Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Superfície de fratura (falha) -> Uma falha que ao longo da qual ocorreu um
movimento relativo entre os dois blocos que se separa.
De acordo com a sua profundidade focal, os sismos podem ser classificados em:
√
4
𝑘+ 𝑟
3
𝑉 𝑝=
𝑑
𝑉 𝑠=
√ 𝑟
𝑑
Rigidez (r) -> A propriedade que confere à matéria uma forma definida; assim
sendo, a rigidez dos líquidos é nula.
𝑚
Densidade (d) -> Concentração da matéria (m) num dado volume (v), sendo 𝑑= .
𝑣
Módulo de incompressibilidade (k) -> Avalia a resistência de um corpo sólido à
variação de volume em função de pressão.
√
4
𝑘+ × 0
𝑉 𝑝=
3
𝑑
=
𝑘+ 0
𝑑 √
=
𝑘
𝑑 √
𝑉 𝑠=
√ 0
𝑑
=0 km/s
Solo estável -> Sedimentos fracamente compactados com os poros preenchidos por
água.
Solo liquefeito -> A vibração aumenta o espaço entre os sedimentos e o solo perde a
sua resistência mecânica fluindo como um líquido.
Um sismo pode ser avaliado em uma escala de intensidade sísmica e uma escala de
magnitude sísmica.
Intensidade -> Avalia um sismo em função do grau de perceção que a população teve
dele e do seu grau de destruição, sendo determinada pelo preenchimento de um
questionário padrão distribuído pelas entidades oficiais. Depende do local pois a
perceção é diferente de local para local e também da altitude, se a pessoa está num
ponto alto sentirá mais forte do que uma pessoa que está num ponto mais baixo. É
feita a média dessa intensidade através desse questionário. Usa-se a Escala
Internacional ou de Mercalli Modificada com doze graus para definir a intensidade.
Com novos métodos de construção existem técnicas com materiais que contêm
sismoresistência aos edifícios e diferentes graus de vulnerabilidade aos sismos,
levaram a que fosse revista a Escala de Mercalli Modificada em 1998, assim
estabelecida a Escala Macrossísmica Europoeia. Em algumas zonas sísmicas sabe-se
mais ou menos onde está localizado o epicentro, porém, geralmente tem de se
calcular onde o mesmo se localiza.
A intensidade depende:
Intensidade Estragos
I - Não sentido Nenhuns
II – Escassamente sentido Nenhuns
III - Fraco Nenhuns
IV – Amplamente observado Nenhuns
V - Forte Muito ligeiros
VI –Ligeiramente danificante Ligeiros
VII - Danificante Moderados
VIII – Muito danificante Moderados/Severos
IX - Destrutivo Severos
X+ -Muito destrutivo Muito severos
Para um sismo existe apenas uma magnitude, mas várias intensidades conforme a
sua distância ao epicentro, a geologia da região, o tipo de edificações ou a sua
densidade populacional. Ao contrário da escala de intensidades que é qualitativa, a
escala de magnitudes é quantitativa, calculada a partir de dados fornecidos pelos
sismogramas.
A escala de Richter é uma escala aberta (sem limite máximo), sendo, contundo,
reduzido o registo de sismo com magnitude superior a 9.
Dados de propagação de ondas sísmicas e profundidade das descontinuidades da
geosfera
Uma frente de onda sísmica durante a sua expansão, a partir do seu ponto de
origem entra-se as zonas de separação entre meios com propriedades elásticas
distintas (rigidez, incompressibilidade e densidade). Esta zona de separação
designa-se descontinuidade e no interior da geosfera definem-se três:
(1) onda direta –> Onda sísmica inicial, com origem no foco, que emerge na
superfície sem interagir com qualquer superfície de descontinuidade do
interior da geosfera;
(2) onda refletida –> É uma nova onda, formada numa superfície de
descontinuidade, ou seja, não tem origem no foco, que se propaga em sentido
contrário e no mesmo meio em que a onda inicial se estava a propagar;
(3) onda refratada –> É a onda transmitida para o segundo meio, numa
superfície de descontinuidade (ou seja, também não tem origem no foco, mas
sim na superfície da descontinuidade).
O ângulo de reflexão e de refração e a direção de propagação das ondas a partir de
uma superfície de descontinuidade, depende do ângulo de incidência e da velocidade
da onda.
Descontinuidade de Mohorovicic
A
onda B (refratada) atinge a estação sismográfica mais rapidamente do que a onda A
(direta) porque a velocidade de propagação no manto é superior.
Descontinuidade de Gutenberg
A existência de uma zona de sombra para cada sismo é uma consequência das
propriedades físicas dos materiais que constituem o núcleo bem como da sua
dimensão. Nessa zona podem ser registadas ondas sísmicas que sofrem várias
reflexões sendo por isso ondas de muita baixa energia.
Descontinuidade de Lehmann
A distribuição dos sismos a nível mundial não é aleatória, pois geralmente coincide
com o limite das placas tectónicas que são geologicamente instáveis.
Sismos interplaca -> Ocorrem nas zonas de fronteira das placas verificando-se uma
maior ocorrência destes sismos em zonas de colisão.
Sismicidade interplaca
A subducção entre placas oceânicas é capaz de gerar violentos sismos, como o que
ocorreu nas ilhas Aleutas e no Arquipélago indonésio.
Factos geológicos sugerem que há milhões de anos atrás, a placa que suporta o
continente africano começou a dividir-se, divisão essa que ainda não se concluiu,
mas da qual existem cicatrizes que constituem, atualmente o Vale de Rifte
Africano. A atividade tectónica que caracteriza esta zona é a zona responsável pela
sismicidade desta região. Os sismos originados por este movimento são de menor
magnitude.
Sismicidade em Portugal
Em Portugal, no contexto da tectónica de placas, situa-se na Placa Euroasiática,
limitada a sul pela Falha de Açores-Gibraltar (corresponde à fronteira entre as
placas Euroasiática e Africana) e a Oeste pela Dorsal Médio-Atlântica. O
movimento das placas caracteriza-se pelo movimento divergente no rifte médio-
atlântico. A localização do epicentro do sismo de 1/11/1755 (sismo interplaca)
permanece ainda incerta. A Falha Açores-Gibraltar a mais de 100 km da costa, no
Banco de Gorringe é uma das hipóteses de localização desse epicentro.
Alguns estudos de hoje em dia apontam para outras localizações prováveis de entre
elas a denominada Falha do Marquês de Pombal que se situa a 100 km a Oeste do
Cabelo de São Vicente. O sismo ocorreu às 9h40 e às 10h00, um gigantesco tsunami
abateu-se sobre a zona ribeirinha de Lisboa, matando milhares de pessoas que
nessa zona tinham procurado refúgio, fugindo de uma cidade incendiada e em
ruínas. Este sismo foi sentido em Marrocos onde houve também grandes
derrocadas e muitas vítimas, e provocou pequenos estragos no Norte de Portugal,
no sul de Espanha e na Argélia. Contudo a área onde foi percetível estendeu-se a
França, Suíça, Itália, Alemanha, Madeira e Açores. A magnitude deste sismo
estima-se que tenha sido de 8,7 a 9,0 ou superior.
Depois do sismo de 1755, um outro também muito forte assolou o país, foi o sismo
de 28 de fevereiro de 1969 com epicentro a 200 km de Sagres, na Falha Açores-
Gibraltar com magnitude de 7,9. A sua intensidade em Lisboa foi de grau VII e em
Sagres de grau VIII.
Por sua vez, a intensa atividade sísmica dos Açores, tal como a sua atividade
vulcânica que se deve ao seu enquadramento tectónico, nomeadamente à Falha da
Glória, ao Rifte da Terceira, à Dorsal Médio-Atlântica, bem como ao sistema de
falhas associado.
Ainda não é possível prever um sismo, mas a investigação nas áreas tem fornecido
importantes elementos para a minimização dos seus efeitos ao identificar zonas de
maior risco. O perigo da atividade sísmica depende da magnitude, da intensidade e
da densidade populacional na área em análise.
1. Lacuna sísmica -> Secção de uma falha geológica que tendo produzido
terramotos no passado se encontra em passiva/silenciosa. Em falhas muito
ativas, estas lacunas dão indicações sobre a probabilidade da ocorrência de
sismos nesses locais.
2. Intervalo de recorrência sísmica -> Intervalo de tempo entre sismos de uma
dada magnitude. Verifica-se que alguns terramotos ocorrem em intervalos de
tempo regulares, permitindo prever novas ocorrências.