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Os materiais que são libertados durante os fenómenos eruptivos fornecem aos investigadores
informações sobre os processos físicos e químicos que ocorrem no interior da geosfera.
Designa-se por lava a mesma rocha fundida que irrompe pela superfície terreste e que, num
processo de desgaseificação.
Como os magmas são líquidos, podem atingir altas temperaturas, possuem menor densidade e
ascendem á litosfera. Este material quente, ao abrir caminho por entre as rochas da litosfera, pode
fundir com outras preexistentes e abrir caminho, em zonas de franqueza, através de fraturas.
Vulcanismo
Manifestações primárias
Tipo Central:
No vulcanismo de tipo central, o aparelho vulcânico designa-se vulcão.
Um vulcão é uma estrutura complexa, resultante da acumulação de lavas e de outros materiais eruptivos.
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Morfologia de um vulcão
Chaminés
secundárias
Magma: material resultante da fusão das rochas composto por produtos no estado sólido, líquido e
gasoso.
O esvaziamento, total ou parcial, da câmara magmática torna o aparelho vulcânico instável por falta de
apoio de sustentação do cone, o que pode conduzir ao seu abatimento. Neste caso, formam-se caldeiras
vulcânicas, as quais, por definição, têm de possui, no mínimo, 1km de diâmetro. A retenção de água
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pluviais nestas depressões origina lagoas, como é o caso das lagoas das Sete Cidades, das Furnas de Fogo,
na ilha de S. Miguel, Açores.
Tipo fissural:
No vulcanismo de tipo fissural, as erupções ocorrem ao longo das fraturas da superfície terrestre. Os
materiais expelidos acabando por preencher vales preencher vales profundo ou de relevo muito
acidentado, acabando por formar vastos planaltos de acumulação vulcânica, por vezes com centenas de
milhar de quilómetros quadrados e com espessuras que podem exceder 1km.
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Materiais libertados nas erupções
Durante as erupções vulcânicas, são libertados diversos tipos de produtos, nomeadamente: piroclastos,
lava e gases.
A quantidade de sílica;
O teor em gases.
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A conjugação destas quatro variáveis define uma variedade de lavas com diferentes graus de viscosidade.
As lavas podem apresentar características que refletem a temperatura a que solidificam e a forma como
libertaram os gases. Podem, por exemplo, ter uma textura vítrea como a obsidiana, em resultado de um
arrefecimento muito rápido.
Tipos de erupção
A solidificação das lavas pode assumir diferentes aspetos em função da sua viscosidade:
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Lavas escoriáceas ou AA:
São lavas fluidas (menos que as pahoehoe), que se deslocam lentamente. Dão origem a superfícies ásperas
resultantes da perda rápida de gases.
Agulhas vulcânicas:
Forma-se quando a lava, de elevada viscosidade acaba por solidificar na chaminé, funcionando como uma
perigosa “rolha gigante”.
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Domos ou cúpulas:
A lava solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera.
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Os cones vulcânicos são
altos e apresentam
declive acentuado
Vulcões compósitos ou (por vezes, superior a
estratovulcões 45). Resultam da
acumulação de camadas
em torno da cratera
principal ou de crateras
adventícias.
Não possuem um cone
vulcânico.
São aparelhos constituídos
Vulcões fissurais ou do tipo por extensas fraturas, que
islândico alternam entre a emissão de
lavas pouco viscosas e a
projeção de quantidades
enormes de piroclastos.
Vulcanismo
Manifestações secundárias ou residuais
Por vezes, a atividade vulcânica de uma região manifesta-se de um modo menos espetacular e violento,
nomeadamente através da libertação e/ou água a temperatura elevadas. Estas manifestações de
vulcanismo constituem fenómenos secundários ou residuais, como, por exemplo, a algumas nascentes
termais, as fumarolas e géiseres.
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Nascentes termais: nascentes de águas quentes devido ao calor interno da Terra, ricas em
minerais e que podem ter utilidade medicinal.
Vulcões
e placas tectónicas
Os fenómenos vulcânicos ocorrem quer nas zonas de fronteira entre placas tectónicas- zonas
tectonicamente ativas- quer no interior das placas, zonas tectonicamente estáveis.
Vulcanismo de subducção
A convergência de duas placas obriga o mergulho da placa mais densa, originando-se uma zona de
subducção. A partir de certa temperatura induzem a fusão da placa em subducção, dos sedimentos e de
parte do manto, formando-se, desta forma, magma. Este tipo de magma, de origem pouco profunda,
origina, geralmente, erupções do tipo explosivo ou misto.
Oceano- Oceano: A convergência de duas placas oceânicas forma arcos de ilhas vulcânicas (ex.: Alasca,
Indonésia, Filipinas…)
Oceano- Continente: A colisão de uma placa oceânica com uma continental origina cadeias montanhosas
costeiras com atividade vulcânica (ex.: Andes)
ver imagem 2 da pág. 117
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Vulcanismo intraplaca
Este tipo de vulcanismo explica a existência de ilhas no interior de placas oceânicas e de alguns vulcões
isolados no interior dos continentes. Neste caso, os magmas, cuja origem se pressupõe em zonas mais
profundas no manto, desencadeiam, geralmente, erupções de tipo não explosivo (efusiva e/ou mista).
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Os pontos quentes correspondem aos locais da superfície terrestre por onde o magma proveniente do
manto ascendente. Podem localizar-se em zonas vulcânicas, como é o caso do Hawai, ou em zonas
continentais, como é o caso do Yellowstone, os EUA.
Pág.119!!
Distribuição geográfica
dos vulcões
As zonas do globo onde ocorre atividade vulcânica coincidem, de um modo geral, com as zonas de elevada
sismicidade. Grande parte desta atividade ocorre na fronteira de Placas do Pacifico com outras placas
continentais ou oceânicas. Por isso, esta fronteira é dignada “Anel de Fogo”
Riscos vulcânicos
A definição das áreas de maior perigosidade vulcânica- zonas de riscos vulcânico- resulta de um
levantamento dos perigos e ameaças associadas aos fenómenos eruptivos.
Escoadas de lava;
Projeção de piroclastos;
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Libertação de gases;
Tsunamis...
Classificação
do estado eruptivo dos vulcões
Desta forma, é possível classificar o seu estado eruptivo em ativo, adormecido, extinto.
Potenciar a origem na Terra, através da libertação de calor, vapor de água e compostos essenciais
para a síntese orgânica;
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Sismologia
A Sismologia é o ramo da Geofísica que estuda os sismos causados pela propagação de ondas sísmicas,
geradas natural e artificialmente.
O comportamento das rochas sujeitas a estados de tensão permite a sua classificação em rochas de
comportamento elástico, de comportamento frágil (rígido) e de comportamento dúctil (maleável).
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O comportamento frágil ou dúctil depende de vários fatores como o estado de tensão, a composição
da rocha e as condições termodinâmicas a que está sujeita.
Os sismos formam-se quando as rochas têm comportamento frágil e atingem o seu limite de
elasticidade. Neste ponto limite, as rochas fraturam libertando instantaneamente grande parte da
energia elástica acumulada; devido ás propriedades elásticas da geosfera, os dois lados da fratura
sofrem um deslocamento que se designa ressalto elástico e é um movimento brusco.
Nos limites tectónicos, ocorre a acumulação de energia nas rochas, atingindo o limite de resistência (de
elasticidade/deformação) e ocorre rotura da rocha;
A rotura leva a uma rápida libertação da energia acumulada, conduzindo ao ressalto dos blocos e á
vibração sob forma de ondas sísmicas da energia elástica acumulada.
Por vezes, a libertação de energia sísmica é tal que faz vibrar todo o planeta; neste caso, os ismo designa-
se de terramoto, sendo precedido e sucedido por sismos menores aos quais se dá o nome,
respetivamente, de abalos premonitórios e de réplicas.
Os terramotos são uma consequência da formação de falhas, que podem permanecer ativas, isto é,
que podem gerar novos sismos, caso a tensão tectónica continue a atuar.
Uma falha é a superfície de fratura, ao longo da qual ocorreu um movimento relativo entre dois blocos
que separa.
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