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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS


BACHARELADO EM GEOFÍSICA

Isaac Matheus Barroso Araújo

RELATÓRIO DE GRAVIMETRIA

SANTARÉM-PA
2023
Isaac Matheus Barroso Araújo

RELATÓRIO DE GRAVIMETRIA

SANTARÉM
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4
2. GEOLOGIA REGIONAL 6
3. GEOLOGIA 7
4. METODOLOGIA 9
4.1 ICGEM 10
4.2 GEOSOFT 12
5. INTERPRETAÇÃO GRAVIMÉTRICA 13
6. CONCLUSÃO 13
7. REFERÊNCIA 14
1. INTRODUÇÃO

Gravimetria é uma área da geofísica que estuda as variações do campo


gravitacional de ponto a ponto na superfície terrestre. É amplamente utilizada no
estudo de crátons, bacias, exploração de minerais e hidrocarbonetos entre outros.
Esse método envolve a obtenção de medições da aceleração da gravidade em
vários pontos. As variações nos valores gravimétricos podem ser associadas a
anomalias, que resultam de variações de densidade. Os primeiros registros dessa
técnica datam de 1653, quando Huygens descobriu que o valor absoluto da
gravidade poderia ser determinado observando a oscilação de um pêndulo. Mais
tarde, em 1902, na Hungria, Eotvos utilizou um instrumento desenvolvido por ele
para medir as componentes horizontais do gradiente da aceleração da gravidade
durante a prospecção geofísica.
No contraste de densidade, alguns materiais são mais densos do que outros.
As variações na gravidade dependem exclusivamente da diferença de densidade,
que é frequentemente chamada de contraste de densidade entre o corpo de minério
e a rocha encaixante. Na Tabela 1, estão listados alguns exemplos de contraste de
densidade de diferentes materiais.
Tabela 1 - Densidade de alguns materiais e a densidade média, com ou sem fluidos e suas
respectivas densidades médias. As rochas são sedimentares, ígneas e metamórficas.

Meterial Densidade Densidade Variação de Variação de Densidade Densidade


(𝑔/𝑐𝑚 )
3 média densidade densidade média Poros média
(𝑔/𝑐𝑚 )
3 Poros com Poros sem com fluido Poros sem
fluido fluido (𝑔/𝑐𝑚 )
3
(𝑔/𝑐𝑚 )
3 fluido
3 3
(𝑔/𝑐𝑚 ) (𝑔/𝑐𝑚 )

Ar 0

Água 1

Arenito 2,0-26 1,61-2,76 1,60-2,68 2,35 2,24

Folhelho 2,0-2,7 1,77-3,20 1,56-3,20 2,40 2,10

Calcário 2,5-2,8 1,93-2,90 1,74-2,76 2,55 2,11

Granito 2,5-3,8 2,64

Basalto 2,7-3,1 2,99

Diabásio 2,6-3,0 2,75

Rocha 2,6-3,0
Metamórfica
Fonte:Renata, 2023.
Na gravimetria é comum correções de dados, pois alguns fatores que
causam variações na aceleração gravitacional como as variações temporais, sendo
está Drift instrumental : É a mudança na aceleração da gravidade causadas pelas
variações do gravímetro com o tempo, e Efeito de Marés: causadas pela atração
gravitacional da Lua e o Sol. Para as variações espaciais, podendo ser, Latitude:
Mudanças na aceleração da gravidade observada causadas pela forma elipsoidal e
a rotação da Terra, Elevação: causadas pelas diferenças na elevação dos pontos de
observação, Excesso de massa: causadas por distribuições locais de massas
embaixo dos pontos de observação em lugares com elevações altas, e Topográfica:
e à variação da topografia próxima ao ponto de observação. Para corrigir as
variações temporais, é preciso na hora do levantamento eleger uma estação base,
verificar o valor da anomalia e voltar até essa estação periodicamente para conferir
se os dados estão corretos, caso precise é só subtrair ou somar o valor. E a
correção da variação espacial, é feita a correção da latitude (Latitude), correção de
ar livre (Elevação), correção de Bouguer (excesso de massa), correção topográfica
(Topografia).
Neste relatório, foram realizadas todas as etapas de processamento dos
dados gravimétricos, desde a aquisição dos dados ICGEM até o processamento dos
dados no GEOSOFT. A área estudada foi a borda da Bacia do Amazonas e
formação barreirinha, pois a pesquisa ressalta o afloramento da rocha do Diabásio
Penatecaua, para poder verificar o contraste de densidade entre o afloramento e as
rochas ao redor. Na Figura 1 é mostrado o local da pesquisa.
Figura 1 - Local do levantamento gravimétrico.

Fonte: Do autor, 2023.


Esse relatório é justificado devido à necessidade do geofísico compreender
todas as etapas do processamento gravimétrico, desde a aquisição de dados até o
levantamento e, por fim, o processamento do mesmo. No relatório fornece uma
visão abrangente e detalhada de cada etapa do processamento gravimétrico, bem
como o software utilizado, local da coleta de dados e a região a ser pesquisada.

2. OBJETIVO

O objetivo é analisar a influência da densidade da rocha do Diabásio do


Penatecaua sobre outras rochas da região, especificamente as formações de
Diabásio do Penatecaua e Barreirinha.

3. GEOLOGIA REGIONAL

A Província Magmática do Atlântico Central (CAMP) é considerada uma das


maiores províncias de rochas ígneas do mundo, a qual tem um diâmetro de 10
milhões de km², e sua principal rocha é o basalto formado no Mesozóico, na qual
foram formados em soleiras, diques e pilhas de fluxo de lava ao longo de um
período de 200 milhões de anos. A rocha encontrada na Bacia do Amazonas é o
Diabásio Penatecaua (Davies et al., 2017).
Segundo Ramos (2017), as rochas máficas fazem parte da CAMP. As rochas
de diabásio e gabros são encontradas na borda da Bacia do Amazonas, com cor
cinza a preto. Geralmente, as rochas ígneas podem ocorrer de forma isotrópica, ou
seja, com propriedades físicas e químicas uniformes em todas as direções. Elas
podem variar em granulação, desde rochas com granulação fina, como os
diabásios, até rochas com granulação mais grossa, como os gabros. A textura das
rochas também pode variar, podendo apresentar características subofíticas,
intergranulares, intersertais, porfiríticas ou micrográficas. A composição
mineralógica principal dessas rochas ígneas é composta por plagioclásio, que pode
ser do tipo labradorita e andesina, e clinopiroxênio, que pode ser do tipo pigeonita e
augita. Além desses minerais principais, também podem estar presentes minerais
acessórios, como óxidos de ferro e titânio, olivina, apatita, quartzo e K-feldspato. É
importante ressaltar que a ocorrência desses minerais pode variar dependendo das
condições de formação da rocha. No que diz respeito aos produtos de alteração das
rochas, os piroxênios podem sofrer substituição por minerais como hornblenda,
actinolita e biotita, em um processo chamado de uralitização. As olivinas, por sua
vez, podem ser substituídas por minerais como iddingsita e serpentina. Além dessas
alterações, outros minerais de alteração, como clorita, sericita, epidoto e carbonato,
também podem estar presentes, dependendo das condições ambientais e da ação
dos fluidos hidrotermais sobre a rocha.
As datações U-Pb, geoquímica de rocha-total e isótopos de Hf, juntamente
com análises paleontológicas e geoquímicas marinhas e continentais, indicam que a
atividade magmática intrusiva nas bacias sedimentares, incluindo a Bacia do
Amazonas, resultou na liberação de gases a partir do contato com rochas
sedimentares ricas em matéria orgânica, como os folhelhos devonianos da
Formação Barreirinha na Bacia do Amazonas. Essa liberação de gases pode ter
desempenhado um papel importante na alteração dos níveis de gases na atmosfera,
como carbono e nitrogênio, levando a mudanças climáticas que resultaram na
extinção em massa de amonites triássicos, uma espécie nativa do local, juntamente
com corais escleractínios (Ramos, 2017). O trabalho também destaca a importância
das intrusões magmáticas na geração e migração de petróleo em bacias
sedimentares, contribuindo para a formação de depósitos significativos, como os
encontrados na região da Amazônia. Essas descobertas fornecem indicações
importantes sobre os processos geológicos e os efeitos das atividades magmáticas
nas bacias sedimentares, bem como suas implicações para as mudanças
climáticas, extinções em massa e a formação de recursos naturais, como depósitos
de petróleo.

4. GEOLOGIA

Uma soleira de diabásio está exposta em ambos sentidos,


Santarém-Rurópolis, sua formação é por rocha ígnea máfica de natureza
subvulcânica que pode ser caracterizada pelo grau de desenvolvimento dos
minerais que a compõem. O afloramento é do tipo corte de estrada com
aproximadamente 10 metros de altura. Essa soleira exibe uma coloração que varia
de cinza escuro ao preto. A soleira de diabásio é composta principalmente por
minerais como piroxênio, gabro e piroxênio com olivina. Essa composição
mineralógica indica a presença de processos geológicos complexos envolvidos em
sua formação. A origem e a significância geológica específica desses minerais na
soleira de diabásio ainda estão sujeitas a investigações adicionais (Ramos, 2017).
Figura 1 - Afloramento da rocha Diabásio Penatecaua, sentido Rurópolis-Santarém, rodovia BR-163.

Fonte: Do Autor

A soleira de diabásio foi influenciada pelos processos de intemperismo físico


e químico, que ao longo de milhões de anos, expuseram essa soleira à superfície.
Esses processos de intemperismo são responsáveis pela remoção gradual dos
sedimentos e de outras rochas que cobriam a soleira, resultando na sua exposição
atual. Além disso, a soleira de diabásio também desempenha um papel como marco
inicial do penatecaua, evento que registra o início da abertura do oceano atlântico.
Este evento ocorreu quando o continente Africano e Europeu se separaram da
América do Norte e América do Sul, desta forma liberando magma pelas fraturas
formadas na crosta. Parte deste magma se alojou em subsuperfície caracterizando
estruturas subvulcânicas, originando assim a soleira estudada no ponto 1, bem
como outras estruturas em outros pontos do Brasil.
Na formação barreirinha, no sentido Rurópolis-Santarém na direção NE-SW.
As formações analisadas nos dois pontos são formadas por rochas sedimentares,
principalmente folhelhos, que consistem em argilitos e siltitos. Os folhelhos da
Formação Barreirinha são rochas sedimentares que se formaram em ambientes
subaquáticos de baixa energia, indicando a presença de um antigo ambiente de
deposição. O argilito é uma rocha composta principalmente por partículas de
tamanho muito fino, resultantes da decomposição e compactação de materiais
orgânicos e inorgânicos ao longo de milhões de anos. Já o siltito é uma rocha
sedimentar composta por partículas de tamanho intermediário entre o argilito e a
areia. Essas rochas podem fornecer importantes informações sobre a evolução
geológica, o histórico de deposição de sedimentos e as mudanças ambientais que
ocorreram ao longo do tempo na área, na Figura 2 é mostrado as rochas que
compõem a formação estudada.
Figura 2 - Afloramento rocha Folhelho formação de barreirinha, rodovia BR - 163

Fonte: Autor, 2023.

5. METODOLOGIA

O presente trabalho consistiu primeiramente na escolha do local, sendo esta


escolha devido o afloramento da rocha Diabásio Penatecaua, onde se encontra num
paredão de rocha, após a extração do dado gravimétrico no ICGEM, na Figura 2 é
mostrado o mapa gerado pelo ICGEM, para posteriormente o processamento no
GEOSOFT.
Figura 2 - Mapa gravimétrico bruto retirado do ICGEM.

Fonte: Do autor, 2023.

4.1 ICGEM

Para extrair os dados gravimétricos, foi necessário acessar o site do ICGEM,


pois contém dados gravimétricos de todo o globo terrestre. Ao utilizar o site,
pesquisamos na barra de pesquisa 'ICGEM Home' e encontramos uma série de
abas. Selecionamos a opção 'Calculation Service' e, dentre as opções, escolhemos
'Regular grids'. Isso nos levou a uma outra página intitulada 'Calculation of Gravity
Field Functionals on Ellipsoidal Grids'. Para gerar o mapa, seguimos alguns passos
importantes. Primeiro, pesquisamos na barra de seleção de modelos e escolhemos
'EIGEM-6C4'. Em seguida, na barra de seleção de função, optamos por
'gravity_anomaly_bg', que se refere à anomalia de Burger. Concluída essa etapa, na
mesma página, selecionamos a área a ser investigada na opção 'Grid selection'. As
dimensões escolhidas foram as seguintes coordenadas geográficas: latitude entre -2
e -4 e longitude entre -55 e -53. Na Figura 3, é possível visualizar o mapa
correspondente a essa localização, com um intervalo de 0,02 entre os pontos do
‘Grid Step’.
Figura 3 - local retangular para a extração de dados referente ao mapa gravimétrico no
ICGEM. Mapa demonstrativo para a visualização do local.

Fonte: Do autor, 2023.


O diagrama de árvore visualiza as escolhas feitas, assim como as etapas e
eventos ocorridos na extração de dados do ICGEM no que atingiu o mapa
gravimétrico da Figura 2. O diagrama é uma representação simplificada das ações.
Abaixo, apresenta-se uma descrição minuciosa das informações retratadas nos dias
subsequentes às ações durante os eventos na Figura 4.
Figura 4 - Diagrama de árvore, decisões que foram tomadas para a geração do mapa.

Fonte: Do autor, 2023.


Após finalizar a etapa dos dados que queria ser extraída é aberta uma nova
aba navegador com o mapa gravimétrico bruto do ICGEM junto com os dados do
mesmo. Em seguida, é feita a extração dos dados selecionados na opção
'Download Grid'. Esses dados fornecem informações sobre longitude, latitude e
Anomalia de Bouguer. Para que o software GEOSOFT possa interpretar esses
dados corretamente, é necessário subtrair 360 de todos os valores de longitude e
salvar em um outro documento. Com os dados salvos, é criada uma pasta
específica para facilitar o controle de informação.

4.2 GEOSOFT

O GEOSOFT-OASIS MONTAJ é um software voltado para filtragem e


inversão de dados gravimétricos e magnéticos. No trabalho a filtragem de dados foi
escolhido a separação Regional-Residual , para isso é preciso seguir alguns
passos.
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝐼: 𝐶𝑟𝑖𝑎𝑟 𝑢𝑚 𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑒 𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝐼𝐶𝐺𝐸𝑀.
Abrir o software GEOSOFT-OASIS MONTAJ, na barra de guia devemos criar
um novo projeto é isso abrirá uma janela, vai ser preciso fornecer nome do arquivo
desejado, e selecionar a pasta onde deseja salvá-lo. É recomendado escolher uma
pasta onde você já tenha salvo os dados do ICGEM. Depois clique em "OK". após
feita a criação do projeto, deverá fazer a importação dos arquivos, na opção Data
Base o programa redirecionar em uma janela, então teremos que importar o arquivo,
neste momento é selecionado o arquivo em XYZ do arquivo salvo anteriormente,
sendo este o formato de leitura do GEOSOFT. A Figura 5 representa de forma visual
os primeiros passos no software.
Figura 5 - Passo I.
Fonte: Do autor, 2023.

Os dados aparecerão em uma tabela, vale lembrar que cada coluna


representa um parâmetro latitude é no formato X, longitude é no formato Y e a
anomalia Burgue é no formato Z.
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝐼𝐼: 𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝐼𝐶𝐺𝐸𝑀 𝑛𝑜 𝐺𝐸𝑂𝑆𝑂𝐹𝑇.
Para a aplicação dos Filtro é necessário carregar algumas funções no
GEOSOFT, como por exemplo MAGMAP.omn esse é o pacote necessário para a
filtragem da separação Regional-Residual. É preciso ir na barra guia do topo da
janela, acessar o menu GX, e escolher a opção Load Menu, e é exibido uma janela
a qual iremos adicionar o pacote escolhido. Na Figura 6 é representado de forma
visual o segundo passo. O MAGMAP fica agora na barra guia do software.
Figura 6 - Passo II.

Fonte: Do autor, 2023.

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝐼𝐼𝐼: 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑟 𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎 𝑛𝑜 𝐺𝐸𝑂𝑆𝑂𝐹𝑇 .


Para a geração do mapa é preciso seguir alguns passos, vale lembrar, que o
mapa gerado já vem previamente filtrado, em comparação com os dados bruto do
ICGEM, na Figura 2, é visto o mapa retirado diretamente do ICGEM. Primeiro
deve-se dirigir até a barra guia, clicar em Grid, selecionar a Gridding depois Krignig
e, por fim, Dialog Controls, finalizado todo esse processo aparecerá o mapa gerado.
Na Figura 7 é representado de forma visual as seguintes cadeias de comando para
a geração do mapa, é ao lado o mapa gerado.
Figura 7 - Cadeia de comando e o mapa gerado.

Fonte: Do autor, 2023.

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝐼𝑉: 𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑟𝑎𝑙 .


Com a finalização da etapa de geração do mapa, podemos agora gerar os
mapas Regional e Residual, a partir da análise espectral , valor definido para a
geração dos dois mapas foram 1950, outros valores maiores e menores que esse
valor não era condizente com mapa geológico local, para a geração. Para isso, é
seguindo as seguintes etapas.

𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 𝐴:
Selecionar o grid original, informar o nome do
arquivo pré-processado de saída o desejado e
pressionar Start.
𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 𝐵:
O programa mostrará o nome do arquivo gerado
na Etapa A, informe e click em ok
𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 𝐶:
Entre com o nome do arquivo gerado na Etapa B
(Name of input transform ‘Grid’ File) e o nome de
saída do arquivo do espectro (Name of Output
Spectrum File), clique em ‘ok’.
𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 𝐷:
Insira o arquivo da Etapa C, o nome do arquivo de
controle pode ficar em default do MAGMAP.omn,
clique em ‘Ok’.
O GEOSOFT abrirá uma interface de manipulação espectral interativa, onde
será possível escolher o tipo de filtro, entre outras opções, e até mesmo um preview
em tempo real. No caso deste relatório, foi escolhida a separação
Regional-Residual. Na Figura 8 é vista cada ação de cada etapa, até a visualização
da interface espectral.
Figura 8 - Cada etapa até abrir a interface espectral interativa, imagem ilustrativa.

Fonte: Do autor e Geosoft tutorial, 2023.

Com isso foi possível plotar o mapa Regional e Residual respectivamente, na


Figura 9 e 10 é mostrada, para visualizar o mapa, é preciso voltar no Passo III e
seguir toda a linha de comando, tendo que ser obtido cada mapa de forma
individual.

6. INTERPRETAÇÃO GRAVIMÉTRICA

A área selecionada para o estudo está próxima ao município de Rurópolis,


onde há um afloramento rochoso conhecido como Diabásio do Penatecaua, que
pode ser visto por pessoas que transitam pela rodovia BR-163, onde a estrada é
cortada pelo soleira da rocha Diabásio do Penatecaua. A formação Barreirinha é
composta principalmente por folhelhos, que consistem em argilitos e siltitos, sendo
uma rocha sedimentar. Em geral, as rochas sedimentares possuem uma densidade
menor do que as rochas ígneas, como é o caso do Diabásio. Essa diferença de
densidade é evidência da anomalia regional. A Figura 9 apresenta o mapa
gravimétrico, onde a área rosa indica maior densidade e a área azul, menor
densidade. Isso confirma a diferença de formação onde o afloramento de Diabásio
ocorreu.
Figura 9 - Mapa gravimétrico da anomalia regional.

Fonte: Do autor, 2023.


O mapa da anomalia residual revela claramente a presença da rocha do
Diabásio do Penatecaua, que aflora na rodovia, com uma delimitação mais extensa.
Além disso, é possível observar algumas áreas de lago na formação Barreirinha.
Existe um contraste entre as informações geradas pela anomalia regional e a
anomalia residual. Enquanto a anomalia regional indica o início da formação
Barreirinha, no caso região mais ampla, a anomalia residual fornece delimitações
mais precisas de locais-chave na região, no caso, região menores. A Figura 10
apresenta o mapa da anomalia residual.
Figura 10 -Mapa gravimétrico da anomalia residual.

Fonte: Do autor, 2023.


7. CONCLUSÃO

O trabalho proposto foi obtido com excelência, com dados gravimétricos bem
confiáveis, devido a manipulação dos dados para encontrar a anomalia regional e
residual. visto que ICGEM e GEOSOFT OASIS MONTAJ são ferramentas muito útil
na interpretação dos dados geofísico gravimétrico.

8. REFERÊNCIA

Davies, J.H.F.L et al. End-Triassic mass extinction started by intrusive CAMP activity,
Nature Communications, Departamento de Geofísica, Instituto Astronômico,
Geofísico e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017,
p.1-8.
Ramos, Saymon. S. Caracterização petrográfica e geoquímica das rochas máficas
pertencentes ao magmatismo Penatecaua na borda norte e sul da Bacia do
Amazonas, região de Monte Alegre e Rurópolis – PA. 2022. 28 f. Trabalho de
Conclusão de Curso Bacharelado em Geologia - Universidade Federal do Oeste do
Pará, Santarém, 2022.
Araújo, Isaac. M. B.; de Amorim, João. P. C.; da Costa, Yure. D. S. Relatório de
campo - geologia estrutural, Universidade Federal do Oeste do Pará, 2023. p.1-17
Disponível:<http://icgem.gfz-potsdam.de/home> acesso:06/julho/2023.

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