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Grupo I
O plutão de Valpaços (Figura 1) possui um contorno aproximadamente circular e localiza-se na grande
mancha granítica de Valpaços-Murçós-Chaves, caracterizada por uma grande variedade de granitos, de
idades diferentes. Na região distingue-se, pelo menos, quatro tipos de granitos. Estes granitos instalam-se
em formações de rochas metamórficas, mais antigas, de idade ordovícica-silúrica (Paleozoico). Existem,
ainda, formações geológicas do Mesozoico, posteriores à instalação dos granitos.
Os granitos distinguem-se pelos minerais e pelo tamanho dos seus cristais. O granito de Valpaços tem
minerais bem desenvolvidos (grão grosseiro), e é rico em moscovite e biotite (granito de duas micas). O
granito de Sá e Vale das Gouvinhas, assim como o granito de Valpaços, é constituído por moscovite e
biotite. Contudo, o desenvolvimento dos seus minerais é menor (grão médio). Este granito tem uma idade
aproximada de 315 M.a. (milhões de anos), sendo mais antigo do que os granitos de Valpaços e Lagoas.
O granito de Lagoas apresenta moscovite e os seus minerais estão pouco desenvolvidos (grão fino). O
granito de Lagoas é mais recente do que o granito de Valpaços.
O granito de Sonim é constituído por biotite e moscovite, de grão médio a grosseiro. Este granito apresenta
alguma deformação, situação não evidenciada nos restantes granitos da região.
Figura 1
1. Segundo o princípio da ________, as falhas são mais ________ do que os granitos que atravessam.
(A) ambas se formam a partir de rochas preexistentes e ambas necessitam que a temperatura seja inferior
aos seus pontos de fusão para se formarem.
(B) apenas as rochas metamórficas se formam a partir de rochas preexistentes e apenas estas rochas
necessitam que a temperatura seja inferior ao seu ponto de fusão para se formarem.
(C) apenas as rochas metamórficas se formam a partir de rochas preexistentes, mas ambas necessitam
que a temperatura seja inferior aos seus pontos de fusão para se formarem.
(D) ambas se formam a partir de rochas preexistentes, mas apenas as rochas magmáticas necessitam que
a temperatura seja inferior ao seu ponto de fusão para se formarem.
6. As afirmações seguintes referem-se ao ciclo das rochas. Selecione a opção que as avalia corretamente.
A. Exposição subaérea das várias litologias, sendo possível a observação dos diversos tipos de granitos.
B. Deposição dos sedimentos que vieram a originar as rochas metamórficas do Paleozoico.
C. Deformação do granito de Sonim.
D. Cristalização do granito de lagoas.
E. Recristalização das rochas metamórficas do Paleozoico, por metamorfismo de contacto, devido à
intrusão do granito de Sonim.
8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à formação de rochas sedimentares expressas na
coluna A ao respetivo processo, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
a) Processo que altera as características das rochas à 1) Diagénese
superfície da Terra. 2) Erosão
b) Acumulação de detritos por ação da gravidade. 3) Meteorização
c) Transformação de sedimentos soltos em rochas 4) Sedimentação
sedimentares consolidadas. 5) Transporte
9. Os investigadores procederam ao cálculo da idade radiométrica dos granitos que se instalaram nas
formações de rochas metamórficas da região. Explique, tendo em conta os processos que conduzem à
formação de rochas metamórficas, por que razão o cálculo da idade radiométrica não é tão preciso neste
tipo de rochas.
10. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo conceito, utilizado
para a reconstituição da história da Terra, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
a) Assume que as leis físicas são válidas, 1) Princípio da sobreposição
independentemente do espaço e do tempo. 2) Princípio da continuidade lateral
b) Atribui um valor numérico, expresso em unidades de 3) Princípio da identidade
tempo. paleontológica
c) A sua aplicação atribui uma idade igual aos estratos 4) Idade relativa
que contêm o mesmo conteúdo fossilífero. 5) Idade radiométrica
d) Resultou da preservação de seres vivos com 6) Princípio do atualismo
distribuição estratigráfica limitada. 7) Fóssil indicador de idade
e) Estratos rochosos idênticos separados por um vale 8) Fossilização
constituíram, no passado, um único estrato.
Grupo II
Entre 1995 e 2010 foram efetuadas análises na água do rio Zêzere, assim como ao longo do curso da
ribeira do Bodelhão, um dos seus afluentes. Esta ribeira passa nas imediações da escombreira ativa da
mina da Panasqueira, local onde se acumulam os materiais rejeitados desta atividade mineira.
As análises revelaram que uma elevada percentagem de amostras apresentavam valores de metais
pesados acima do máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (Tabela 1).
As duas ETAR existentes na mina da Panasqueira têm uma capacidade conjunta para tratar 800 m 3 de
água/hora. No entanto, nos meses com maior precipitação há caudais médios mensais que podem atingir
valores superiores a 2000 m 3/hora. Até 2010, o tratamento era efetuado exclusivamente com cal, que era
adicionada ao efluente para a neutralização do pH. Este processo faz subir o pH das águas, mas apenas
encobre o problema, pois não resolve a questão da maior parte dos metais pesados no curso de água. A
inexistência de áreas de retenção de águas da precipitação que escorrem das escombreiras das minas é
outro dos problemas presentes. Além da contaminação dos solos e aquíferos8água subterrânea), o estudo
também concluiu que através da erosão eólica há uma potencial agressividade para a saúde das
populações expostas à contaminação de forma direta ou indireta.
Tabela 1 – Percentagem de amostras com quantidades de metais e valores de pH acima do máximo recomendado pela OMS
Rio Zêzere Ribeira do Bodelhão
Manganês 60% a 85% das amostras Quase 100% das amostras
Zinco 50% a 60% das amostras 50% a 90% das amostras
Cobre 50% a 60% das amostras 50% a 90% das amostras
Arsénio 20% a 50% das amostras 0% e 70% das amostras
Ferro 40% a 50% das amostras 0% e os 15% das amostras
pH 52% a 81% das amostras abaixo de 6,5 50% a 84% das amostras abaixo de 6,5
4. Análises aos níveis de ferro presentes no rio Zêzere permitem supor que
5. Explique de que modo a variação do regime pluviométrico (chuvas) poderá alterar a qualidade da água
dos sistemas fluviais (rios) referidos.
Grupo III
O golfo da Califórnia, cujo contexto tectónico
está representado na figura 2, fica localizado no
México. A população local designa o golfo por
“Mar de Cortez”.
Figura 2
4. Nos limites convergentes, a placa oceânica mergulha sob a placa continental, uma vez que é constituída
essencialmente por
5. Nos limites das placas que apresentaram um movimento divergente verificam-se fenómenos de
8. Ao contrário das cadeias montanhosas subaquáticas, as cadeias montanhosas continentais não são
consequência da ascensão magmática nos riftes.
Explique, tendo em conta o contexto tectónico, a formação das cadeias montanhosas continentais.
Grupo IV
A ilha de S. Miguel, nos Açores, é constituída por diferentes regiões vulcânicas. O complexo vulcânico das
Sete Cidades, situado no extremo oeste da ilha, inclui um vulcão central constituído por depósitos
piroclásticos e por escoadas lávicas. Neste complexo, é possível reconhecer várias outras estruturas, como
é o caso do Pico das Camarinhas, do delta lávico 1 basáltico da Ponta da Ferraria e de um domo traquítico.
O domo, composto por uma rocha com um teor em sílica de aproximadamente 66% (traquito), foi coberto
por escórias basálticas durante a formação do Pico das Camarinhas. As estruturas referidas estão
representadas esquematicamente na Figura 5. No seio das formações que constituem o delta lávico, surge
uma nascente de água mineralizada, cloretada sódica, que emerge ao nível do mar, a uma temperatura de
cerca de 62 ºC. O estudo das águas minerais do arquipélago dos Açores tem revelado que a sua
composição química é muito estável, o que permitiu estabelecer um conjunto de valores de referência que
podem ser usados na monitorização da atividade dos vulcões.
Nota: 1 Deta lávico – fluxo de lava subaérea que entra em contacto com a água.
3. O magma que originou a rocha que constitui o Pico das Camarinhas, comparado com o que originou a
rocha que constitui o domo traquítico,
I. A atividade vulcânica que originou este complexo teve fases alternadamente efusivas e
explosivas.
II. A rocha que constitui os xenólitos da Ponta da Ferraria é mais antiga do que a rocha
encaixante.
III. As rochas que formam o delta lávico da Ponta da Ferraria apresentam uma superfície
lisa.
5. O estudo dos xenólitos e o estudo do doma traquítico contribuem para o conhecimento das
zonas mais profundas da região das Sete Cidades. Os métodos utilizados nestes estudos são