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MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE SEMI-DETALHE DAS MÁFICAS-

ULTRAMÁFICAS E FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO SINCLINÓRIO DE


IGUATU. MACIÇO SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE - RIO GRANDE DO NORTE.
Abrahão Filho, E.A.1; Dantas, E.L.1; Bezerra de França, F.A.2; Figueiredo, B.S.F.2
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Universidade de Brasília; Fomento do Brasil Mineração.

RESUMO: O Maciço São José do Campestre (MSJC) trata-se de um núcleo arqueano


circundado por terrenos de gnaisses migmatíticos paleoproterozóicos, posicionado na porção
NE da Província Borborema, compreendendo uma área de 6000 km2 (Dantas 1997, Dantas et
al. 2004). Tal maciço é ainda pouco cartografado em escalas de semi-detalhe, como a 1:25000
adotada nesse trabalho. O mapeamento geológico no Sinclinório de Iguatu revela as seguintes
unidades geológicas: i) ortgnaisses migmatíticos de composição TTG do Complexo Presidente
Juscelino (3,3Ga); ii) peridotitos, piroxenitos, olivina gabronoritos e gabros, do Complexo
Riacho da Telha (CRT, 3,0 Ga); iii) clinopiroxenio granulitos, calcossilicaticas e sillimanita
gnaisses do Complexo Eloi de Sousa de 3.0 Ga e iv) formações ferríferas bandadas,
mármores, cherts, bem como anfibolitos e gnaisses paraderivados da Sequência
Vulcanossedimentar Serra Caiada (SVSC, 2,7 Ga); v) intrusões e diques de biotita granito e
pegmatitos brasilianos. Com exceção da unidade v, todas foram submetidas a metamorfismo
de alto grau na transição entre fácies anfibolito alto e granulito. Na área mapeada as litologias
experimentaram deformações de alta vorticidade gerando um sistema de dobras inclinadas
com caimentos de médio ângulo. Por motivações prospectivas e levando em conta proximidade
cartográfica, a relação entre as rochas máficas-ultramáficas com alta porcentagem modal de
magnetita e formações ferríferas bandadas magnéticas, ambas com alterações a hematita,
merece ser melhor entendida. Petrograficamente, em média, as máficas apresentam piroxênio
(31%), anfibólio (11%), olivina (5%), plagioclásio (28%), magnetita (17%), hematita (5%),
acessórios (3%); as ultramáficas contém piroxênio (37%), olivina (29%), serpentina (9%),
plagioclásio (2%), magnetita (15%), hematita (5%), acessórios (3%). A litogeoquímica realizada
aponta valores gradando entre 19 e 29% de Fe2O3 nas máficas e ultramáficas, com amostras
localizadas de magnetititos de até 61% de Fe2O3. Para as formações ferríferas bandadas, os
teores variam de 29 a 66% de Fe2O3, com SiO2 e Fe2O3 representando mais de 96% de sua
composição total. Estas rochas podem vir a ter um potencial econômico ainda não explorado,
justificando a importância dos seus estudos, visto que tais unidades encontram-se espaçadas
por todo MSJC. O objetivo desse trabalho é correlacionar os litotipos supracitados, apontando
se existe uma relação de gênese entre os possíveis derivados de crosta oceânica do CRT e os
metassedimentos exalativos da SVSC, contribuindo com critérios geológicos e geotectônicos
para a prospecção de metais base da região.

PALAVRAS-CHAVE: MAPEAMENTO, MÁFICO, VULCANOSSEDIMENTAR.

O
ANAIS DO 47 CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA – SALVADOR – BA – 2014 679

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