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Ciências Naturais 

do 9º ano

Sismologia

Sismologia: é o ramo da geofísica que estuda os sismos e os fenómenos relacionados


com a sua ocorrência.

Sismos ou Tremores de Terra: são vibrações ou abalos bruscos da crosta terrestre,


mais ou menos intensa e de curta duração e localizados.

Sismólogo – é a pessoa que se dedica ao estudo dos sismos.

Causas dos sismos

1. Naturais:
 Desmoronamento de grutas - sismos de colapso
 Deslocamento do magma - sismos vulcânicos
 Rotura de rochas - sismos tectónicos

2. Artificiais: Produzidos pela actividade humana


 Pedreiras e construção civil
 Explosões de minas
 Testes nucleares
 Rompimento de barragens
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Consequências dos sismos

Muitos sismos têm efeitos catastróficos e outros manifestam em vibrações pouco


intensas que muitas vezes não são percebidas pela população.

Os sismos violentos tem consequências graves tais como:

 Destruição das construções


 Deformações das linhas férreas
 Aparição de fracturas no solo
 Desvio de cursos de água
 Elevação ou abatimento de certas porções de terreno
 Perdas de vidas humanas

O mecanismo dos sismos tectónicos

Como É Que Acontece Um Sismo?


Os sismos originados pela ruptura de rochas no interior da terra são designados sismos
tectónicos.

Os sismos tectónicos têm origem no interior da terra quando há rotura de rochas que
estão sujeitas a elevada pressão. As rochas possuem uma certa elasticidade,
primeiramente sofrem uma deformação e a parte sujeita a maior pressão sofre um
abatimento.
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Quando ultrapassa o limite de elasticidade dá-se o rompimento da rocha. No momento


da ruptura é libertado uma grande quantidade de energia que provoca vibrações em
formas de ondas sísmicas que se propagam em todas as direções até a superfície.

Hipocentro e epicentro sísmico

Hipocentro ou foco sísmico - é a zona do interior da terra onde o sismo tem


origem. A maior parte dos sismos tem origem a 60 km de profundidade, mas há sismos
com origem a profundidades maiores, de até 700 km.

O tempo que as ondas sísmicas demoram para chegar na superfície é tanto maior
quanto maior for a distância ao foco.

Epicentro – é o local situado a superfície, na vertical do hipocentro. É onde os


sismos chegam em primeiro lugar e se faz sentir com maior intensidade.

A medida que se afasta do epicentro a intensidade sísmica vai diminuindo


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Nota: No epicentro a intensidade sísmica é maior do que nos outros pontos atingidos
pelas ondas sísmicas na superfície terrestre, isto é, quanto mais perto do epicentro maior
é a intensidade de se sentir o sismo.

Classificação dos sismos

Os sismos são classificados de acordo com o local do epicentro em:

Terramoto - quando o epicentro sísmico situa-se na crosta continental.

Maremoto - quando o epicentro sísmico situa-se na crosta oceânica. Formam-se ondas


gigantes que invadem as zonas costeiras chamados tsunamis.

Os fortes sismos ou violentos são normalmente acompanhados de um ruído brutal vindo


do interior da Terra. Geralmente são precedidos e seguidos de outros sismos mais
fracos.

Os sismos fracos que ocorrem antes dos fortes sismos são chamados sismos
preliminares.

Os sismos fracos que ocorrem após fortes sismos são chamados réplicas.

Tipos de ondas sísmicas

Existem três tipos de ondas sísmicas, tendo em conta a amplitude, velocidade e


modo de propagação.

Tipos De Ondas Sísmicas

Quanto à origem, as ondas sísmicas classificam-se em:


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 Ondas Sísmicas Interiores ou Profundas - são ondas originadas a partir do


hipocentro— Ondas P e Ondas S

 Ondas Sísmicas Superficiais: são ondas sísmicas geradas das ondas sísmicas
interiores— ondas L

Ondas longitudinais ou primarias (P) – são as ondas de menor amplitude e maior


velocidade que se propagam quase em linha recta. São as primeiras ondas a serem
registados nos sismógrafos.

 São Ondas Primárias – porque são as primeiras ondas a atingir a superfície


terrestre;
 São Ondas Longitudinais - porque a vibração das partículas ocorre na mesma
direcção do movimento das ondas,
 São Compressivos e de Dilatação - apertam e dilatam os materiais rochosos;
Propagam – se em profundidade;
 É mais rápida e consegue se propagar em todos os meios (sólidos, líquidos e
gasoso);
 São as que tem menor amplitude em relação as ondas S;
 Atravessam zonas líquidas com menor velocidade do que quando atravessam
zonas sólidas.

Ondas transversais ou secundárias (S) – apresentam amplitude maior do que as


ondas P, mas a sua velocidade é menor. É a segunda onda detectada pelos
sismógrafos.
 São Ondas Secundárias - porque atinge a superfície terrestre em segundo lugar;
 São Ondas Transversais - porque a vibração das partículas é perpendicular à
direcção de propagação da onda;
 Propagam – se em meio sólido;
 Não se propaga no núcleo externo;

As ondas interiores quando atingem a superfície terrestre originam as ondas


sísmicas superficiais. As ondas P e S propagam-se no interior da terra a partir do
hipocentro. As ondas P chegam em primeiro lugar na superfície. Quando as ondas P e S
chegam na superfície transformam-se em ondas L, responsáveis por todos os estragos.
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Ondas superficiais ou longas (L) – propagam-se na superfície a partir do


epicentro.

 Propagam com menor velocidade do que as ondas interiores e quase constante.


 São as ondas de maior amplitude.
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Sismógrafos e Sismograma

As ondas sísmicas são detectadas e registadas por aparelhos, especialmente constituídos


para este fim chamados sismógrafos.

Estes aparelhos gravam constantemente registos que traduzem graficamente as ondas


sísmicas designados sismogramas.

Sismógrafos - aparelhos que registam constantemente as ondas sísmicas.


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Sismograma - é um registo feito pelos sismógrafos. Da informações sobre: o tempo e


intervalo de chegada das ondas; amplitude, energias libertadas e velocidade das ondas.

Isossistas

São linhas (imaginárias) que num território delimitam zonas de igual intensidade 
sísmica (depois ou no decorrer de um sismo).
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A actividade sísmica pode ser avaliada por meio de duas grandezas:

1. Intensidade Sísmica – é uma grandeza que descreve os efeitos produzidos pelos


sismos sobre as populações, construções humanas e terreno atingido pelo sismo.

2. Magnitude – consiste na avaliação da quantidade de energia liberada no


hipocentro.

Escalas de medidas de intensidade sísmica

Para avaliar os sismos são utilizados escalas de medidas tais como: Escala de Richter e
escala de Mercalli.

Escala de magnitude ou Escala Richter

É uma escala que mede a intensidade sísmica baseado em cálculos precisos sobre a
quantidade de energia libertada durante um sismo.

É uma escala aberta em que a intensidade varia em geral entre 1,5 a 9,5.
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Escala de intensidade ou escala de Mercalli

Escala de Mercalli - avalia a intensidade sísmica pelo grau de percepção das vibrações
pelas populações e pelo grau de estragos provocados pelas ondas sísmicas.

A intensidade varia desde o grau I até o grau XII.

Grau I- imperceptível – apenas registado por aparelhos de precisão ou


sismógrafos.

Grau II – muito fraco - sentido por um pequeno n° de pessoas em repouso, em


especial os que ocupam andares mais elevados.

Grau III – fraco – sentido por um pequeno n° de habitantes.

Grau IV - médio – sentido dentro das habitações, podendo despertar do sono


pessoas de andares mais elevados.

Grau V – pouco forte – praticamente sentida por toda a população, fazendo


acordar muita gente. Queda de objectos instáveis, nota-se vibrações nas portas e
janelas. Relógios de pêndulo param.

Grau VI – Forte – provoca inicio de pânico nas populações , leves danos nas
habitações, mobiliário menos pesado desloca-se.

Grau VII – muito forte – queda de chaminés, estragos em edifícios de boa


construção, facilmente perceptível pelos condutores em transito. Provoca pânico geral
nas populações.

Grau VIII – ruinoso - danos acentuados em construções sólidas. Edifícios de


boa construção sofrem danos

Grau IX – desastroso – danos consideráveis em todas as construções.

Grau X – muito desastroso – abrem-se fendas no solo, cortes de canalizações,


torção das linhas férreas, fissuras nas estradas.

Grau XI – catastrófico – destruição da quase totalidade dos edifícios, queda de


pontes, diques, barragens, destruição de comunicações, fendas no solo e deslizamento
de terrenos.

Grau XII – cataclismo – destruição total. Este grau de intensidade nunca foi
registado na história.
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Distribuição mundial das regiões sísmicas

A distribuição exacta dos epicentros sísmicos permite a construção de uma


geografia sismológica. Os sismos de caracteres mais intensos produzem-se em zonas
característicos:

• Zona circumpacífica – zonas de focos profundos, correspondentes aos sismos


que ocorrem por exemplo no Japão, nas filipinas, Califórnia, México, Nova
Zelândia, ilhas Galápagos, etc

• Zona dos sismos pouco profundos – corresponde aos sismos que ocorrem nos
dorsais oceânicos.
• Zona mediterrânea -Asiático – corresponde aos sismos que ocorrem dos
Açores a fossa de java no pacífico.

Medidas de protecção sísmica

A queda de habitações é responsável pela quase totalidade das mortes


provocadas por sismos.

Por essa razão que a protecção sísmica passa essencialmente pela execução, nas
regiões com risco sísmico de:

• Construções capazes de resistir aos sismos; Tendo em conta a qualidade


dos terrenos, a orientação dos alicerces e a qualidade dos materiais.

 Informação e educação das populações para atitudes e comportamentos


em caso de sismo

 Organização de dispositivos de socorro;

 Organização de um serviço de auscultação da crosta terrestre

O que fazer em caso de sismo?

Antes de um sismo:

• Ter em casa, um extintor de incêndio,  um kit de primeiros socorros, um rádio a


pilhas, uma lanterna e pilhas extras;

• Aprender algumas técnicas de primeiros socorros;

• Aprender a desligar o gás, a água e a electricidade em casa;

• Definir um ponto de encontro com a sua família;


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Durante um sismo:

• Permanecer calmo! Se estiver dentro de casa, ficar dentro de casa. Se estiver


fora, ficar de fora;

• Se estiver dentro de casa, ficar junto da parede, junto de uma porta, ou rastejar
para debaixo de móveis pesados (uma mesa ou balcão). Ficar longe de janelas;

• Se estiver ao ar livre, afastar-se de linhas de energia ou qualquer coisa que possa


cair.;

• Não utilize fósforos, velas, ou qualquer outro tipo de chama, por causa das
prováveis ruptura e fuga de gás;

• Se estiver dentro de um carro, pare o carro e permanece dentro do mesmo até o


sismo parar.

• Não use os elevadores.

Depois de um sismo

• Verificar as suas lesões e das pessoas que estão consigo. Prestar os primeiros
socorros a quem mais precisar deles;

• Fechar as válvulas de entrada de água, gás e cabos eléctricos;

• Verificar o cheiro de gás. Se sentir o cheiro a gás, abrir todas as janelas e portas,
sair imediatamente, e relatá-lo às autoridades;

• Ligar o rádio. Evite utilizar o telefone, a não ser em caso de emergência;

• Não entrar em edifícios danificados;

• Ter cuidado com vidros quebrados e entulho. Usar botas ou sapatos resistentes


para evitar cortes nos pés;

• Ter cuidado com chaminés, uma vez que elas podem cair sobre si;

• Ficar longe de praias, uma vez que é comum o aparecimento súbito de tsunamis
após o chão parar de tremer;

• Ficar longe de áreas danificadas;

• Se estiver na escola ou no trabalho, siga o plano de emergência ou as instruções


da pessoa responsável;

• Espere a existência de tremores secundária, normalmente designados por


réplicas.

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