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AULA 1:

- - Resistência ao cisalhamento dos solos

- - Critérios de análise

- - Ensaios de cisalhamento

Profª: Emanuely Ugulino Cardoso


Cisalhamento dos solos

• A propriedade dos solos em suportar cargas e conservar sua estabilidade,


depende da resistência ao cisalhamento do solo.

• A resistência ao cisalhamento de um solo em qualquer direção é a tensão de


cisalhamento máxima que pode ser aplicada à estrutura do solo naquela direção.
o Quando este máximo é atingido, diz-se que o solo rompeu.

• Das características de resistência ao cisalhamento dependem importantes


problemas de engenharia de solos e fundações.
o A estabilidade de taludes (aterros, cortes e barragens), empuxos de terra sobre
paredes de contenção e túneis, capacidade de carga de sapatas e estacas.
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Influência da resistência ao cisalhamento dos solos

• A lei de cisalhamento é a relação


que une, no momento da ruptura
e ao longo da superfícies de
ruptura a tensão normal (σ) e a
tensão de cisalhamento (τ).

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Tensões em um sólido

Tensões normais Tensões cisalhantes

Perpendiculares ao plano Paralelas ao plano

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Resistência ao cisalhamento
Formulação

Um bloco em um plano inclinado não se move


devido ao atrito. O atrito é uma força de valor:

Como a força de atrito é uma força


cisalhante, pode-se escrever:

Se o limite do equilíbrio for quando o


plano estiver com inclinação ϕ, então:

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Resistência ao cisalhamento
Formulação

Caso houvesse uma cola prendendo o bloco, seria necessário,


para movê-lo, não apenas vencer a rugosidade da superfície,
mas vencer a força da cola (que independe da força normal).

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Resistência ao cisalhamento
Formulação

O mesmo princípio se aplica ao solo, caso trocássemos


o bloco e o plano pelas partículas que o compõe.

Dessa forma, a equação também é válida para o solo:

Atrito interno do solo → entrosamento das partículas;


Coesão do solo → pressão capilar da água e forças eletroquímicas de atração das partículas de argila. 7
Resistência ao cisalhamento
Formulação

Como cada partícula possui interações de atrito e coesão, há uma


continuidade de propriedades entre o bloco e o plano inclinado,
substituídos pelo solo. Assim, a formulação é válida para avaliar qualquer
elemento representativo no solo.

Representação gráfica da resistência


ao cisalhamento dos solos
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Tensões em um sólido
Plano Principal de Tensões

No plano das maiores tensões normais, as tensões cisalhantes são nulas.


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Tensões em um sólido
Plano de Tensões

Analisando o mesmo ponto, com outra angulação, pode-se


observar outras combinações de tensões. 10
Tensões em um sólido
Plano de Tensões

Plano xy
Plano principal

O plano rotacionado representa as mesmas tensões,


em uma perspectiva distinta. 11
Tensões em um sólido
Formulação

As tensões σ para cada plano xy, em função de θ, são


representadas por:

Assim, cada tensão é dada por:

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Tensões em um sólido
Formulação

As tensões cisalhantes podem ser reescritas da seguinte forma:

Note que as tensões cisalhantes possuem o mesmo valor.


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Tensões em um sólido
Formulação

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Círculo de Mohr Representação

O círculo de Mohr representa todas as


tensões, sob a perspectiva de cada ângulo.

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Círculo de Mohr Representação

Pela figura do slide passado, tem-se as seguintes relações:

Deve-se notar que dado σx , σy e τxy , as tensões principais σ1 e σ3 são:

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Tensões totais, efetivas e neutras

• O principio básico introduzido por Terzaghi que em solos saturados: σ' = σ – u;

• As tensões de cisalhamento em qualquer plano são independentes da poro-


pressão, pois a água não transmite esforços de cisalhamento:

o As tensões de cisalhamento são devidas somente à diferença entre as tensões


normais principais e esta diferença é a mesma, tanto quanto se consideram as
tensões efetivas como as tensões totais;
o Os círculos de Mohr para os dois tipos de tensão tem, portanto, o mesmo
diâmetro.

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Tensões totais, efetivas e neutras

• O círculo de tensões efetivas se situa deslocado para a esquerda em relação ao


círculo de tensões totais de um valor igual à tensão neutra (u);
o A tensão neutra atua hidrostaticamente (igual em todas as direções), reduzindo as tensões
normais totais em todos os planos de igual valor.

• No caso de tensões neutras negativas, o deslocamento do círculo é para a direita.

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Critério de Coulomb Representação

O critério de Coulomb pode ser expresso como: “não há ruptura se a tensão de


cisalhamento não ultrapassar um valor dado pela expressão c + ϕ σ, sendo c e ϕ
constantes do material e σ a tensão normal existente no plano de cisalhamento”

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Critérios de Mohr
Representação

O critério de Mohr pode ser expresso como: “não há ruptura enquanto


o círculo representativo do estado de tensões se encontrar no interior
de uma curva, que é a envoltória dos círculos relativos a estados de
ruptura, observados experimentalmente para o material”

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A envoltória é comumente curva, embora possa ser satisfatoriamente
ajustada por uma reta no intervalo de tensões normais de interesse.
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Critério de Mohr-Coulomb Representação

A envoltória delimita as tensões na qual o elemento


de sólido está estável e não rompe.

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Critério de Mohr-Coulomb Representação

• Cada círculo de Mohr representa o


estado de tensões na ruptura de cada
ensaio. A linha que tangência estes
círculos é definida como envoltória de
ruptura de Mohr.

• Considerando a envoltória de Mohr


uma reta, o cálculo da resistência ao
cisalhamento do solo segue a expressão:
τ = c + σ*tg φ.

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Envoltória de Mohr-Coulomb

• Em termos de tensões totais:

𝜏 = 𝑐 + 𝜎 tg 𝜙

• Em termos de tensões efetivas:

𝜏 ′ = 𝑐 ′ + 𝜎 ′ tg 𝜙 ′

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Estados de tensões associados a um ponto

Estado 1 - A amostra de solo está submetida a uma pressão hidrostática


(igual em todos as direções). O estado de tensão deste solo é representado
pelo ponto σ3 e a tensão cisalhante é nula.

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Estados de tensões associados a um ponto

Estado I1 - O circulo de Mohr está inteiramente abaixo da envoltória. A


tensão cisalhante (τα) no plano de ruptura é menor que a resistência ao
cisalhamento do solo (τ) para a mesma tensão normal. Não ocorre ruptura.

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Estados de tensões associados a um ponto

Estado I1I - O circulo de Mohr tangência a envoltória de ruptura. Neste


caso atingiu-se, em algum plano, a resistência ao cisalhamento do solo e
ocorre a ruptura. Esta condição ocorre em um plano inclinado a um ângulo
"α critico" com o plano onde atua a tensão principal maior.

27
Círculo de Mohr e Envoltória Representação

Para avaliar matematicamente a ruptura, tem-se de voltar ao caso limítrofe:

. .

28
Círculo de Mohr e Envoltória Representação

Para avaliar matematicamente a ruptura, tem-se de voltar ao caso limítrofe:

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Estados de tensões associados a um ponto

Estado IV - Este círculo de Mohr é impossível de ser obtido, pois antes de


atingir-se este estado de tensões já estaria ocorrendo ruptura em
vários planos, isto é, existiria planos onde as tensões cisalhantes seriam
superiores à resistência ao cisalhamento do solo.

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Círculo de Mohr e Envoltória Representação

Quando ele ultrapassa a reta, então significa a ruptura.

. .

31
Círculo de Mohr e Envoltória Representação

Caso limítrofe:
.

Caso de ruptura:
.

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Envoltória de Mohr-Coloumb
Areias

Areias puras não possuem coesão entre as partículas.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Areia#/media/
File:Third_beach_sand.jpg
Dentre os fatores que influem no valor de ϕ destacam-
se a compacidade, a forma das partículas e a
granulometria. Para a maioria das areias o valor de ϕ
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acha-se entre 25° e 35°.
Envoltória de Mohr-Coloumb
Argilas

Argilas saturadas possuem ângulo de atrito praticamente nulo.

https://en.wikipedia.org/wde
ϕiki/Clay#/media/File:Clay-ss-2005.jpg

Argilas não saturadas - As envoltórias resultantes dos


diversos tipos de ensaios têm formas diferentes das
obtidas para as argilas saturadas. 34
Envoltória de Mohr-Coloumb
Argilas

https://en.wikipedia.org/wiki/Earthquake#/
media/File:Kluft-photo-Carrizo-Plain-Nov-
2007-Img_0327.jpg
No caso de carregamentos muito rápidos ou não
drenados em solos saturados, o atrito exerce
pouca influência não tendo pressões efetivas. 35
Ensaios para determinação da
resistência ao cisalhamento dos solos

As amostras utilizadas para esse fim, ou são indeformadas,


ou então, se deformadas deverão reproduzir as condições
que se pretende alcançar na obra.

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Ensaio de cisalhamento direto

• É aplicada uma tensão normal num plano e verifica-se a tensão


cisalhante que provoca a ruptura.

• Para o ensaio, um corpo de prova do solo é colocado parcialmente


numa caixa de cisalhamento, ficando com sua metade superior
dentro de um anel.
σ

τ
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Ensaio de cisalhamento direto

Preparação da amostra Colocação na caixa de cisalhamento


Fonte: Renata Conciani
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Ensaio de cisalhamento direto

39
Ensaio de cisalhamento direto

O ensaio é realizado para diversos valores de tensão normal, possibilitando a


obtenção da envoltória de resistência

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Ensaio de cisalhamento direto

(a) Curvas tensão cisalhante por deformação, (b) curvas variação de


volume por deformação, (c ) envoltória de resistência.

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Ensaio de cisalhamento direto
• Prensa com sistema de aplicação de tensão normal a
partir de pesos em pendural.
• A força horizontal é determinada a partir de um anel
dinamométrico.
• As tensões normais são aplicadas e mantidas até a
estabilização dos deslocamentos.
• O cisalhamento dos corpos de prova para cada tensão
normal aplicada é realizado com velocidade constante.
• Adota-se um critério de ruptura, normalmente, os
valores de pico da tensão cisalhante ou em função do
percentual de deslocamento.
• Determina-se os deslocamentos máximos.
• Determina-se uma série de seis tensões normais (25, 50,
75, 100, 150 e 200 kPa, por exemplo).
• Normalmente, esse tipo de ensaio é realizado para uma
série de quatro tensões. 42
Ensaio de cisalhamento direto

Equipamento analógico Equipamento automatizado


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Ensaio de cisalhamento direto

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Ensaio de cisalhamento direto

Vantagens Desvantagens
• Simplicidade e praticidade; • Análise do estado de tensões complexa
• Facilidade na moldagem de amostras rotação de tensões principais com o
especialmente de areia; cisalhamento;
• Rapidez solos permeáveis; • Não permite a obtenção de parâmetros de
• Possibilita condição inundada; deformabilidade;
• Possibilita grandes deformações por • O plano de ruptura é imposto, pode não
reversões na caixa de cisalhamento ser o de maior fraqueza;
resistência residual; • Restrições ao movimento nas bordas da
• Planos preferenciais de ruptura. amostra, pode apresentar heterogeneidade
das tensões cisalhantes no plano
horizontal – ruptura progressiva e
inclinação do plano de cisalhamento;
• Comumente não se medem nem são
controladas as pressões neutras. 45
Ensaio de cisalhamento direto

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Tipo de ensaios de cisalhamento direto

• Rápido - esse se caracteriza pela aplicação simultânea inicial da tensão normal (σ)
constante e cisalhante (τ) que deverá aumentar gradativamente até a ruptura do corpo
de prova.

• Adensado rápido - aplica-se a tensão normal (σ) e após a estabilização das


deformações verticais devido à essa tensão que será mantida constante sobre o corpo
de prova, aplica-se a tensão cisalhante (τ), crescente até a ruptura.

• Direto lento - a tensão normal (σ) é aplicada e, após o adensamento da amostra, a


tensão cisalhante (τ) é aplicada, gradativamente, até a ruptura (permitindo dissipação
das pressões neutras), com uma diferença fundamental dos ensaios rápido e adensado
rápido, a velocidade de aplicação da tensão cisalhante (τ) e/ou a velocidade de
deformação do corpo de prova devem ser mínimas, da ordem de 10 mm/min. 47
Ensaio de compressão triaxial

• Aplicação de um estado
hidrostático de tensões e de um
carregamento axial sobre um
corpo de prova cilíndrico do solo.

• Este ensaio é teoricamente mais


perfeito que o de cisalhamento
direto e, atualmente, o mais usado.

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Ensaio de compressão triaxial

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Montagem do ensaio

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Montagem do ensaio

51
Ensaio de compressão triaxial

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Ensaio de compressão triaxial

Os planos horizontais e verticais são planos


principais, ou seja, não existem tensões de
cisalhamento nestes planos.
Compressão axial:
no plano vertical = plano principal maior σ1
no plano horizontal = plano principal menor σ3

A tensão devido ao carregamento axial será o


acréscimo de tensão axial (σ1 - σ3) ou podemos
chamar de tensão desviadora σd.

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Ensaio de compressão triaxial - Etapas

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Ensaio de compressão triaxial

O valor das tensões desviadoras máximas


(σdmáx) para cada valor de tensão confinante
são obtidos valores de ruptura observados
em curvas tensão desviadora x deformação
específica.

Desses diferentes valores para tensão


confinante e respectiva tensão desviadora
de ruptura é possível definir círculos de
Mohr de ruptura, cuja envoltória é a
envoltória de resistência.
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Ensaio de compressão triaxial

As etapas do ensaio podem ser realizadas com ou sem a drenagem do CP.


• Etapa inicial: compressão isotrópica com drenagem corresponde ao adensamento.

• No caso de solicitações não drenadas, é possível medir as pressões neutras que se


desenvolvem no interior da amostra (transdutor de pressão é o equipamento de
medida).

• No caso de solicitações drenadas é possível a variação de poro-pressão para


conhecer as deformações volumétricas de CPs saturados através da água que sai
(ou entra) pelo canal de drenagem (buretas graduadas).

• No caso de solos não saturados ou secos, a variação volumétrica é obtida


somente através de sensores de deslocamento axial e radial instalados no CP. 56
Classificação dos ensaios de cisalhamento

Ensaio lento ou adensado drenado (CD)

Ensaio rápido/pré-adensado ou adensado não drenado (CU)

Ensaio rápido ou não adensado não drenado(UU)

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Classificação dos ensaios de cisalhamento

• Ensaio adensado drenado (CD) - Consolidated Drained ou


S (Slow - lento)

Há permanente drenagem do corpo de prova. Aplica-se a


tensão confinante (σc) e espera-se o corpo de prova adensar
(24 a 48 horas). A seguir, a tensão axial (σd) é aplicada
lentamente, permitindo a dissipação do excesso de pressão
neutra (u) gerada pelo carregamento (até uma semana).

A pressão neutra durante o carregamento permanece nula e


as tensões totais medidas são às tensões efetivas. Fase de cisalhamento

"εa" a razão entre a variação de altura da amostra (εh) e sua altura inicial (hi).
Fase de adensamento 58
Classificação dos ensaios de cisalhamento

• Ensaio adensado não drenado (CU) - consolidated undrained, ou ensaio R (rapid – rápido – pré-
adensado)

Aplica-se a tensão de confinamento permitindo-se a drenagem do corpo de prova (adensamento), até a


completa dissipação do excesso de pressão neutra gerada pela aplicação da tensão confinante. Fecham-se os
registros do canal de drenagem e aplica-se a tensão axial (desviadora) até a ruptura, medindo-se as pressões
neutras geradas pelo carregamento (o teor de umidade permanece constante na fase de cisalhamento).
As pressões medidas são as tensões totais (σ), e com a obtenção da pressão neutra (u), determina-se as
tensões efetivas pela expressão: σ' = σ – u.

• Ensaio não adensado não drenado (UU) - unconsolidated undrained, ou ensaio Q (quick - rápido)

Aplica-se a tensão confinante e o carregamento axial até a ruptura do corpo de prova sem permitir qualquer
drenagem. O teor de umidade permanece constante e pode-se medir as pressões neutras (tensões totais e
efetivas). 59
Classificação dos ensaios de cisalhamento

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Ensaio de compressão triaxial

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Observações

• Os valores de c e ϕ, assim determinados, serão diferentes para cada um


dos tipos de ensaio, pois tais valores não podem ser considerados
constantes características de um solo.

• Conforme Taylor:
o É de especial importância compreender que c e ϕ não são parâmetros
constantes do solo e, sim, coeficientes empíricos que podem variar em
largos intervalos para um solo dado, conforme as várias possíveis condições
de pré-compressão, drenagem e outras variáveis.

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Exercício
A seguir encontram-se os resultados de quatro ensaios de
cisalhamento direto drenados, em uma argila normalmente adensada.
Dados:
Tamanho do corpo de prova = 60 mm x 60 mm
Altura do corpo de prova = 30 mm

τ
∅′ = 𝑡𝑔−1
𝜎′
Estimativa para quando o solo
apresenta coesão quase nula.

Desenhe um gráfico para a tensão de cisalhamento no momento da


ruptura em função da tensão normal e determine o ângulo de atrito
drenado a partir do gráfico. 63
Resolução

A = 0,0036 m²
𝜏𝑓
∅′ = 𝑡𝑔−1
𝜎′

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Resolução - Gráfico

Num gráfico σ x τ tem-se ϕ’=36 a 37,5


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Exercício

Os resultados de um ensaio
triaxial, com drenagem, foram:

Desenhar os círculos de Mohr,


a envoltória de ruptura e
encontrar a coesão.

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Exemplo: cisalhamento direto Solução:

Pontos obtidos do gráfico do ensaio (σ,τ):


(17,19), (27,25), (42,35) e (114, 90)
Obter o envoltório de ruptura. Plotar no gráfico σ,τ:
100
90
80 y = 0,7404x + 5,2303
70 R² = 0,9989
60

τ (kPa)
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120
σ (kPa)

Basta fazer a leitura com régua e transferidor.

c=5,2 kPa e ϕ=38° 67


Ou: ϕ = arc tg (0,7404) = 36,5°
Equações

𝜎1 −𝜎3
● 𝜏𝜃 = 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)
2
𝜎1 +𝜎3 𝜎1 −𝜎3
● 𝜎𝜃 = + cos 2𝜃
2 2
𝜎1 −𝜎3
● 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑅 =
2
𝜎 +𝜎
● 𝜎𝑚𝑒𝑑 = 3 1
2
𝑅
● 𝑠𝑒𝑛∅ =
𝜎𝑚𝑒𝑑
● 𝜏 ′ = 𝑐 ′ + 𝜎 ′ 𝑡𝑔∅′

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