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O que é um sismo?

•  Um sismo é um movimento vibratório da superfície terrestre,


brusco e de curta duração, que tem origem numa libertação
repentina de energia.

•  A Sismologia é a ciência que estuda os sismos (tremores de terra),


as suas causas e efeitos.

•  Existem microssismos (de fraca intensidade e imperceptíveis pela


população) ou macrossismos ou terramotos (de grande
intensidade e causadores de estragos).

Um sismo não é um fenónemo isolado…


•  Antes do sismo principal podem ocorrem abalos de pequena
intensidade - Abalos premonitórios.
•  Após a ocorrência do sismo principal também é frequente
ocorrerem sismos mais fracos que chegam a durar meses –
Réplicas
Parâmetros de caracterização de um sismo
Hipocentro ou foco sísmico
– local no interior da Terra onde um
sismo tem origem.

A libertação súbita de energia


traduz-se pela vibração das
partículas rochosas que se
transmite segundo superfícies
concêntricas denominadas ondas
sísmicas.

Epicentro – ponto à superfície


terrestre, situado na vertical do
hipocentro, onde o sismo é sentido em
primeiro lugar e com maior
intensidade.

A intensidade do sismo
diminui com o aumento da
distância ao epicentro.
•  Um Terramoto é um sismo cujo epicentro se situa na crosta
continental.
•  Um Maremoto é um sismo cujo epicentro se situa no mar.
Este provoca vagas de ondas gigantescas que se propagam
a grandes distâncias – as tsunamis.
Principais causas dos sismos
Naturais Artificiais ou
induzidos
(provocados pelo
Homem)

•  Explosões (operação de
minas ou testes
nucleares);
•  Construção de
barragens (o
preenchimento de água
nas falhas).
Forças que desencadeiam os sismos tectónicos:
Forças compressivas:
Os materiais são comprimidos,
tendendo a reduzir o seu volume.

Forças distensivas:
Levam ao estiramento e alongamento
do material rochoso.

Forças de cisalhamento:
Os materiais são submetidos
movimentos horizontais, com
sentidos inversos.
Forças que desencadeiam os sismos:
Como reagem as rochas quando submetidas a estas forças?!
DEFORMAM OU FRACTURAM!!!
Forças que desencadeiam os sismos:
NATUREZA DOS MATERIAIS E SUA RESPOSTA À FORÇA APLICADA
Falhas - elementos característicos:
Tipos de falhas:
Mas como ocorre um sismo?

Actuação contínua da força

Deformação gradual da rocha com


acumulação de energia

Ultrapassa limite de plasticidade


Ruptura das rochas com
deslocamento de blocos – FALHA

Libertação brusca da energia


acumulada [SISMO
Mas como ocorre um sismo?
Como se sente um sismo?

Quando ocorre um sismo, a energia


libertada a partir do hipocentro provoca a
vibração elástica das partículas
circundantes mais próximas, fazendo com
que estas se desloquem (oscilam e voltam
à posição inicial).

Este movimento é depois transmitido


partícula a partícula pelo interior da Terra,
ocorrendo assim a sua propagação –
formam-se ONDAS SÍSMICAS.

Frente de onda – separa uma região em


que as partículas se encontram num
estado de vibração de uma região que
ainda o não experimentou.
Raio sísmico – qualquer trajetória
perpendicular à frente de onda.
Como se sente um sismo?

Ondas profundas ou de volume (propagam-se no interior


da Terra; são mais rápidas e provocam menor destruição)

Ondas P (primárias ou longitudinais) [1]


Ondas S (secundárias ou transversais) [2]

Ondas superficiais ou longas (propagam-se apenas ao


longo da superfície terrestre, resultando da interacção das ondas
profundas quando chegam à superfície; são mais lentas e mais destrutivas)

Ondas de Love [3]


Ondas de Rayleigh [4]

As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo


como as partículas oscilam em relação à direcção de
propagação.
-Ondas primárias, longitudinais ou de compressão;
- Vibram paralelamente à direcção de propagação da onda;
- Provocam alterações de volume do material rochoso;
- São as mais rápidas e as primeiras a registar;
- Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
-Ondas secundárias ou transversais;
- Vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda;
- Provocam alterações de forma do material rochoso e não de volume;
- São mais lentas que as ondas P e as segundas a registar;
- Propagam-se apenas em meios sólidos.
Ondas de Love Ondas de Rayleigh
- O d e s l o c a m e n t o d a s -A trajectória das partículas
partículas é perpendicular à tem um forma elíptica
direcção de propagação mas provocando no solo ondulações
paralelo à superfície; semelhantes às ondas
- Só se propagam em meios marinhas.
sólidos. - Propagam-se em meios sólidos
e líquidos.
Como se sente um sismo?

As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo como


as partículas oscilam em relação à direcção de propagação.
Como se regista um sismo?
Sismógrafos
Aparelhos que registam,
com precisão e nitidez,
as ondas sísmicas.
Numa estação sismográfica são
utilizados geralmente 3 sismógrafos
para registar os movimentos do solo.
Um para os movimentos verticais e os
outros dois registam movimentos
horizontais, um orientado na direcção
N-S e o outro na direcção E-W.

Sismogramas
Registo gráfico da
propagação das ondas
sísmicas.
Como se regista um sismo?
INFORMAÇÕES DE UM SISMOGRAMA:
Como se regista um sismo?

P S L

17:49:20
17:43:50 17:44:50

  Identifica os três tipos de ondas.


  A que horas começaram a ser registadas as diferentes ondas?
  Qual das ondas apresenta maior amplitude?
  Atendendo à amplitude, quais das ondas serão mais destrutivas?
Variação da velocidade das ondas
sísmicas com a distância ao epicentro:
Gráfico da distância
percorrida em função do
tempo com as
velocidades médias de
deslocação das ondas P e
S.

Estação 1 - 1500 km - 3min


Estação 2 - 5600 km - 8 min
Estação 3 - 8600 km - 11 min

Embora todas as ondas partam do hipocentro ao mesmo tempo, verifica-se que o seu registo em sismogramas
não é simultâneo. Este facto deve-se à diferente velocidade de cada onda sísmica.
Constata-se ainda que quanto mais longe do epicentro estiver a estação sismográfica, maior será o
desfasamento entre os tempos de chegada das várias ondas sísmicas.
Como medir /avaliar um sismo?
ESCALA DE MERCALLI ESCALA DE
MODIFICADA RICHTER
avalia avalia

INTENSIDADE MAGNITUDE

É a medida das consequências É a quantidade de energia


(danos) causados nas infra- libertada no hipocentro ou foco
estruturas e às populações. sísmico.
Determinada pelo preenchimento de um Determinada pela amplitude das ondas
inquérito padrão distribuído à população sísmicas registadas nos sismogramas

Avaliação qualitativa e Avaliação quantitativa e


subjectiva objectiva
"Eram 4h30 da manhã quando houve este grande abanão provocado
pelo terramoto, que deitou ao chão vários livros e cassetes de vídeo.
Não provocou outros estragos dentro de casa, mas foi, de facto, muito
forte, durou cerca de um minuto".

INTENSIDADE

ESCALA DE MERCALLI MODIFICADA

A escala de Mercalli baseia-se na Intensidade de um sismo, ou


seja, nos danos causados às populações e habitações.
É composta por 12 graus designados em numeração romana
de I a XII.
Escala de Mercalli
“Ocorreu um sismo de 7,9 graus na escala de
Richter na região de Tonga”

MAGNITUDE

ESCALA DE RICHTER

A escala de Richter baseia-se na Magnitude de um sismo, ou


seja, na energia libertada no foco sísmico.
Na Escala de Richter a energia libertada aumenta exponencialmente.
A energia libertada por um sismo com determinada magnitude é cerca
de 30x maior a de um sismo de uma unidade de magnitude abaixo.

Esta escala é aberta… Os valores máximos, conhecidos na


Terra, não ultrapassaram o grau 9.

10- 56 000 000 000 ton


9- Destruição total 1800 000 000 ton
8- Grande destruição 56 000 000 ton
Magnitude

7- Sismo forte 18 000 000 ton


6- Sismo moderado 56 000 ton
5- Sismo ligeiro 1800 ton
4- Sismo sentido pelo Homem 56 ton
3- 1,8 ton Energia libertada:
2- 0,056 ton equivalente a
1- toneladas de
0- Energia libertada explosivos
durante o sismo
1.  Qual a intensidade do sismo na zona epicentral?
2.  Indique duas localidades pertencentes a ilhas diferentes em que o sismo atingiu a mesma
intensidade.
3.  Em qual das ilhas representadas o sismo não foi sentido? Justifique a sua resposta.
4.  Explique como varia a intensidade sísmica com a distância ao epicentro.
5.  Que explicação sugere para o facto de, na maior parte dos casos, as isossistas não serem
circunferências?
6.  Explique qual a razão das isossistas serem marcadas a tracejado sobre as zonas oceânicas.
à Será que a intensidade de um sismo é constante em toda
a região afectada? NÃO, a intensidade sísmica vai decrescendo à medida
que nos afastamos do epicentro.

Epicentro

Após a determinação da Isossistas – são linhas curvas, fechadas,


intensidade de um sismo em
vários locais da região onde foi distribuídas em torno do epicentro, que
sentido e localizado o epicentro, unem pontos com igual intensidade
pode obter-se uma carta de
isossistas. sísmica.
As isossistas apresentam
forma irregular, não sendo
circunferências concêntricas
em torno do epicentro pois os
materiais por onde se
propagam as vibrações não
são todos iguais e essa
heterogeneidade condiciona a
propagação das ondas.

Não são traçadas isossistas


sobre os oceanos pois aí não
existem construções nem se
observa a topografia, não
sendo por isso possível definir
uma intensidade.
Carta de isossistas.
à A intensidade de um sismo depende vários factores:

Ø  da distância ao epicentro


(quanto maior a distância epicentral, menor a intensidade)

Ø  da profundidade do hipocentro


(quanto maior a profundidade, menor a intensidade do sismo à superfície)

Ø  da natureza do solo


(solos arenosos são mais instáveis; solos de rocha consolidada são mais
estáveis)

Ø  da magnitude do sismo


(quanto maior a quantidade de energia libertada pelo sismo, maior a
intensidade)
Determinação do epicentro de um sismo
•  São necessárias 3 estações
sismográficas para localizar o
epicentro. Sabe-se a
velocidade média de
deslocação destas ondas.

•  Após um sismo, a diferença


de tempo entre a chegada
das ondas P e S pode ser
usada para calcular a
distância do sismógrafo ao
epicentro.

•  Traça-se um círculo em que o


raio é igual à distância ao
epicentro (tendo em conta a
escala do mapa).

•  A intersecção dos círculos


indica a localização do EXERCÍCIO PG. 183 DO MANUAL
epicentro.
Determinação da magnitude de um sismo

Em 1935, Charles Richter


aperfeiçoou o processo que
permite estimar a energia
libertada no foco de um
sismo, a partir de dados
fornecidos pelos
sismogramas.

EXERCÍCIO PG. 187


DO MANUAL

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