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BIOLOGIA E GEOLOGIA

VULCANISMO

10ª ANO
Vulcanismo

Adicione um rodapé 2
Caracterizado pela ocorrência de erupções Caracterizado pela inexistência de erupções vulcânicas,
vulcânicas, com emissão de partículas gasosas, manifestando-se a atividade vulcânica através da
líquidas e sólidas através de um aparelho vulcânico. libertação de água e/ou gases a temperaturas elevadas.

Central (existência de cone vulcânico) Nascentes termais Géiseres

Fissural (erupção através de fendas) Fumarolas (sulfataras e mofetas)

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Vulcanismo
primário tipo
central

Adicione um rodapé 4
Cratera Cinzas e gases
Lava e
Chaminé principal
piroclastos
Cone secundário Cone vulcânico
ou adventício

Chaminés
secundárias ou
adventícias

Rochas
encaixantes
Câmara magmática
(magma)
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Vulcanismo primário de tipo fissural
Lavas muito fluidas escorrem Lavas escorrem
a partir de fissuras originando “toalhas de
basalto, não formam
montes.
Escoadas
antigas

Erupção atual

Laki ou Lakagígar é um fissura vulcânica no sul da Islândia.

Este tipo de vulcanismo é


Fissuras
característico dos fundos
oceânicos (riftes).

A principal caldeira do Kilauea, chamada Pahoho pelos nativos, encontra-se em erupção desde 3 janeiro de 1983
quando fissuras com uma extensão de 7 km se abriram no solo numa área remota de mata.
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LAKI OU LAKAGÍGAR É UM FISSURA VULCÂNICA NO SUL DA ISLÂNDIA.

O sistema vulcânico entrou em erupção com


grande intensidade ao longo de um período de
oito meses entre junho de 1783 e fevereiro de
1784. A erupção ocorreu na fissura de Laki (seta)
e no vulcão adjacente Grímsvötn, expelindo uma
estimativa de 42 mil milhões de toneladas de lava
de basalto e nuvens de ácido fluorídrico venenoso
e compostos de dióxido de enxofre.

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VULCANISMO FISSURAL
Em 8 de junho de 1783, uma fissura de 25 quilómetros com 130 crateras
entrou em erupção. No início foi muito explosivo devido à interação
das águas subterrâneas com o magma basáltico. Ao longo de alguns dias, as
erupções tornaram-se menos explosivas, de caráter estromboliano e mais
tarde havaiano, com altas taxas de efusão de lava.

O ácido fluorídrico venenoso e compostos de dióxido de enxofre


contaminaram o solo, levando à morte de mais de 50% da população de
animais da Islândia e à destruição da vasta maioria das plantações,
prejudicando as colheitas. A consequência foi uma escassez de
alimentos que matou aproximadamente 25% da população humana da
ilha. Os fluxos de lava também destruíram 20 aldeias. FISSURA DE LAKI
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1) 4)
Caldeiras vulcânicas
1) Erupção vulcânica violenta;

2) No final da erupção, a câmara magmática


está vazia;

2) 3)
3) O aparelho vulcânico colapsa sob o seu
próprio peso por falta de sustentação;

4) A água das chuvas pode acumular–se


formando uma lagoa no interior da
caldeira.

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Caldeiras vulcânicas
São Miguel - Açores

Caldeira das sete cidades

As caldeiras constituem exemplos de paisagens vulcânicas!

➢ Estas estruturas geológicas são o resultado de erupções intensas nas quais a


parte superior do cone vulcânico colapsa.
➢ Estas depressões apresentam boas condições para haver acumulação de água!
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A Lagoa das Sete Cidades localiza-se no topo
da caldeira das Sete Cidades, na freguesia
de Sete Cidades, na ilha de São Miguel,
nos Açores.

A caldeira foi formada por colapsos sucessivos


de pedras e pedregulhos, e tem uma área de
aproximadamente 4,3 km e profundidade
máxima de 29 metros. É uma das maiores
caldeiras de abatimento do mundo. Os seus
bordos apresentam vertentes muito inclinadas.

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Lagoa vulcânica
CALDEIRA DAS SETE CIDADES
A caldeira das Sete Cidades foi formada graças ao desabamento de um
Lagoa azul cone vulcânico, que teve uma grande erupção em 1445.
A Caldeira é formada por dois grandes lagos gémeos (Lagoa Azul e Lagoa
Verde), que estão separados por uma ponte estreita, pela qual se acede à
cidade.
A Lagoa das Sete Cidades é composta por duas lagoas (Lagoa Azul e Lagoa
Verde) ecologicamente distintas, visível no centro da imagem, que estão
Lagoa verde separados por uma ponte estreita, pela qual se acede à cidade. A norte,
está a Lagoa Azul, enquanto a sul está a Lagoa Verde, de acordo com as
cores que refletem.
Há ainda outros lagos (lagoa de Santiago e lagoa Rasa), cones vulcânicos,
domos de lava e pequenas caldeiras (Caldeira do Alferes e Caldeira Seca).
Acumulação de água
numa caldeira vulcânica

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Lagoa das Sete Cidades

A lagoa das Sete Cidades constitui-se


no maior reservatório natural de água
doce de superfície dos açores,
ocupando uma vasta área que chega
aos 4,45 quilómetros quadrados, com
uma profundidade de 33 metros.

Caracteriza-se pela dupla coloração


das suas águas, sendo dividida por
um canal pouco profundo,
atravessado por uma ponte baixa que
separa de um lado um espelho de
águas de tom verde e, do outro, um
espelho de tom azul.

Adicione um rodapé 13
COMPLEXO VULCÂNICO
MACIÇO DAS SETE CIDADES

Diz a lenda que a filha do rei fugiu para as


montanhas, onde conheceu um pastor por quem se
apaixonou. Quando o pastor pediu a mão da
princesa em casamento, o rei recusou e proibiu-a de
voltar a ver o pastor. Os dois encontraram-se, uma
última vez, em segredo e choram tanto que as suas
lágrimas formaram as duas lagoas: uma verde,
porque os olhos da princesa eram verdes, outra azul,
como os olhos do pastor.
Esta imagem foi captada pelo satélite espanhol Deimos-2, a 6
de dezembro de 2014. Com o seu equipamento de alta
resolução, o satélite chega a uma resolução de 75 cm no solo.
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Através da análise do gradiente geotérmico, calcula-se que na astenosfera (100 a 350 Km de profundidade) a
temperatura já é suficientemente alta para que o material rochoso funda, originando magmas que depois se vão
acumulando em espaços no interior da crusta. Estes por serem menos densos que as rochas envolventes (encaixantes)
que não fundiram, têm tendência para subir.

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As erupções são
desencadeadas por um A subida de pressão pode
aumento de pressão numa provocar fraturas no teto da
câmara magmática câmara magmática ou
superficial, que pode ser aumentar as fraturas já
provocado pela chegada de existentes, por onde
magma proveniente de ascende o magma até à
reservatórios mais superfície.
profundos (astenosfera).

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ERUPÇÃO
VULCÂNICA

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Gases
➢ Os gases compõem a fração mais volátil dos
componentes do magma.

➢ De entre os gases libertados durante uma erupção


vulcânica, os mais abundantes são os seguintes:

Vapor de água;

Monóxido de carbono ;

Dióxido de carbono;

Hidrogénio;

Azoto;

Ácido clorídrico;

Gases sulfurosos.

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PIROCLASTOS OU TEFRA
Os piroclastos resultam da solidificação da lava ou de materiais sólidos arrancados à parede
do cone vulcânico. De acordo com o seu tamanho, podem ser classificados de:

➢ CINZAS VULCÂNICAS (< 2 mm)


Fragmentos muito finos que podem ser facilmente transportados a longas distâncias pelo
vento.
➢ LAPILLI ou BAGACINA (2 mm – 64 mm)
Fragmentos angulares ou arredondados, que podem ser expelidos em estado sólido ou
parcialmente fundido.
➢ BOMBAS e BLOCOS (> 64 mm)
Podem pesar até várias dezenas de quilos, podendo atingir também alguns metros de
diâmetro. Caracterizam-se pela forma particular que adquirem durante o seu trajeto no
ar.
➢ PEDRA POMES
Resulta da solidificação de lava com alto teor de gases, o que lhe confere um aspeto
esponjoso. A sua baixa densidade permite-lhe flutuar na água.

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PIROCLASTOS

Movimentam-se rapidamente
PIROCLASTOS DE nas vertentes dos aparelhos
QUEDA
vulcânicos estando envolvidos
por gases ou água (estão
PIROCLASTOS
associados às nuvens
DE FLUXO
ardentes)

LAPILLI BOMBAS E
CINZAS PEDRA-POMES
BLOCOS

Formados durante erupções explosivas em que os fragmentos


sólidos são ejetados e depois caem devido ao próprio peso;
distinguem-se pelas suas dimensões!
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Básica Intermédia Ácida
< 50 % 50 % - 70 % > 70 %

Fluída Viscosa
➢ Temperatura elevada ➢ Temperatura baixa
(1200 – 1500º C – a lava é (800 – 1000º C – a lava é
expelida a uma temperatura expelida a uma temperatura
muito superior à da sua próxima da sua temperatura de
temperatura de solidificação) solidificação)

➢ Quantidade de Sílica ➢ Quantidade de Sílica


(Pobre em sílica - básica) (Rica em sílica - ácida)

➢ Quantidade de gases ➢ Quantidade de gases


(Pobre em gases) (Rica em gases)
Adicione um rodapé 23
Basicamente o que distingue os diferentes tipos de lava é o seu
teor em sílica (SIO2)

➢ Quanto mais rico em sílica for um magma, mais


viscoso (menos fluido) ele se torna.

➢ Quanto mais viscoso for, maior dificuldade terá em


ser expelido do aparelho vulcânico e mais gases
acumulará, originando depois erupções mais
violentas.

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Será que a viscosidade do magma depende apenas do seu
teor em sílica?!
➢ Em igualdade de pressão, a viscosidade diminui quando
aumenta a temperatura (mais quente = mais fluido).

➢ Em igualdade de temperatura, a viscosidade aumenta com o


aumento da pressão (maior pressão aumenta o ponto de fusão
dos materiais o que aumentará a viscosidade).

• Nota: a adição de água a magmas irá baixar o ponto de fusão


dos materiais influenciando a viscosidade.

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Lavas muito fluídas, que se Lavas fluídas (menos que a
Lavas fluídas que, em ambiente
deslocam com grande pahoehoe), que se deslocam
aquático, arrefecem rapidamente,
facilidade, formando escoadas lentamente. Ao solidificar,
originando estruturas esféricas,
longas (rios de lava). Ao originam superfícies ásperas e
que se assemelham a almofadas.
solidificar, originam superfícies muito irregulares, em resultado
lisas ou com aspeto semelhante da perda de gases.
a cordas.
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São massas densas de cinzas e gases
A elevada viscosidade impede a formação de
incandescentes, libertadas de modo
escoadas e a lava pode obstruir a chaminé,
explosivo e dotadas de grande mobilidade e
formando uma agulha, ou acumular-se
deslocando-se próximo da superfície
imediatamente após a sua emissão, formando
terrestre. São o fenómeno vulcânico mais
um domo ou cúpula.
destrutivo.

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Emissão violenta de piroclastos
Emissão calma, de lavas fluidas e de lavas muito viscosas e
(pouco viscosas) e pobres em ricas em gases;
gases; Formação de domos ou agulhas
Alternância de fases efusivas, com
Formação de escoadas lávicas vulcânicas no interior da
emissão de escoadas lávicas, e de
(“rios de lava), que percorrem chaminé por consolidação do
fases explosivas, pouco violentas
grandes distâncias; magma muito viscoso;
mas com emissão de piroclastos;
Cone vulcânico baixo e de Formação de nuvens ardentes,
Cone vulcânico misto, resultante
vertentes suaves; constituídas por gases e cinzas
da acumulação de lava alternada
incandescentes;
Este magma mais fluido tem com piroclastos;
origem nos bordos de placas que Cone vulcânico alto e de
se afastam – limites divergentes, vertentes íngremes;
e zonas intraplaca – pontos O magma mais viscoso tem
quentes. origem nas zonas de colisão de
placas – limites convergentes.

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Vulcão Kilauea (Havai) Lava fluida

Adicione
Escoadasum rodapé
de lava
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Nuvem ardente

Erupção no
monte Sta Helena
(EUA)

Agulha vulcânica

Domo ou cúpula
Vulcão Stromboli
(Itália)

Adicione um rodapé 33
Géiseres Fontes ou Nascentes termais
Jatos intermitentes de água Locais de libertação de águas subterrâneas, aquecidas e ricas em
quente, que podem alcançar minerais, que podem ser utilizadas para fins medicinais.
centenas de metros acima do solo.

Parque Nacional de Yellowstone


(EUA)

Fumarolas (mofetas e sulfataras)


Libertação de vapor de água e outros gases, a elevadas
temperaturas, através de fendas de rochas.

Adicione um rodapé 34
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VULCANISMO SECUNDÁRIO - NASCENTES TERMAIS

Terraços de calcário travertino

Este tipo de manifestação vulcânica ocorre quando águas subterrâneas são sobreaquecidas por
proximidade, por exemplo, a uma bolsa magmática e que retornam à superfície.
Devido à temperatura a que se encontram, estas águas possuem um grande poder dissolvente
e, por isso, algumas delas são altamente mineralizadas, daí o seu valor medicinal.

Podem surgir em outros ambientes, para além dos vulcânicos (águas que se infiltram, aquecem
devido à profundidade regressam à superfície). Podem ser derivadas de vapor de água que se
libertou do magma e que, posteriormente, condensou (águas magmáticas juvenis). 36
TURQUIA - PAMUKKALE
O complexo de Pamukkale reúne as famosas piscinas
naturais petrificadas do chamado “Castelo de Algodão”.

NASCENTES TERMAIS 37
NASCENTES TERMAIS
No complexo de Pamukkale, em
Hierápolis, há uma outra piscina
termal – a piscina da Cleópatra.

O visitante tem o privilégio de banhar-se nas águas da piscina da Cleópatra.


Diz-se que o lugar foi mandado construir pela Rainha do Egito, pois acreditava
no poder curativo e rejuvenescedor de suas águas.
Atualmente a piscina está aberta ao público, mediante pagamento, por um
tempo máximo recomendado de duas horas, devido à temperatura das águas
que variam entre 35°C e 50°C. No fundo da piscina, há várias colunas da época
do Império Romano (ver setas).
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VULCANISMO SECUNDÁRIO - NASCENTES TERMAIS
➢ Fonte termal é a emergência de água subterrânea aquecida (aquífero termal), seja
pelo calor causado pelo gradiente geotérmico, seja por processos de vulcanismo. As fontes termais
existem em toda a Terra, incluindo o fundo dos oceanos.
➢ É uma nascente natural cuja água tem uma temperatura mais elevada que a do corpo
humano (normalmente entre 36,5 °C e 37,5 °C ).
➢ É um dos vários tipos do vulcanismo secundário.

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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS TERMAIS

Considerando o parâmetro temperatura, podem classificar-se as águas termais em:


➢ Frias – com temperaturas inferiores a 25ºC;
➢ Quentes – com temperaturas iguais ou superiores a 25ºC:
• Hipotermais (entre 25ºC e 35ºC, inclusive);
• Mesotermais (superiores a 35ºC e inferiores ou iguais a 50ºC);
• Hipertermais (superiores a 50ºC).

Adicione um rodapé 40
DISTRIBUIÇÃO DAS TEMPERATURAS
DAS OCORRÊNCIAS TERMAIS EM PORTUGAL CONTINENTAL

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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS MINERAIS
NATURAIS QUANTO À TEMPERATURA

Adicione um rodapé 42
DISTRIBUIÇÃO E QUIMISMO DAS ÁGUAS
MINERAIS DE PORTUGAL CONTINENTAL

Imagem adap. do site SNIAmb. 43


VULCANISMO SECUNDÁRIO - FUMAROLAS
São emissões de gases (na maior parte vapor de água) através de fissuras (origem semelhante às
nascentes termais), onde não ocorreu condensação.
As Fumarolas tomam diferentes designações de acordo com os componentes predominantes exalados.
Assim, no caso de as emissões serem ricas:
➢ em compostos de enxofre as fumarolas designam-se: sulfataras;
➢ em dióxido de carbono as fumarolas designam-se: mofetas.
Os compostos sulfurosos podem arrefecer e precipitar originando depósitos amarelados e a cheirar a
“ovos podres”.

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VULCANISMO SECUNDÁRIO - FUMAROLAS
Uma fumarola, ou saída de vapor, existe quando um recurso
hidrotermal tem tão pouca água que esta entra em ebulição
antes de chegar à superfície.
O vapor e outros gases emergem da abertura da estrutura
geológica, às vezes sibilando ou assobiando.
As emanações de vapor são frequentemente superaquecidas,
com temperaturas de até 138 °C.

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VULCANISMO SECUNDÁRIO - GÉISERS

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VULCANISMO SECUNDÁRIO - GÉISERS
O que torna os géisers raros e os distingue das fontes termais é que, geralmente
próximo à superfície do sistema de encanamento de um géiser, há uma ou mais
estreitamentos.
Géisers são fontes termais com constrições nas suas tubagens, geralmente
próximos à superfície, que evitam que a água circule livremente para a superfície
onde o calor poderia escapar. A pressão circundante aumenta com a
profundidade, da mesma forma que aumenta com a profundidade do oceano. O
aumento da pressão exercida pelo enorme peso da água e da rocha sobrejacentes
impede que a água ferva. À medida que a água sobe devido ao aquecimento, o
vapor forma-se e expande, aumentando a pressão na tubagem existente próximo
da superfície. Ao atingir o ponto crítico, a pressão acumulada levanta a água acima
da abertura de superfície, fazendo com que o géiser salpique ou transborde. Isto
diminui a pressão no sistema e resulta em ebulição violenta. Quantidades
enormes de vapor forçam a água para fora da abertura iniciando uma erupção. A
água é expelida mais rápido do que pode entrar de volta ao sistema de canais do
géiser, e o calor e a pressão vão diminuindo gradualmente. A erupção termina
quando o reservatório de água se esgota ou quando o sistema arrefece. 47
VULCANISMO NO MUNDO

Cintura Circumpacífica (“Anel de Fogo do Pacífico”)


Faixa mediterrânica
Cristas das dorsais oceânicas
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VULCANISMO EM PORTUGAL
AÇORES
➢ Vulcão dos Capelinhos - Ilha do Faial (1957)
➢ Vulcão submarino da Serreta – noroeste da Terceira (1998)
➢ Vulcanismo secundário intenso
MADEIRA
➢ arquipélago de origem vulcânica embora não se verifiquem erupções nos últimos 1,7 milhões de anos.
PORTUGAL CONTINENTAL
➢ existência de rochas vulcânicas no Alentejo, Estremadura e Algarve testemunha erupções vulcânicas no
passado.

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VULCANISMO EM PORTUGAL - CAPELINHOS
AÇORES
➢ Vulcão dos Capelinhos
- Ilha do Faial (1957)

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VULCANISMO EM PORTUGAL - SERRETA

AÇORES
➢ Vulcão submarino da Serreta
– noroeste da Terceira (1998)

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VULCANISMO EM PORTUGAL - SERRETA
AÇORES
➢ Vulcão submarino da Serreta – noroeste da Terceira (1998)

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VULCANISMO E TECTÓNICA DE PLACAS

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Existe uma relação entre o tipo de limite de placas e o tipo
de atividade vulcânica que lhes está associado:

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Existe uma relação entre o tipo de limite de placas e o
tipo de actividade vulcânica que lhes está associado:

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VULCANISMO INTERPLACA
(Vulcanismo de VALE DE RIFT - placas divergentes)
➢ Zonas de rifte (O-O ou C-C);

➢ Vulcanismo do tipo fissural;

➢ Libertação de lava básica (basáltica);

➢ Erupções do tipo efusivo ou misto;

➢ 15% dos vulcões ativos são deste tipo;

➢ Exemplos: dorsais médio-oceânicas e Rifte Valley Africano

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VULCANISMO INTERPLACA
(Vulcanismo de subducção - placas convergentes)

➢ Zonas de subdução (O-C, O-O ou C-C);

➢ Vulcanismo do tipo central;

➢ Libertação de lava intermédia a ácida;

➢ Erupções do tipo explosivo;

➢ 80% dos vulcões ativos são deste tipo;

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VULCANISMO INTERPLACA
(Vulcanismo de subducção - placas convergentes)
O calor originado pela fricção das placas e a adição de
água presente nos sedimentos da placa oceânica,
facilitam a fusão do material mantélico (a água
diminui o ponto de fusão dos materiais).
A lava assim formada pode variar substancialmente
em composição (será uma mistura entre as
composições do continente e do oceano) e,
consequentemente, em viscosidade, o que se traduz
em diferentes tipos de magma, por norma mais
enriquecidos em sílica.

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VULCANISMO INTRAPLACA
(Vulcanismos dos “pontos quentes”)
➢ Explica a existência de ilhas no interior de placas oceânicas e de alguns
vulcões isolados no interior de continentes;

➢ Libertação de lava básica;

➢ Erupções do tipo efusivo ou misto;

➢ 5% dos vulcões ativos são deste tipo;

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VULCANISMO INTRAPLACA

➢ A instabilidade da fronteira manto/núcleo pode originar


uma coluna de material quente e menos denso, que sobe
através do manto, constituindo uma PLUMA TÉRMICA.
➢ Ao atingir a base da litosfera, forma-se ali um
aglomerado de magma, que constitui o PONTO QUENTE
(“HOT SPOT”).
➢ O magma resultante penetra através da litosfera,
chegando à superfície, e formando um Vulcão.
➢ O movimento continuado da placa litosférica faz com
que o vulcão se afaste do ponto quente, tornando-se
extinto. Ao nível do ponto quente forma-se um novo
vulcão activo.
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VULCANISMO INTRAPLACA

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FORMAÇÃO DAS ILHAS DO
HAWAI E ILHAS EMPEROR

Adicione um rodapé 63
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RISCO VULCÂNICO

➢ Destruição de bens;
➢ Perdas humanas;
➢ Danos ecológicos.
PRINCIPAIS PERIGOS ASSOCIADOS ÀS ERUPÇÕES VULCÂNICAS

➢ Nuvens ardentes

➢ Escoadas lávicas;

➢ Projeção de piroclastos;

➢ Libertação de gases, por vezes bastante tóxicos;

➢ Sismos de origem vulcânica;

➢ Tsunamis (em zonas litorais);


PREVENÇÃO E PREVISÃO

Os perigos inerentes à atividade vulcânica podem ser


diminuídos pela:

➢ previsão através da utilização de meios tecnológicos;


➢ sensibilização das populações sobre as atitudes a assumir
antes, durante e depois de uma erupção vulcânica.
PREVENÇÃO E PREVISÃO

Sinais anunciadores de atividade vulcânica:

➢ Aumento do registo de tremores de terra;

➢ Aumento da temperatura junto ao vulcão;

➢ Alterações no declive em zonas próximas do vulcão (deformação);

➢ Aparecimento de fumarolas ou aumento da sua temperatura;

➢ Aparecimento de cheiro a enxofre e emissão de gases;

➢ Ruídos subterrâneos;

➢ Alteração do comportamento de animais.


PREVENÇÃO E PREVISÃO

A vigilância atenta de vulcões através de meios tecnológicos pode


contribuir para a previsão das erupções vulcânicas.
PREVENÇÃO E PREVISÃO

A vigilância atenta de vulcões através de meios tecnológicos pode


contribuir para a previsão das erupções vulcânicas.
PREVENÇÃO E PREVISÃO
SINAIS ANUNCIADORES DE ATIVIDADE VULCÂNICA

Emissões de gases

Alterações na densidade

Deformações do solo

Deformações do cone

Atividade sísmica
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE VULCÂNICA

➢ Desenvolvimento científico (obtenção de dados para o estudo do interior da Terra);


➢ Solos férteis enriquecidos pelas cinzas vulcânicas, que retêm a água e nutrientes;
➢ Energia geotérmica, utilizada para produção de eletricidade e aquecimento doméstico;
➢ Exploração mineira devido à deposição de minerais que geram grandes jazidas;
➢ Águas termais que são utilizadas com fins medicinais;
➢ Paisagens de grande beleza natural atraem o turismo.
OBRIGADO
João Ramalho

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