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Resistência ao
cisalhamento de solos e
rochas
Introdução
• Nos solos e rochas, o mecanismo de ruptura ocorre, na grande maioria dos casos, por
cisalhamento, devido aos deslocamentos entre as partículas que o constituem.
2
Introdução
3
Introdução
Empuxos de terra
4
Introdução
• A resistência ao cisalhamento de um solo em qualquer direção é a tensão de
cisalhamento máxima que pode ser aplicada à estrutura do solo naquela direção. Quando
este máximo é atingido, diz-se que o solo rompeu, tendo sido totalmente mobilizada a
resistência do solo.
5
Introdução
• O fator de segurança (FS) contra a ruptura é calculado como a razão entre as forças
estabilizadoras (resistentes) e as forças instabilizadoras (atuantes):
forças estabilizadoras
FS =
forças instabilizadoras
Critérios de ruptura
Critérios de ruptura
• Critérios de ruptura são • Em solos:
formulações que buscam 1. Mohr-Coulomb:
refletir as condições em ➢ Coesão e atrito.
que ocorre a ruptura dos
materiais.
• Em rochas:
1. Mohr-Coulomb;
• O critério de ruptura que
melhor representam o 2. Griffith;
comportamento dos solos 3. Bieniawski;
é o de Mohr-Coulomb. 4. Hoek e Brown.
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Critérios de ruptura
• Cada círculo de Mohr representa o estado de tensões na ruptura de cada ensaio. A linha
que tangencia estes círculos é definida como envoltória de ruptura de Mohr. A
envoltória de Mohr é geralmente curva, embora com freqüência ela seja associada a uma
reta. Esta simplificação deve-se a Coulomb, e permite o cálculo da resistência ao
cisalhamento do solo conforme a expressão já definida anteriormente: τ = c + σ . tg φ .
9
Contextualização teórica
Parâmetros de resistência
Resistência ao cisalhamento dos solos
Atrito
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Resistência ao cisalhamento dos solos
Coesão
• A coesão (c) consiste na parcela de resistência de um solo que existe independentemente
de quaisquer tensões aplicadas e que se mantém, ainda que não necessariamente a longo
prazo, se todas as tensões aplicadas ao solo forem removidas.
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Resistência ao cisalhamento dos solos
Coesão
• Várias fontes podem originar coesão em um solo:
➢Carbonatos;
➢Sílica;
➢Óxidos de ferro, etc.
• A cimentação entre partículas proporcionada por estas fontes responde por altos
valores de coesão.
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Resistência ao cisalhamento dos solos
Coesão
• Utilizando a mesma analogia empregada no item anterior, suponha que a superfície de
contato entre os corpos esteja colada, conforme esquema da figura abaixo.
• Nesta situação quando N = 0, existe uma parcela da resistência ao cisalhamento entre as
partículas que é independente da força normal aplicada. Esta parcela é definida como
coesão verdadeira.
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Resistência ao cisalhamento dos solos
Resistência dos solos:
• Nos solos, estão presentes os fenômenos de atrito e coesão, portanto, determina-se a
resistência ao cisalhamento dos solos (τ), segundo a expressão: τ = c + σ . tg ϕ
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Contextualização teórica
Ensaios laboratoriais
Introdução
• A medida da resistência de um solo é feita em laboratório através de dois
tipos principais de ensaios:
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Introdução
• Para cada solo, são ensaiados vários corpos de prova preparados sob condições
idênticas.
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Contextualização teórica
• Esta força impõe um deslocamento horizontal (Δl) à amostra até a ruptura do corpo de
prova (que ocorre ao longo do plano XX). Para cada tensão normal aplicada (σ = N/A),
obtém-se um valor de tensão cisalhante de ruptura (τ = T/A), permitindo o traçado da
envoltória de resistência.
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Ensaio de cisalhamento direto
• O ensaio de cisalhamento direto é sempre drenado, devendo ser executado lentamente
para impedir o estabelecimento de pressões neutras nos poros da amostra.
21
Ensaio de cisalhamento direto
• Aspectos “falhos” ou limitações do ensaio:
▪ O solo não rompe segundo o plano de maior fraqueza, mas ao longo do plano horizontal
XX. Este problema é mais complexo quando analisa-se a restrição de movimentos
imposta às extremidades da amostra no plano de ruptura.
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Ensaio de cisalhamento direto
• Neste ensaio, as tensões normal e de cisalhamento são conhecidas somente no plano de
ruptura para determinar o estado de tensão do solo nos diferentes planos.
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Ensaio de cisalhamento direto
Envoltória de resistência.
25
Ensaio de cisalhamento direto
26
Contextualização teórica
• Para isto, o corpo de prova é colocado dentro de uma câmara de ensaio e envolto por
uma membrana de borracha. A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma pressão,
que é chamada pressão confinante ou pressão de confinamento do ensaio.
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Ensaio de compressão triaxial
• A pressão confinante atua em todas as
direções, inclusive na direção vertical. O
corpo de prova fica sob um estado
hidrostático de tensões.
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Ensaio de compressão triaxial
• A tensão devida ao carregamento axial é denominada acréscimo de tensão axial ( σ1- σ3)
ou tensão desviadora.
• O ensaio triaxial é executado em duas etapas distintas: (a) aplicação da tensão confinante
(σ3), e (b) aplicação da tensão desviadora (Δσ).
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Ensaio de compressão triaxial
• Durante o carregamento, medem-se, a
diversos intervalos de tempo, o
acréscimo de tensão axial que está
atuando e a deformação vertical do
corpo de prova.
31
Ensaio de compressão triaxial
• As tensões desviadoras (acréscimos
verticais) durante o carregamento
axial permitem o traçado dos
círculos de Mohr.
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Ensaio de compressão triaxial
• Cada uma das fases do ensaio pode ser realizada permitindo-se ou não a drenagem do
corpo de prova. No caso de uma solicitação não drenada é possível medir-se as pressões
neutras que se desenvolvem no interior da amostra, através de um equipamento adequado
colocado no canal de drenagem (transdutor de pressão).
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Ensaio de compressão triaxial
• Existem três formas clássicas de se realizar o ensaio triaxial, conforme as condições de
drenagem permitidas em cada etapa do ensaio:
c) Ensaio não adensado não drenado (UU) - unconsolidated undrained, ou ensaio Q (quick
- rápido).
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Ensaio de compressão triaxial
a) Ensaio adensado drenado (CD)
• As tensões aplicadas na amostra são efetivas (tensões atuam no arcabouço estrutural dos solos).
• Aplica-se a pressão confinante e espera-se que o corpo de prova adense, ou seja, que a pressão
neutra se dissipe.
• Desta forma, a pressão neutra durante todo o carregamento é praticamente nula, e as tensões
totais aplicadas indicam as tensões efetivas que estavam ocorrendo.
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Ensaio de compressão triaxial
b) Ensaio adensado rápido (com consolidação e sem drenagem) – (CU)
• Neste ensaio, a primeira etapa (adensamento) é realizada com total dissipação das
pressões neutras geradas pela tensão confinante.
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Ensaio de compressão triaxial
• A condição essencial desse ensaio é não permitir nenhum adensamento adicional na amostra
durante a fase de aplicação da carga axial até a ruptura (σ1).
• Logo, após aplicar σ3, fecha-se as válvulas de saída de água pelas pedras porosas, dando
garantia da condição pré-estabelecida, independente da velocidade em que essa carga axial seja
aplicada.
• Na segunda etapa do ensaio, aplicação de σ1, pode-se pensar que a água dos vazios é que irá
receber toda a carga de pressão em forma de pressão neutra, mas, na realidade, isso não acontece,
pois, parte dessa pressão axial é recebida pela fase sólida do solo, pois a amostra não está
totalmente confinada lateralmente (como no caso do ensaio de adensamento).
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Ensaio de compressão triaxial
• Se as pressões neutras forem medidas, a resistência em termos de tensões efetivas também
é determinada, razão pela qual ele é muito empregado, pois permite determinar a
envoltória de resistência em termos de tensão efetiva (TTE) num prazo muito menor do
que o ensaio CD ou ainda em termos de tensões totais (TTT).
38
Ensaio de compressão triaxial
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Ensaio de compressão triaxial
c) Ensaio rápido (sem consolidação e sem drenagem) - UU
unconsolidated undrained.
40
Ensaio de compressão triaxial
c) Ensaio rápido (sem consolidação e sem drenagem) - UU
unconsolidated undrained.
41
Ensaio de compressão triaxial
c) Ensaio rápido (sem consolidação e sem drenagem) - UU
unconsolid undrained.
42
Ensaio de compressão triaxial
c) Ensaio rápido (sem consolidação e sem drenagem) - UU
unconsolid undrained.
Qualquer aumento de σ3 é convertido em Δu. Além disso, o solo romperá para a mesma tensão
desviadora.
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Contextualização teórica
Trajetória de tensões
Trajetória de tensões
▪ É o lugar geométrico dos pontos representativos de uma série de círculos de Mohr, por
exemplo, os pontos onde atua 𝜏𝑚á𝑥 .
σ1 + σ3 σ 1 − σ3
p= q= (TTT)
2 2
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Trajetória de tensões
Introdução
Indicações (livros-texto)
2
Introdução
Talude
• Qualquer superfície inclinada de um maciço de solo ou rocha (GERSCOVICH, 2012).
• Pode ser natural (encosta) ou construído pelo homem (aterros e cortes).
3
Introdução
Causas da desestabilização de taludes:
1. Redução dos parâmetros de resistência do solo/rocha: intemperismo químico ou físico;
6. Etc.
4
Contextualização teórica
Movimentos de massa
Tipos de movimentos de massa
• Entende-se por movimento de massa qualquer deslocamento de um volume de solo.
6
Tipos de movimentos de massa
• Augusto Filho (1992):
Segundo a dinâmica ambiental brasileira, os movimentos de massa podem ser
classificados em:
❑ Escorregamentos;
7
Tipos de movimentos de massa
Subsidências
Subsidências são movimentos de massa que correspondem a um deslocamento
essencialmente vertical, que pode ser contínuo ou instantâneo (colapso da superfície).
Este tipo de movimento pode ser classificado como:
❑ Desabamento ou queda – deslocamento finito vertical;
8
Tipos de movimentos de massa
❑ Desabamento ou queda – deslocamento finito vertical:
• A formação dos blocos origina-se na ação do intemperismo nas fraturas dos maciços
rochosos, pressões hidrostáticas nas fraturas, desconfinamento lateral, decorrentes de
obras subterrâneas, vibrações, etc.
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Tipos de movimentos de massa
❑ Desabamento ou queda – deslocamento finito vertical:
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Tipos de movimentos de massa
❑ Desabamento ou queda – deslocamento finito vertical:
11
Tipos de movimentos de massa
❑ Desabamento ou queda – deslocamento finito vertical:
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Tipos de movimentos de massa
Escoamentos
❑ Rastejos:
Movimentos lentos e contínuos, sem superfície de ruptura bem definida, que podem
englobar grandes áreas, sem que haja diferenciação clara entre a massa em movimento e
a região estável.
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Tipos de movimentos de massa
Escoamentos
❑ Rastejos:
Em superfície, os rastejos podem ser identificados pela observação de deslocamentos de
eixos de estradas, blocos, postes ou cercas, ou mudanças na verticalidade de árvores,
postes, etc.
17
Tipos de movimentos de massa
Escoamentos
❑ Corridas:
Movimentos de alta velocidade (≥ 10 km/h) gerados pela perda completa das
características de resistência do solo. A massa de solo passa a se comportar como um
fluido e os deslocamentos atingem extensões significativas. Causas:
• Adição de água em solos predominantemente arenosos;
• Esforços dinâmicos (terremoto, cravação de estacas, etc);
• Amolgamento em argilas muito sensitivas.
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Tipos de movimentos de massa
Escoamentos
❑ Corridas:
Nova
Friburgo/RJ
(2011)
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Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos
São movimentos de massa rápidos, com superfície de ruptura bem definida. A
deflagração do movimento ocorre quando as tensões cisalhantes mobilizadas na
massa de solo atingem a resistência ao cisalhamento do material.
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Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos
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Fonte: Gerscovich (2012).
Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos - Classificação quanto à forma da superfície:
Conforme as condições geomorfológicas, as superfícies de ruptura podem ser:
• Planares;
• Em cunha, ou
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Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos - Classificação quanto à forma da superfície:
• Planares (ou translacionais)
Caracterizam-se pelas descontinuidades ou planos de fraqueza. Tipo de ruptura comum
em mantos de colúvios de pequena espessura sobre um embasamento rochoso.
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Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos - Classificação quanto à forma da superfície:
• Rupturas circulares
Tipo de ruptura mais comum em solos, podendo ocorrer em rochas altamente alteradas.
Quando a anisotropia com relação à resistência é significativa, a superfície pode ter uma
aparência mais achatada, na direção horizontal ou vertical.
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Tipos de movimentos de massa
Escorregamentos - Classificação quanto à forma da superfície:
• Rupturas circulares (ou rotacionais)
Estabilidade de taludes
Métodos de estabilidade de taludes – Parte 1
Métodos de estabilidade:
As análises de estabilidade, na sua maioria, foram desenvolvidas segundo a
abordagem de equilíbrio-limite:
• Ferramenta empregada pela Teoria da Plasticidade para análise de equilíbrio de
corpos que admite como hipótese:
28
Métodos de estabilidade:
Outros métodos de análise de estabilidade de taludes:
• Método dos Elementos Finitos:
29
Métodos de estabilidade:
Outros métodos de análise de estabilidade de taludes:
• Método dos Elementos Finitos:
30
Métodos de estabilidade:
Outros métodos de análise de estabilidade de taludes:
• Método dos Elementos Discretos:
31
Métodos de estabilidade:
Método de
equilíbrio-limite
FS = 1,499
Método de
elementos finitos
SRF = 1,47
32
Métodos de estabilidade:
➢ Diz respeito a um critério de resistência (geralmente Mohr-Coulomb) ao
longo da linha de escorregamento.
33
Métodos de estabilidade:
34
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO
Qualquer talude de grande extensão e com perfis de solos essencialmente do mesmo tipo
pode ser considerado infinito.
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
E1 e E2 – forças
laterais.
P – peso da coluna de
solo.
Rp – força de reação
ao peso.
σv – tensão vertical.
σn – componente
normal de σv .
σs – componente
cisalhante de σv .
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
𝑷
𝜸= , sendo 𝑉 = 𝑏 . 𝑧. 1
𝑽
Logo,
𝑃 = γ𝑛𝑎𝑡 . 𝑏 . 𝑧
Daí,
𝑷 γ𝑛𝑎𝑡 . 𝑏 . 𝑧
𝝈𝒗 = =
𝑨 𝑏
.1
cos 𝑖
𝝈𝒗 = 𝜸𝒏𝒂𝒕 . 𝒛 . cos i
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
39
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
𝜏 = 𝑐 ′ + 𝜎′𝑛 . 𝑡𝑔𝜙′
Se u = 0 → 𝜎𝑛 = 𝜎′𝑛
Logo,
𝝉 = 𝒄′ + 𝜸𝒏𝒂𝒕 . 𝒛 . cos² i. 𝒕𝒈ϕ′
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
41
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
Para solos não coesivos (c = 0):
43
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – sem percolação de água
Se c ≠ 0, haverá um intervalo no diagrama de Mohr em que o talude estará em
condições de equilíbrio, mesmo para i > ϕ’ .
44
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – COM percolação de água
Admite-se que as linhas de fluxo sejam paralelas à superfície do talude, e as
equipotenciais sejam perpendiculares.
45
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – COM percolação de água
𝝈𝒗 = 𝜸𝒔𝒂𝒕 . 𝒛 . cos i
Poropressão (u):
𝒖 = 𝜸𝒘 . 𝒛 . cos² i
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – COM percolação de água
Resistência ao Cisalhamento:
𝜏 = 𝑐 ′ + 𝜎′𝑛 . 𝑡𝑔𝜙′ = 𝝉 = 𝒄′ + (𝝈𝒏 − 𝒖). 𝒕𝒈𝝓′
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑤
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Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – COM percolação de água
Para c = 0:
𝜸𝒔𝒖𝒃 . 𝒕𝒈𝝓′
𝑭𝑺 =
𝜸𝒔𝒂𝒕 . tg i
48
Métodos de estabilidade:
TALUDE INFINITO – COM percolação de água
Estabilidade de taludes
Métodos de estabilidade de taludes – Parte 3 -
Continuação
Métodos de estabilidade:
SUPERFÍCIE CIRCULAR – TALUDE FINITO
• Ábacos de Hoek e Bray (1981): taludes de geometria simples, podendo existir trincas de
tração e para determinadas condições de fluxo no talude; e
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Contextualização teórica
Estabilidade de taludes
Técnicas de estabilização de taludes
Técnicas para estabilização de taludes
1. Redução do peso do talude :
▪ Suavização do ângulo de inclinação do talude;
▪ Execução de patamares.
2. Bermas de equilíbrio:
▪ Aumento do peso sobre o pé do talude.
80
Técnicas para estabilização de taludes
81
Estabilidade de taludes
Estruturas de contenção
Bibliografias sugeridas
2
Introdução
• A utilização de estruturas de contenção tem sua grande importância e contribuição no
ramo da Geotecnia/Obras de Terra, na forma de:
3
Tipos de estruturas de contenção
❑ Contenções provisórias;
❑ Contenções definitivas.
4
Tipos de estruturas de contenção
❑ Contenções provisórias:
• São aquelas de caráter transitório, sendo preferencialmente removidas
quando cessada sua necessidade. Nelas, são principalmente empregados três
processos executivos:
• Contenções de madeira;
• Contenções com perfis cravados e de madeira;
• Contenções com perfis metálicos justapostos.
5
Tipos de estruturas de contenção
❑ Contenções provisórias:
6
Tipos de estruturas de contenção
❑ Contenções definitivas:
7
Tipos de estruturas de contenção
❑ Parede diafragma:
• A parede diafragma moldada “in loco” é um elemento de fundação e/ou contenção
moldada no solo, realizando no subsolo um muro vertical de concreto armado cuja
espessura pode variar entre 30 cm e 120 cm e profundidade de até 50 metros.
• Este muro pode absorver empuxos, cargas axiais e momentos fletores, bem como ser
utilizado como elemento de fundação absorvendo cargas normais, podendo ser
executado com a presença ou não de lençol freático.
8
Tipos de estruturas de contenção
❑ Parede diafragma:
9
Tipos de estruturas de contenção
❑ Parede diafragma:
• Vantagens e aplicações:
• Elemento de contenção de água e terra em escavações provisórias ou
permanentes.
• Elementos impermeabilizantes (diafragma plástico), visando o controle da
percolação em escavações, diques, barragens, reservatórios, etc.
• As paredes podem ainda receber cargas verticais.
• Outros fatores são as vantagens do processo, destacando-se:
• Execução sem as vibrações e o barulho inerente à cravação de estacas;
• Possibilidade de atravessar camadas do solo de grande resistência;
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Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
11
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de gravidade:
12
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de gravidade:
• Concreto;
• Tarugos de madeira ou concreto (Crib-walls);
• Rocha;
• Pneus;
• Gabião;
• Solo-cimento;
• Etc.
13
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de gabião:
14
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de gabião:
15
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de gabião:
Muito utilizado em
regularização de córregos
e fundo de vales.
17
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Gabião tipo caixa:
18
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Gabião tipo colchão:
19
Tipos de estruturas de contenção
20
Tipos de estruturas de contenção
21
22
23
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Fogueirinha (crib-wall):
26
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Terra armada:
27
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Terra armada:
28
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de flexão:
29
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de flexão:
1. São mais leves que os muros de arrimo por gravidade.
2. Sua geometria característica compensa seu menor peso: o fato de ter uma forma
de “T” invertido faz com que o peso do próprio terreno auxilie na obtenção da força
de atrito que combate o deslizamento e impede o seu tombamento.
3. Como consequência, os esforços de flexão na união do “T” são bastante grandes,
exige pesadas armaduras de aço e a execução de contraforte para alturas maiores.
4. Em geral, são construídos em concreto armado com razoável economia até
alturas em torno de 6 metros.
30
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de contrafortes:
32
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de concreto ancorado na base:
33
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros de arrimo ancorados:
34
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros em solo reforçado com geossintéticos:
35
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Muros em solo reforçado com geossintéticos:
Geogrelhas: estrutura planar constituída por uma malha aberta de elementos
resistentes à tração, que podem ser unidos por extrusão, solda ou entrelaçamento.
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Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Solo grampeado (ou pregado):
• Consiste na introdução de barras metálicas, revestidas ou não, em
maciços naturais ou aterros.
• Etapas executivas:
1. Perfuração do maciço;
2. Introdução das barras metálicas no furo;
3. Preenchimento do furo com nata de cimento.
37
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Solo grampeado (ou pregado):
38
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Solo grampeado (ou pregado):
39
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Solo grampeado (ou pregado):
40
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
O jateamento (concreto projetado)
41
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
O jateamento (concreto projetado)
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Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Cortina atirantada
• Executada em taludes maiores
que 4m e geralmente menores
que 20 m de altura.
43
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Cortina atirantada
44
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Cortina atirantada
45
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Cortina atirantada
• Consiste em uma parede de concreto armado, através do qual o maciço é
perfurado, sendo introduzidas barras metálicas (tirantes) através dos
furos.
• Após o posicionamento das barras, é introduzida nas perfurações nata de
cimento a alta pressão, que penetra nos vazios do solo, formando um
bulbo e ancorando as barras metálicas.
• Após a cura da nata de cimento, os tirantes são protendidos e presos na
parede de concreto, o que faz com que esta estrutura seja “empurrada”
contra o maciço.
46
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
• Tirantes:
47
Tipos de estruturas de contenção
❑ Estruturas de arrimo:
48
BR 040 - Estado do RJ
Tipos de estruturas de contenção
❑ Solo grampeado X Cortina atirantada
• Pode-se citar algumas comparações entre as duas técnicas, tais como:
1. As ancoragens são tensionadas após a instalação no solo e idealmente evitam os
movimentos na estrutura. Em contraste, estruturas em solo grampeado não são
pré-tensionadas e requerem uma pequena deformação no solo para trabalharem.
Basicamente, os grampos são intervenções como um trabalho passivo,
enquanto os tirantes começam a trabalhar ativamente.
49
Tipos de estruturas de contenção
❑ Solo grampeado X Cortina atirantada
3. Os tirantes são, geralmente, mais longos (15 a 45 m) que os grampos.
4. A cortina atirantada apresenta um maior grau de confiabilidade em função da
fixação de critérios para execução e controle através de ensaios aos quais os
tirantes devem ser submetidos. No caso do solo grampeado, raríssimas vezes os
grampos são testados, e quando o são, o número de ensaios é insignificante em
relação à área estabilizada.
50
Referências Bibliográficas
❑ GERSCOVICH, D., DANZIGER, B. R., SARAMAGO, R. Contenções teoria e
aplicações em obras, Oficina de Textos, São Paulo, 2016.
51
Resolução SEDEST Nº 68 DE 11/09/2019
1
Introdução
O Secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo-SEDEST,
Resolve:
Art. 1º - Estabelecer definições, critérios, diretrizes e procedimentos para o licenciamento ambiental de
empreendimentos imobiliários, localizados em área urbana.
2
Introdução
•Art. 15. Na LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA deverão ser apresentados os seguintes documentos:
•III - Fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoa física ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica, dispensado somente para COHAPAR e Companhias Habitacionais
Municipais;
•V - Prova de publicação da súmula do pedido de Licença Ambiental Simplificada em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA nº 006/1986;
•VI - Certidão do município ou documento equivalente, declarando expressamente que o local e o tipo de empreendimento estão em conformidade com a legislação do Plano Diretor Municipal e/ou Lei de Uso e Ocupação do Solo
Urbano, com a legislação municipal do meio ambiente, inclusive com relação ao entorno de unidades de conservação municipais, e que atende as demais exigências legais e administrativas perante o município (Anexo III);
•VII - Matrícula ou transcrição de inteiro teor do imóvel devidamente averbado como urbano ou de expansão urbana; emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis atualizada, máximo de 90 dias, em nome do requerente;
•VIII - Documentação complementar do imóvel se a situação imobiliária estiver irregular ou comprometida, conforme exigências para casos imobiliários excepcionais;
•IX - Consulta prévia da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba - COMEC, com os parâmetros de ocupação do solo, localização da área e zoneamento, quando o empreendimento se localizar na Região Metropolitana de
Curitiba e mananciais, conforme Lei Estadual 12.248/1998 e alterações posteriores, bem como Decreto Estadual nº 6.390/2006 e alterações posteriores;
•X - Nas demais regiões metropolitanas, a Consulta Prévia somente deverá ser exigida quando as Coordenações estiverem em funcionamento e com procedimentos regulamentados;
•a) Relatório fotográfico contendo no mínimo 10 fotografias, com vários ângulos do terreno;
•b) Planta de implantação urbanística do empreendimento, com estatística, contendo situação e localização, contemplando altimetria, coordenadas geográficas UTM, áreas de preservação permanente e áreas de interesse a manter;
•c) Projeto planialtimétrico, com coordenadas geográficas UTM contendo curvas de nível, formato e medidas dos lotes, áreas de vegetação, áreas de preservação permanente;
• Os resultados do ensaio são utilizados pelos métodos de projeto de fundações diretas e profundas,
especialmente no Brasil, e empregados na elaboração de perfis geológicos-geotécnicos.
Militão (2020)
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Introdução
• A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas
amostras dos solos por meio do amostrador-padrão, com execução de SPT.
• ATENÇÃO: como nem sempre é possível obter um número exato de golpes para
cada 15 cm de penetração, recomenda-se anotar o valor efetivamente aplicado.
Ex: 3/17, 7/14 e 9/16; e