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QUESTÕES DE AULA
À medida que o ser humano altera o ambiente, os processos ecológicos podem acelerar ou contrariar a
degradação do ecossistema. A degradação pode ser acelerada pela expansão desenfreada de espécies
cujas funções modificadas desestabilizam as teias alimentares e se propagam pelo ecossistema; no
entanto, pode ser protegida pela complexa rede de interações dos consumidores (ou seja, arquitetura
trófica) que mantêm o funcionamento das redes alimentares. As modificações das teias alimentares são
comummente estudadas usando pirâmides tróficas, pois transmitem informações sobre a sua saúde,
bem como processos ecológicos subjacentes.
Os crescentes níveis de CO2 desafiam a adaptabilidade dos ecossistemas. Embora a acidificação dos
oceanos possa ameaçar calcificadores e prejudicar o comportamento dos animais, os produtores
primários podem usar o excesso de CO2 para potenciar o seu crescimento. Da mesma forma, o
aquecimento do clima causa stress metabólico em espécies próximas dos seus limites térmicos
superiores, enquanto outras podem ser beneficiadas, melhorando o seu desempenho fisiológico e
expandindo as suas populações.
Num estudo publicado na revista Science, Nagelkerken et al. testam se a arquitetura da rede alimentar
pode ajustar-se ao stress climático, combatendo as mudanças na composição e produtividade da
comunidade. Para tal, os investigadores da Universidade de Adelaide usaram mesocosmos – réplicas do
mundo natural que permitem condições cuidadosamente controladas – onde reproduziram sistemas
bentónicos marinhos australianos, incluindo todos os principais grupos de organismos neles presentes:
cianobactérias, algas, copépodes, camarões, caranguejos, moluscos, poliquetas, estrelas-do-mar,
esponjas e peixes. Criaram, assim, uma série de 12 tanques com 1800 litros de água do oceano, onde
expuseram a comunidade bentónica à acidificação oceânica simulada (pressão parcial elevada de CO 2:
910 μatm) e ao aquecimento do oceano (temperatura elevada: + 2,8 °C) por 4,5 meses, de acordo com
as projeções do final do século sob um cenário de altas emissões poluentes. Analisaram o desempenho
de grupos funcionais em diferentes níveis tróficos por meio da biomassa e da taxa de produtividade,
comparando com as verificadas condições climáticas atuais, e avaliaram a resposta da arquitetura trófica
usando a análise de isótopos estáveis e modelando forças de interação trófica e fluxos de energia.
Verificaram, então, que a arquitetura trófica, sob stress antropogénico, pode sofrer mudanças
fundamentais nas teias alimentares, tal como é evidenciado na figura 1.
Adaptado de Nagelkerken, I., Goldenberg, S. U., Ferreira, C. M., Ullah, H., & Connell, S. D. (2020). Trophic pyramids
reorganize when food web architecture fails to adjust to ocean change. Science, 369(6505), 829-832.
Figura 1 – Diagrama concetual de alterações nas pirâmides tróficas sob stress climático.
adaptado de https//science.sciencemag.org/content/369/6505/770
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3. Uma das condições que contribuiu para a fiabilidade dos resultados foi
(A) terem-se verificado alterações na arquitetura trófica, sob stress antropogénico.
(B) a utilização de cianobactérias, algas, copépodes, camarões, caranguejos, moluscos,
poliquetas, estrelas-do-mar, esponjas e peixes.
(C) as condições abióticas estarem de acordo com as projeções do final do século, sob um
cenário de altas emissões poluentes.
(D) terem sido utilizados 12 tanques, cada um representando um mesocosmo.
5. A quantidade de energia ________ do 1.º para o 2.º nível trófico, constituindo um fluxo
__________.
(A) aumenta … unidirecional
(B) aumenta … bidirecional
(C) diminui … unidirecional
(D) diminui … bidirecional
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2. Opção (B).
3. Opção (D).
4. Opção (B).
5. Opção (C).
6. Opção (D).
7. Opção (A).
8. Opção (C).
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