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ESCOLA SECUNDÁRIA DOS

MOSTEIROS

CIÊNCIAS NATURAIS – 9º Ano

FICHA DE APOIO

Universo – tudo o que existe, incluindo a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço.

Galáxias – são vastos sistemas estrelares isoladas uns dos outros, que contêm, além de poeiras e gases, mais de 100 milhares de
milhões de estrelas e outros astros. Ex: Via Láctea, Nuvens de Magalhães, Sculptor, Andrómeda, etc. As galáxias são as
estruturas básicas do universo.

Sistema Solar – conjunto de astros que giram a volta do Sol.


O Sistema Solar é um dos muitos que constituem a nossa galáxia, a Via Láctea.

Formação do Sistema Solar

Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuravam explicar os factos então conhecidos.

Hoje, a teoria mais aceite pelos cientistas é a teoria nebular reformulada.

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A educação é chave, que abre todas as portas.
Segundo esta teoria, a 4 600 milhões de anos, havia uma nébula formada por gases e poeiras (hidrogénio e hélio) e poeiras. Essa
nébula foi-se girando com maior velocidade sobre si mesma, tomando a forma de um disco achatado. Na parte central do disco, a
mais quente e densa, formou-se o proto-Sol que veio a dar origem ao Sol. A volta do proto-Sol grãos sólidos colidiram uns com
os outros formando corpos de maiores dimensões chamados planetesimais. Estes por acreção de outros corpos formaram proto-
planetas, que, posteriormente, originaram os planetas.

Composição do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelos corpos que se movem em torno dele, incluindo os planetas e seus satélites
naturais, os planetas anões, os cometas, os asteróides e outros objectos. Existe ainda um meio interplanetário constituído por
material de natureza diversa.

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O Sistema Solar integra-se num conjunto mais complexo formado pela galáxia Via Láctea e esta, por sua vez, é uma
pequeníssima parte do Universo.

A UAI (União Astronómica Internacional) considera no Sistema Solar, para alem do Sol, três grandes grupos de corpos:
planetas clássicos, planetas anões e os chamado pequenos corpos de Sistema Solar.

 Sol – É uma estrela, que faz parte de uma galáxia denominada Via Láctea, que possui centenas de milhar de milhões de
estrelas. Possui um raio de aproximadamente 700 000 km e brilha.

 Planetas Clássicos – os planetas conhecidos pertencentes ao Sistema Solar podem ter associados outros corpos,
chamados satélites, que descrevem translações em torno dos respectivos planetas.

Os planetas clássicos são corpos celestes que estão em órbita à volta do Sol; têm a forma aproximadamente esférica e que tenha
atraído para a sua superfície todos os pequenos corpos celestes na vizinhança da sua orbita.

Os planetas, segundo as características físicas e químicas que apresentam, podem ser classificados em dois grandes grupos:
planetas telúricos e planetas gigantes ou gasosos.

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No quadro seguinte estão registadas as características dos planetas telúricos e dos planetas gigantes.

 Planetas anões – Segundo a UAI, são corpos que estão em orbita à volta do Sol; têm aproximadamente a forma esférica,
não esvaziaram o espaço junto da sua órbita de pequenos corpos e não são satélites. Ex: Plutão, Éris, Ceres, etc.
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OBS: Plutão deixou de ser considerado planeta clássico pelo facto de não atrair pequenos corpos celestes na vizinhança à volta
da sua órbita.

 Pequenos corpos do Sistema Solar - Neste agrupamento estão incluídos os asteróides, os cometas, os meteoróides e a
maior parte dos corpos que estão para além da órbita de Neptuno, como os que formam a chamada cintura de Kuiper.

Asteróides – São corpos de pequenas dimensões. Mais de 50 000 dos asteróides observados têm apenas 1 km de diâmetro. Os
asteróides de maiores dimensões são corpos diferenciados em camadas. Os menores são corpos não diferenciados e alguns têm
dimensões de grãos de areia.
Os asteróides, geralmente, movem-se entre a órbita de Marte e a de Júpiter, constituindo a chamada cintura de asteróides.

Cometas – corpos muito primitivos do Sistema Solar, rochosos, de diâmetro de 8 a 10 km, com órbita muito excêntricas
relativamente ao Sol.

Um dos cometas mais conhecidos é o cometa Halley, que tem um período de 76 anos, ou seja, é visível da Terra de 76 em 76
anos.

Um cometa é formado por uma parte sólida, o núcleo, com cerca de 10 km de diâmetro, que é constituído por partículas de
silicatos e por uma mistura de gases congelados (dióxido de carbono, metano, amoníaco, etc.). Quando o núcleo se aproxima do
Sol, a radiação faz sublimar o gelo da superfície do núcleo e libertam-se gases que formam a cabeleira, à volta do núcleo, que
atinge entre 105 a 106 km. Forma-se ainda a cauda, que é constituída pelos gases e pelas poeiras libertadas do núcleo.

Meteoróides - Corpos de diferentes dimensões, que entram na atmosfera terrestre.


Os meteoróides ao atravessarem a atmosfera vaporizam-se e tornam incandescentes deixando um rasto luminoso chamado
meteoro. Por vezes, os meteoróides são tão grandes que, ainda que parcialmente vaporizados, conseguem atingir a superfície da
Terra, denominando-se então meteoritos.
Os meteoritos são classificados com base na composição e textura em: sideritos (natureza metálica), siderólitos (natureza
metalo-rochosos) e aerólitos (natureza rochosa).

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A Lua – algumas características

o A lua é o único satélite da Terra.


o O seu diâmetro é de 3 544 km.
o A densidade média da lua é de 3,34.
o Distancia Terra-Lua é de 384 405 km.
o Devido à sua pequena dimensão a lua tem baixa força gravítica, daí resultando a ausência de atmosfera e hidrosfera.
o A superfície da lua é formado pelos “continentes”, que são claros e acidentados, e pelos “mares”, de cores mais escuras
e planos.
o A superfície lunar é marcada por inúmeras crateras resultantes de impactos meteoríticos.

Exploração espacial

Exploração espacial é o conjunto de esforços do homem em estudar o espaço e seus astros do ponto de vista cientifico e da sua
exploração económica, fazendo o uso de naves espaciais, e muitas vezes fazendo uso de humanos em suas missões os
astronautas.

Pontos altos da exploração espacial


 Historicamente, a exploração espacial começou com o lançamento do satélite artificial soviético – Sputnik I.
 O primeiro ser vivo no espaço não foi o homem, mas a cadela soviética de nome Laika. Ela subiu ao espaço em 1957 a
bordo da nave espacial Sputnik II, e morreu quatro dias depois, devido ao calor.
 O astronauta soviético Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem no espaço, em um vôo orbital de 48 minutos, a
bordo da nave Vostok I. O vôo de de Gagarin ocorreu em 12 de Abril de 1961. Neste vôo ele disse a famosa frase: “A Terra
é azul.”
 Os primeiros astronautas a circunavegar a Lua foram os tripulantes da Apollo 8, Franck Bormam, James Lovell e William
Anders, na noite de natal de 1968.
 O ponto alto da exploração espacial é atingido em 20 de Julho 1969, quando os astronautas norte-americanos Neil
Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins chegaram a Lua na nave Apollo 11. Ficou famosa a frase do primeiro
astronauta a pisar a Lua, Neil Armstrong(1930-2012): “Um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a
humanidade.”
 Em 1971 dá-se a primeira descida em Marte pela sonda Mariner 9.
 A Mariner 10 sobrevoou Mercúrio em 1974.
 Em 1986 dá-se a chegada da primeira sonda a Úrano, a Voyager 2 e em 1989 passou perto de Neptuno.
 Em 1998 começou a montagem em órbita da Estação Espacial Internacional, (laboratório espacial em construção.) graças
a cooperação entre EUA e a URSS.
 A nave Stardust foi projectada para coletar material de um cometa e retornar à Terra para estudos. A nave foi lançada ao
espaço em Fevereiro de 1999 e alcançou o cometa Wild 2 em Janeiro de 2004. A nave retornou com o material coletado do
cometa em Janeiro de 2006.

Vantagens e desvantagens da exploração do espaço

Vantagens Desvantagens
–Desenvolvimento tecnológico –Custo económico
–Meteorologia –Poluição espacial
–Pesquisa de substâncias valiosas –Acidentes

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–Telecomunicações –Fins militares
–Transmissão de televisão
–Turismo espacial

Subsistemas Terrestre

Os geólogos estudam a Terra como um conjunto integrado de diferentes componentes em interacção, constituindo cada um
desses componentes um subsistema. Tradicionalmente, consideram-se quatro subsistemas principais: hidrosfera, atmosfera,
geosfera e biosfera.

 Hidrosfera – subsistema constituído pelos reservatórios de água existentes na Terra. Oceanos, rios, lagos, glaciares
e águas subterrâneas fazem parte da hidrosfera .

Oceanos Reservatórios de água doce


Glaciares e calotes Subterrânea Atmosfera Superfície Seres vivos
97,2% 2,15% 0,62% 0,001% 0,02% 0,0001%
Distribuição da água pelos diferentes reservatórios.

 Atmosfera – subsistema constituído pela camada gasosa que envolve a hidrosfera, a geosfera e a biosfera, podendo
penetrar nos referidos subsistemas.

Azoto Oxigénio Árgon Outros gases


(N ) ( O2 ) (Ar ) Dióxido de carbono ( Néon Hélio Metano Hidrogénio Ozono Vapor de água ( HO2 )
CO2 ) ( Ne ) ( He ) ( CH 4 ) ( H2 ) ( O3 )
78,08% 20,95% 0,93% 0,035% Quantidades vestigiais Variável
Composição da atmosfera actual

  Na atmosfera  da temperatura, a
é possível distinguir diferentes camadas, tendo em consideração, essencialmente, a variação
pressão e Troposfera  ( desde a superfície
até cerca de 
a composição:
 18 km de altitude), Estratosfera ( entre 18 e 50 km de
altitude. Entre os 25 e os 30 km, a camada de ozono atinge maior concentração), Mesosfera (compreendida entre 50 e 80 km de
altitude) e Termosfera (acima de 80 km de altitude).

 Geosfera – Subsistema constituído pela parte sólida, quer superficial, quer profunda, da Terra. A rochas e os solos
fazem parte deste subsistema.

 Biosfera – subsistema de que fazem parte todos os seres vivos que povoam a Terra, integrados no respectivos meio
abióticos.

Formação da Terra

A Terra, tal como os outros corpos do Sistema Solar, teria sido originado pela acreção de materiais da nébula solar por acção da
força gravítica, seguida de um processo de diferenciação.

Acreção

A volta do proto-sol o impacto das partículas teria provocado a acreção, ou seja, a reunião das partículas em estruturas cada vez
maiores. Deste modo as partículas ligaram-se umas às outras formando a areia e estas colidiram uns com os outros originando
planetesimal, este por junção de mais corpos formou, proto-planeta que posteriormente originou o planeta Terra.

Diferenciação

Durante os primeiros anos, o proto-planeta teria sofrido um conjunto de transformações, que resultou no seu aquecimento. Com
o proto-planeta em fusão, os metais mais pesados, como o ferro e o níquel, formaram uma camada densa, na parte central da
Terra o núcleo. Os metais menos denso formaram o manto e os de menor densidade teriam subido à superfície formando a
crusta primitiva.

Métodos para o estudo do interior da geosfera

Habitamos o planeta Terra, mas estamos longe de o conhecer e compreender em todas as suas dimensões.
O conhecimento da Terra implica investigações directas e indirectas.

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o Métodos directos

O conhecimento directo da Terra está ainda limitada a uma película muito fina, relativamente às dimensões do nosso planeta, e
tem sido conseguido através de diferentes actividades.

 Estudo da superfície visível – permite o conhecimento mais ou menos completo das rochas e de outros materiais que
afloram ou que é possível ver directamente em cortes de estradas, de túneis, etc. Este estudo restringe-se a uma parte muito
superficial da Terra.
 Estudo de minas – fornece dados directos até a profundidade que oscilam entre os 3 km e os 4 km.
 Sondagens – perfurações envolvendo equipamento apropriado que permitem retirar colunas de rochas. A perfuração mais
profunda foi realizada pelos soviéticos, em 1970, n Península de Kola, no nordeste da Rússia, e atingiu cerca de 12 023m.
 Estudo de material vulcânico – os vulcões lançam para o exterior materiais oriundos de profundidades que podem
atingir 100 km a 200 km, ou mesmo mais. São como “janelas” para o interior da Terra, por onde os cientistas podem
investigar esse interior.

o Métodos indirectos

Sendo o conhecimento directo da Terra possível apenas numa zona restrita, os geocientistas procuram outras informações,
recorrendo a tecnologia diversa que colhe e analisa dados indirectos sobre as condições e a constituição da Terra inacessível. É
um estudo feito à distancia que implica uma abordagem interdisciplinar.

Entre as informações indirectas, são de salientar as que são fornecidas pela planetologia, pela astrogeologia e pelos métodos
geofísicos (gravimetria, densidade, geomagnetismo, sismologia, geotermismo.).

Modelo da estrutura da Terra

Actualmente são considerados dois modelos da estruturas da Terra baseados em critérios diferentes:

 Modelo geoquímico – baseado na composição química.


 Modelo físico – baseado nas propriedades físicas dos materiais

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Os sismos

Sismos – são movimentos vibratórios que ocorrem na superfície terrestre originados por uma libertação brusca de energia.

Sismologia – ramo da geofísica que ocupa-se do estudo dos fenómenos relacionados com a ocorrência de sismos.

Os sismos podem ser classificados tendo em conta a percepção ou não por parte das populações em:

 Macrossismos – sismos que são sentidas pela população e que podem causar danos por vezes importantes.
 Microssismos – sismos de pequena intensidade, geralmente imperceptíveis, ou quase, mas que são registados pelos
sismógrafos.

Causas e efeitos dos sismos

Normalmente um sismo não é um processo geológico isolado, visto que é precedido por abalos premonitórios e sucedido por
replicas.

 Abalo premonitório – sismos de menor magnitude que precedem o sismo principal, mais violento.
 Replicas – sismos de menor magnitude que seguem o sismo principal.

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Tendo em conta as causas os sismos podem ser: artificiais e naturais.

 Sismos artificiais
Resultam da actividade humana, como, por exemplo:

 Sismos gerados por explosões artificiais (minas, pedreiras, etc.).


 Sismos causadas por colapsos em zonas mineiras.

 Sismos naturais
Neste grupo podem incluir-se:

 Sismos vulcânicos – sismos provocados por movimentos de massas magmáticas.


 Sismos de colapso – Sismos provocados pelo abatimento de grutas e cavernas ou pelo desprendimento de massas
rochosas.
 Sismos tectónicos – sismos provocados pela deslocação brusca das rochas ao longo de uma falha.

O mecanismo responsável pela ocorrência de sismos tectónicos manteve-se desconhecidos durante muitos anos. Em 1911 o
geólogo Henry Fielding Reid, propôs a teoria do ressalto elástico.

Teoria do ressalto elástico

De acordo com esta teoria, as rochas estão sujeitas a tensões que as deformam até provocar uma falha. Com isso, há libertação de
energia sob a forma de ondas sísmicas. Depois da deslocação dos blocos rochosos, estes regressam ao seu estado inicial.

Noções básicas de sismologia

A zona localizada no interior da Terra onde ocorre a libertação de energia denomina-se foco o hipocentro e o ponto da
superfície que fica na vertical do foco chama-se epicentro, sendo a zona onde o sismo é sentido com maior intensidade

De acordo com a profundidade do foco os sismos podem ser classificados em:

 Superficiais – sismos cujo o hipocentro situa-se a uma distância inferior a 70 km.


 Intermédios – sismos cujo o hipocentro encontra-se entre 70 km e 300 km.
 Profundos – sismos cujo o foco encontra-se a uma profundidade superior a 300 km.

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Ondas sísmicas – ondas elásticas produzidas durante um sismo e que se propaga segunda superfícies concêntricas a partir do
foco.

Frente de onda – superfície que separa as partículas que já entraram em vibração daquelas que ainda o não fizeram.

Raio sísmico – linhas radiais perpendiculares à frente de ondas.

Ondas sísmicas

No interior da Terra são transmitidas ondas designadas por ondas internas ou de volume, que eventualmente, podem atingir a
superfície, onde geram ondas superficiais.

 Ondas de volume ou internas


Classificam-se em:

 Ondas primárias ou ondas longitudinais

 Vibração das partículas paralelamente à direcção de propagação da onda.


 Provoca a compressão e a distensão do meio.
 Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
 São as mais rápidas.
 Ondas secundárias ou ondas transversais

 Vibração das partículas num plano perpendicular à direcção de propagação da onda.


 Causa deformações e distorções na geometria dos elementos rochosos.
 Propagam-se apenas através de corpos sólidos.
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 São mais lentas do que as ondas.

 Ondas superficiais
o Possuem velocidades inferiores às apresentadas pelas ondas P e S.
o Propagam-se à superfície.
o São responsáveis pela maior parte das destruições.

Consideram-se dois tipos de ondas superficiais:

 Ondas de Love – o deslocamento das partículas é perpendicular à direcção de propagação.


 Ondas de Rayleigh – a trajectória das partículas tem uma forma elíptica e move-se em sentido contrario ao dos ponteiros
do relógio.

Os movimentos do solo provocados pelas ondas sísmicas podem ser registadas por aparelho especializados, chamados
sismógrafos, e o registo obtido denomina-se sismograma.

Intensidade sísmica e magnitude

Localizar o epicentro de um sismo não chega para o caracterizar. Os sismólogos precisam também de avaliar a sua intensidade e
magnitude. No final do século XIX sismólogos e engenheiros desenvolveram métodos para estimar a intensidade de um sismo.

Intensidade sísmica – parâmetro de avaliação de um sismo que corresponde aos efeitos produzidos e sentidos à superfície, quer
pelas populações quer nas construções quer nos solos.

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Foi o italiano Giuseppe Mercalli que, em 1912, propôs a primeira escala de intensidade. Essa escala, posteriormente modificada,
atribui um valor, traduzido por um número romano de I a XII.

Após a determinação da intensidade de um sismo em vários locais da região onde ele foi sentido e localizado o epicentro, pode
obter-se uma carta de isossistas.

Isossistas – linhas fechadas em torno do epicentro que separam duas zonas de diferente intensidade sísmica.

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Magnitude – escala que quantifica a energia libertada pelo sismo no hipocentro.

O termo magnitude foi introduzido no léxico sismológico em 1935 por Charles Richter, um sismólogo da Califórnia.
f

Os sismos de grande magnitude (M 7) são relativamente raros. Os sismos com magnitude inferior a 2 não são sentidos, mas
são registados pelos sismógrafos. Para cada sismo existem muitas intensidades, de acordo, por exemplo, com a distância ao
epicentro, mas há apenas uma magnitude.

Sismos e tectónica de placas


Segundo a teoria da tectónica de placas, a superfície do globo é constituída por uma serie de placas rígidas em situação de
permanente deslocamento. Os seus limites são os locais mais prováveis para a ocorrência de sismos.

Tendo em conta o enquadramento tectónico dos epicentros os sismos classificam-se em:


 Sismos intraplacas – sismos que ocorrem no interior de uma dada placa litosférica.
 Sismos interplacas – sismos que ocorrem em zonas de fronteiras de placas.

Quando o epicentro de um sismo pouco profundo se localiza no oceano, pode originar uma onda marinha gigante, designada por
tsunami.

Maremoto – sismos com focos nos fundos oceânicos.

Minimização de riscos sísmicos

Previsão

A previsão precisa de um sismo ainda não é possível. No entanto alguns acontecimentos podem ser considerados sinais
precursores de um abalo sísmicos.
 Aberturas de pequenas fracturas no interior das rochas próximas de zonas sismogénicas.
 Variação do nível de água em poços próximos de falhas activas.
 Anomalias no padrão de comportamento dos animais.

Prevenção

 Promover e desenvolver técnicas de construção de edifícios capazes de resistir a sismos de elevada magnitude.
 Educar as populações nomeadamente no que diz respeito aos comportamentos a adoptar de modo a minimizar os efeitos
de um sismo.

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Ondas sísmicas e descontinuidades internas

Descontinuidades – superfície no interior da Terra que separa duas zonas cujo materiais constituintes apresentam composição
química e propriedades físicas diferentes.

 Descontinuidade de Mohorovicic – localizada a 30 km de profundidade, que separa crusta do manto terrestre.


 Descontinuidade de Gutenberg – situada a 2900 km de profundidade, que separa manto do núcleo.
 Descontinuidade de Lehmann – localizada a cerca de 5150 km de profundidade, que separa o núcleo interno do núcleo
externo.

Vulcanismo

Vulcões – são aberturas naturais da crusta terrestre, por onde se movimentam materiais em diferentes estados físicos (sólidos,
líquidos e gasosos) e a temperaturas muito elevadas.

Erupção vulcânica – tipo de actividade vulcânica caracterizada pela emissão de materiais no estado de fusão (lava), pela
emissão de gases e, muitas vezes, materiais sólidos.

Vulcanismo – é um conjunto de acontecimentos que estão relacionados com a actividade vulcânica.

 Câmara magmática – reservatório existente no interior da crusta onde se acumula magma.

 Cratera – depressão geralmente afunilada, no topo do cone vulcânico, por onde sai os materiais vulcânicos. Tem
dimensões inferiores a 1,5 km.

 Cone vulcânico – elevação cónica que se origina devido à acumulação de piroclastos e ao derramamento de lava.
 Cone principal – cone que se forma pela acumulação de materiais expelidos pela chaminé principal.
 Cones adventícios – cones que se formam nos flancos de um cone principal devido à abertura de brechas neste cone,
por onde é ejectado material.

 Chaminé vulcânica – canal, geralmente de forma mais ou menos cilíndrica, que liga a câmara magmática à cratera e por
onde ascende o magma.

 Filão – são corpos magmáticos, de forma tubular, resultantes de preenchimento de fracturas existentes nas rochas.

Magma – material de origem profunda , resultante da fusão de rochas, constituído essencialmente por misturas de silicatos
fundidos a elevadíssimas temperaturas e por gases dissolvidos, podendo conter ainda cristais em suspensão.

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Lava – magma sem a parte gasosa em estado de fusão expelidos pelos vulcões, podendo conter ainda materiais sólidos em
suspensão.

Por vezes, no topo de um vulcão forma-se grande depressão com diâmetro superior a 1,5 km designadas por caldeiras.
As manifestações vulcânicas são apenas a exteriorização de fenómenos complexos que ocorrem no interior do nosso planeta. As
estruturas terrestres onde ocorrem esses fenómenos constituem um aparelho vulcânico.

De acordo com alguns aspectos da conduta emissora podem-se considerar dois tipos fundamentais de vulcanismo: vulcanismo
do tipo central e vulcanismo do tipo fissural.

 Vulcanismo do tipo central - forma-se uma conduta tubular, chamada chaminé vulcânica, por onde ascendem os
materiais até à superfície.
 Vulcanismo do tipo fissural – existem situações em que a lava é expulsa não através de uma chaminé cilíndrica, mas sim
através de fendas alongadas, que, por vezes, atingem quilómetros de comprimento.

Classificação do magma

Entre os vários factores que influenciam a actividade vulcânica, são de grande importância a composição do magma, a
temperatura e a quantidade de gases dissolvidos.
Quanto a composição, é habitual classificar os magmas e, portanto, as lavas de acordo com a riqueza em sílica ( SiO2 ).



A composição e a temperatura da lava conferem-lhe uma propriedade, a viscosidade, que condiciona o tipo de erupção. A
viscosidade é uma propriedade comum a todos os fluidos, representando a resistência da substancia a fluir. Os fluidos muito
viscoso fluem dificilmente e os fluidos pouco viscosos movimentam-se rápida e facilmente.

Quanto maior for a riqueza da lava em sílica, mais baixa é a temperatura necessária para a manter no estado liquido e maior é a
sua viscosidade.

Lavas básicas
 Possuem baixa viscosidade.
 Fluem rapidamente.
 Apresentam temperaturas que oscilam entre 1100ºc a 1200ºc.
 As erupções correspondentes a este tipo de lava são, de modo geral, predominantemente efusivas.

Lavas ácidas
 São muito viscosas.
 Fluem lentamente.
 Apresentam temperaturas que oscilam entre 800ºc e 1000ºc.
 As erupções correspondentes a este tipo de lava são, de modo geral, predominantemente explosivas.

A rocha resultante da solidificação de lavas básicas pode assumir diferentes aspectos.

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Tipos de actividade vulcânica

As erupções vulcânicas podem manifestar-se de modo diferente, e no decurso de uma mesma erupção, podem alternar períodos
com diferentes tipos de actividade.
As características da lava determinam diferentes tipos de actividade vulcânica.

Actividade explosiva
 As lavas são muito viscosas.
 Fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases.
 Ocorrem violentas explosões.
 Por vezes a formação de domas ou cúpulas (estruturas arredondadas dentro da cratera, originadas a partir da
consolidação da lava) e agulhas vulcânicas (lava solidificada dentro da chaminé vulcânica).
 Há emissão de piroclastos.

Classificação de piroclastos

Piroclastos de fluxo – são piroclastos que movimentam ao longo das vertentes envolvidos em água ou em gases. Ex: nuvens
ardentes.

Piroclastos de queda – fragmentos sólidos que são ejectadas nas erupções e depois caem devido ao próprio peso.

Os piroclastos de queda são geralmente classificados de acordo com as dimensões dos fragmentos.

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Actividade efusiva
 O magma é fluido, a libertação de gases e fácil.
 A lava é pouco viscosa.
 A erupção é calma
 A lava desliza rapidamente formando mantos de lava (nos terrenos planos) e correntes de lava (nos terrenos inclinados).

Actividade mista
 Erupções com aspectos intermédios, onde observa-se fases explosivas que alternam com fases efusivas, com predomínio
de uma ou de outra conforme os casos.

Classificação das actividades vulcânicas segundo Lacroix

Com base no carácter efusivo ou explosivo das erupções Lacroix considerou quatro tipos de actividade vulcânica: hawaiano,
estromboliano, vulcaniano e peleano.

Tipo hawaiano Tipo estromboliano Tipo vulcaniano Tipo peleano

 Actividade efusiva.  Actividade mista mas predomina  Actividade mista mas predomina  Actividade explosiva.
 Lavas muito fluido. fase efusiva. fase explosiva.  Lava muito viscosa.
 Magma pobre em  Lavas menos fluida que nas  Lavas mais viscosas que nos  Magma rico em gases.
gases. erupções do tipo hawaiano. tipos anteriores.
 Magma pobre em gases.  Magma rico em gases.

Vulcanismo residual ou secundário

A actividade vulcânica pode manifestar-se de um modo mais ou menos espectacular. Assim, após as erupções terem terminado,
mantêm-se muitas vezes nas zonas vulcânicas, durante anos ou mesmo séculos, emissões de água ou de gases a elevadas
temperaturas.

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Fumarolas – gases e vapores emitidos em regiões com manifestações de vulcanismos.
Muitas vezes as fumarolas são constituídos apenas por vapor de água, mas podem ser ricas em diferentes compostos químicos.
 Sulfataras – fumarolas ricas em compostos de enxofre ( H 2 S ).
 Mofetas – fumarolas ricas em ( CO2 ).

Géiseres – saída de águas subterrâneas para o exterior sob a forma de repuxos intermitentes devido a expansão de fumarolas.

Nascentes termais – águas subterrâneas sobreaquecidas, devido ao calor libertado nas regiões vulcânicas, ou simplesmente,

devido ao aumento de temperatura com a profundidade, que brotam à superfície.

Vulcões e tectónica de placas

A distribuição dos vulcões a superfície do globo não é uniforme. Há zonas de grande actividade que contrastam com outras onde,
na actualidade, não há manifestações vulcânicas.
 Cerca de 80% dos vulcões activos encontram-se em fronteiras convergentes e o vulcanismo associado é do tipo explosivo.
 15% situam-se nas zonas onde as placas divergem e o vulcanismo associado a esta fronteira é do tipo efusivo.
 5% são vulcões intraplacas ou seja são encontradas no interior das placas litosféricas. Vulcanismos intraplacas geralmente
é do tipo efusivo, associado a existência de pontos quentes (hot spot) relacionado com as plumas térmicas.

É de notar que a maioria dos fenómenos vulcânicos são subaquáticos e escapam, portanto, à nossa visão.

Minimização de riscos vulcânicos

Previsão

Muitas erupções vulcânicas são verdadeiramente catastróficas, causando avultados prejuízos e, por vezes, milhares de mortes.
Não é possível evitar uma erupção vulcânica, mas pode, muitas vezes, prever-se, ou seja dizer antecipadamente que ela pode
ocorrer num período mais ou menos lato ou mesmo predizê-la, indicando uma data especifica provável. Assim, é possível
proceder-se à evacuação atempada das populações, salvando muitas vidas humanas.
A vigilância de um vulcão permite detectar fenómenos precursores que põem de sobreaviso em relação a uma erupção iminente.
Os vulcões potencialmente perigosos são estudados com diferentes tecnologia que fornece sinais reveladores de um aumento da
actividade.

Sinais precursores da actividade vulcânica

 Detectar a deformação do cone vulcânico, através de aparelho que medem a inclinação – clinómetros.
 Registar sismos utilizando uma rede sismógrafos.
 Registar variação de temperatura das fumarolas, de fontes termais, da água dos lagos e poços próximos.
 Detectar variações súbitas da temperatura do solo nas proximidades do vulcão, através de sensores localizados em
satélites artificiais.
 Analisar a composição química dos gases libertados em estações geoquímicas.

Prevenção

Para minimizar os riscos do vulcanismo é preciso:


 Utilizar todos os meios necessários para fazer a vigilância dos vulcões.
 Fazer mapas de zonas de riscos para todos os vulcões potencialmente activos.
 Sensibilização e educação das populações para uma situação de riscos e o uso de cartas de zonas de riscos.

Vulcanismo, fonte de recursos naturais

Apesar dos desastres e destruições provocados por certas erupções vulcânicas, o vulcanismo tem também aspectos positivos.
 Em primeiro lugar, os fenómenos vulcânicos fornecem dados importantes sobre a constituição e características do interior
da Terra.
 Utilização agrícola dos solos, que são muito férteis devido à deposição de cinzas vulcânicas.
 Exploração de vários produtos mineiros, como enxofre, cobre, ferro, platina e diamantes.
 Interesse turístico, atraindo todos os anos centenas de milhar de visitantes.
 Aproveitamento da energia geotérmica.
Estas contrapartidas económicas fazem com que, apesar das ameaças, as regiões vulcânicas sejam densamente povoadas.

Actividade vulcânica em Cabo Verde

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O vulcanismo da ilha do Fogo esta relacionado, provavelmente, com a existência de pontos quentes “hot spot”.
Segundo Orlando Ribeiro (“A ilha do Fogo e as suas erupções” Lisboa 1960.), desde o ano de 1500 registaram-se cerca de 26
erupções na ilha do Fogo, tendo a penúltima ocorrido em 12 de Junho de 1951 e durado cerca de 2 meses.

A ultima erupção, foi antecedida nos últimos 3 ou 4 dias por abalos sísmicos de pequenas intensidades, iniciou-se a 2 de Abril de
1995 pelas 23 horas.
 No período de 2 a 22 de Abril, após uma fase inicial fundamentalmente explosiva, desenvolveu-se intensa actividade do
tipo estromboliano, com emissões de lavas e material piroclásticos (bombas, lapilli e cinzas) e colunas de vapores
esbranquiçadas e acinzentadas.
 A partir de 22 de Abril até 26 de Maio ocorreu, um novo vulcanismo (fissural) com emissão de lavas sem material
piroclásticos (tipo efusivo).

 14 erupções ocorreram através do cone principal.


 O cone grande tem cerca de 1100 metros.
 A altura do vulcão é de 2829 metros.
 A bordeira da caldeira chega a atingir 1000 metros de altura.

Rochas

Rochas – é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais.

Mineral – corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de processos físico-químicos em ambientes
geológicos.

Atendendo às características e às condições que presidiram à sua génese, consideram-se três grandes categorias de rochas:
sedimentares, magmáticas e metamórficas.

Rochas magmáticas

Resultam a partir da solidificação do magma em profundidade ou à superfície.

Classificação das rochas magmáticas


 Rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas – rocha magmática resultante da consolidação da lava à superfície ou
perto dela. Ex. Basalto, riolito, fenolito, etc.
Devido ao rápido arrefecimento, este tipo de rocha apresenta textura afanítica, ou seja, os minerais possuem pequenas
dimensões visto que não tiveram tem para se organizar e desenvolver.

 Rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas – rocha magmática resultante de consolidação do magma em


profundidade. Ex: granito, gabro, diorito, etc.
Apresentam, geralmente, minerais de dimensões identificáveis à vista desarmada. Um arrefecimento lento e profundidade é
propicio ao crescimento e desenvolvimento dos minerais, por isso, apresentam textura fanerítica.

Basaltos Granitos

Rochas magmáticas extrusivas  Rochas magmáticas intrusivas


Cor geralmente negra ou cinzento-escura.  Cor geralmente cinzento-clara.
Apresenta textura afanítica.  Apresenta textura fanerítica.
Possui como minerais mais importantes piroxena e olivina.  Possui como minerais mais importantes quartzo, feldspatos e micas.

Rochas sedimentares

Na génese das rochas sedimentares ocorrem fundamentalmente, duas fases: sedimentogénese e diagénese.

 Sedimentogénese – compreende os processos que intervêm desde a elaboração dos materiais que vão constituir as rochas
sedimentares até a deposição desses materiais.

Na sedimentogénese encontramos os seguintes processos:


 Meteorização ou alteração – processo que altera quimicamente e fisicamente as rochas que afloram na superfície
terrestre.
 Erosão – é o processo de arrancar os materiais previamente alterados.
 Transporte – os materiais desagregados, são transportados para locais por vezes longínquos. Podem ser partículas ou
fragmentos de dimensões variadas designadas por detritos ou clastos, ou podem ser substâncias dissolvidos na água.
 Sedimentação – é o processo de deposição e acumulação dos materiais transportados. Quando os materiais
transportados depositam constituem os sedimentos.

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 Diagénese – conjunto de processos físico-químicos (compactação e cimentação) que intervêm após a sedimentação e
pelos quais os sedimentos evoluem para rochas sedimentares consolidados.
 Compactação – a pressão das camadas superiores provoca a eliminação da água e os sedimentos ficam mais
próximos.
 Cimentação – ligação dos sedimentos por preenchimento dos espaços entre eles devido a precipitação de substancias
dissolvidos na água (ex: Carbonato de cálcio, sílica).

Classificação das rochas sedimentares

De acordo com a natureza e origem dos sedimentos, podem considerar-se: rochas sedimentares detríticas, rochas
sedimentares de origem química e rochas sedimentares biogénicas.

Rochas sedimentares detríticas – são rochas sedimentares predominantemente constituídos por sedimentos que originam a
partir de rochas preexistentes.

As rochas sedimentares detríticas dividem-se em dois grupos:


 Rochas sedimentares detríticas móveis – quando os detritos ou sedimentos aparecem soltos. Ex: areia, argilas, etc.
 Rochas sedimentares detríticas consolidados – quando os sedimentos estão ligados entre si. Ex: arenito, xistos
argilosos, etc.

Nota: Rochas sedimentares detríticas móveis formam rochas sedimentares detríticas consolidados através da ligação com o
cimento natural (sílica, carbonato de cálcio).

Argilas Areias

Rochas sedimentares detríticas móveis  Rochas sedimentares detríticas móveis


Apresenta cor branca, amarela, vermelha, etc.  Apresenta cor branca, negra, etc.
Possui algumas características como impermeabilidade e plasticidade.  Possui um elevado grau de permeabilidade.
É utilizada na industria de cerâmica.  É utilizada na construção civil, no fabrico de cimentos, de vidro, etc.

Rochas sedimentares de origem química – rochas sedimentares resultante, da precipitação química dos materiais dissolvidos
na água. Ex : calcários, sal de cozinha, etc.
O processo mais comum, pelo qual estes produtos precipitam é a evaporação. Noutras situações, a precipitação é provocada por
reacções químicas, quando certas condições do meio variam.
 Evaporitos
As rochas designadas por evaporitos resultam da precipitação de substâncias dissolvidos, devido a evaporação da água que os
contem em solução. Entre a diversidade de evaporitos, vamos destacar o gesso e o sal-gema.

Gesso – quimicamente é sulfato de cálcio hidratado ( CaSO4 2H 2O ). O gesso depois de tratado, é utilizado para fins
medicinais, na industria de cimentos, nas construções civis e ainda em esculturas.

Sal-gema – constituído essencialmente por halite que quimicamente é cloreto de sódio ( NaCl ).

 Calcário de precipitação 
Estes calcários resultam da precipitação de carbonato de cálcio ( CaCO3 ) devido a processos físico-químicos. Ex: estalactites,
estalagmites, etc.

Nas grutas dá-se a precipitação do carbonato de cálcio que formam estruturas designadas por estalactites quando estiver
pendentes no tecto da gruta e estalagmites quando a estrutura ascende a partir da base da gruta. Estalactites e estalagmites, por
vezes podem encontrar-se e ligar-se, formando colunas.

Rochas sedimentares biogénicas – Os sedimentos que constituem as rochas biogénicas resultam da acumulação de organismos
depois de mortos ou da sua actividade enquanto organismo vivo. Ex: calcários biogénicos, os carvões e o petróleo.

 Calcários biogénicos
No plâncton marinho existem seres com peças esqueléticas calcárias (conchas, carapaças, etc.). Após a morte, a parte orgânica,
normalmente, é decomposta e as conchas acabam por ser cimentadas, evoluindo para calcários consolidados. Ex: calcário
conquífero e os calcários recifais.

 Carvão
Os carvões são acumulações de restos vegetais que são rapidamente cobertos pelos sedimentos e postos ao abrigo dos agentes de
decomposição. Posteriormente estas acumulações ficam enriquecidas em carbono devido a acção dos microorganismos
anaeróbicos que eliminam os outros constituintes.

Existem diversos tipos de carvão consoante a percentagem de carbono:


 Turfa – menos de 15% de carbono
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 Lignite – 15% a 45% de carbono
 Hulha – 45% a 70% de carbono
 Antracite – 70% a 95% de carbono

 Petróleo
Admite-se que o material que se transforma em petróleo é constituído, principalmente, por organismos de pequenas dimensões,
do plâncton. A matéria orgânica acumula-se a uma profundidade de 2000 m a 3000 m em ambiente anaeróbico e é transformada
em hidrocarbonetos líquidos que constituem o petróleo e em alguns casos hidrocarbonetos gasosos (gás natural) e
hidrocarbonetos sólidos (asfalto ou betumes).
Produtos resultantes do petróleo bruto: asfalto, parafina, fuel, diesel, gasolina, gasóleo, gases, etc. O petróleo bruto é matéria
prima para a produção de tintas, vernizes, plásticos, etc. É ainda, utilizada na produção de energia, na construção de estradas, etc.

Rochas metamórficas

Rocha originada a partir de rochas preexistentes que experimentam transformações mineralógicas e estruturais, mantendo-se no
estado sólido.
Metamorfismo – Conjunto de transformações mineralógicas, químicas e estruturais ocorridos nas rochas, que permitem a
formação de rochas metamórficas.
As transformações que permitem a formação de rochas metamórficas são provocados pelos agentes do metamorfismo que são o
calor, as tensões, os fluidos de circulação e o tempo.

De acordo com as condições presentes em cada situação, existem diferentes tipos de metamorfismo: metamorfismo de contacto
e metamorfismo regional.

 Metamorfismo regional – ocorre, em regra, em regiões em que as rochas ficam progressivamente submetidas a tensões e
temperaturas elevadas. Esta regiões correspondem a zonas de colisão de placas litosféricas. Ex: gnaisse, micaxistos, etc.
 Metamorfismo de contacto – Quando uma intrusão magmática se instala entre rochas preexistentes, o calor proveniente
do magma pode metamorfizar as rochas encaixantes. O principal factor de metamorfismo, neste caso, é o calor, embora
alguns fluidos provenientes do magma também podem contribuir para certas transformações mineralógicas. Ex: Mármore.

Ciclo das rochas

Conjunto de transformações do material rochoso no decurso das quais as rochas são geradas, destruídas e alteradas por processos
devido à dinâmica interna e à dinâmica externa da Terra.

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Face da Terra – continentes e fundos oceânicos

A crosta terrestre, camada mais superficial e delgada da geosfera, é muito heterogénea tanto verticalmente como
horizontalmente. É formado por uma grande diversidade de rochas de origem diversa e situadas em dois tipos de crustas: a crusta
continental e a crusta oceânica.

 Áreas continentais

As áreas continentais actuais representam 36% da superfície terrestre (29% emersos e 7% imersos) e têm uma espessura que
varia entre 20 km e 70 km.
Lateralmente na superfície continental emersa distinguem-se:
 Escudos
 Plataformas estáveis
 Cinturas orogénicas

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Escudos – São vastas extensões em que afloram rochas muito antigas desgastadas pela erosão.

Plataformas estáveis – Correspondem a parte dos escudos que não afloram porque estão cobertos por sedimentos.

Cinturas orogénicas – Enormes cadeias de montanhas alongadas resultantes de colisão continente-continente ou placa oceânica-
continente.

 Morfologia dos fundos oceânicos

Com os avanços tecnológicos dos últimos anos foi possível constatar que a morfologia dos fundos oceânicos, contrariamente
àquilo que até então se admitia, é muito acidentada e complexa. Barcos dotados de sonar têm permitido adquirir uma ideia mais
pormenorizada da morfologia do fundo oceânico.
O conhecimento dos fundos oceânicos pode ainda ser completado com a utilização de pequenos submersíveis que permitem aos
geólogos observar, fotografar e colher amostras de muitas zonas dos fundos oceânicos.
Nas áreas cobertas pelo oceano pode considerar-se um domínio continental e um domínio oceânico.

Do domínio continental fazem parte:

 Plataforma continental – como o nome sugere, faz parte da crosta continental e prolonga o continente sob o mar,
podendo atingir a profundidade de 200 m.
 Talude continental – é uma zona de forte declive, cuja profundidade esta compreendida entre 200 m a 2500 m
representando a zona de transição da crosta continental para a crosta oceânica.

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Do domínio oceânico fazem parte:
 Planícies abissais – zona da crusta oceânica de profundidade compreendida entre 2500 m a 6000 m, correspondendo a 50
% da superfície do Globo

Nas planícies abissais podemos encontrar:


 Fossas oceânicas – são depressões que apresentam grandes profundidades, podendo ultrapassar 11000 m.
 Ilhas e colinas vulcânicas – acumulações de materiais vulcânicos emitidos por vulcões submarinos.

 Dorsais oceânicas – situam-se na parte media ou nos bordos dos oceanos. Elevam-se a 3000 m acima dos fundos das
planícies e estendem-se por uma largura de cerca de 1000 km.
 Rifte – são depressões encontradas no meio das dorsais.
Na parte central da dorsal atlântica, existe um rifte, cuja profundidade varia entre 1800 m a 2000 m, com largura
aproximada de 40 km.

Da comparação das áreas continentais e oceânicas pode concluir-se que os continentes possuem maior altitude que os fundos
oceânicos e as rochas da crusta oceânica são mais recentes que certas rochas da crusta continental.
Derivas dos continentes

O dinamismo terrestre não se manifesta apenas através das mudanças dos seres vivos, mas também da própria actividade do
planeta. Os vulcões e os sismos são provas dessa actividade.
Verificam-se, contudo, mudanças muito mais subtis que não são facilmente perceptíveis. As montanhas foram formadas e
posteriormente desgastadas pela erosão, os continentes mudam de posição e os oceanos formam-se e desaparecem de um modo
imperceptível à escala da vida humana .

Alguns cientistas, como, por exemplo, Wegner, admitiram a hipótese de que os continentes estiveram unidos, há cerca de 225
M.a., num supercontinente, a Pangeia, rodeado por um só oceano, chamado Pantalassa. Esse supercontinente ter-se-ia
fragmentado em dois continentes: um a norte, chamado Laurásia, e um a sul, Gonduana. Esses dois continentes originaram os
continentes que temos na actualidade.

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Dados que apoiam a hipótese de Wegner
 o traçado complementar de zonas costeiras de continentes hoje separados, como, por exemplo, a África e a América do
Sul;
 a semelhança entre camadas rochosas com a mesma idade em certas regiões de vários continentes actualmente distantes;
 os testemunhos fósseis, da mesma espécie, que aparece fossilizado exclusivamente em África, na América do Sul, na
Índia, na Austrália e na Antárctida.

Teoria da tectónica de placas

Segundo esta teoria, a litosfera está dividida em várias placas rígidas – placas litosféricas – que se deslocam uma em relação às
outras à velocidade de alguns cm/ano.

Os limites/fronteiras de placas podem ser de diversos tipos: convergentes, divergentes e conservativos.

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Deformações da superfície terrestre

Em certas regiões da superfície terrestre, as rochas apresentam-se deformados. Isto é prova que, depois da sua formação, as
rochas ficaram sujeitas a enormes forças que alteram a sua disposição inicial.

Tipos de deformações da crusta terrestre

Dobras – encurvamento de superfícies inicialmente planas, em que não se verifica deslocação dos blocos.

As dobras resultam da actuação de tensão do tipo compressiva.

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E – NÚCLEO Conjunto das camadas mais internas da dobra

Tipos de dobras

 Dobra sinclinal ou sinforma – dobra cuja abertura está voltada para cima. No núcleo encontra-se as rochas mais
recentes.
 Dobra anticlinal ou antiforma – dobra cuja abertura está voltada para baixo. No núcleo encontra-se as rochas mais
antigas.
 Dobra neutra – dobra cuja a abertura se orienta lateralmente

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Falhas – fractura das rochas acompanhada de movimento ou deslocação relativo de um dos blocos fracturados.

As falhas podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão (compressiva, distensiva ou cisalhante) em rochas com
comportamento frágil.

Tipos de falhas

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 Falha normal ou distensiva – o tecto desce relativamente ao murro. Forma-se, geralmente, em regime de deformação
distensivo, em zonas de separação de placas tectónicas.
 Falha inversa ou compressiva – o tecto sobe relativamente ao murro. Forma-se, geralmente, em regime de deformação
compressivo, em zonas de colisão de placas tectónicas.
 Falha de desligamento – os movimentos dos blocos são essencialmente horizontais e paralelos à direcção do plano de
falha. Forma-se, geralmente, em regime de deformação de cisalhamento.

Idade da Terra e idade absoluta das rochas

Em que se baseia Homem para atribuir 4500 ou 4600 M.a. à idade da Terra?

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Sabe-se que a idade das rochas é calculada medindo o decrescimento radioactivo de elementos tais como o urânio ou o rubídio
que há sempre vestígios nas rochas, donde quer que provenham.

Nem sempre é possível determinar a idade das rochas recorrendo aos elementos radioactivos, visto que muitas rochas não os
possuem.
Como saber, neste caso, a idade das rochas?

 Tratando-se de rochas sedimentares, é importante estar atento à disposição relativa das camadas que as constituem. A
deposição de materiais processa-se, em regra, horizontalmente. Sendo assim, podemos admitir que, em rochas sedimentares
que não foram deformadas após a sua origem:

Qualquer camada é mais recente do que as camadas que recobre e mais antiga do que as camadas que lhe são
suprajacente. – É o princípio da sobreposição dos estratos, ou princípio fundamental da estratigrafia.

Estratos – camadas sobrepostas, em regra paralelas, formadas por sedimentos que se distinguem pela diferente espessura, pelas
dimensões ou pela coloração dos sedimentos.

Claro que neste caso não se determina a idade absoluta, mas sim a idade relativa, o que também é importante.

 Para outro tipo de rochas, não sedimentares, o princípio da sobreposição dos estratos não é aplicável. No entanto, o
geólogo, no terreno, encontra por vezes outras razões para determinar, entre duas rochas, qual delas é a mais antiga e entre
dois acontecimentos qual deles ocorreu em primeiro lugar.

O aparecimento e desenvolvimento da vida

Já sabemos que os seres vivos podem fossilizar. Se isto acontecer, as rochas que apresentam os fósseis são testemunhos da
existência desses seres vivos. A idade dos fósseis e, consequentemente, dos seres vivos que eles representam será a idade das
rochas em que eles são incorporados. O estudo das rochas fossilíferas permitiu aos geólogos concluir que:

1- As mais antigas rochas fossilíferas que se conhecem na Terra só possuem vestígios de formas de vida muito simples –
bactérias. Isto significa que nesse momento da vida da Terra apenas existiram esses seres vivos. Se existissem outros, também
teriam deixado vestígios. Logo, as bactérias teriam sido as primeiras formas de vida a povoar a Terra.

2- Em rochas sucessivamente mais recentes encontram-se fósseis de seres vivos tanto mais complexos quanto mais recentes
forem as rochas.

A medida que novas formas de vida foram aparecendo, formaram-se comunidades com as formas já existentes. Essas
comunidades eram cada vez mais ricas em número de espécies.
No entanto, as características alteraram-se ao longo do tempo e as espécies existentes foram substituídas por outras.

Assim, por exemplo:


As espécies dos répteis primitivos eram diferentes das espécies dos répteis actuais. O mesmo acontece com as outras,
inclusivamente com a espécie humana.

O que significa que:


Cada espécie apareceu em determinado momento e depois de um determinado período de duração extinguiu-se.
O período de duração de cada espécie na Terra é muito variável.
 Algumas tiveram um período de duração que, à escala geológica, é considerado muito curto: Aparecem fossilizadas em
rochas de determinada idade e nunca mais voltam a aparecer. Indicam a idade dessas rochas. Os seus fósseis dizem-se
característicos.
 Outras tiveram duração muito longa. Algumas há que começaram a aparecer fossilizadas em rochas muto antigas e ainda
hoje existem. Não servem para indicar a idade das rochas.

Fósseis – são restos ou vestígios deixados pelos seres vivos que viveram em épocas geológicas passadas.

Fósseis indicadores da idade das rochas

A presença de fósseis é de elevada importância na determinação da idade das rochas. Há espécies que viveram na Terra um
período de tempo muito curto. Os seus fósseis caracterizam esse período. Dizem-se fósseis característicos ou estratigráficos.

Conhecida a idade destes fósseis atribui-se a mesma idade a todas as rochas que os apresentam. Seja qual for o lugar da Terra em
que se encontram essas rochas, são contemporâneas – princípio de sincronismo.

Fósseis indicadores de ambiente (fácies)

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Encontram-se frequentemente nos calcários da serra da Figueira da Foz fósseis de ouriços-do-mar.
Sabendo nós que qualquer destes animais vive no mar, em regiões vizinhas da costa, teremos de concluir que, na época em que
esses sedimentos calcários se depositaram, essa região constituía uma zona de plataforma continental.
Verificamos assim que estes fósseis informam o geólogo sobre o meio em que se formaram as rochas que os contêm.
Chamam-se fósseis de fácies.

Fósseis indicadores de climas

Por vezes são encontrados, em regiões de climas frios, fósseis de seres vivos que só poderiam ter vivido em regiões de climas
quentes ou vice-versa. Como interpretar este facto, se tudo indica que a fossilização ocorreu no lugar onde foram encontrados os
fósseis?

Teremos de admitir que o clima se alterou ao longo do tempo. É deste modo que, geralmente, se conhecem as características
climáticas não só quanto a temperatura, mas também, muitas vezes, quanto à humanidade, de certos momentos da Terra.

Formação da atmosfera

Na crusta recém-formada, muito quente, os fenómenos de vulcanismo de vulcanismo seriam generalizados. Por todas as fissuras
havia derrame de lava e juntamente seriam libertados grandes quantidades de gases. Esses gases foram retidos a volta da Terra
pela força da gravidade e formaram a atmosfera primitiva.

Evolução da atmosfera

Com a diferenciação e com os fenómenos vulcânicos, foram libertados gases que formaram a atmosfera primitiva, possivelmente
constituída por: azoto, dióxido de carbono, monóxido de carbono, vapor de água, árgon, néon, hidrogénio, metano e amoníaco.

Com o aparecimento da vida na Terra há cerca de 3800 M.a., e com o seu desenvolvimento surgiram os seres vivos
fotossintéticos. Estes permitiram a formação da atmosfera actual constituída por: azoto, oxigénio, árgon, dióxido de carbono,
néon, hélio, metano, hidrogénio, ozono, vapor de água.

Características particulares do planeta Terra

A existência e a diversidade de seres vivos é consequência das condições excepcionais existentes na Terra e ausentes em
qualquer um dos outros planetas conhecidos e estudados até hoje. Entre essas condições são de destacar as seguintes:
 A sua localização próximo de uma fonte de energia, o Sol, situação esta que permitiu que os seus gases não convertessem
em gelo.
 Existência da agua no estado liquido.
 Massa suficiente para desenvolver uma força de atracção gravítica capaz de reter a atmosfera.

Historia da Terra

Admite-se que história geológica da Terra teve início há aproximadamente 4600 M.a., e desde então, a superfície tem vindo a
alterar-se constantemente através dos tempos. Assim, tem ocorrido ciclos de formação de cadeias de montanhas seguidos da
erosão das rochas e mudanças climáticas acentuadas. A estas transformações ocorridas no mundo físico está intimamente ligada
a historia da vida na Terra.

É com base em todas as informações resultantes do estudo das características observadas nas rochas que são estabelecidas
divisões do tempo geológico.

Tal como as nossas vidas são medidas em anos, dias e horas, também os geólogos, baseados em grandes alterações, como
modificações biológicas significativas observadas à escala do Globo, consideram nos tempos geológicos varias divisões como as
Eras e Períodos. O conjunto constitui uma escala de tempo geológico das rochas de origem sedimentar, baseada
essencialmente num registo estratigráfico que permite estabelecer uma escala estratigráfica corresponde às formações
geológicas geradas durante um certo intervalo de tempo.

As grandes divisões do tempo geológico são marcadas por mudanças significativas no mundo vegetal e animal, com repentinas
extinções em massa ou “evoluções explosivas”, quando um grande numero de novas formas surgem num curto intervalo de
tempo.

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No desejo de compreender a historia da vida, têm-se procurado fazer representações dessa historia utilizando modelos que
confrontam os factos conhecidos com novos dados. Esses novos dados podem conduzir a novas reformulações sempre que, em
conjunto com novas tecnologias, permitem construir novas interpretações.

Na historia da vida podem referir-se alguns acontecimentos:


 A vida na Terra deve ter aparecido há cerca de 3800 M.A.
 Os tempos pré câmbricos conheceram uma diversificação importante das formas vivas. Foi no inicio da Era Paleozóica,
há cerca de 550 M.a., que apareceram formas de vida com concha ou carapaça.
 Durante o paleozóico foram surgindo formas cada vez mais complexas, existindo já representantes de quase todos os
grandes grupos de organismos actuais.
 O limite entre a Era Paleozóica e a Era Mesozóica corresponde ao desaparecimento massivo de espécies marinhos.
BIBLIOGRAFIA:
- DA SILVA, Amparo Dias; MESQUITA, Almira Fernandes; [et all] – “TERRA UNIVERSO DE VIDA.” Porto: Porto
Editora, 2007.
- LEITE, Ana Isabel; ALMEIDA, Maria Adelaide; [et all] – “TERA VIDA 7.” Porto: AREAL EDITORES.
- ROQUE, Mercês; CASTRO, Admiro – “Ciências da Terra e da Vida 10º Ano.”Porto: Porto Editora
- ROQUE, Mercês; CASTRO, Admiro – “TERRA VIVA. Ciências Naturais.” Porto: Porto Editora.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Exploração_espacial.
- http://astropt.org/blog/2009/08/11/vantagens-da-exploracao-espacial/

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