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Vulcanismo

Vulcanismo primário

O magma é um material que resulta da fusão parcial de rochas em profundidade e possui uma
natureza essencialmente silicatada.

Para além de uma fase líquida, o magma possui uma componente gasosa e uma fração sólida.

O vulcanismo associado à extrusão de magma denomina-se vulcanismo primário. No


vulcanismo residual ou secundário ocorre libertação de gases e/ou água quente.

O vulcanismo subaéreo caracteriza-se por erupções vulcânicas que ocorrem em contacto com
o ar.

No caso do vulcanismo primário e central, antes de o magma chegar à superfície, poderá


acumular-se no interior da Terra, num local designado câmara magmática.
No topo do cone vulcânico encontra-se
uma abertura, a cratera, através da qual
os diferentes materiais são libertados
durante uma erupção vulcânica.

A chaminé principal é o canal que


estabelece a comunicação entre a câmara
magmática e a superfície terrestre.

O cone vulcânico resulta da acumulação


de materiais expelidos nas erupções
vulcânicas. As suas dimensões são
variáveis.
Fig. 1 – Representação da estrutura de um edifício
vulcânico e da atividade magmática que
possibilita a ocorrência de uma erupção
vulcânica.

O vulcanismo fissural caracteriza-se por erupções que ocorrem ao longo de fissuras (fraturas).
Fig. 2 – Representação esquemática de vulcanismo fissural.

Produtos da atividade vulcânica


A classificação das lavas faz-se em função do teor em sílica. Este critério permite distinguir
três tipos de lavas: ácidas ou riolíticas, intermédias ou andesíticas e básicas ou basálticas.

Fig. 3 – Tipos de lava, suas características e rochas vulcânicas que originam.


Durante e após solidificação, as lavas fluidas subaéreas apresentam aspetos característicos:
encordoadas ou pahoehoe, escoriáceas ou aa.

As lavas fluidas que consolidaram em ambiente submarino originam as lavas em almofada ou


pillow lavas.

Fig. 4 – Tipos de lavas fluidas e sua formação.


Geralmente, as lavas viscosas, devido à dificuldade de escorrência, solidificam dentro da
chaminé ou assim que saem da cratera, acabando por obstruí-la. No primeiro caso, após a
erosão do cone vulcânico torna-se visível a agulha vulcânica. No segundo caso, forma-se um
domo ou cúpula vulcânica.

Durante uma erupção vulcânica são projetados fragmentos de lava e de materiais rochosos do
aparelho vulcânico – piroclastos ou tefra.

Quanto à forma como são ejetados numa erupção vulcânica, os piroclastos classificam-se
como piroclastos de queda e piroclastos de fluxo.

As nuvens ardentes são uma mistura de gases e cinzas, com elevada temperatura, que descem
o cone vulcânico a grande velocidade.

Os lahars são fluxos de piroclastos misturados com água que descem os flancos do vulcão.
Fig. 5 – Representação esquemática de piroclastos de queda e piroclastos de fluxo.
Tipos de atividade vulcânica

As erupções efusivas caracterizam-se


pela extrusão de grandes quantidades de
lava em escoada. Originam-se vulcões-
escudo e formam-se mantos de lava ou
correntes ou rios de lava.
 

Fig. 6 – Representação esquemática de um


vulcão-escudo.
Nas erupções explosivas, as lavas ácidas
têm maior teor em sílica, maior
viscosidade e mais dificuldade na
libertação de gases. Os vulcões com este
tipo de atividade apresentam,
frequentemente, domos que ocupam as
crateras anteriores – vulcões em domo.
 

Fig. 7 – Representação esquemática de um vulcão


em domo.

Nas erupções mistas, um vulcão pode ter atividade explosiva com emissão de piroclastos e,
em momentos de mais tranquilidade, com emissão de escoadas lávicas. O aparelho vulcânico é
um estratovulcão.
Fig. 8 – Representação esquemática de um
estratovulcão.

Caldeiras vulcânicas
As erupções são responsáveis pelo crescimento dos cones vulcânicos, mas também podem
levar à sua destruição parcial, originando depressões com um diâmetro considerável –
caldeiras vulcânicas.
Fig. 9 – Os esquemas de 1 a 4 representam a evolução da formação da Lagoa do Fogo, ilha de
São Miguel, Açores.

Vulcanismo residual ou secundário

No vulcanismo secundário ou residual libertam-se água e/ou gases a temperaturas elevadas,


originando géiseres, nascentes termais e fumarolas:
Nascentes termais – emissões de água quente ricas em minerais.
Géiseres – jatos de água quente e vapor de água projetados intermitentemente a partir de
fraturas do solo.
Fumarolas – emissões de vapor de água e outros gases, a elevadas temperaturas, através de
aberturas no solo.  
Fig. 10 – Exemplos de manifestações de vulcanismo residual ou secundário.

Vulcões e tectónica de placas

Os limites divergentes de placas litosféricas correspondem a riftes. As lavas emitidas são de


natureza básica, originado uma atividade vulcânica (central ou fissural) do tipo efusivo ou
misto.

Os limites convergentes (O – C / O – O) estão associados a zonas de subducção. Nestes


limites de placas litosféricas geram-se magmas intermédios a ácidos e a atividade vulcânica é
do tipo misto a explosivo.

* Limite convergente do tipo O – C – atividade vulcânica forma-se na cadeia montanhosa que


se forma ao lado da crosta continental, em resultado da colisão destas placas. Origina-se um
conjunto de vulcões paralelos à fossa oceânica – arco vulcânico.

* Limite convergente do tipo O – O – origina-se um conjunto de ilhas vulcânicas, em forma de


arco – arco vulcânico do tipo insular.
O vulcanismo intraplaca está associado a pontos quentes – hotspots. Trata-se de locais onde
emergem plumas mantélicas, que se pensa terem origem no limite entre o manto e o núcleo
externo.
 

Fig. 11 – Vulcanismo interplaca e vulcanismo intraplaca.


Vulcanismo ativo e inativo

As regiões onde têm ocorrido erupções vulcânicas nos últimos 10 000 anos, ou seja, desde a
última glaciação, denominam-se regiões com vulcanismo ativo.

Caso não haja registo de erupções no período considerado, o vulcanismo é considerado


inativo.
 

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