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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
ALUNOS
Laíza Maietto, Lúcio Massari, Nayara Coelho e Tayná Galiano
DOCENTES
Adriana Alves, Excelso Ruberti, Silvio Vlach e Valdecir Janasi
São Paulo
2018
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 2
1.1 CONTEXTO GEOLÓGICO 2
1.2 OBJETIVO 3
2. MÉTODOS 4
2.1 ATIVIDADE DE CAMPO 4
2.2 PETROGRAFIA 4
2.3 GEOQUÍMICA4
3. RESULTADOS 5
3.1 TRABALHO DE CAMPO 5
3.1.1 DESCRIÇÃO GERAL DO AFLORAMENTO 5
3.1.2 GNAISSE MIGMATÍTICO 6
3.1.3 CORPO GRANÍTICO 7
3.1.4 ESTRUTURAS OBSERVADAS 8
3.2 PETROGRAFIA 9
3.2.1 LÂMINAS 9
3.2.2 INTERPRETAÇÃO 14
3.3 GEOQUÍMICA14
3.3.1 ÍNDICES E NORMAS 15
3.3.2 GRÁFICOS E DIAGRAMAS 15
3.3.3 INTERPRETAÇÃO DA GEOQUÍMICA 18
4. CONCLUSÃO 19
5. BIBLIOGRAFIA 21
1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO GEOLÓGICO
O Granito Nazaré está inserido no contexto da Nappe de Empurrão Socorro-
Guaxupé (NESG). Por definição, nappe é um substrato rochoso que se deslocou e se alojou
acima de um corpo mais novo. Colocado sobre a borda SW do cráton São Francisco por
colisional/compressivo (Campos Neto & Caby, 1999b), sendo composto principalmente por
A NESG compreende três principais unidades: uma granulítica mais basal (quartzo-
associada à Faixa Ribeira (Ribeiro et al., 1995; Campos Neto & Caby, 1999b) separa a
NESG em dois segmentos: Domínio Guaxupé e Domínio Socorro, separados por uma faixa
Paulista foram gerados em níveis mais rasos da crosta a temperaturas de 750 °C e pressão
de 5 kbar pela fusão por quebra de muscovita (Janasi, 1999). Em níveis intermediários (7
temperaturas de até 850 °C). Ainda de acordo com Janasi (1999), em níveis mais profundos
granito Nazaré Paulista (625 ± 2 Ma, Janasi, 1999), encontra-se no Domínio Socorro. No
anatéticos.
1.2 OBJETIVO
O intuito deste trabalho é o estudo e discussão acerca da fonte dos magmas
obtidos por Martins, 2005, procuramos elaborar um modelo para a gênese dos
leucogranitos.
2. MÉTODOS
afloramento dos granitos Nazaré Paulista, no qual descrevemos as rochas aflorantes e nos
destes magmas.
2.2 PETROGRAFIA
A análise de 5 lâminas no microscópio petrográfico (Lc2, Lc5, NP74C, NP74U,
2.3 GEOQUÍMICA
A partir dos dados geoquímicos obtidos da tese de doutoramento da Profa. Dra.
Ce/Er.
3. RESULTADOS
migmatítico e um corpo granítico não homogêneo. O contato entre ambos é por vezes
feldspato potássico, mas quando o contato entre granito e gnaisse se faz direto, este tem
preto.
máficos.
claros, mais espessos e de granulometria mais grossa (~5mm) que as bandas félsicas e
de um gnaisse migmatítico.
biotita (Figuras 5a e 5b). Tais melanossomas podem ser interpretados de duas maneiras:
como sendo material residual da fusão parcial que gerou os leucossomas ou como sendo
cinza servindo de encaixante para uma grande quantidade de veios cinza claro de aspecto
plástico (venulações) (Figura 6). A estrutura maior, de Q(A+P) (40:60) e IC = 8%, foi
biotita monzogranito.
monzogranito leucocrático.
granada monzogranito. Para facilitar a distinção entre os dois tipos de granito, iremos por
curvilíneo das vênulas evidenciam sua formação enquanto o corpo granítico cinza ainda se
no qual as granadas não se faziam visíveis, esta ausência era observada tanto nos corpos
graníticos quanto no gnaisse, sugerindo o gnaisse como rocha fonte dos granitos.
gnaisse deve corresponder à rocha fonte de ambos os granitos; (b) o gnaisse deve
corresponder à rocha fonte somente do granito cinza, enquanto o leucogranito pode ter
origem no líquido remobilizado dos leucossomas e (c) os leucogranitos podem ser o produto
3.2 PETROGRAFIA
3.2.1 LÂMINAS
LC-2 (LEUCOSSOMA)
GRANULARIDADE: Inequigranular
IC: 2%
LC-5 (LEUCOSSOMA)
GRANULARIDADE: Inequigranular
IC: 2%
MINERALOGIA: Granada: 3%
Clorita - 2%
Plagioclásio: 34%
Quartzo- 34%
Biotita- 2%
K-FDP: 25%
NOME: Sienogranito
Figura 9 - Feldspatos com textura poiquilítica na amostra do leucogranito
NP74-U.
TEXTURAS: Hipidiomórfica
IC: 13%
amostra NP74-AD.
SÍNTESE: Cristais de K-FDP, plagioclásio, quartzo, biotita e granada são bem formados. O
plagioclásio está quase sempre saussuritzado. A granada está sendo substituída por biotita
verde (que possui menos titânio), por isso é principal e precoce. A andaluzita também está
sendo alterada para muscovita. Quartzo precoce englobado por todos os minerais.
NOME: Monzogranito
pela presença, além da granada, de andaluzita e fibrolita no granito cinza (NP74C) e fibrolita
presença de minerais ricos em ETR (zircão e monazita), às vezes por sua identificação
plagioclásios e granadas com inclusões de quartzos bem arredondados nos sugere que os
3.3 GEOQUÍMICA
Os dados geoquímicos obtidos por Martins, 2005, das rochas de interesse foram
amostras como os mesmos dados por Martins, 2005 (NP74AD, NP74U, NP74AC, Lc2 e
Figura 13 - Normas das duas amostras de leucogranito (AD e U), granito cinza, duas
Figura 15 - Relações entre os elementos traço Rb/Sr e Sr/Ba e os ETR La/Yb e Ce/Er.
Figura 18 - (a) Comparação gráfica dos ETR+Nb+Ta e (b) detalhe dos ETR pesados.
Figura 19 - Diagramas de variação geoquímica usando SiO2 como índice de diferenciação.
dos leucogranitos. O índice de máficos mg# e a soma Feo+MgO+TiO2, por outro lado, são
petrograficamente como leucossoma granítico) possui índices A/CNK e A/NK muito distintos
do leucossoma Lc2 (identificado como tonalítico), com valores próximos aos dos
leucogranitos.
As razões Rb/Sr e Sr/Ba aumentam do granito cinza para os leucogranitos e, mais
uma vez, nota-se que os valores do Lc5 diferem muito dos encontrados para o Lc2 e se
aproximam mais dos valores obtidos nos granitos. Relações entre ETR mais incompatíveis
sobre menos incompatíveis (La/Yb e Ce/Er) decaem do granito cinza para os leucogranitos.
(Figuras 12). Nota-se ainda que, normativamente os leucossomas se mostram muito mais
semelhantes entre si, mas demonstram uma diferença relevante na concentração de ETR.
mais uma vez que a amostra Lc2 possui mais afinidade com os leucogranitos que a amostra
Lc5.
notava-se novamente a maior afinidade do Lc5 com os granitos (em especial nos diagramas
O aumento dos índices A/CNK e A/NK e da razão Rb/Sr do granito cinza para os
Ce são mais incompatíveis e os Yb e Er, menos incompatíveis - assim espera-se que essas
notamos um aumento na razão Ba/Sr, enquanto espera-se que as razões Rb/Sr e Ba/Sr
sejam contrárias.
Complexo Metamórfico Piracaia descritas por Campos Neto et al. (1983), unidade essa que
tal como observado em campo pela ausência de granadas no segundo ponto (uma porção
Por definição, um migmatito é uma rocha silicática heterogênea que sofreu fusão
intercalam com partes mais escuras (melanossomas, concentração de máficos) e uma parte
no ponto de mínimo (no eutético) entre os cristais de quartzo e feldspato do gnaisse. Pelo
menos parte do líquido resultante não adquiriu volume suficiente para se mobilizar e
formação dos leucossomas pode haver a formação dos melanossomas, que podem
metatexia (estágio inicial da fusão parcial com formação de líquido não mobilizado),
de granadas no granito. Assim sugerimos que devia haver íntima ligação entre o gnaisse, os
ascensão e extração de material fundido (Brown et al.1999; Sawyer, 2001; Brown, 2004) -
graníticos na crosta continental. Janasi, 1999, sugeriu que a ascensão e acúmulo do líquido
granito cinza se daria pela influência de mais de uma fonte: a mistura do líquido da fusão
parcial do gnaisse migmatítico (os leucossomas) com o líquido da fusão parcial de
certos pontos e disperso em outros), a qual é associada a diatexitos (estágio de alto grau de
esses restitos. A assimilação de restitos pelo granito cinza, que teria desagregado biotitas,
FeO+MgO+TiO2.
por quebra de biotita. Essa refusão proporciona um aumento na pressão interna do mush,
no granito cinza, pois a granada dos leucogranitos seria magmática e não metamórfica,
associada à quebra da biotita conforme a equação Bt + Pl + Qtz = Opx + Grt + Kfs + Liq
(Vielzeuf & Montel,1994) e como reforçado por Martins, 2005, ao verificar o enriquecimento
em ETRP+Y para as bordas dos cristais (devido à dissolução de fases acessórias ricas em
interação entre os líquidos dos leucossomas e o líquido leucogranitico pode ter acontecido
NETO, Mario da Costa Campos et al. Orogen migration and tectonic setting of the Andrelândia Nappe
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American Earth Sciences, v. 32, n. 4, p. 393-406, 2011.
MORA, Claudio Alejandro Salazar; NETO, Mario da Costa Campos; BASEI, Miguel Angelo Stipp.
Syn-collisional lower continental crust anatexis in the Neoproterozoic Socorro-Guaxupé Nappe
System, southern Brasília Orogen, Brazil: Constraints from zircon U–Pb dating, Sr–Nd–Hf signatures
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JANASI, V. A.; MARTINS, Lucelene; VLACH, Silvio RF. Detailed field work in two outcrops of the
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