagens que se tem feito para prospecção de jazigos de petróleo
e outros minerais as quais não excedem geralmente a profundidade de 2.500 metros (quando ultrapassam
esta profundidade dizem-se ultraprofundas e não ultrapassam os 9.000 metros), efectuaram-se algumas
sondagens ultraprofundas com o objectivo de se conhecer a constituição do interior da Terra.

Contudo, a perfuração mais profunda atingiu a profundidade de 12.023 metros, realizada, em 1984, na
Península de Kola (ex-URSS), o que corresponde a 0,19% do raio da Terra. A perfuração de poços de
grande profundidade permite que se realizem importantes investigações no domínio da petrologia,
paleontologia, geoquímica e geofísica. As minas que se destinam à exploração de recursos minerais não
excedem os 4 Km de profundidade.

Diagrama mostrando os principais métodos de estudo para a compreensão da estrutura interna da


Terra.

O estudo aprofundado dos afloramentos rochosos à superfície são de grande importância para o
conhecimento da estrutura interna da Terra. Algumas rochas que têm a sua origem em profundidade podem
aflorar à superfície.

Para isso é necessário que sejam submetidas a forças que as façam ascender e, posteriormente, sejam
postas a descoberto pela erosão. O vulcanismo, no seu sentido limitado, é um fenómeno superficial, pois os
produtos emitidos na superfície e a formação do aparelho vulcânico podem ser observadas directamente.

Mas as causas do vulcanismo são de origem profunda. A matéria fundida (magma) que alimenta os
vulcões forma-se no interior da Terra em consequência de perturbações do equilíbrio normal.

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Para as zonas que ultrapassam os processos de observação directa, há que recorrer a outros métodos,
chamados indirectos, como por exemplo o magnetismo, a sismicidade, o estudo dos meteoritos e a
astrogeologia, a fim de conhecer o que se passa naquelas zonas do nosso planeta.

Contributo da Sismologia para o conhecimento do interior da Terra.

A análise sismológica dos muitos sismos (tremores de terra) que ocorrem em todo o planeta Terra, em
regiões, actualmente, bem conhecidas, foi um dos principais métodos que levou à concepção de um modelo
para a estrutura da Terra.

Para que possamos perceber, não só como foi concebido o referido modelo mas também o próprio
modelo, teremos que ter em conta alguns conceitos básicos de sismologia.

Bloco diagrama representando as principais componentes de um sismo.

Representação gráfica das duas características fundamentais de uma onda: T- Período da onda e A-
Amplitude da onda.

Sismos são abalos naturais da crosta terrestre que ocorrem num período de tempo restrito, em
determinado local, e que se propagam em todas as direcções ( Ondas Sísmicas ), dentro e à superfície da
crosta terrestre, sempre que a energia elástica ( movimento ao longo do plano de Falha ) se liberta
bruscamente nalgum ponto ( Foco ou Hipocentro ). Ao ponto que, na mesma vertical do hipocentro, se
encontra à superfície terrestre dá-se o nome de Epicentro, quase sempre rodeado pela região
macrossísmica, que abrange todos os pontos onde o abalo possa ser sentido pelo Homem.

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Representação esquemática da onda sísmica e raio sísmico.

A energia libertada no foco de um sismo propaga-se em todas as direcções sob a forma de ondas
elásticas, designadas por ondas sísmicas, que se deslocam com uma velocidade determinada (velocidade
de propagação), e segundo a direcção de propagação.

Em meios de composição homogénea, que não é o caso da Terra, as ondas sísmicas são, em todos os
pontos equidistantes, sendo um raio sísmico, por analogia com um raio luminoso, toda e qualquer normal à
superfície da onda. Deste modo é possível admitir que a energia sísmica se propaga ao longo dos raios
sísmicos. Na Terra, devido à sua composição heterogénea, o trajecto (raio sísmico) das ondas sísmicas é,
regra geral, curvilíneo.

As ondas sísmicas propagam-se através dos corpos por intermédio de movimentos ondulatórios, como
qualquer onda, dependendo a sua propagação das características físico-químicas dos corpos atravessados.

Esquema que mostra o movimento e a forma de propagação dos quatro tipos de ondas sísmicas: 1-
ondas primárias (P); 2- ondas secundárias (S); 3- ondas de Love (L); 4- ondas de Rayleigh (R). A
direcção do movimento das partículas está indicado por setas vermelhas.

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Sismograma mostrando o registo da chegada das ondas P, as de maior velocidade, chegada das
ondas S, de menor velocidade que as ondas P, o intervalo de tempo decorrido entre a chegada das
ondas P e S, e a seguir a amplitude das ondas L.

A interpretação dos sismogramas permite aos especialistas em sismologia retirarem informações


muito úteis sobre as características das zonas terrestres atravessadas pelas ondas sísmicas.

Observando o esquema apresentado do lado esquerdo, podemos dizer que as ondas sísmicas
classificam-se em dois tipos principais:
 as ondas que se geram nos focos sísmicos e se propagam no interior do globo, designadas ondas
interiores, volumétricas ou profundas (1 e 2),
 e as que são geradas com a chegada das ondas interiores à superfície terrestre, designadas por
ondas superficiais (3 e 4).

As ondas interiores, são de dois tipos:


1) Ondas primárias, longitudinais, de compressão ou simplesmente ondas P - correspondem a um
movimento vibratório em que as partículas dos materiais rochosos oscilam para a frente e para trás (1), na
mesma direcção de propagação do raio sísmico, comprimindo e distendendo as rochas alternadamente; a
direcção de vibração das particulas é a mesma da propagação da superfície de onda; são as mais rápidas
e, portanto, as primeiras a atingir a superfície terrestre, daí também a designação de ondas primae.

2) Ondas transversais, de cisalhamento ou simplesmente ondas S - provocam vibrações nas


partículas numa direcção perpendicular ao raio sísmico (2), isto é, as partículas que transmitem as ondas
vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda; propagam-se com menos velocidade do que
as ondas P, atingindo a superfície terrestre em segundo lugar, sendo, também, designadas por ondas
secundae.

As ondas P propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos, havendo variação de velocidade
quando passam de um meio para o outro, enquanto as ondas S apenas se propagam nos meios sólidos. A
velocidade das ondas P e S varia com as propriedades das rochas que atravessam, nomeadamente com a
sua rigidez e com a sua densidade.

Com a chegada das ondas interiores à superfície geram-se ondas superficiais que são, em geral, as
causadoras das destruições provocadas pelos sismos de grande intensidade. Nas ondas superficiais
distinguem-se dois tipos:
1) Ondas de Love ou ondas L, que são ondas de torsão, em que o movimento das partículas é
horizontal e em ângulo recto (perpendicular) à direcção de propagação da onda (3);
2) Ondas de Rayleigh ou ondas R, que são ondas circulares em que o movimento das partículas se
produz num plano vertical àquele em que se encontra a direcção de propagação da onda (4). As ondas
superficiais propagam-se com menor velocidade que as ondas P e S.

Os sismógrafos são aparelhos de precisão que registam, em sismogramas, as ondas sísmicas.

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A partir dos dados obtidos de vários sismogramas, é possível traçar-se um gráfico, como o representado
acima, que relaciona o tempo gasto pelas ondas sísmicas com a distância epicentral. A velocidade das
ondas P e S aumenta com a distância ao epicentro e a velocidade da onda L mantêm-se constante. A
velocidade média das ondas sísmicas não é constante. Para o caso considerado, aumenta com a
profundidade (quanto maior é a distância epicentral, maior é a profundidade atingida pelas ondas sísmicas),
o que significa que o meio de propagação, isto é, o interior da Terra não é homogéneo sob o ponto de vista
das grandezas que influenciam a sua propagação.

Os raios sísmicos, tal como os raios luminosos, sofrem reflexão e refracção ao passarem de um meio
para outro de características físicas diferentes. Para ângulos de incidência superiores ao valor do ângulo
crítico, o raio sísmico só se reflecte. Para valores inferiores ao valor do ângulo crítico, o raio sísmico
refracta-se e reflecte-se.

Em sismologia, à superfície de separação entre dois meios com propriedades físicas diferentes chama-
se descontinuidade.

As trajectórias das ondas P e S são curvilíneas. Como a Terra é heterogénea, admite-se que as ondas
sísmicas atravessem meios com propriedades físicas diferentes.

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Esquema representando uma onda sísmica directa, reflectida e refractada.

Logo que um raio sísmico toca uma superfície, separando dois meios de propagação diferentes
(superfícies de descontinuidade), reflecte-se e/ou refracta-se de modo que as suas trajectórias permitem,
aos sismólogos, conhecer as características dos meios atravessados.

Esquema representando possíveis comportamentos de uma onda P, numa superfície de


descontinuidade, entre dois meios sólidos.

São precisamente estes fenómenos de reflexão e de refracção que explicam o facto de as ondas
atingirem a superfície terrestre de modo desigual, originando para cada sismo uma zona de sombra, isto é,
uma zona onde não se propagam ondas P e S directas e, consequentemente, não se manifesta actividade
sísmica.

Esquema do trajecto das ondas sísmicas nas zonas mais superficiais da Terra.

As estações sismográficas A, B e C, representadas no esquema, encontram-se a diferentes distâncias


do epicentro de um mesmo sismo. Naturalmente é de esperar que as ondas cheguem primeiro à estação A,
a mais próxima do epicentro, depois à estação B e, só depois, à estação C, que se encontra mais afastada.
Em regra é assim que sucede. No entanto, nalguns casos, as ondas chegam primeiro à estação C. Tal só
pode ser justificado admitindo que, ao atingirem determinada profundidade (na passagem do meio I para o
meio II), a velocidade das ondas aumenta abruptamente, a ponto de percorrer em menos tempo um espaço
maior.
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Em 1909, em Zagreb na Jugoslávia, André Mohorovicic, notável geofísico, depois de complicados
cálculos matemáticos chegou à conclusão que uma descontinuidade separa a crosta terrestre do que se
encontra por baixo; este limite, denominado em sua honra descontinuidade de Mohorovicic,
descontinuidade de Moho ou descontinuidade M, situa-se a uma profundidade média de 40 quilómetros.
À zona situada abaixo dessa descontinuidade chamou-se manto. A descoberta de Mohorovicic permitiu
seleccionar dados com interesse para o conhecimento da estrutura da Terra.

É de salientar que a profundidade da crosta (crusta) não é constante, variando entre os 5 e os 10 Km de


espessura sob os oceanos, e entre os 20 e os 70 Km sob os continentes, sendo os valores mais elevados
atingidos nas grandes cadeias montanhosas continentais.

A diferença de velocidade de propagação das ondas P nos oceanos (7 Km/s) e nos continentes (6 Km/s)
permite considerar a crusta (crosta) subdividida em dois tipos: crusta continental e crusta oceânica. Esta
variação da velocidade das ondas P ao longo da crusta deve-se à variação da sua composição - a crusta
continental é constituída, essencialmente por rochas graníticas (d=2,7), enquanto que a oceânica é
constituída, principalmente, por rochas basálticas mais densas (d=2,9).

Esquema mostrando as zonas de sombra assinaladas pelo comportamento das S e P à profundidade


de 2900 Km (limite da zona representada a amarelo) e 5.150 Km (limite da zona representada a
branco), bem como os diferentes estados físicos das sucessivas camadas concêntricas da Terra,
deduzidos a partir das velocidades de propagação das ondas sísmicas.

Em 1906, o irlandês Oldham verificou que as ondas P registadas no pólo oposto ao epicentro de um
sismo se encontravam atrasadas em comparação com as registadas nas proximidades do epicentro,
propagando-se a 4,5 Km/s em vez dos 6,5 Km/s habitualmente observáveis. Oldham concluiu que "as
ondas, penetrando a grande profundidade, atravessam um núcleo central composto por uma matéria
diferente, que as transmite com menor velocidade".

E, assim, admitiu-se pela primeira vez a existência de um núcleo, contudo, de dimensão desconhecida.
Sete anos mais tarde, o alemão Beno Gutenberg consegue determinar a sua dimensão, depois de observar
que, para cada sismo, existe um sector da superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas
directas, isto é, ondas sísmicas que atingem a superfície terrestre sem sofrerem desvios na sua trajectória,
que, no interior da Terra, é geralmente curvilínea.

A esta faixa dá-se o nome de zona de sombra e a mesma situa-se a uma distância angular do epicentro
compreendida entre os 105o e os 142o (103o e 143o); fazendo a conversão da distância angular em distância
quilométrica, sobre a superfície terrestre, a zona de sombra de um sismo situa-se entre os 11.500 e os
14.000 Km de distância do epicentro. As estações sismográficas localizadas até 105 o registavam a chegada
das ondas P e S nos horários previstos; as estações situadas para além dos 142 o do epicentro do sismo
não registavam a chegada das ondas S (S sombra), e as ondas P (K) eram registadas com atraso em
relação ao tempo previsto.

Gutenberg demonstrou que esta zona de sombra se deve a uma descontinuidade. A análise comparada
de séries de sismogramas de diferentes estações sismográficas permitiu a Gutenberg calcular a
profundidade desta descontinuidade - 2.900 Km.

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Por este facto, a esta fronteira que assinala o início do núcleo, dá-se o nome de descontinuidade de
Gutenberg (no esquema acima representado corresponde ao limite da zona amarela).

Esquema apresentando o ângulo delta=105o que corresponde ao começo da zona de sombra das
ondas sísmicas S e o raio da Terra=6.350 Km. Sabendo que a superfície de descontinuidade de
Gutenberg se situa à profundidade de 2.900 Km é fácil, a partir do esquema, calcular o valor do raio
do núcleo.

Esquema mostrando de forma muito simplificada a composição química (elementos principais), o


estado físico, as temperaturas e as profundidades das camadas quase concêntricas, definidas por
descontinuidades, que constituem o modelo da estrutura interna da Terra.

Situado sob a descontinuidade de Gutenberg, o núcleo, é constituído essencialmente por ferro e níquel,
podendo conter algum silício e enxofre. Subdivide-se em núcleo externo (até 5.200 Km; 30,8% da massa
da Terra; profundidade de 2.890 - 5.150 Km), supostamente líquido, como se deduz do comportamento das
ondas sísmicas, e núcleo interno (1,7% da massa de Terra; profundidade de 5.150 - 6.370 Km ),
considerado como estando no estado sólido. A descontinuidade de Lehmann separa os dois meios.

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Esquema representando um mapa com os resultados de uma inversão tomográfica de uma secção
do manto situada na região equatorial da Terra. As cores frias representam desvios positivos da
velocidade das ondas sísmicas em profundidade, a partir de uma média radialmente simétrica. As
cores quentes representam desvios negativos da velocidade das ondas sísmicas em profundidade.
Sabendo que o manto tem uma composição aproximadamente constante, deduz-se que os desvios
das velocidades resultam das diferenças de temperatura; com as cores frias para o manto rígido e as
cores quentes para o manto plástico. A circunferência a tracejado corresponde a uma
descontinuidade que se situa a cerca de 670 Km de profundidade; os limites das placas tectónicas
estão representados a amarelo na região central do mapa index.

Para a medição das descontinuidades laterais é preciso fazer uma grande quantidade de medições
sismográficas e, depois, usar a tomografia que é a reconstrução de uma imagem (mapa) a partir das
projecções sismográficas e das zonas de sombra. Podemos fazer uma analogia entre a tomografia e o raio
X usado pelos médicos. O raio X feito a um paciente a partir de diferentes direcções e reconstituído numa
imagem única será análogo a uma tomografia de uma região terrestre.

Secção esquemática representando um corte em profundidade ao longo do raio terrestre.

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Crusta e litosfera - A crusta (crosta) terrestre é a zona mais superficial e de menor densidade (d=2,7
g/cm3 a 2,9 g/cm3).

Com base na velocidade de propagação das ondas sísmicas, na crusta terrestre, os sismólogos
chegaram aos seguintes resultados: à profundidade de cerca de 17 Km há uma variação na velocidade de
propagação das ondas P e S, o que pressupõe a alteração das características do material e por conseguinte
a existência de uma descontinuidade, designada descontinuidade de Conrad.

Entre a superfície e a descontinuidade de Conrad a velocidade de propagação das ondas sísmicas é:


Vp=5,6 Km/s e Vs=3,3 Km/s; a partir da descontinuidade de Conrad até à descontinuidade de Moho os
valores são: Vp=6 a 7 Km/s e Vs=3,7 Km/s. Deste modo, a descontinuidade de Conrad subdivide a crusta
continental em: crusta continental superior e crusta continental inferior.

A primeira camada, também designada por Sial, devido ao predomínio do silício (Si) e do aluminio (Al),
sendo constituída em grande parte por rochas do tipo geral do granito - camada granítica; a segunda,
denominada Sima, por ser rica em silício (Si) e magnésio (Mg), deverá ser constituída por rochas da família
do gabro e do tipo do basalto - camada basáltica.

A crusta oceânica é formada por uma camada basáltica, com velocidades de propagação das ondas
sísmicas do tipo P entre 4 a 5 Km/s, com cerca de 1 a 4 Km de espessura e pela camada oceânica, com
velocidade de progação das ondas do tipo P entre 6 a 7 Km/s, com cerca de 5 a 6 Km de espessura.

Quer a crusta continental, quer a oceânica, possuem na sua parte superior uma camada sedimentar de
espessura variável. A litosfera, com espessura de aproximadamente 100 Km, engloba as rochas da crusta
terrestre (continental e oceânica) e uma parte do manto superior, como uma unidade rígida.

A litosfera é formada por um mosaico de placas rígidas e móveis - as placas litosféricas ou tectónicas.

A astenosfera, representada na secção esquemática, entre os 400 e 650 Km de profundidade, com a


cor verde claro, segue-se à litosfera, fazendo parte do manto superior, é uma zona plástica constituída por
rochas fundidas.

Na astenosfera as ondas propagam-se com uma velocidade menor do que na litosfera, o que leva alguns
autores a designá-la por zona de baixas velocidades. A astenosfera constitui uma camada importante na
mobilidade da litosfera, não só por ser constituída por materiais plásticos mas também por nela se
desenvolverem as correntes de convexão.

O manto inferior está separado da astenosfera pela descontinuidade de Repetti, prolonga-se até à
base do núcleo (2.700 - 2.890 Km). A camada D" tem uma espessura calculada entre 200 e 300 Km e
representa cerca de 4% da massa manto-crusta. Faz parte do manto inferior, acontecendo que
descontinuidades sísmicas sugerem que a camada D" pode diferir quimicamente do manto inferior.

O núcleo constitui a zona central, essencialmente formado por ferro e níquel e diferente da composição
dos silicatos que o envolvem. Com base nas propriedades físicas, é possível distinguir duas zonas: núcleo
interno, sólido, e núcleo externo, líquido.

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A estrutura interna da Terra segundo diferentes conceitos, de acordo com as diferentes
características físicas consideradas.

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