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ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS

(EESC/USP)

AULA 6 – ESTABILIDADE DE TALUDES

Prof. Dr. Fernando Lavoie

SGS0408 – Mecânica dos Solos 2


Introdução

Talude: Qualquer superfície inclinada que


limita um maciço de terra ou de rocha

Taludes Naturais: Encostas de morros

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Introdução

Talude: Qualquer superfície inclinada que


Limita um maciço de terra ou de rocha

Taludes Naturais: Encostas de morros

Taludes Artificiais: Aterros em geral, cortes


em encostas de morros

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Introdução

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Ruptura de um Talude

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Tipos de Movimentos

a) Rastejo ou “Creep”: Movimento muito


lento (mm por ano) em encostas naturais.
Ocorrem devido à ação cíclica:
Calor – Frio
Encharcamento – Ressecamento

Ex: Taludes Íngremes na Serra do Mar

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Tipos de Movimentos

b) Erosão: Causada pelo arraste de solo


pela água em movimento.

Comum em encostas naturais em que a


vegetação tenha sido destruída e em
aterros sem drenagem superficial.

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Aterros

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Sulcos

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Ravinas

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Voçorocas

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Voçorocas

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Erosão Marinha

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Erosão Marinha

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Assoreamento

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Assoreamento

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Tipos de Movimentos

c) Liquefação: Causado pela perda súbita


de resistência ao cisalhamento de grandes
massas de solo saturado que fluem como
massa viscosa.
Ex.: Areias finas saturadas e argilas extra
sensíveis.
Explosão ou Terremoto provoca elevada
sobrepressão neutra => Tensão efetiva
próxima de zero. 23
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Tipos de Movimentos

d) Queda de Blocos: Em taludes íngremes


de argila dura ou material rochoso.

Em geral são condicionados por estruturas


pré-existentes no maciço.

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Tipos de Movimentos

d) Queda de Blocos:

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Tipos de Movimentos

e) Ruptura de Corpo de Talude:

e.1) Movimentos Translacionais: Ocorrem


em encostas naturais envolvendo uma
massa de solo em que o comprimento é
predominante em relação à espessura.

Superfícies de ruptura próxima de um


plano. 30
Tipos de Movimentos

e) Ruptura de Corpo de Talude:

e.1) Movimentos Translacionais:

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Tipos de Movimentos

e) Ruptura de Corpo de Talude:

e.2) Movimentos Rotacionais: Ocorrem


em massas homogêneas.
- Ruptura do corpo do talude;
- Ruptura do pé do talude;
- Ruptura de base.

Superfícies de ruptura circulares. 33


Tipos de Movimentos
e) Ruptura de Corpo de Talude:

e.1) Movimentos Rotacionais:

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Análise de Estabilidade

Objetivo: Verificar o quão estável está o


talude, nas condições em que está
sujeito (fluxo d’água, sobrecarga, etc.)
Fator de Segurança: Considera-se a
porção do talude que desliza como um
corpo rígido com ruptura frágil

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Análise de Estabilidade

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Análise de Estabilidade

F = 1,5 => Em geral considerado talude


estável

F = 1,3 => Talude considerado estável


em obras de menor responsabilidade
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Análise de Estabilidade

Elementos Básicos a serem Conhecidos:

- Geometria do Talude;
- Perfil do Subsolo;
- Resistência ao Cisalhamento dos
Solos que Constituem o Talude;
- Pressões Neutras Atuantes;
- Posição e Forma de Ruptura.

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Cálculo de Estabilidade

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Método do Talude Infinito:
Sem Percolação D’água

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Exercício 1
Para o talude a seguir, determinar:

a) A profundidade correspondente
ao fator de segurança igual a 1;

b) A variação do fator de segurança


com a profundidade.

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Exercício 1

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Exercício 1

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Método do Talude Infinito: Com Fluxo
D’água Paralelo ao Talude

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Exercício 2
Para o mesmo talude a seguir,
considerando a situação de fluxo
d’água paralelo ao talude com zw=z,
ɣn= ɣsat e que os parâmetros de
resistência do solo não variam com a
saturação, determinar:

a) A profundidade correspondente
ao fator de segurança igual a 1;
b) A variação do fator de segurança
com a profundidade. 47
Exercício 2

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Exercício 2

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Exercício 3
Um talude infinito constituído de solo
silto-arenoso rompeu após uma chuva
intensa em virtude de ter ficado
totalmente saturado e de ter perdido
a sua parcela de resistência devida à
coesão. Calcular o fator de
segurança que existia antes da
chuva, quando o NA estava abaixo
do topo da rocha, admitindo que a
ruptura se deu com fator de
segurança unitário. 50
Exercício 3

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Método de Fellenius
- Conhecido como Método Sueco ou
Método das Lamelas

- No caso de um talude composto


por diversos solos com
características diferentes, a
determinação dos esforços
atuantes sobre a superfície de
ruptura torna-se complexa

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Método de Fellenius

- Dividir o corpo potencialmente


deslizante em lamelas

- Considera-se a superfície de
ruptura circular (arco de
circunferência)

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Método de Fellenius
8 a 12 lamelas
b = largura
da lamela

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Método de Fellenius

- Força Peso:

- Momento que tende a causar o


escorregamento:

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Método de Fellenius

- Força Resistente:

- Momento das Forças Resistentes:

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Método de Fellenius

- Fator de Segurança:

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Método de Fellenius

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Método de Fellenius

Pesquisa da Superfície Crítica:

Tentativas
até F
crítico

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Método de Fellenius

Percolação D’água no Maciço:


Ponto 2:
corta SR

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Método de Fellenius

Roteiro de Cálculo:

1. Escolha de um centro e arco de


círculo de ruptura;
2. Dividir a massa do talude em 8 a
12 lamelas (preferência com
largura constante). Faça com que
a base da
lamela pertença a apenas um
tipo de solo; 61
Método de Fellenius
3. Calcule o peso P de cada lamela.
Se a lamela atravessa mais de um
tipo de solo, os pesos de cada
tipo de material devem ser
somados;
4. Para cada lamela determine i, b0,
c’, φ’ e u;
5. Calcule o F;
6. Repita os procedimentos 1 a 5
para
variar círculos até achar Fcrítico. 62
Exercício 4
Analisar a estabilidade do maciço, de
acordo com o círculo de centro O.
Considerar as condições de
resistência idênticas para a região
natural e saturada.

Dados: ɣn = 18,5 kN/m3 / ɣsat = 20,1


kN/m3

s = 35 + tg 28° (kPa) 63
Exercício 4

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Exercício 4

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Exercício 4

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Exercício 4

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Exercício 4

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Exercício 4

69
Exercício 4

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Exercício 5
Calcular o fator de segurança do
talude a seguir.

Dados:

Solo Natural: ɣn = 18 kN/m3 / c’=25 kPa /


φ’= 30°

Solo Saturado: ɣsat = 20 kN/m3 / c’=15 kPa


/ φ’= 26°
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Exercício 5

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