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Datação relativa
Um determinado elemento químico é um isótopo de si mesmo, quando possui o mesmo
número atómico, mas diferente número de massa. Alguns isótopos de um determinado
elemento são estáveis e outros são instáveis.
Nos isótopos instáveis, os núcleos decompõem-se, ou seja, há lugar à sua desintegração e
este processo espontâneo designa-se radioatividade.
-deve ser conhecido, com o máximo rigor possível, o tempo de meia-vida do isótopo-pai;
-a idade da rocha ou mineral deve ser de tal modo alargada que corresponda a um intervalo
de tempo suficiente que permita a desintegração radioativa do isótopo-pai no isótopo-filho;
-a concentração de isótopos-pai e isótopos-filho, na rocha ou minerais que se pretende
datar, deve ser em quantidade que permita a sua determinação;
-deve ser conhecida a quantidade inicial do isotopo-filho no momento de formação da rocha
ou do mineral a datar ou, melhor ainda, essa quantidade ser igual a zero.
Vulcanologia
Vulcanismo-manifestações primárias
As manifestações primárias de vulcanismo caracterizam-se pela ocurreência de erupções
vulcânicas.
Vulcanismo central:
No vulcanismo de tipo central, o aparelho vulcânico designa-se vulcão. Um vulcão é uma
estrutura complexa, resultante da acumulação de lavas e de outros materiais eruptivos e,
geralmente, é constituído pelo cone vulcânico, chaminé vulcânica, cratera vulcánica e
câmara magmática.
O esvaziamento, total ou parcial, da câmara magmática torna o aparelho vulcânico instável
por falta de apoio de sustentação do cone, o que pode conduzir ao seu abatimento. Neste
caso, formam-se caldeiras vulcânicas, as quais, por definição, têm que possuir, no mínimo, 1
km de diâmetro. A retenção de águas pluviais nestas depressões origina lagoas.
Vulcanismo fissural:
No vulcanismo de tipo fissural, as erupções ocorrem ao longo de fraturas da superficie
terrestre. Os materiais expelidos acabam por preencher vales profundos ou de relevo muito
acidentado, acabando por formar vastos planaltos de acumulação vulcânica, por vezes com
centenas de milhar de quilómetros quadrados e com espessuras que podem exceder 1km.
poeiras
cinzas
bombas
blocos
vapor de
água
dióxido de
carbono
metano
...
Piroclastos de fluxo:
-nuvens ardentes-massas incandescentes de cinzas gases e poeiras, libertadas em erupções
cujo o magma\lava é muito viscoso dando origem a erupções explosivas. Por serem muito
densas deslizam pelo cone abaixo em grandes velocidades.
-lahars-emissões de materiais vulcânicos muito finos que se movimentam saturados em
água.
Lava-material rochoso fundido com origem no magma, mas com diferente composição,
visto que perdeu uma parte substancial de gases durante a sua ascensão e chegada à
superfície.
Pouco viscosas: pahoehoe (lavas encordoadas), AA (lavas escoriáceas), pillow lavas (lavas
em almofada)
Muito viscosas: agulhas vulcânicas (pitões ou neck vulcânico), domos (cúpulas), nuvens
ardentes (escoadas piroclâsticas)
Alta entalpia: temperatura superior a 150ºC. Usada para produzir energia elétrica.
Vulcanismo de subducção
A convergência de duas placas obriga ao mergulho da placa mais densa, originando-se uma
zona de subducção. A partir de certa profundidade, as condições de pressão e temperatura
induzem a fusão da placa em subducção, dos sedimentos e de parte do manto, formando -
se, desta forma, magma. Este tipo de magma, de origem pouco profunda, origina,
geralmente, erupções do tipo explosivo ou misto.
Oceano-Oceano: A convergência de duas placas oceânicas forma arcos de ilhas vulcânicas
(ex.: Alasca, Indonésia, Filipinas,... )
Oceano-Continente: A colisão de uma placa oceá- nica com uma continental origina cadeias
mon- tanhosas costeiras com atividade vulcânica (ex.: Andes).
Vulcanismo intraplaca
Este tipo de vulcanismo explica a existência de ilhas no interior de placas oceânicas e de
alguns vulcões isolados no interior dos continentes. Neste caso, os magmas, cuja origem se
pressupõe em zonas mais profundas do manto, desencadeiam, geralmente, erupções de
tipo não explosivo (efusivas e/ou mistas).
Este tipo de vulcanismo representa cerca de 5% dos vulcões ativos.
Neste modelo, pressupõe-se que o magma tenha origem em zonas mais profundas do
manto, nas proximidades da sua fronteira com o núcleo. O material rochoso do manto,
sobreaquecido por transferência de calor do núcleo, ascende sob a forma de colunas
designadas plumas térmicas. Durante a sua ascensão, a rocha sobreaquecida pode fundir,
originando magma. No local onde es- tas plumas atingem a superfície da geosfera forma-se
um ponto quente, ou hotspot, com atividade vulcânica. No entanto, é de salientar que há
vulcões intraplaca isolados que não se enquadram neste modelo.
anel de fogo
Minimização do risco vulcânico
Medidas de autoproteção
A identificação dos perigos vulcânicos constitui um importante meio de prevenção dos seus
efeitos. Uma população informada dos perigos associados à proximidade de u ma zona
vulcânica ativa estará mais bem preparada para encarar e ultrapassar situações de
emergência.
Uma forma de estimar o comportamento futuro de um vulcão é a de conhecer a sua
atividade no passado. A reconstituição da história eruptiva de um vulcão ativo tem em conta
diversos aspetos, nomeadamente:
O estudo do estado eruptivo dos vulcões, para além de ajudar a prever potenciais erupções
assume-se como um instrumento relevante para o estudo da história da Terra. Os diferente
estudos científicos parecem demonstrar que a atividade vulcânica foi importante para :
-potenciar a origem da vida na Terra, através da libertação de calor, vapor tos essenciais
para a síntese orgânica; de água e compos
-a criação de uma atmosfera primitiva (proto-atmosfera) rica em CO2 e o surgimento do
efeito estufa, mecanismo importante para a manutenção de uma temperatura constante no
nosso planeta;
-as alterações dos mecanismos climáticos, nomeadamente da temperatura do ar e do ciclo
hidrológico, tornando, por vezes, as chuvas mais ácidas;
Benefícios do vulcanismo:
-energia geotérmica
-rochas vulcânicas e gases que são importantes recursos naturais para a industria de
construção, química e metalúrgica