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Biologia e Geologia 10º ano (Ano I)

Ficha Formativa – Tectónica, Vulcanologia e Sismologia

GRUPO I

1. Na figura 1 estão representados dois aparelhos vulcânicos, I e II.

I II
Figura 1

1.1. Faz a legenda da figura 1.


1.2. Classifica o tipo de vulcanismo representado na figura.
1.2.1. Justifica a resposta anterior.
1.3. Identifica o tipo de erupção presente em cada um dos aparelhos vulcânicos (I e II)
1.3.1. Justifica a resposta à questão anterior, utilizando dois dados observáveis na figura, para cada
aparelho vulcânico.
1.4. Caracteriza quanto ao teor de sílica e viscosidade a lava resultante do aparelho vulcânico II.

2. Lê com atenção seguinte texto:

2.1. Indica, justificando com frases do texto, qual o tipo de actividade vulcânica descrita .
2.2. Refere quais as manifestações secundárias de vulcanismo referidas. Justifica com uma frase do texto.
2.3. Indica outras duas manifestações secundárias de vulcanismo.
2.4. Indica duas consequências, uma positiva e uma negativa, da actividade vulcânica descrita no texto.
3. A actividade vulcânica emite uma grande variedade de materiais. Estabelece a correspondência entre os
materiais da coluna I e as suas características descritas na coluna II.

Coluna I Coluna II
1 - Piroclastos de maiores dimensões.
A – Magma 2 - Mistura de rocha fundida com bolhas de gases e fragmentos
B - Lava encordoada, "pahoehoe" sólidos.
C - Lava escoriácea, "aa" 3 - Formações arredondadas de lava, que arrefece
D – Bombas rapidamente debaixo de água.
E - Nuvem ardente 4 - Correntes de lava com a superfície estilhaçada e angulosa.
F – Cinzas 5 - Materiais vulcânicos sólidos, muito porosos e leves.
G - Pedra-pomes
6 - Piroclastos de menor tamanho, resultantes de erupções
H - Lava em almofada violentas.
7 - Corrente de gases e cinzas incandescentes.
8 - Correntes de lava em dobras paralelas

4. A figura 2 representa a formação de uma cadeia de cones vulcânicos num oceano, relacionada com a possível
existência de um ponto quente.

Figura 2
4.1. Baseando-te nos dados do esquema, indica:

4.1.1. a posição correspondente ao ponto quente


4.1.2. o cone mais antigo do conjunto
4.1.3. a seta que indica o movimento da placa

4.2. Refere que tipo de vulcanismo está associado a estes fenómenos (pontos quentes) e qual o tipo de erupção
que desencadeiam.

Já desde os finais do século XIX que se suspeitava da existência de uma crista no fundo do oceano Atlântico, da qual
Wegener tinha conhecimento mas que não relacionou com a sua teoria por não a considerar importante. No entanto,
só no final dos anos 50 se percebeu que esta crista era de origem vulcânica e que tinha, no seu centro, um vale
profundo (rifte), do qual emanava um fluxo de calor intenso, desconhecido até então. Com a continuação das
investigações ao nível do rifte, os cientistas começaram a suspeitar que este calor tinha origem no manto e que, além
disso, existiam cristas em todos os oceanos.
Hess, em 1962, publicou uma teoria que permitia explicar a mobilidade dos continentes, intitulada Teoria do
Alastramento do Fundo Oceânico. Segundo esta teoria, entre duas zonas continentais criaram-se fracturas por onde
derramou lava formando uma crista. A ascensão de material magmático na crista formou novo fundo oceânico. À
medida que a lava se afastava da zona de rifte solidificava e formava crosta oceânica que alastrava para ambos os
lados. Assim, a crosta oceânica mais antiga foi-se afastando simetricamente para um e outro lado da crista média.
Com o alastramento do fundo oceânico, os continentes foram-se afastando a partir do rifte. Entre os
continentes formou-se um oceano, com a acumulação de água sobre a crosta oceânica.
5. A TEORIA DO ALASTRAMENTO DO FUNDO OCEÂNICO

5.1. Onde é que se localizam as cristas médias oceânicas?


5.2. Qual o material expelido numa crista oceânica?
5.3. Como é que se forma o fundo oceânico que separa os continentes?
5.4. A Teoria do Alastramento do Fundo Oceânico, formulada por Hess, é apoiada pela evidência de bandas
magnéticas no fundo dos oceanos. Fundamenta esta afirmação.

6. A “ETERNA JUVENTUDE” DO FUNDO OCEÂNICO

Devido à expansão dos oceanos, poderia pensar-se que a superfície terrestre estaria a aumentar. No entanto,
sabe-se, através de medições, que as dimensões da superfície terrestre se mantêm. Verificou-se ainda que na crosta
oceânica não existem rochas com idade superior a 200M.a.

6.1. O que é que se forma entre as massas continentais A e B?


6.2. O que é que ocorreu relativamente à crosta oceânica existente entre B e C?
6.3. O que distingue a crosta continental da crosta oceânica?
6.4. Em que medida é que os dados da figura permitem compreender que as dimensões da Terra se mantêm
constantes apesar da expansão dos fundos oceânicos?
6.5. Porque é que não existem, na crosta oceânica, rochas com idade superior a 200 M.a.?
Lê atentamente os textos seguintes e responde às questões com eles relacionadas:

Texto 1

“O sismo de São Francisco (Califórnia, costa oeste dos EUA) de 17 de


Outubro de 1989 teve uma magnitude de 7,1 e o foco sísmico localizou-
se a 18 Km de profundidade.

O sismo provocou a morte a 72 pessoas. A maior parte dos mortos


confirmados ficou a dever-se à queda do tabuleiro de uma ponte
rodoviária terrestre, na auto-estrada 880, esmagando centenas de
automóveis. Muitas das pessoas atingidas pela queda da ponte
regressavam a casa, para assistirem pela televisão a um jogo do
campeonato mundial de baseball. O estádio onde o jogo se iria disputar,
em Oakland, juntara perto de 60 000 espectadores, que ali se
encontravam à hora do sismo. No entanto, não houve qualquer reacção
de pânico, o que permitiu evitar uma tragédia. As equipas de socorro
destacadas para a área atingida receberam, de imediato, o apoio de
milhares de voluntários. O baixo número de vítimas de S. Francisco foi,
em primeiro lugar, devido à qualidade das construções anti-sísmicas,
imposta depois do violento sismo de 1906 que destruiu a cidade e
matou 3000 pessoas; em segundo lugar ao facto de a população ser
constantemente informada do risco existente na região, em virtude da
proximidade da falha de Santo André. A população tem uma preparação
específica de forma a saber comportar-se em caso de actividade
sísmica.”
7. Distingue hipocentro de epicentro.

Texto 2

“No dia 26 de Dezembro de 2003 um violento sismo destruiu a cidade histórica de Bam (património mundial), no sudeste do
Irão, provocando vários milhares de mortos e feridos. O balanço final pode atingir os 40 000 mortos. De acordo com a
televisão iraniana, 70 % das casas da cidade, feitas de tijolo e barro, foram completamente destruídas com o sismo que
atingiu uma magnitude de 6,3 na escala de Richter.” O abalo, sentido às 5 horas e 28 minutos locais, semeou o caos numa
cidade adormecida.

Sem, luz, água potável e telecomunicações os sobreviventes da catástrofe choram agora os familiares perdidos entre os
escombros ainda acossados por várias réplicas, que chegaram a atingir os 4 e os 5,3 na escala de Richter.

O Irão apelou à ajuda de organizações internacionais, tendo vários países, entre os quais Portugal, enviado equipas de
busca e salvamento. Treze dias depois do sismo foi ainda possível resgatar com vida dos escombros um homem de 58
anos.

Perdida ficou para sempre a cidadela histórica de Bam, a cerca de mil quilómetros de Teerão, até à data do sismo
8.considerada
Explica por queuma
como razão a Califórnia,
das maravilhas do onde se situa
património São
cultural do Irão.”
Francisco, apresenta tão grande sismicidade.

9. O Irão é um país com elevado risco sísmico. Explica porquê.

10. Compara as intensidades e magnitudes dos sismos de São


Francisco e Bam relatados nos textos (1 e 2). 5. Indica outras
possíveis causas de atividade sísmica.

11. Partindo do princípio que São Francisco e Bam estariam a


uma distância semelhante do epicentro daqueles sismos indica
fatores justificativos das diferentes intensidades (quantidade e
natureza dos estragos produzidos) verificadas.

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SOLUÇÕES:

1.1 - Câmara magmática; 2 - Chaminé; 3 - Correntes de lava; 4 - Piroclastos; 5 – Cone vulcânico; 6 - Doma;
7 – Nuvem ardente; 8 - Caldeira.; 1.2 - Vulcanismo do tipo primário central.

1.2.1. Primário pq ocorre uma erupção e central pq existe um aparelho vulcânico (vulcão).

1.3. I - Erupção mista; II - Erupção explosiva.


1.3.1. I - Observam-se correntes de lava e explosões com emissão de piroclastos e, por isso, é uma erupção mista;

II - Observa-se a formação de um doma à superfície e de nuvens ardentes.

1.4. – II – lava rica em sílica (>62%) logo é ácida pq a erupção é do tipo explosivo e é mto viscosa e pobre em gases.

2.1. – Explosiva. “(...) erupção curta e muito violenta(...)” “(...)o manto colossal de cinzas expelidas pelo vulcão
Katmai(...)”.; 2.2. Fumarolas: “(...) se erguiam milhares de jactos de vapor uivantes e assobiadores que, em
espirais, saíam das fissuras do terreno(...)”.

2.3. Géisers e nascentes termais.; 2.4. Cinzas – ricas em sais minerais q irão tornar os solos férteis

Consequência negativa – as cinzas podem provocae intoxicações nas populações.

3. A – 2; B–8 C–4 D–1 E–7 F–6 G–5 H-3

4.1.1. 5; 4.1.2. 1; 4.1.3. 7

4.2. Vulcanismo intraplaca, erupção não explosiva tipo mista e/ou efusiva.

5.1. As cristas médias oceânicas encontram-se em profundidade a meio de todos os oceanos.

5.2. O magma ascende e modifica-se originando lava que é expelida à superfície. A ascensão de material magmático
no rifte possibilita a formação de cadeias montanhosas de milhares de quilómetros de comprimento, dispostas ao
longo dos fundos oceânicos, que se designam por dorsais médias oceânicas ou cristas médias oceânicas.

5.3. Entre duas zonas continentais criaram-se fracturas por onde derramou lava formando uma crista. A ascensão de
material magmático na crista formou novo fundo oceânico. À medida que a lava se afastava da zona de rifte
solidificava e formava crosta oceânica que alastrava para ambos os lados. Assim, a crosta oceânica mais antiga foi-
se afastando simetricamente para um e outro lado da crista média.

5.4. Como a polaridade magnética se vai modificando ao longo do tempo geológico, o registo magnético é distinto
para rochas com idades diferentes. Como o fundo oceânico se afasta lentamente, em sentidos opostos relativamente
ao rifte, uma banda formada durante um período de polaridade normal de um lado do rifte tem uma banda
equivalente do outro lado do rifte, produzindo um padrão de bandas simétricas em relação à crista média oceânica.

6.1. A lava expelida do rifte solidifica e forma crosta oceânica, que passa a separar duas massas continentais.

6.2. A crosta oceânica, entre os continentes B e C, “mergulhou” sob a massa continental C. A este fenómeno dá-se o
nome de subducção: a crosta oceânica sofre subducção sob a crosta continental. A zona onde isto ocorre designa-se
por zona de fossa.

6.3. Como é a crosta oceânica que sofre subducção sob a crosta continental, então o material rochoso que constitui a
crosta oceânica é mais denso que o que constitui a crosta continental.

6.4. Devido ao fenómeno de subducção o alastramento dos fundos oceânicos ao nível das dorsais é compensado,
mantendo-se as dimensões da superfície terrestre.

6.5. Como os continentes só começaram a divergir há 250 M.a., com a fragmentação da Pangea, a crosta oceânica
que se instalou entre estes tem de ter uma idade igual ou inferior à dessa abertura.

7. Hipocentro é o local no interior da Terra onde se inicia a ruptura do material rochoso responsável pela libertação
de energia sob a forma de ondas sísmicas. Epicentro é o ponto da superfície da Terra que está exatamente acima do
foco ou hipocentro do sismo.
8. São Francisco encontra-se muito próximo de um limite conservativo entre as placas do Pacífico e Norte-
Americana, no qual as placas se movimentam, lateralmente, uma em relação à outra.
9. Toda a região SW e W do Irão se situa sobre um limite convergente das placas Arábica e Euroasiática.
10. O sismo de S. Francisco tem uma magnitude (7,1) superior à do sismo de Bam (6,3) mas no que diz respeito às
intensidades a situação deverá ser a oposta: do sismo de S. Francisco resultou um baixo número de vítimas
enquanto no de Bam, para além do número elevado de vítimas, registou-se um grau de destruição muito mais
elevado que o do sismo de S. Francisco.
11. Em S. Francisco verifica-se a existência de construções sísmicas de qualidade e a população tem informação e
preparação específica para a forma de como se há-de comportar em caso de sismo. Em Bam as casas eram de tijolo
e barro (eventualmente o terreno poderia ser sedimentar argiloso), o que contrasta com a qualidade das de S.
Francisco e, também a população poderia não estar educada e preparada para estas situações.

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