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Introdução
Mineração à céu aberto é o tipo de mineração que ocorre na superfície, onde não há a
necessidade de se expandir para o subsolo e para esta mineração os depósitos não precisam estar
necessariamente expostos na superfície. Para se acessar ao corpo de minério, operações de
perfuração e desmonte são necessárias para retirar o material capeante como vegetais e solo para
facilitar o acesso ao corpo mineral durante a retirada deste material são elaboradas taludes á
medida que se avança rumo ao corpo mineral, estas taludes por sua vez correm o risco da
possibilidade de escorregamento de massas, devido a diversos factores, causando assim perigos
imensos ao campo de mineração como perigo aos operadores, possibilidade de perda de
maquinas e perigo ao meio ambiente, o que vem tornando necessário o estudo deste caso deste os
processos de perfuração e desmonte, até a conceção da própria talude.
2. Objectivos
3. Metodologia
Este trabalho é de natureza qualitativa, e para a realização do mesmo usou-se como método de
recolha de informações, a consultas nos manuais e pesquisas na internet. Após das informações
seguiu-se a análise das mesmas que consistiu na leitura, realização de sínteses de a cordo com
pontos considerados mais pertinentes, a sua interpretação, organização, compilação e posterior
revisão. `
4. Estabilidade de talude
Existem diversos fatores que podem causar instabilidade de um talude e dificilmente está
relacionado a um fator individualmente. Segundo Varnes (1958) e Higasho (2014), citam que a
elevação da pressão neutra por conta de fortes chuvas aumenta a quantidade de água no solo, a
redução da sucção matricial que ocorre em solos muitos saturados, erosão intensificada por
desmatamento, modificações geométricas do talude, desmonte hidráulico/explosivo e abalos
sísmicos como fatores imprevisíveis. E ressalta que em encostas que já apresentam
instabilidades, os sinais podem ser identificados tanto no próprio talude, quanto em estruturas
que estejam localizados no mesmo.
Vale a pena recordar que os principais tipos de rupturas que ocorrem em taludes rochosos são os
apresentados na figura 1 seguinte.
Figura 1- Principais tipos de rupturas de taludes rochosos
Esses tipos de falhas incluem os modos de rotação, translação e tombamento. E esses modos
estão relacionados a três categorias de comportamentos de estabilidade:
Esta fase diz respeito principalmente à estabilização de taludes de argila, de pedreiras de areia e
cascalho, de saprólitos e outras operações de mineração semelhantes que dependem do
comportamento de material de tipo solo. Nesse caso, a formação de uma superfície de ruptura é
pouco afetada pela estrutura. A falha é geralmente circular. A análise do método de estabilidade
geralmente recorre a pacotes de software comerciais. Mas, para uma avaliação rápida, os
engenheiros de rocha geralmente recorrem ao uso de gráficos (ábaco/grafos) de estabilidade de
taludes.
Para esse propósito, um conjunto de grafos, correspondentes a cinco diferentes condições da
água subterrânea mostradas na Figura 2, são dados no 2A. E os inputs necessários para o uso
desses grafos são os seguintes:
Para determinar o fator de segurança de um talude, os gráficos são usados da seguinte forma:
Partindo desta explicação, podemos ver que os grafos são usados na prática para determinar o
FoS de forma muito rápida. Eles também são usados para análise posterior de taludes, bem como
para determinar, por exemplo, o valor de coesão necessária para a estabilidade.
Figura 2- Cinco diferentes condições da água subterrânea
Os parâmetros da massa do solo (coesão, ângulo de atrito e densidade) são determinados por
meio de testes de laboratório e de campo. Deve-se garantir que esses valores sejam relevantes e
representativos da condição do talude. Como guia, a Tabela 1 fornece descrições da consistência
dos solos e os valores típicos correspondentes para os parâmetros. Esses valores não levam em
consideração nenhuma estrutura do solo que possa estar presente na massa do solo.
Se o maciço rochoso for considerado homogêneo, a boa prática consiste em recorrer a técnicas
de classificação de maciço rochoso. Isso implica o conhecimento dos princípios definidos no
curso de Mecânica Aplicada. Também aqui, assume-se que o controle da estabilidade global ou
geral não é dominado por rupturas devido a estruturas maiores. Explicitamente, a abordagemfaz
uso do parâmetro de classificação de maciço rochoso: MRMR. Este sistema leva em
consideração os seguintes parâmetros:
No final, deve ser possível selecionar o ângulo de talude geral adequado graças seja ao uso da
tabela 2 ou do grafo na figura 3 a seguir:
Valor 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
do
MRMR
ajustado
Angulo >75o 75o 70o 65o 60o 55o 50o 45o 40o 35o <35o
final de
talude
Outros procedimentos com recurso à utilização de gráficos podem ser considerados no caso de
rupturas estruturais. Isso será omitido nesta apresentação, de modo que o foco permaneça apenas
na determinação das condições de estabilidade de taludes de rocha usando um stereonet.
Para a resolução do problema, o stereonet construído deve ser conforme representado na Figura
6. A regra prática é que um talude tende a falhar (se romper) sempre que sua face for mais
íngreme do que a linha de intersecção de dois outros planos de descontinuidade. Caso contrário,
o talude pode ser considerado estável. O nível de estabilidade deve ser determinado calculando o
valor de FoS dado pela seguinte expressão.
Segundo Maya et al. (2010), as técnicas de análise da estabilidade são divididas em dois grupos,
sendo compostos pela análise probalística a qual requer conhecimento das distribuições de
probabilidade ou das funções de densidade de probabilidade das variáveis aleatórias associados
ao problema, e a analise determinística que é realizada em função de um coeficiente de
segurança.
Diminski (2010) explica que para garantir a estabilidade de um talude, o projeto deverá ser
relacionado as condições das propriedades do solo e de fluxos locais, alinhado com a correta
inclinação e altura, sendo que taludes naturais exigem maior monitoramento e cuidado, já que as
movimentações de massa e a instabilidade são resultados naturais do processo evolutivo das
encostas, acontecendo sem avisos.
Existem diversos fatores que podem causar instabilidade de um talude e dificilmente está
relacionado a um fator individualmente. Segundo Varnes (1958) e Higasho (2014), citam que a
elevação da pressão neutra por conta de forte chuva aumenta a quantidade de água no solo, a
redução da sucção matricial que ocorre em solos muitos saturados, erosão intensificada por
desmatamento, modificações geométricas do talude, desmonte hidráulico e abalos sísmicos como
fatores imprevisíveis. E ressalta que em encostas que já apresentam instabilidades, os sinais
podem ser identificados tanto no próprio talude, quanto em estruturas que estejam localizados no
mesmo.
5. Movimentação de Massa
Sharpe (1938), Varnes (1958), Hutchinson (1967) e Skempton e Hutchinson (1969) contribuíram
para o estudo e classificação destes movimentos sugerindo esquemas, classes e ilustrações de
casos reais. Porém nesta dissertação, irá utilizar-se a classificação proposta por Bromhead (1992)
que é baseada no sistema desenvolvido por Skempton e Hutchison.
Segundo esta classificação os movimentos são divididos em três classes diferentes:
Desmoronamentos (falls);
Escorregamentos (slides);
Fluimentos (flows).
Esta degradação pode ocorrer devido à acção erosiva das ondas, rios, caudais subterrâneos ou
escavações descuidadas. Na Figura 2 é representado de forma esquemática o fenómeno da erosão
diferencial.
A degradação da camada de grés faz com que o bloco de calcário fique apoiado em consola e
devido à acção do seu peso próprio, provoque a formação de uma superfície de rotura. A
potenciação da rotação do bloco faz aumentar os esforços até que o equilíbrio se perca e se dê o
desprendimento total.
Em maciços rochosos menos competentes e em solos, onde não existam anisotropias marcadas,
as superfícies de movimento podem ocorrer através da massa rochosa ou de solo, tendo
tendência para seguir uma superfície curva de corte. Estes movimentos são denominados como
rotacionais, uma vez que o material instabilizado pode ter a propensão para rodar segundo um
eixo (Figura 5). Em solos moles e uniformes a superfície de deslizamento aproxima-se bastante
da forma circular, porém a presença de diferentes litologias em estratificação pode causar o
achatamento do escorregamento.
elevado teor em água. Como tal, o material em movimento comporta-se como um líquido muito
viscoso, sendo o fluimento uma movimentação lenta e contínua.
Em solos argilosos, para haver a ocorrência de fluimentos, o teor em água tem que ser bastante
superior ao limite de liquidez. Se não se verificar um teor em água suficiente, poderá existir a
tendência para a formação de superfícies de corte basais e a classificação do movimento recair na
classe escorregamento. No entanto os fluimentos também podem ocorrer em solos sem coesão,
não dependendo neste caso do teor em água, podendo ocorrer em areias e siltes secos.
Os fluimentos são dos movimentos de massa com maiores volumes de material envolvido e com
maiores raios de alcance, apresentando por isso um alto potencial destrutivo.
Apos uma completa revisão literária feita de forma colectiva foi possível concluir que para o
caso de instabilidade de taludes é necessário considerar diversos factores como a elevação da
pressão neutra por conta de fortes chuvas aumenta a quantidade de água no solo, a redução da
sucção matricial que ocorre em solos muitos saturados, erosão intensificada por desmatamento,
modificações geométricas do talude, desmonte hidráulico/explosivo e abalos sísmicos como
fatores imprevisíveis. E também é necessário saber que em lavra por encostas, elas já apresentam
instabilidades, os sinais podem ser identificados tanto no próprio talude, quanto em estruturas
que estejam localizados no mesmo.
Concluímos também que para o estudo de movimentação de massas constatou-se que estes
movimentos são bastante complexos devido à grande variedade de materiais e processos
envolvidos, o que leva ao aparecimento de várias classificações, por vezes contraditórias, mas
que têm em conta parâmetros comuns como a velocidade, o mecanismo do movimento, a
geometria, as características dos materiais, o modo de deformação e a quantidade de água.
7. Referencias bibliográficas
GUIDICIN I, Guido, NIEBLE, Carlos Manuel. Estabilidade de taludes. São Paulo, 2°edições:
Oficina de Textos, 2016.
Kanda, M.J. (2022). capítulo 3. estabilidades subterrâneas (e a céu aberto). Tete: Instituto
Superior Politécnico de Tete.
VARNES, D. J. Landslide types and processes. In: ECKEL, E. B. (Ed.). “Special report 29:
landslides and engineering practice”. Washingtom, DC: National Research Council, 1958. p 20-
47.