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FUNDAÇÕES 2

AULA 1 – ESTABILIDADE DE TALUDES


- INTRODUÇÃO

Me. Angélica Paiva Ramos


Introdução
 Talude:
Dicionário: Superfície de terreno inclinada que delimita
um maciço terroso ou rochoso, de formação natural ou que resulta
de um processo de escavação ou aterro estabilizado.
Araújo (2010) - Superfície de solo exposta que forma
um ângulo com a superfície horizontal e que podem ser
classificados como artificial ou natural.
Classificação
 Talude natural: Aquele que foi formado naturalmente por meio
de ações geológicas ou pela ação das intempéries.
Denominamos normalmente, encostas.
Classificação
 Talude artificial: são os declives de aterros diversos
construídos pelo homem, onde as ações humanas alteram as
paisagens primeiras, atuando sobre os fatores ambientais,
modificando a vegetação, alterando topografias, podendo
inclusive alterar o clima da região.
Geometria de um Talude
 Crista: parte mais alta do talude
 Pé: parte mais baixa do talude
 Altura: Diferença de cota entre a crista
e o pé.
 ou i : Inclinação do talude
 Talude: parte interna do solo a qual
serve de estudo, contemplando desde
as características geométricas até as
que constituem cada camada.
CURIOSIDADE: Terrenos rochosos
suportam bem os taludes e podem
apresentar ângulo acentuado como
80~90 graus e em contrapartida terrenos
arenosos não gostam muito de taludes
inclinados e apresentam ângulos
pequenos como 20~30 graus
Definições básicas
 Ruptura: ocorre quando a tensão cisalhante atuante no maciço é
maior do que a resistência ao cisalhamento do solo.

 Deslizamento ou Escorregamento ( movimentos de massa):


deslocamento de massa de solo em relação a uma superfície
(superfície de ruptura) que normalmente ocorre por gravidade,
podendo ser aparente ou não.
Tipos de ruptura
 Ruptura Superficial: quando a superfície de deslizamento fica
contida no talude, passando por cima do pé do talude.
Tipos de ruptura
 Ruptura Profunda: quando a superfície de deslizamento não fica
contida apenas no talude, mas também atinge o solo abaixo do pé
do talude.
Formato das superfícies de ruptura
 Existem diversas forma: Reta, circular, logarítmica. Porém por
motivos de simplificação matemática, a maioria dos métodos para
estudar a estabilidade de talude, adotam ou superfície circular ou
reta.
 Solos argilosos: superfície  Solos arenosos: superfície é
circular e profunda reta
Estabilização e Ruptura do solo
 Questionamento: Mas quando ocorre a situação da tensão atuante no
maciço ser maior que a resistência ao cisalhamento do solo?

 QUANDO A RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DO SOLO DIMINUI

 QUANDO A TENSÃO ATUANTE AUMENTA


Tensões atuantes na Superfície de
deslizamento

- Ponto 1: o talude é estável


- Ponto 2: Equilíbrio limite
- Ponto 3: o talude é instável.
Principais causas do deslizamento

 Relacionadas as mudanças no carregamento externo:


 Escavação no pé do talude
 Construção na crista do talude
 Elevação do lençol freático.
Escavação no pé do talude
 Fase 1: terreno natural sem corte
Escavação no pé do talude
 Fase 2: Pensando no corte
Escavação no pé do talude
 Fase 3: execução do corte no terreno
Escavação no pé do talude
 Fase 4: Saudades do que já foi...rsrs... deslizamento.
Construção na crista do talude
Elevação do lençol freático
 Aumento das tensões atuantes no maciço terroso (próprio peso da
água).

 Contribui para a diminuição da resistência ao cisalhamento de duas


formas:
 Diminuindo a sucção devido a saturação do solo
 Diminuindo a tensão efetiva no solo devido o aumento da poro
pressão no solo.

 VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=K9i3JyXocgI
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 1. Definição da Topografia do Talude Estudado
 2. Prospecções Geotécnicas
 3. Coleta de Amostras para Análise Geotécnica
 4. Ensaios de Laboratório
 5. Análise de Estabilidade
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 1. Definição da Topografia do Talude Estudado

• Declividade do Talude;

• Tamanho do Talude (Rampa);

• Altura do Talude;

• Estimativa da massa de
sólidos.
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 2. Prospecções Geotécnicas - Sondagens
 Descrever e classificar os elementos geológicos;
 Determinara estratigrafia e distribuição geológico-geotécnica
das camadas;
 Estimar a espessura das camadas de solo e/ou rochas;
 Saber resistência da camada investigada;
 Determinar a posição do nível d’água.
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 3. Coleta de Amostras para Análise Geotécnica: Para os estudo de
encostas, as amostras devem ser:
 Individuais,
para que o estudo de cada estrato de solo seja feito
de forma separada;
 Deformadas, para a caracterização do solo;
 Indeformadas, para a determinação da resistência ao
cisalhamento dos solos, permitindo o estudo do maciço em suas
condições naturais.
 As amostras devem ser coletadas de acordo com NBR 9604
Abertura de poço e trincheira em solo, com retirada de amostras
deformadas e indeformadas
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 4. Ensaios de Laboratório

 Ensaios de Caracterização :
 Granulometria ;
 Limite de plasticidade e liquidez.

 Determinação de resistência ao cisalhamento - Compressão


triaxial
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 5. Análise de Estabilidade
 Existem vários métodos de análise de estabilidade, dentre eles:
 Método de Culmann;
 Método do talude infinito;
 Método de Fellenius e Bishop Simplificado;
 O objetivo da análise de estabilidade é avaliar a possibilidade de
ocorrência de escorregamento de massa de solo presente em
talude natural ou construído.
Fases do estudo da estabilidade de
talude
 5. Análise de Estabilidade
 Hipóteses básicas:
1) Assume-se a existência de um a superfície de ruptura bem
definida;
2) A massa de solo ou rocha encontra -se em condições de ruptura
generalizada iminente ( estado de equilíbrio limite);
3) Assume-se um critério de ruptura (em geral Mohr-Coulomb), o qual é
satisfeito ao longo de toda a superfície de ruptura;
4) Assume-se um coeficiente ou fator de segurança (FS constante e
único ao longo da superfície potencial de ruptura).

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